Na tarde deste s&aacute;bado (21/1), um homem, que estava no restaurante Feijoada da J&uacute;, localizado no Mercado S&atilde;o Miguel, em Salvador,&nbsp;disparou tiros contra a propriet&aacute;ria do estabelecimento e sua irm&atilde;. A dona do local, que n&atilde;o quis se identificar, conversou com o Aratu On e disse que o suspeito estava embriagado. Em seguida, ele teria come&ccedil;ado a vomitar, o que causou inc&ocirc;modo a outros clientes.&nbsp;

&quot;O homem&nbsp;come&ccedil;ou a ficar nervoso e quebrou tudo. Eu pedi para que ele ficasse calmo e se retirasse do estabelecimento.&nbsp;Foi nesse momento que ele deu um soco no rosto da minha irm&atilde;, que estava comigo&quot;, contou a propriet&aacute;ria.&nbsp;

Ap&oacute;s o primeiro epis&oacute;dio de agress&atilde;o, a v&iacute;tima tentou ir at&eacute; o estacionamento para conversar com o homem, que estava na companhia de uma mulher. &quot;Foi a&iacute; que ele sacou uma arma e tentou atirar contra n&oacute;s duas. N&atilde;o fomos atingidas porque nos jogamos no ch&atilde;o&quot;.&nbsp;

A v&iacute;tima afirmou, ainda, que&nbsp;a dupla fugiu em um carro branco, modelo Peugeot. Ainda segundo a propriet&aacute;ria, agentes das pol&iacute;cias Militar e Civil estiveram no local.&nbsp;

Em nota, a Pol&iacute;cia Militar informou que o&nbsp;18&ordf; Batalh&atilde;o de Pol&iacute;cia Militar (BPM) n&atilde;o foi acionado.

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Equipes da Funda&ccedil;&atilde;o M&aacute;rio Leal Ferreira (FMLF) e moradores da comunidade de P&eacute; Preto, no bairro de Santa Cruz, se reuniram em um novo encontro para discutir o projeto de urbaniza&ccedil;&atilde;o do local. O encontro ocorreu na &uacute;ltima quarta-feira (7), no campo de futebol Tr&ecirc;s Cora&ccedil;&otilde;es, na Avenida Nova Rep&uacute;blica.&nbsp;

Uma das pautas da reuni&atilde;o foi a necessidade de realiza&ccedil;&atilde;o da selagem, um procedimento que consiste na identifica&ccedil;&atilde;o de cada im&oacute;vel com um selo na porta e de realiza&ccedil;&atilde;o de um cadastro socioecon&ocirc;mico, com perguntas como n&uacute;mero de pessoas por fam&iacute;lia, n&uacute;mero de fam&iacute;lias que moram na mesma casa, n&uacute;mero de filhos, renda, escolaridade, emprego e desemprego, entre outras. Na ocasi&atilde;o, foram apresentados os profissionais da FMLF que far&atilde;o o procedimento.

A pr&oacute;xima etapa ser&aacute; a realiza&ccedil;&atilde;o do cadastro socioecon&ocirc;mico e vincula&ccedil;&atilde;o de cada selo ao respectivo cadastro. Segundo a presidente da FMLF, T&acirc;nia Scofield, a expectativa &eacute; que o projeto seja conclu&iacute;do em seis meses para que ent&atilde;o seja lan&ccedil;ada a licita&ccedil;&atilde;o da urbaniza&ccedil;&atilde;o.

A urbaniza&ccedil;&atilde;o da comunidade de P&eacute; Preto abrange uma poligonal com 7 mil m&sup2; e deve beneficiar pelo menos 300 fam&iacute;lias. As a&ccedil;&otilde;es previstas envolvem a constru&ccedil;&atilde;o de um conjunto habitacional para os moradores, da pra&ccedil;a hom&ocirc;nima, do campo de futebol Tr&ecirc;s Cora&ccedil;&otilde;es e &aacute;rea de futev&ocirc;lei, al&eacute;m da reconstru&ccedil;&atilde;o da Escola Municipal Anita Barbuda. Trata-se de um projeto similar aos realizados na Comunidade Guerreira Zeferina (Periperi), Loteamento Mar Azul (Tubar&atilde;o) e Man&eacute; Dend&ecirc; (Ilha Amarela).

Moradora do morro do P&eacute; Preto h&aacute; 14 anos e uma das fundadoras e l&iacute;deres comunit&aacute;rias do local, M&ocirc;nica dos Santos, de 41 anos, comemorou a iniciativa. &ldquo;Aqui muitas pessoas n&atilde;o t&ecirc;m esgotamento sanit&aacute;rio, t&ecirc;m que improvisar de diversas maneiras. N&oacute;s fizemos um improviso tamb&eacute;m para acesso a &aacute;gua, mas s&oacute; cai de madrugada. As liga&ccedil;&otilde;es el&eacute;tricas s&atilde;o todas problem&aacute;ticas. E esse projeto vem para mudar tudo isso. Eu estou muito feliz. Gra&ccedil;as a Deus foi enviada essa equipe da Prefeitura para nos ajudar, e eu digo que daqui para frente &eacute; s&oacute; vit&oacute;ria e alegria&rdquo;, contou.

Moradora h&aacute; 22 anos, Maria de Lourdes de Jesus, 47, disse estar ansiosa para saber como ser&aacute; o projeto: &ldquo;N&oacute;s estamos esperando para ver como vai ser, mas eu acredito que vai ficar muito bonito&rdquo;.

Segundo T&acirc;nia Scofield, o projeto vem para tirar as fam&iacute;lias que vivem hoje no P&eacute; Preto das atuais condi&ccedil;&otilde;es de precariedade social, urban&iacute;stica e econ&ocirc;mica. &ldquo;&Eacute; um projeto superimportante que vem para dar dignidade a essas pessoas. &Eacute; inacredit&aacute;vel que exista aqui dentro de Salvador, em Santa Cruz e Pituba, pessoas que vivam nessas condi&ccedil;&otilde;es de extrema precariedade. E o projeto vem para proporcionar uma grande transforma&ccedil;&atilde;o a todos que aqui vivem&rdquo;.

Em execu&ccedil;&atilde;o &ndash; Uma primeira reuni&atilde;o j&aacute; havia sido realizada para informar, em linhas gerais, como ser&aacute; desenvolvido o projeto. Qualquer servi&ccedil;o s&oacute; &eacute; feito no local ap&oacute;s uma explica&ccedil;&atilde;o pr&eacute;via e escuta da opini&atilde;o dos moradores.

Dois dos equipamentos que fazem parte do projeto de urbaniza&ccedil;&atilde;o da comunidade de P&eacute; Preto j&aacute; est&atilde;o em obras. Uma delas &eacute; a Escola Municipal Anita Barbuda, que j&aacute; foi demolida e ser&aacute; ampliada com investimento de R$8,5 milh&otilde;es. No momento est&aacute; sendo executado o servi&ccedil;o de funda&ccedil;&atilde;o da institui&ccedil;&atilde;o de ensino.

A outra constru&ccedil;&atilde;o &eacute; a da pra&ccedil;a hom&ocirc;nima, com interven&ccedil;&otilde;es iniciadas em novembro deste ano e conclus&atilde;o prevista para fevereiro. O equipamento de conviv&ecirc;ncia e lazer ter&aacute; uma &aacute;rea de 6,1 mil m&sup2; e tem investimento de R$1,8 milh&atilde;o. O projeto integrado prev&ecirc; melhorias no campo de futebol local, com recupera&ccedil;&atilde;o de alambrados e de traves, pintura, servi&ccedil;os de terraplanagem e implanta&ccedil;&atilde;o de tela de prote&ccedil;&atilde;o.

Tamb&eacute;m est&aacute; sendo constru&iacute;da uma nova quadra de areia para a pr&aacute;tica de v&ocirc;lei e futev&ocirc;lei, parque infantil com diversos brinquedos para a crian&ccedil;ada, esta&ccedil;&atilde;o de muscula&ccedil;&atilde;o e academia da sa&uacute;de equipadas com simulador de caminhada triplo, rota&ccedil;&atilde;o diagonal e vertical triplo, multiexercitador, remada sentada, esqui triplo e alongador com tr&ecirc;s alturas.

A pra&ccedil;a tamb&eacute;m contar&aacute; com seis boxes para atividades comerciais, trechos em piso intertravado e em concreto, gramados e mudas de &aacute;rvores, rampas de acessibilidade, sistema de drenagem, bancos e ilumina&ccedil;&atilde;o em LED.

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Neste s&aacute;bado (10/12), o Mercado S&atilde;o Miguel, na Baixa dos Sapateiros, receber&aacute; uma programa&ccedil;&atilde;o cultural especial. As idosas do coral Senhoras da Angola, do projeto Convivendo e Aprendendo da comunidade do Nordeste de Amaralina, em Salvador, realizar&atilde;o no espa&ccedil;o, a partir das 16h, uma apresenta&ccedil;&atilde;o aberta ao p&uacute;blico com cantigas de capoeira. O projeto &eacute; fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Promo&ccedil;&atilde;o Social, Combate &agrave; Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e o Parque Social.

A apresenta&ccedil;&atilde;o faz parte das aulas de capoeira idealizadas pelo projeto. &quot;Com a quest&atilde;o da idade e mobilidade, essas idosas n&atilde;o podem realizar aulas de capoeira. Ent&atilde;o, houve um estudo sobre a hist&oacute;ria da arte-luta, seus movimentos e ritmos, sendo constru&iacute;do o coral com as cantigas da capoeira Angola&quot;, disse a coordenadora da a&ccedil;&atilde;o, Maria Lu&iacute;sa Passos.

Cerca de 60 idosas, com idade a partir de 60 anos, participam do coral. A apresenta&ccedil;&atilde;o, que ter&aacute; tempo m&eacute;dio de 25 minutos, contar&aacute; com seis can&ccedil;&otilde;es e far&aacute; parte da roda de capoeira que acontece aos s&aacute;bados no Mercado S&atilde;o Miguel.

Moradora do bairro de Brotas, Maria C&eacute;lia Silva Santos, de 69 anos, n&atilde;o esconde emo&ccedil;&atilde;o ao falar sobre a iniciativa. &quot;Participo h&aacute; anos, esse projeto &eacute; tudo para a minha vida. Atrav&eacute;s dele tive e continuo tendo grandes oportunidades de conv&iacute;vio com outras pessoas,&eacute; uma terapia para mim&quot;.

A aposentada se diz ansiosa para a apresenta&ccedil;&atilde;o de s&aacute;bado. &quot;Tenho certeza que eu e minhas colegas faremos uma apresenta&ccedil;&atilde;o bel&iacute;ssima com can&ccedil;&otilde;es corriqueiras da capoeira&quot;, completou.

O PROJETO

O projeto Convivendo e Aprendendo proporciona espa&ccedil;o de conviv&ecirc;ncia social para fortalecer os v&iacute;nculos familiares e comunit&aacute;rios de crian&ccedil;as, adolescentes, jovens e idosos, incentivando a socializa&ccedil;&atilde;o, integra&ccedil;&atilde;o e participa&ccedil;&atilde;o em atividades que promovam aprendizado e empoderamento de uma maneira l&uacute;dica e criativa. O projeto vem sendo desenvolvido nas comunidades do Pelourinho, Nordeste de Amaralina, Bairro da Paz, Pau da Lima e Cajazeiras.

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