No dia 7 de dezembro de 2023, a Pol&iacute;cia Federal (PF) deflagrou a Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n, com o objetivo de desarticular uma sofisticada organiza&ccedil;&atilde;o criminosa liderada pelo deputado estadual Binho Galinha (Patriota), em Feira de Santana. Segundo as investiga&ccedil;&otilde;es, o grupo era especializado em pr&aacute;ticas il&iacute;citas como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, extors&atilde;o e recepta&ccedil;&atilde;o qualificada. &nbsp;

<a href="https://aratuon.com.br/politica/deputado-binho-galinha-e-alvo-de-operacao-que-combate-jogo-do-bicho-e-agiotagem" target="_blank">+Deputado Binho Galinha &eacute; alvo de opera&ccedil;&atilde;o que combate jogo do bicho e agiotagem</a>

A opera&ccedil;&atilde;o revelou o envolvimento de tr&ecirc;s policiais militares, que atuavam como o bra&ccedil;o armado do grupo, realizando cobran&ccedil;as mediante viol&ecirc;ncia e grave amea&ccedil;a. Relat&oacute;rios da Receita Federal tamb&eacute;m apontaram inconsist&ecirc;ncias fiscais, movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras incompat&iacute;veis e bens n&atilde;o declarados. &nbsp;

As investiga&ccedil;&otilde;es revelaram&nbsp;que a organiza&ccedil;&atilde;o movimentou mais de R$ 100 milh&otilde;es ao longo de uma d&eacute;cada. A Justi&ccedil;a determinou o bloqueio de R$ 200 milh&otilde;es em bens, incluindo fazendas, im&oacute;veis urbanos, ve&iacute;culos e contas banc&aacute;rias de empresas ligadas ao grupo. Al&eacute;m disso, seis delas&nbsp;tiveram suas atividades suspensas. &nbsp;

+<a href="https://aratuon.com.br/politica/deputado-binho-galinha-e-acusado-de-chefiar-esquema-criminoso-de-r-100-milhoes" target="_blank">Deputado Binho Galinha &eacute; acusado de chefiar esquema criminoso de R$ 100 milh&otilde;es</a>

&Agrave; &eacute;poca,&nbsp;em nota enviada &agrave; imprensa, Binho Galinha negou o cometimento de todos os crimes e afirmou colaborar com a Justi&ccedil;a no processo. Confira abaixo:

&ldquo;O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) se manifesta para afirmar que est&aacute; &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o da Justi&ccedil;a para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na opera&ccedil;&atilde;o denominada de &ldquo;El Patron&rdquo;, deflagrada pela Pol&iacute;cia Federal.

Binho Galinha ressalta, ainda, que tem acompanhado os desdobramentos das investiga&ccedil;&otilde;es com tranquilidade e colaborado com o Poder Judici&aacute;rio.

Nesta ter&ccedil;a-feira, durante mais uma fase da opera&ccedil;&atilde;o, o deputado Binho Galinha volta a afirmar que jamais praticou os crimes que est&atilde;o sendo lhe atribu&iacute;dos e que vai provar sua inoc&ecirc;ncia na Justi&ccedil;a&rdquo;.&nbsp;

<h2>Esposa de Binho Galinha &eacute; presa</h2>

- Em dezembro de 2023,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/2023-12-08/entre-denunciados-da-operacao-el-patron-estao-esposa-e-filho-do-deputado-binho-galinha/">a Justi&ccedil;a denunciou a esposa de Binho, Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, e o filho deles, Jo&atilde;o Guilherme Cerqueira, 18.</a>&nbsp;

- Em fevereiro deste ano, <a href="http://aratuon.com.br/politica/assessor-binho-galinha-preso" target="_blank">a pol&iacute;cia prendeu um dos assessores de Binho Galinha na Assembleia Legislativa (AL-BA), Bruno Borges Fran&ccedil;a, de 43 anos</a>.&nbsp;

- Em mar&ccedil;o,&nbsp;Mayana teve a pris&atilde;o domiciliar decretada&nbsp;e, no m&ecirc;s seguinte, a pris&atilde;o foi convertida para preventiva,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-04-09/pf-operacao-policiais/">durante deflagra&ccedil;&atilde;o da Opera&ccedil;&atilde;o Hybris, um desdobramento da Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n, em Feira de Santana</a>.

Na Opera&ccedil;&atilde;o Hybris, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreens&atilde;o &ndash; dentre eles, aparecem um tenente-coronel da Pol&iacute;cia Militar e quatro PMs, que dariam apoio armado ao grupo miliciano. A Justi&ccedil;a ainda bloqueou, aproximadamente, R$ 4 milh&otilde;es das contas banc&aacute;rias dos investigados.

Segundo a entidade, o objetivo da Hybris &eacute; desarticular &ldquo;uma estruturada e sofisticada organiza&ccedil;&atilde;o criminosa especializada na lavagem de capitais advindos de jogo do bicho, agiotagem, extors&atilde;o, recepta&ccedil;&atilde;o qualificada, entre outras infra&ccedil;&otilde;es penais&rdquo;, que atuaria em Feira de Santana e cidades vizinhas.

Em den&uacute;ncia oferecida &agrave; Justi&ccedil;a,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-03-21/deputado-milicia-policiais/">o Minist&eacute;rio P&uacute;blico apontou&nbsp;que foram achados mais de 120 contatos de policiais na agenda telef&ocirc;nica de Binho Galinha</a>.&nbsp;

No dia 21 de agosto, outra pessoa foi presa pela PF, em Feira de Santana. O detido, que estava foragido desde a primeira fase da opera&ccedil;&atilde;o, deflagrada em 7 de dezembro do ano passado, &eacute; suspeito de atuar como operador financeiro do grupo. Ele &eacute; acusado de movimentar grandes quantias em sua conta banc&aacute;ria, com o objetivo de ocultar a origem il&iacute;cita dos valores e criar uma falsa desconex&atilde;o das atividades criminosas.

At&eacute; o momento, 15 pessoas foram denunciadas pela Justi&ccedil;a na &#39;El Patr&oacute;n&#39;. Confira abaixo:

1. Kl&eacute;ber Cristian Escolano de Almeida (Binho Galinha); 
2. Thierre Figueiredo Silva; 
3. Nilma Carvalho Pereira; 
4. Ruan Pablo Pereira Carvalho; 
5. Alexandre Pereira dos Santos; 
6. Washington Martins Silva; 
7. Mayana Cerqueira da Silva; 
8. Jo&atilde;o Guilherme Cerqueira da Silva Escolano; 
9. Jorge Vin&iacute;cius de Souza Santana Piano; 
10. Jackson Macedo Ara&uacute;jo J&uacute;nior; 
11. Vagney dos Santos Aquino; 
12. Josenilson Souza da Concei&ccedil;&atilde;o; 
13. Roque de Jesus Carvalho; 
14. Bruno Borges Fran&ccedil;a; 
15. Kleber Herculano de Jesus

<h2>Binho Galinha: presidente diz que deputados t&ecirc;m medo de julgar colega</h2>

Nesta ter&ccedil;a-feira (3), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Adolfo Menezes (PSD), admitiu &agrave; imprensa que os deputados estaduais relatam a ele medo de avan&ccedil;ar, no <a href="https://www.al.ba.gov.br/midia-center/noticias/60720" target="_blank">&acirc;mbito do Conselho de &Eacute;tica</a>, sobre o&nbsp;caso do deputado Binho Galinha.

Para Menezes, os membros do Legislativo baiano s&atilde;o &quot;ref&eacute;ns&quot; da situa&ccedil;&atilde;o. &quot;A quest&atilde;o &eacute; o receio pela gravidade do problema. Medo&quot;, destacou.

Atualmente, o caso est&aacute; parado no Conselho de &Eacute;tica da Casa. Para o chefe do Legistativo baiano, as leis promovidas pelo Congresso Nacional contribuem para isto. &quot;No intuito de preservar a imunidade parlamentar, o Congresso bota tudo no mesmo bojo. Por que n&atilde;o muda?&quot;, questionou.

Na vis&atilde;o do presidente, em casos de investiga&ccedil;&otilde;es de crimes mais graves, n&atilde;o deveria haver imunidade parlamentar, como &eacute; o caso de Binho Galinha - por conta disto, h&aacute; mais dificuldades para prend&ecirc;-lo.

&quot;Se tr&ecirc;s juizes j&aacute; &#39;correram&#39; de julgar o caso, como &eacute; que a gente vai entrar num neg&oacute;cio desse, entrando no interior? Daqui a pouco ele est&aacute;&nbsp;matando... E a&iacute;? Como &eacute; que vai ficar?&nbsp;Eles t&ecirc;m medo. Ponto. Resumo. Esperam a Justi&ccedil;a agir... e eu n&atilde;o tiro a raz&atilde;o deles&quot;, ponderou Menezes, que em seguida questionou: &quot;Quer ser her&oacute;i num pa&iacute;s como esse? Com &#39;nego&#39;&nbsp;matando ser humano como se fosse barata?&#39;, acrescentou.

<h2>Conselho de &Eacute;tica da AL-BAn&atilde;o julga caso de Binho Galinha&nbsp;</h2>

Para conhecimento dos deputados da AL-BA sobre processo que envolve o nome do deputado Binho Galinha -&nbsp;disponibilizando material encaminhado pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico estadual -, foi instalado, em 17 de abril deste ano, o&nbsp;Conselho de &Eacute;tica e Decoro Parlamentar da Casa,&nbsp;com a presen&ccedil;a do presidente, Adolfo Menezes.

Na ocasi&atilde;o, os&nbsp;integrantes deliberaram a escolha do presidente e vice-presidente do colegiado, respectivamente os deputados Vitor Bonfim (PV) e Marcelino Galo (PT). Acompanharam os trabalhos o l&iacute;der da bancada da maioria, deputado Rosemberg Pinto (PT), e o deputado Marcelinho Veiga (UB).

Tamb&eacute;m estiveram presentes os demais membros titulares do Conselho de &Eacute;tica &ndash; deputados Alex da Piat&atilde; (PSD), Antonio Henrique Jr. (PP), Euclides Fernandes (PT), Samuel Junior (Republicanos), Sandro R&eacute;gis (UB) e Tiago Correia (PSDB) &ndash; al&eacute;m dos suplentes Angelo Coronel Filho (PSD), Fab&iacute;ola Mansur (PSB) e Fabr&iacute;cio Falc&atilde;o (PC do B). Tamb&eacute;m comp&otilde;em a comiss&atilde;o, como suplentes, K&aacute;tia Oliveira (UB), Marcinho Oliveira (UB), Penalva (PDT), Raimundinho da JR (PL) e Robinho (UB).

Com o in&iacute;cio das atividades, a inst&acirc;ncia do Parlamento baiano pode, ao ser provocada, analisar qualquer queixa interna ou externa envolvendo seus pares em poss&iacute;vel quebra de decoro. Os exames dos casos resultam em pareceres, que v&atilde;o da n&atilde;o aceita&ccedil;&atilde;o da den&uacute;ncia at&eacute; a cassa&ccedil;&atilde;o de mandatos, passando por advert&ecirc;ncias ou suspens&otilde;es tempor&aacute;rias. Fora os casos de arquivamento, todas as demais decis&otilde;es do Conselho de &Eacute;tica passam obrigatoriamente pelo plen&aacute;rio, que toma a decis&atilde;o final.

<h2>Cronologia:</h2>

07/12/23 -&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/deputado-binho-galinha-e-alvo-de-operacao-que-combate-jogo-do-bicho-e-agiotagem" target="_blank">Deputado Binho Galinha &eacute; alvo de opera&ccedil;&atilde;o que combate jogo do bicho e agiotagem</a>

07/12/23 -&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/deputado-binho-galinha-e-acusado-de-chefiar-esquema-criminoso-de-r-100-milhoes" target="_blank">Deputado Binho Galinha &eacute; acusado de chefiar esquema criminoso de R$ 100 milh&otilde;es</a>

08/12/23 - <a href="https://aratuon.com.br/geral/entre-denunciados-da-operacao-el-patron-estao-esposa-e-filho-do-deputado-binho-galinha" target="_blank">Entre denunciados da Opera&ccedil;&atilde;o El Patron, est&atilde;o esposa e filho do deputado Binho Galinha</a>

07/03/2024 - <a href="https://aratuon.com.br/politica/assessor-binho-galinha-preso" target="_blank">Assessor do deputado Binho Galinha &eacute; preso durante opera&ccedil;&atilde;o da PF</a>

21/03/24 - <a href="https://aratuon.com.br/politica/deputado-milicia-policiais" target="_blank">Suspeito de chefiar mil&iacute;cia, deputado baiano tinha mais de 120 contatos de policiais em agenda, aponta MP</a>

09/04/24 - <a href="https://aratuon.com.br/politica/esposa-binho-galinha" target="_blank">Esposa de deputado Binho Galinha &eacute; presa em opera&ccedil;&atilde;o da PF em Feira de Santana</a>

29/06/24 - <a href="https://aratuon.com.br/geral/nova-operacao-contra-jogo-do-bicho-em-feira-de-santana-e-realizada-neste-sabado" target="_blank">Nova opera&ccedil;&atilde;o contra jogo do bicho, em Feira de Santana, &eacute; realizada neste s&aacute;bado</a>

26/11/24 - <a href="https://aratuon.com.br/politica/delegado-da-pf-diz-que-atividades-de-milicia-ligada-a-binho-galinha-sao-mais-complexas-do-que-a-de-faccoes" target="_blank">Delegado da PF diz que atividades de mil&iacute;cia ligada a Binho Galinha s&atilde;o mais complexas do que a de fac&ccedil;&otilde;es</a>

A Pol&iacute;cia Federal (PF) deflagrou, na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (26),&nbsp;a Opera&ccedil;&atilde;o Patroc&iacute;nio Indigno, que resultou em tr&ecirc;s mandados de pris&atilde;o preventiva, um mandado de pris&atilde;o domiciliar e cinco mandados de busca e apreens&atilde;o nas cidades de Feira de Santana e Serrinha.

Durante coletiva de imprensa, o delegado da PF, Geraldo S&eacute;rgio Silva de Almeida, e o superintendente adjunto da Receita Federal do Brasil na 5&ordf; Regi&atilde;o Fiscal, Ricardo Machado, detalharam a a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/feira-advogado-e-preso-em-desdobramento-de-operacao-contra-deputado-e-grupo-miliciano" target="_blank">Feira: Advogado &eacute; preso em desdobramento de opera&ccedil;&atilde;o contra deputado e grupo miliciano</a>

As investiga&ccedil;&otilde;es, que tiveram in&iacute;cio ap&oacute;s a deflagra&ccedil;&atilde;o da Opera&ccedil;&atilde;o El Patr&oacute;n, em 2023, revelaram que o deputado Binho Galinha (Patriota),&nbsp;o advogado dele e a esposa,&nbsp;Mayana Cerqueira da Silva, destru&iacute;ram provas digitais relacionadas a crimes cometidos pela organiza&ccedil;&atilde;o criminosa que o parlamentar chefiava.

Pessoas ligadas a Binho Galinha foram presas em fases e desdobramentos da El Patr&oacute;n, como a&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-04-09/esposa-binho-galinha/">da esposa dele,</a>&nbsp;o filho do casal,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/2023-12-08/entre-denunciados-da-operacao-el-patron-estao-esposa-e-filho-do-deputado-binho-galinha/">Jo&atilde;o Guilherme Cerqueira,</a>&nbsp;e o assessor parlamentar&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-03-07/assessor-binho-galinha-preso/">Bruno Borges Fran&ccedil;a</a>.

Geraldo S&eacute;rgio destacou a gravidade do preju&iacute;zo causado pela destrui&ccedil;&atilde;o das provas:

&quot;&Eacute; de fato um enorme preju&iacute;zo para as investiga&ccedil;&otilde;es, tendo em vista que esse foi um dos casos descobertos. N&atilde;o sabemos se esses investigados j&aacute; adotaram outras provid&ecirc;ncias para esconder e destruir outras provas. [...] A gravidade &eacute;, de fato, imensur&aacute;vel no momento, mas podemos afirmar que houve, sim, um preju&iacute;zo para as investiga&ccedil;&otilde;es, tendo em vista que s&atilde;o provas que poderiam indicar novos investigados e novos fatos criminosos at&eacute; ent&atilde;o desconhecidos das investiga&ccedil;&otilde;es&quot;.

O delegado tamb&eacute;m confirmou a atua&ccedil;&atilde;o de mil&iacute;cias no esquema e afirmou que h&aacute; envolvimento de agentes p&uacute;blicos, servidores do sistema de seguran&ccedil;a p&uacute;blica e&nbsp;pol&iacute;ticos. &quot;A atividade de mil&iacute;cia est&aacute; em um n&iacute;vel de complexidade muito maior do que simplesmente fac&ccedil;&otilde;es ou o crime organizado. S&atilde;o atividades que muitas vezes s&atilde;o travestidas de legais, mas por tr&aacute;s h&aacute; todo um sistema il&iacute;cito envolvido&quot;, disse.

Em rela&ccedil;&atilde;o aos mandados cumpridos, Geraldo explicou que o policial militar envolvido, que j&aacute; estava preso, recebeu um novo mandado de pris&atilde;o. &quot;As investiga&ccedil;&otilde;es apontaram a participa&ccedil;&atilde;o dele&quot;, afirmou. O advogado foi preso em casa, em Feira de Santana, e tamb&eacute;m teve o escrit&oacute;rio alvo de busca e apreens&atilde;o, com a presen&ccedil;a de um representante da OAB. Al&eacute;m disso, foi cumprido um mandado de busca na resid&ecirc;ncia de outro investigado, que ainda n&atilde;o foi encontrado.

Geraldo tamb&eacute;m antecipou as poss&iacute;veis penas para os condenados. &quot;Nesta investiga&ccedil;&atilde;o da opera&ccedil;&atilde;o Patroc&iacute;nio Indigno, os investigados est&atilde;o sendo investigados por organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, cuja pena m&aacute;xima &eacute; de oito anos. Um crime grav&iacute;ssimo, tendo em vista que foi praticado com o intuito de beneficiar uma organiza&ccedil;&atilde;o criminosa do tipo mil&iacute;cia integrada com diversos agentes p&uacute;blicos, o que demonstra tent&aacute;culos com &oacute;rg&atilde;os estatais&quot;, declarou.

Os mandados foram expedidos pela 1&ordf; Vara Criminal de Feira de Santana.

Em uma d&eacute;cada,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/2023-12-07/deputado-binho-galinha-e-acusado-de-chefiar-esquema-criminoso-de-r-100-milhoes/">o grupo criminoso teria movimentado R$ 100 milh&otilde;es, de acordo com o&nbsp;Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia (MP-BA).</a>

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Principal suspeito pelo desaparecimento de&nbsp;Paulo Daniel, de 24 anos, e Matusal&eacute;m Muniz, 25, o&nbsp;empres&aacute;rio Marcelo Batista da Silva, dono do ferro-velho onde os jovens trabalhavam,&nbsp;em Piraj&aacute;, &eacute; investigado pela morte de um casal. Isso &eacute; o que apontam&nbsp;as investiga&ccedil;&otilde;es contra Silva.

De acordo com um inqu&eacute;rito policial, Marcelo Batista &eacute; apontado como o principal suspeito de ordenar a morte do ex-funcion&aacute;rio do ferro-velho, Adson Davi do Carmo Santos, e de sua companheira, Priscila Cruz dos Santos. N&atilde;o foi informada a data do crime.

Assim como Paulo e Matusal&eacute;m, Adson foi acusado de roubo pelo empres&aacute;rio. As investiga&ccedil;&otilde;es iniciais indicam que, antes de ser morto, ele foi interrogado sobre o suposto furto de metais e, depois, assassinado por policiais.

A pol&iacute;cia acredita que a morte do casal foi encomendada por Marcelo e executada por policiais militares envolvidos com mil&iacute;cias. Um desses policiais foi preso por extors&atilde;o mediante sequestro na Para&iacute;ba e tr&aacute;fico de armas em Alagoas.

Ex-policial, Marcelo &eacute; agora considerado foragido da Justi&ccedil;a e deve ter seu nome inclu&iacute;do na lista da Interpol, j&aacute; que as autoridades acreditam que ele fugiu do pa&iacute;s.

ENTENDA O CASO

Os jovens foram vistos pela &uacute;ltima no &uacute;ltimo dia 4 de novembro. Segundo a m&atilde;e de uma das v&iacute;timas, identificada como Mari,&nbsp;Marcelo confirmou que Paulo chegou para trabalhar no dia em que desapareceu, mas sumiu logo em seguida. Antes do ocorrido, o empres&aacute;rio chegou a acusar Paulo Daniel de roubo, mas n&atilde;o prestou queixa.

J&aacute; Matusal&eacute;m Silva Muniz teria desaparecido na segunda, ap&oacute;s sair do trabalho para almo&ccedil;ar na regi&atilde;o. 
Ao Al&ocirc; Juca, fontes informaram que os dois jovens teriam sido executados pelo dono do estabelecimento.&nbsp;Segundo informa&ccedil;&otilde;es da rep&oacute;rter Daniela Mazzei, as v&iacute;timas teriam sido amarradas e torturadas com pauladas antes de serem mortas.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cidade/ex-funcionario-de-ferro-velho-diz-que-dono-dava-cocaina-para-empregados-todos-no-efeito-da-droga">Ex-funcion&aacute;rio de ferro-velho diz que dono dava coca&iacute;na para empregados: &#39;Todos no efeito da droga&#39;</a>

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Um sargento da Polícia Militar, suspeito de cobrar propina para permitir o trabalho de mototaxistas no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, foi afastado de suas atividades. A informação foi confirmada pela corporação nesta sexta-feira (16/8) e o caso é investigado pela Corregedoria da PM.
O mototaxista Luís Daniel denunciou ter sido perseguido e agredido por policiais após se recusar a realizar um pagamento. À imprensa, ele relatou que estava em um ponto de ônibus na praça conhecida como "Gavião" quando percebeu estar sendo observado e intimidado por agentes da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Periperi).
Segundo Luís, ele foi seguido por uma viatura e, durante a perseguição, os policiais chegaram a disparar três vezes em sua direção, sem atingi-lo. Cerca de 20 policiais chegaram à sua casa em quatro viaturas, arrombaram o cadeado da residência e invadiram o local sem apresentar um mandado de prisão. Durante a invasão, ele afirma ter sido espancado em seu quarto, e sua esposa foi insultada pelos agentes.
Em uma nota enviada pela PM na última terça-feira (13/8), a corporação afirma que um dos homens já tinha passagens anteriores por delegacias e teria sido alcançado, detido e reconhecido pelos solicitantes. Em seguida, ele foi encaminhado para o registro da ocorrência na Central de Flagrantes.
<a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-08-13/familia-contesta-prisao-de-pai-e-filho-e-diz-que-policia-ameaca-e-cobra-propina-no-suburbio-de-salvador/" target="_blank" rel="noopener">Essa versão, no entanto, foi contestada por Luís Daniel, que explicou ainda que, em 2022, seu filho cometeu um assalto usando sua motocicleta, e um vídeo da ação viralizou na internet. </a>Ele acusa os policiais de usarem esse vídeo como justificativa para a abordagem, embora, segundo ele, os agentes tenham alegado que se tratava de um assalto recente, o que ele nega. “Infelizmente ele cometeu um erro, há dois anos, […] mas se arrependeu e nunca mais fez nada”, disse à Lícia, em reportagem ao Aratu Agora.

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Uma confusão marcou a tarde desta terça-feira (13/8), na Central de Flagrantes, no bairro dos Barris, em Salvador. Isso porque, após serem presos em Periperi, pai e filho acusaram os policiais de cobrança de propina. A dupla alega ter sido detida, inclusive, por não ter feito o suposto pagamento.
Em contato com a produção do Aratu Agora, da TV Aratu, um morador da região informou que policiais militares têm cobrado propina aos mototaxistas, para permitir que eles "rodem" pelo local. O pai detido - que não teve o nome divulgado - trabalha nessa função, não parou para efetuar o pagamento e seguiu para casa.
Algum tempo depois, ainda de acordo com esse morador - que preferiu não se identificar -, cerca de dez policiais foram à residência do mototaxista e o prenderam. No local, o filho dele também foi detido, mas por desacato.
Conforme a repórter Lícia Fontenele, da TV Aratu, que esteve na Central de Flagrantes para acompanhar o caso, pai e filho chegaram à unidade policial com ferimentos. Por isso, a delegada solicitou que eles fossem atendidos em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) antes de prosseguir com as investigações.
Por meio de nota, a PM falou que foi acionada para averiguar a denúncia de um indivíduo cometendo roubos a bordo de uma motocicleta na Rua da Glória.
"Ao chegarem, os militares encontraram um indivíduo que foi apontado por populares como o autor do crime. O suspeito desobedeceu à ordem de abordagem e fugiu da guarnição, desembarcando da moto somente ao chegar a um imóvel situado na Rua Eugênio Birne", diz o texto.
Na mesma nota, a polícia afirma que um dos homens já tinha passagens anteriores em delegacias e teria sido alcançado, detido e reconhecido pelos solicitantes. Em seguida, foi encaminhado para o registro da ocorrência na Central de Flagrantes.
Essa versão, no entanto, foi contestada por pai e filho, além de uma testemunha que também optou pelo anonimato. "Infelizmente ele cometeu um erro, há dois anos, [...] mas se arrependeu e nunca mais fez nada", disse à Lícia.
Segundo essa testemunha, o pai teria fugido da abordagem policial por estar com o documento da moto vencido e ter ficado com medo de perder seu único meio de sustento financeiro. "De 15 dias para cá está acontecendo essa perseguição com os mototaxistas", acrescentou.
VEJA A REPORTAGEM

https://youtu.be/V1ReZOvM60E
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*Com informações do SBT News
Preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora fluminense Marielle Franco (PSol), Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, ganhou milhões de reais em um período de oito anos.
De 2002 a 2010, o patrimônio dele passou de R$ 209 mil para R$ 5 milhões, o que representa um crescimento de 2300%. As investigações da Polícia Federal apontam que o aumento é simultâneo ao ingresso dele na carreira política.
"Nesse contexto, analisadas as declarações patrimoniais entregues à Justiça Eleitoral entre 2006 a 2010, Domingos Brazão registrou um crescimento de aproximadamente 300%. Se analisado o período de 2002 a 2010, o crescimento alcança 2.300%", diz trecho do relatório do caso Marielle, que está no Supremo Tribunal Federal (STF).
A apuração da Polícia Federal ainda destaca que, desde a morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, R$ 2,4 milhões que ele recebeu vieram dos cofres públicos.
O atual cargo concede a Brazão um salário médio de R$ 39 mil, além de benefícios como auxílio de saúde, transporte e educação. Ele foi eleito para a posição em abril de 2015, mas sua indicação foi alvo de críticas. O processo não seguiu as recomendações legais, que prevê que o cargo deveria ser ocupado por um servidor público.
"Diante disso, a bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro trouxe mais polêmica ao caso quando, dias após a nomeação, declarou que iria judicializar a questão. Além de questionar a inobservância dos aspectos formais entre a eleição e a nomeação ao cargo; o partido questionou a capacidade técnica de Domingos Brazão, sob a alegação de que este não atendia ao requisito do 'notório saber'", aponta outro trecho da mesma investigação.
PRISÃO
O conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão foi preso junto com o irmão, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), no último domingo (24). Os dois foram apontados como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
Domingos Brazão foi transferido para um presídio federal em Porto Velho, Rondônia, enquanto seu irmão foi enviado para uma penitenciária em Campos Grande, no Mato Grosso do Sul.
O caso ainda está sendo investigado.
https://youtu.be/9Ny37x9Qq4g
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<a href="https://aratuon.com.br/politica/2023-12-07/deputado-binho-galinha-e-acusado-de-chefiar-esquema-criminoso-de-r-100-milhoes/">O deputado estadual Binho Galinha (PRD), apontado como líder de uma suposta milícia na região de Feira de Santana</a> possuía um “núcleo armado”. Segundo denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), e obtidas pelo portal Bahia Notícias, o esquema criminoso contava com uma segurança pessoal para a cúpula da organização, além da cobrança de dívidas ilegais e extorsões.
A denúncia aponta que Binho Galinha mantinha em sua agenda de contatos mais de 120 policiais civis e militares para realizar estes serviços. A organização é suspeita de uma série de crimes, incluindo receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capitais e outros delitos.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do MP-BA, ressalta que o dinheiro gerado pelo jogo do bicho é frequentemente utilizado para financiar crimes, incluindo a formação de milícias.
Uma análise telemática revelou uma planilha de controle de pagamentos, possivelmente semanais, incluindo valores destinados à Polícia Civil e à Polícia Militar de Feira de Santana. O Gaeco indica que PMs próximos a Binho Galinha atuavam como sua segurança pessoal e de seus familiares, praticando cobranças violentas relacionadas a agiotagem, jogo do bicho e outros crimes.
Além disto, a denúncia menciona o crime de agiotagem, com integrantes da organização oferecendo empréstimos com juros abusivos e adquirindo dívidas de terceiros para cobrança própria. Empresas como O+ Cobranças Amigáveis Eireli, K2 Cobranças Amigáveis e Correspondente Financeira, K Cobranças Amigáveis e Correspondente Financeira e RPlus Cobranças Amigáveis LTDA foram citadas por movimentarem grandes quantias com membros do grupo.
Registros de notas promissórias com valores expressivos foram encontrados em nuvens, segundo o Ministério Público. Uma dessas notas, no valor de R$ 2,5 milhões, está georreferenciada em uma coordenada correspondente à localização da Loja Tend Tudo, mencionada na denúncia por supostos crimes de receptação de peças automotivas.
O MP-BA destaca que a estrutura da loja servia para encobrir ações ilícitas ao receber peças de automóveis provenientes de crimes contra o patrimônio. Laudo da Polícia Federal indica que a loja recebeu créditos superiores a R$ 40 milhões, sem a devida comprovação fiscal.
Outros denunciados no esquema são acusados de oferecer empréstimos a terceiros com juros excessivos, ameaçando as vítimas para efetuarem o pagamento. Conversas de aplicativos de mensagens detalham a atuação do núcleo armado da organização criminosa, incluindo Roque de Jesus Carvalho, conhecido como "Roque Xinha", policial militar ativo da PM-BA.
Imagens encontradas na nuvem de Roque mostram um arsenal, incluindo armamentos de grosso calibre. Uma suposta captura de tela de uma conversa pelo aplicativo "WhatsApp" revela ameaças de morte a um indivíduo chamado "Jefferson" por parte de "Binho Galinha", afirmando ser dono do grupo de extermínio de Feira de Santana.
A organização criminosa é apontada pelo Ministério Público como atuante na prática de receptação, contravenção do jogo do bicho, extorsão, agiotagem, lavagem de capitais e outros delitos. Tudo teria se dado ainda na década de 1990, quando a organização criminosa foi constituída. O deputado teria assumido a liderança do grupo em 2013, a partir do homicídio do bicheiro Oldair José da Silva Mascarenhas, conhecido como Dainho, e ex-sócio de Kléber Cristian.
O monopólio de Galinha no comando das atividades se estabeleceria até os dias atuais, de acordo com o MP. A investigação apontou que a prática da contravenção seria uma das "exclusividades" de Binho Galinha, com o domínio da prática do jogo do bicho, por meio da entidade "ParaTodos", ampliando a execução de outras atividades, segundo a investigação.
Com atuação em Feira de Santana e em cidades circunvizinhas, o grupo de Binho Galinha teria uma larga extensão. De acordo com o MP foram identificadas pelo menos 13 pessoas, de codinomes "Macaco", "Vini", "Charuto", "Vaguinho", "Galego" e "Ninito", entre outros que não teriam sido identificados ainda pelo MP. <a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-03-07/assessor-binho-galinha-preso/">Recentemente, o assessor parlamentar do deputado, identificado como Bruno Borges França, foi preso.</a>
O Aratu On procurou a assessoria de Binho Galinha, para um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
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Cerca de 500 famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) realizaram na manhã desta segunda-feira (22/1) trancaram em vários trechos da BR 101, no extremo sul da Bahia, e na BR-263, em Itambé, sudoeste baiano. Os pontos de fechamento estão localizados na altura dos municípios de Teixeira de Freitas, Itamaraju e Itabela.
A ação ocorreu em repúdio ao ataque do grupo de fazendeiros realizado no domingo (21) contra o povo pataxó Hã-Hã-Hãe, que resultou na morte da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade, mais conhecida como Nega Pataxó, e ferindo vários outros, dentre eles o Cacique Nailton Muniz, irmão de Maria de Fátima.
Em nota, o MST no estado repudiou a ação violenta do grupo que chemou de "fazendeiros milicianos", e cobrou do Estado uma investigação célere sobre o grupo, que de acordo com o MST estaria "praticando diversas ações criminosas na Bahia, atuando como se fosse um estado paralelo e agindo por cima da lei".
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), cerca de 200 ruralistas da região se organizaram através de um aplicativo de mensagens. Estes fazendeiros e comerciantes atuaram para recuperar, sem decisão judicial, a posse da Fazenda Inhuma, retomada por indígenas no último sábado (20).
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o ataque foi promovido por um grupo que se denomina “Movimento Invasão Zero”. A pasta também determinou o reforço, por tempo indeterminado, do patrulhamento ostensivo na região, que fica próximo a cidade de Itapetinga e Pau Brasil.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/interior/2024-01-22/comitiva-visita-area-no-sul-da-bahia-onde-indigena-foi-baleada/" target="_blank" rel="noopener">Comitiva visita área no sul da Bahia onde indígena foi baleada</a>
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Agência Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira (22/1) o inquérito que apura a atuação de milícias digitais nas redes sociais para divulgação de desinformação contra a democracia e às instituições brasileiras durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com a decisão, a Polícia Federal (PF) terá mais 90 dias para concluir as investigações. O pedido de mais prazo para encerrar as investigações foi feito pelos delegados responsáveis pelo caso. Em setembro do ano passado, Moraes também prorrogou o inquérito pelo mesmo prazo.
O inquérito aberto no Supremo por determinação de Alexandre de Moraes avalia “fortes indícios” da atuação de uma organização criminosa para atentar contra a democracia e o estado democrático de direito. Em outubro de 2023, Moraes incluiu o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 janeiro nas investigações. O relatório marcou fim dos trabalhos da comissão e indiciou 61 pessoas, entre elas, Jair Bolsonaro.
O material contém 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, incluindo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos.
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O médico baiano Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, pode ter sido assassinado por um engano, no Rio de Janeiro. Essa é uma das linhas de investigação das polícias Civil e Federal, que apura se a semelhança física entre o profissional de saúde e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26, teria motivado o crime, na madrugada desta quinta-feira (5/10).
Além de Perseu, outros dois médicos foram assassinados, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O único sobrevivente foi Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que recebeu três tiros e foi levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge.
MILÍCIA
Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa e os dois são apontados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como integrantes de uma milícia que atua na zona oeste da cidade. Conforme publicação do jornal O Globo, Taillon foi preso em 2020 e estava em condicinnal desde o último dia 25 de setembro. No processo consta que ele mora em um apartamento a cerca de 750 metros de onde ocorreu o triplo homicídio, na Avenida Lúcio Costa.
AUTORIDADES SE MANIFESTAM
Na manhã desta quinta, o ministro da Justiça, Flávio Dino, soliticou que a Polícia Federal (PF) acompanhe o caso justamente pela possibilidade de motivação política, levando em conta a relação de parentesco de uma das vítimas com parlamentares. O <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2023-10-05/expresso-minha-solidariedade-as-familias-comentou-jeronimo-rodrigues-sobre-medico-baiano-morto-no-rio-de-janeiro/">governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o presidente Lula pediram a elucidação do caso</a>, via redes sociais.
Em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, Tarcísio Morra afirmou que, antes de afirmar alguma coisa, é preciso esperar investigação policial e que a motivação do assassinato não esta evidente.
“Nada indica isso [uma execução por razões políticas] até aqui. Estamos trabalhando com muita cautela. É preciso esperar o avanço da investigação policial…. A partir deste ponto, não entanto, não há elementos que apontem para a possibilidade de essa hipótese ser mais provável do que outras. A motivação para esses assassinatos não está evidente”, opinou.
AMEAÇAS

Em julho, Sâmia havia relatado ao portal online Uol que vinha sofrendo ameaças de morte. “Recebo e-mail uma vez por mês, a cada 15 dias, com ofensas horrorosas falando que vai me matar, matar minha família. Das coisas mais terríveis e sempre com requintes de crueldade”, disse, na época.

Segundo ela, as ameaças eram dirigidas a ela, ao marido, o deputado federal Glauber Rocha (PSOL-RJ), e ao filho dos dois. Em agosto do ano passado, a deputada já havia relatado a mesma situação. “Quinta-feira passada recebi um email de uma pessoa ameaçando me estuprar e matar na frente do meu filho de 1 ano”, escreveu Sâmia em um post nas redes sociais, no dia 2 de agosto do ano passado.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/2023-10-05/nada-indica-ainda-que-foi-execucao-politica-e-e-preciso-cautela-diz-deputado-do-psol-sobre-medico-morto-no-rio-de-janeiro/" target="_blank" rel="noopener">‘Nada indica ainda que foi execução política e é preciso cautela’, diz deputado do PSOL sobre médico morto no Rio de Janeiro</a>
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