Licen&ccedil;a menstrual: C&acirc;mara aprova urg&ecirc;ncia na tramita&ccedil;&atilde;o do projeto. Em vota&ccedil;&atilde;o realizada nesta segunda-feira (27) os deputados federais aprovaram a urg&ecirc;ncia do Projeto de Lei (PL) 1.249/22. O texto assegura at&eacute; tr&ecirc;s dias consecutivos de afastamento remunerado por m&ecirc;s para mulheres que apresentem sintomas intensos relacionados ao ciclo menstrual.
A vota&ccedil;&atilde;o em regime de urg&ecirc;ncia acelera a tramita&ccedil;&atilde;o da proposta, dispensando etapas como a an&aacute;lise pr&eacute;via em algumas comiss&otilde;es da Casa.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d6f24b77-073e-4156-95e6-e726f0e730c3.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Depositphotos / Ag&ecirc;ncia C&acirc;mara de Not&iacute;cias">
<h2 data-start="72" data-end="457">Licen&ccedil;a menstrual: C&acirc;mara aprova urg&ecirc;ncia na tramita&ccedil;&atilde;o do projeto</h2>
Mesmo com a tramita&ccedil;&atilde;o mais r&aacute;pida, o texto ainda ser&aacute; examinado de forma conclusiva pelas comiss&otilde;es de Defesa dos Direitos da Mulher; de Trabalho, Administra&ccedil;&atilde;o e Servi&ccedil;o P&uacute;blico; e de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a e de Cidadania.&nbsp;O PL 1.249 prop&otilde;e a inser&ccedil;&atilde;o da licen&ccedil;a menstrual na Consolida&ccedil;&atilde;o das Leis do Trabalho (CLT), por meio da altera&ccedil;&atilde;o do artigo 473. A iniciativa &eacute; da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).&nbsp;
&ldquo;A cada m&ecirc;s as mulheres em idade f&eacute;rtil enfrentam desconfortos, em graus variados, no per&iacute;odo menstrual. Para a maioria delas, esse per&iacute;odo &eacute; marcado por sintomas de intensidade leve ou mediana como c&oacute;licas, indisposi&ccedil;&atilde;o, dor de cabe&ccedil;a ou enxaqueca. Mas, cerca de 15% das mulheres enfrentam sintomas graves, com fortes dores na regi&atilde;o inferior do abd&ocirc;men e c&oacute;licas intensas, que chegam, muitas vezes, a prejudicar sua rotina&rdquo;, diz trecho da justificativa do projeto.
Com a aprova&ccedil;&atilde;o da urg&ecirc;ncia, o texto seguir&aacute; para vota&ccedil;&atilde;o no plen&aacute;rio da C&acirc;mara dos Deputados.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c042b1cc-bdb2-45e0-975e-2b7d58eb197f.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Licen&ccedil;a menstrual: C&acirc;mara aprova urg&ecirc;ncia na tramita&ccedil;&atilde;o do projeto; Foto: Marcello Casal jr/Ag&ecirc;ncia Brasil">

A decisão de ter filhos é um passo importante para muitos casais, que frequentemente se questionam sobre o impacto do uso de anticoncepcionais orais em sua capacidade de engravidar. Um estudo da Sociedade Espanhola de Contracepção indica que mais de 17% das mulheres na Espanha usam a pílula, enquanto no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, esse número chega a 40,6%.

Apesar das preocupações, o Dr. Javier Domingo, ginecologista e diretor do IVI Las Palmas e Tenerife, esclarece que os anticoncepcionais não são responsáveis pela diminuição da fertilidade. "É um mito acreditar que quem nunca usou métodos anticoncepcionais hormonais engravida mais facilmente. A realidade é que problemas subjacentes, e não o uso da pílula, podem causar dificuldades", afirma.

O médico destaca que o tempo de uso dos anticoncepcionais orais não impacta na capacidade de engravidar. "A idade da mulher no momento de tentar a gravidez é o fator mais relevante, assim como outras possíveis causas de infertilidade", explica.

Após a interrupção do uso, a menstruação geralmente retorna, embora a ovulação possa levar de 3 a 4 meses para se normalizar. "O uso prolongado de anticoncepcionais pode, em alguns casos, resultar em amenorreia ou fluxo menstrual reduzido durante o uso", acrescenta o especialista.

De maneira geral, a ovulação se recupera logo após a mulher deixar de lado o uso de anticoncepcionais. Uma coisa seria se ela tivesse um problema de anovulação subjacente, e isso poderia ser a causa da ausência da menstruação ou da esterilidade. Nesse caso, a ovulação precisaria ser induzida para conseguir a gravidez. "Mas em mulheres com ciclos regulares não precisam descansar um pouco do anticoncepcional. Na verdade, o risco de esquecer um simples comprimido, sem nenhum tipo de intervalo, pode levar até a uma gravidez indesejada", acrescenta a Diretora Médica do IVI Salvador, Dra. Genevieve Coelho.

Para casais que tentam engravidar, a recomendação é procurar um especialista em fertilidade após um ano de tentativas sem sucesso — ou seis meses para mulheres acima de 35 anos ou com histórico de infertilidade. "É essencial considerar tanto a saúde feminina quanto a masculina, pois a infertilidade pode afetar ambos os parceiros", aponta a Dra. Genevieve.

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Agência Brasil
Mais de 31 mil unidades credenciadas no programa Farmácia Popular começaram a distribuir absorventes para a população em situação de vulnerabilidade social. Segundo o Ministério da Saúde, a oferta é direcionada a grupos que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculados em escolas públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. A população recolhida em unidades do sistema prisional também será contemplada.
Podem receber absorventes brasileiras ou estrangeiras que vivem no Brasil, com idade entre 10 e 49 anos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que contam com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa.
Estudantes das instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas, neste caso, a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda. O público-alvo do programa abrange 24 milhões de pessoas.
EXIGÊNCIAS
Para garantir o benefício, é preciso apresentar um documento de identificação pessoal com número do Cadastro de Pessoas Físicas - CPF - e a Autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impresso, que deve ser gerada via aplicativo ou site do Meu SUS Digital – nova versão do aplicativo Conecte SUS – com validade de 180 dias. A aquisição de absorventes para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal. As orientações também estão disponíveis no Disque Saúde 136.
Em caso de dificuldade para acessar o aplicativo ou emitir a autorização, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde (UBS). Pessoas em situação de rua também podem buscar nos centros de referência da assistência social, centros de acolhimento e equipes de Consultório na Rua. Para pessoas recolhidas em unidades do sistema penal, a entrega será coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a distribuição realizada diretamente nas instituições prisionais.
A iniciativa integra o Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual e envolve as seguintes áreas: Saúde; Direitos Humanos e Cidadania; Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e Mulheres e Educação.
COMBATE ÀS DESIGUALDADES
Em nota, o Ministério da Saúde destacou que a ação contribui no combate às desigualdades causadas pela pobreza menstrual e configura “um importante avanço para garantir o acesso à dignidade menstrual”.
“A menstruação é um processo natural, que ocorre em todo o mundo com, pelo menos, metade da população. Ainda assim, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a pobreza menstrual, associada aos tabus que ainda cercam essa condição, podem ocasionar evasão escolar e desemprego. No Brasil, uma a cada quatro meninas falta à escola durante o seu período menstrual e cerca de quatro milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar (acesso a absorventes, banheiros e sabonetes)”, explica a nota.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2023-06-15/agora-e-lei-a-distribuicao-gratuita-de-absorventes-para-mulheres-em-situacao-de-vulnerabilidade-social/" target="_blank" rel="noopener">Distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade vira lei em Salvador</a>
SALVADOR
A distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade social agora é lei em Salvador. A prefeitura validou o projeto aprovado na Câmara e os itens serão distribuídos em abrigos de proteção social para adolescentes e  para mulheres acolhidas nesses locais em situação de rua, e também em situação familiar de extrema pobreza .
A lei cria o programa “Menstruação Sem Neura”, que consiste em uma série de ações sobre o tema. As alunas das últimas duas séries do ensino fundamental da Rede Municipal de Educação, que já iniciaram o ciclo menstrual, também vão receber os absorventes gratuitamente.
Confira reportagem completa do Bom Dia Bahia: 
https://youtu.be/nBIc-w1s8P4
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Você sabia que os uniformes da Seleção Brasileira de futebol feminino possuem uma tecnologia para deixar as jogadoras mais seguras durante a menstruação? Afinal, ter um "vazamento" e sujar a roupa é um dos principais medos de quem mestrua. Imagine, então, para atletas que precisam trabalhar em alta performance justamente nesse período?
Lançado em abril deste ano, pela Nike, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a roupa possui um "short menstrual" integrado ao short do uniforme que, segundo a marca, traz sustentação para que as atletas se sintam mais confortáveis quando forem jogar nesse período. A tecnologia foi chamada de "Nike Leak Protection: Period" e consiste em um short acoplado ultrafino, com revestimento absorvente e duas camadas de reforço laminado, além de forro.
Na época do lançamento, a CBF informou que o material do uniforme foi desenhado em computador, com base em dados e influência dos pedidos e feedbacks das próprias jogadoras. A seleção usou o novo modelo, pela primeira vez, na disputa da Finalíssima, em junho deste ano.
MAIS DETALHES
Inspirado na Amazônia, a roupa é feita com um DRI-FIT avançado que permite que o corpo ventile sem interferir na mobilidade das atletas. Também à época, a designer sênior da Nike, Charlotte Harris, disse que o maior momento da história do futebol feminino merece a tecnologia mais inovadora. "O material das novas camisas e shorts para as jogadoras afasta o suor da pele e garante evaporação mais rápida. Com isso, as atletas ficam secas, ventiladas, confortáveis e focadas", explicou.
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COPA DO MUNDO
Após vencer o estreante Panamá por 4 a 0, na última segunda-feira (24), em seu primeiro jogo na Copa do Mundo 2023, a Seleção Brasileira tem um novo desafio neste sábado (29), às 7h (horário de Brasília), contra a França. O histórico contra as francesas não é dos melhores em partidas oficiais - seis derrotas e cinco empates -, mas para a técnica da equipe canarinho, a sueca Pia Sundhage, está na hora do Brasil ganhar essa disputa:

<blockquote>
"Há sempre um histórico quando você joga contra um time. E quanto mais tempo você joga contra um time, como a França, mais perto você chega da vitória. Isso é um fato, é uma questão de tempo. Temos uma oportunidade. Tento comparar 2019 [quando o Brasil foi eliminado do Mundial justamente pelas francesas] com agora, e está muito diferente. Quando observo a equipe, elas estão alegres, confiantes e acreditam que é possível. Este é o momento para jogarmos um ótimo futebol e vencer o jogo".
</blockquote>
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/esportes/2023-07-28/chegou-a-hora-de-o-brasil-vencer-a-franca-diz-pia-sundhage/" target="_blank" rel="noopener">Técnica do Brasil, Pia Sunhage diz que chegou a hora da seleção vencer a França</a>

As alunas da Escola Municipal Álvaro da Franca Rocha, no bairro da Engomadeira, em Salvador, receberam um kit menstrual contendo absorvente, calendário para marcação do ciclo e espelho. A ação faz parte do projeto "Ciclo de Cuidados", do programa Dignidade Menstrual da Mulher, criado pela Prefeitura de Salvador.
O intuito da iniciativa é combater a pobreza menstrual de milhares mulheres, cuidando da saúde e do bem-estar de todas. Desde 2021, alunas de 11 a 50 anos da rede municipal de ensino de Salvador têm direito a receber 16 absorventes por mês.
Além do kit, as alunas ganham um folheto informativo e orientações acerca da normalidade da menstruação.
O Ciclo de Cuidados foi criado considerando que a evasão escolar por falta de recursos para compra de absorventes é uma realidade, indicada inclusive por estudos desenvolvidos por universidades e organismos internacionais, como o Unicef.
Além da distribuição do item, o Ciclo de Cuidados também trabalha, ainda, a educação acerca da menstruação, higiene e saúde feminina. A entrega dos materiais de higienização ocorre de maneira mensal e sistemática, seguindo calendário já determinado, abrangendo todas as Gerências Regionais de Ensino.

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (8/3), que vai assegurar a oferta de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na população que está abaixo da linha da pobreza. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que cria o Programa de Proteção e Promoção da Dignidade Menstrual. As informações são da Agência Brasil.
Segundo o ministério, cerca de 8 milhões de pessoas serão beneficiadas pela iniciativa, que prevê investimento de R$ 418 milhões por ano.
A nova política segue os critérios do Programa Bolsa Família, incluindo estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas, pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade social extrema.
Também serão atendidas pessoas em situação de privação de liberdade e que cumprem medidas socioeducativas. O ministério acrescentada que o programa, voltado a todas as pessoas que menstruam, alcançará mulheres cisgênero, homens trans, pessoas transmasculinas, pessoas não binárias e intersexo.
MINISTÉRIO PÚBLICO
Nesta semana, o Ministério Público Federal (MPF) reforçou um pedido na Justiça para que a União apresentasse plano de distribuição de absorventes a estudantes de baixa renda da rede pública, a mulheres em situação de vulnerabilidade social extrema, a detentas e a jovens em conflito com a lei internadas.
A distribuição é garantida pela Lei Federal 14.214 de 2021, mas o governo anterior foi contra a política. O texto, aprovado pelo Senado em setembro de 2021, foi sancionado pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro, que, no entanto, vetou a distribuição gratuita dos absorventes.
O veto presidencial foi derrubado em março do ano seguinte pelo Congresso Nacional. No mesmo mês, Bolsonaro decidiu regulamentar a distribuição. Em novembro, o Ministério da Saúde lançou o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, com a promessa de atender a 4 milhões de mulheres.
Em outubro, a organização não governamental (ONG) Criola há havia entrado com ação na Justiça Federal, pedindo que o governo federal apresentasse, em 15 dias, os planos para distribuição dos absorventes.
“A ideia era desenvolver essa política o mais rápido possível, com a urgência [de] que ela necessitava, visto que as pessoas que serão beneficiadas desta política são pessoas em situação de vulnerabilidade”, lembrou a coordenadora-geral da ONG Criola, Lúcia Xavier.
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-03-08/aniversario-cidade-show/" target="_blank" rel="noopener"> Aniversário da cidade terá show gratuito com clássicos baianos no Farol da Barra</a>

Mais de 226 mil estudantes e pessoas que menstruam, entre 11 e 45 anos, foram beneficiadas&nbsp;pelo programa Dignidade Menstrual, do Governo da Bahia, na rede estadual de ensino.

No &uacute;ltimo s&aacute;bado (28/5), data em que se faz alus&atilde;o ao Dia&nbsp;Internacional da Dignidade Menstrual, institu&iacute;do pela Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), o programa estadual se destaca pela distribui&ccedil;&atilde;o de absorventes higi&ecirc;nicos; pelo desenvolvimento de a&ccedil;&otilde;es pedag&oacute;gicas e formativas; e por garantir a dignidade menstrual &agrave;s estudantes e pessoas que menstruam e que se encontram em situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade socioecon&ocirc;mico.

O programa foi institu&iacute;do pela Secretaria da Educa&ccedil;&atilde;o do Estado (SEC), em parceria com a Secretaria de Promo&ccedil;&atilde;o da Igualdade (Sepromi). Por meio do Dignidade Menstrual, &eacute; ofertado, mensalmente, um pacote de absorventes descart&aacute;veis por benefici&aacute;ria, cujo investimento total &eacute; de R$ 5,6 milh&otilde;es.

Al&eacute;m de combater a precariedade menstrual com a distribui&ccedil;&atilde;o de absorventes higi&ecirc;nicos,&nbsp;o programa visa a promo&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&otilde;es pedag&oacute;gicas de conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre a menstrua&ccedil;&atilde;o como um processo natural que n&atilde;o pode ser impedimento de socializa&ccedil;&atilde;o. A proposta &eacute; desconstruir tabus e tornar a escola um espa&ccedil;o ainda mais acolhedor.

Talita Leit&atilde;o,&nbsp;t&eacute;cnica da coordena&ccedil;&atilde;o de Educa&ccedil;&atilde;o Ambiental e Sa&uacute;de da SEC, ressalta que a pobreza menstrual&nbsp;&nbsp;&eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o que resulta em aus&ecirc;ncias recorrentes na escola e destacou a import&acirc;ncia do programa na rede estadual de ensino.

&ldquo;O programa trabalha na perspectiva de combater a pobreza menstrual na Bahia e garantir a dignidade para as pessoas que menstruam e n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es de passar pelo per&iacute;odo menstrual de forma adequada&rdquo;. Ela tamb&eacute;m ressalta a import&acirc;ncia da institui&ccedil;&atilde;o do Dia Internacional da Dignidade Menstrual.

&ldquo;Esta data &eacute; uma conquista para todas as pessoas que menstruam e necessitam de aten&ccedil;&atilde;o. &Eacute; uma prova de que o problema est&aacute; sendo visto e reparado e que os seus direitos est&atilde;o sendo assegurados&rdquo;.

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O Projeto Deixa Fluir, que visa combater a pobreza menstrual de mulheres em situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade social, foi lan&ccedil;ado pela&nbsp;Prefeitura Municipal de Candeias, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Assist&ecirc;ncia Social&ndash;SEDAS, em parceria com a Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o - SEDUC e a Secretaria de Sa&uacute;de - SESAU, nesta sexta-feira (25/03).&nbsp;A cidade, a 53 quil&ocirc;metros da capital, &eacute; a primeira da regi&atilde;o metropolitana de Salvador (RMS) a distribuir&nbsp;absorventes gratuitos para estudantes da rede p&uacute;blica municipal.

As alunas v&atilde;o receber pacotes contendo&nbsp;oito&nbsp;unidades de absorventes mensalmente, para ajud&aacute;-las nos gastos fiannceiros e evitar que faltem aula por falta de absorventes.&nbsp;&ldquo;Identificamos que a grande aus&ecirc;ncia de alunas nas aulas regulares se davam por conta do per&iacute;odo menstrual. Algumas n&atilde;o tinham informa&ccedil;&otilde;es sobre o ciclo, outras porque as fam&iacute;lias n&atilde;o tinham condi&ccedil;&otilde;es de comprar. Esse projeto quer acabar com a falta de informa&ccedil;&atilde;o, que faziam muitas meninas terem medo e at&eacute; vergonha de menstruar, al&eacute;m da falta de acesso ao absorvente por condi&ccedil;&otilde;es financeiras atrav&eacute;s da doa&ccedil;&atilde;o regular mensal&rdquo;, afirma o prefeito&nbsp;Pit&aacute;goras Ibiapina,

A Lei de N&deg; 1.313/2021, que criou o Projeto Deixa Fluir busca a erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza menstrual promovendo a sa&uacute;de e a higiene das crian&ccedil;as e adolescentes que menstruam, por meio da cria&ccedil;&atilde;o de um programa de a&ccedil;&otilde;es educativas, sa&uacute;de, assist&ecirc;ncia social, confer&ecirc;ncias e campanhas de esclarecimento peri&oacute;dicas que facilitem o contato da popula&ccedil;&atilde;o e dos profissionais desta &aacute;rea com o tema, bem como, a cria&ccedil;&atilde;o e aprimoramento das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas voltadas para a erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza menstrual no munic&iacute;pio.

A secret&aacute;ria de Desenvolvimento Social, Soraia Cabral, relatou que o Sedas vai trabalhar nas escolas municipais com assistentes sociais e psicopedagogos para atenderem as fam&iacute;lias e as alunas. &ldquo;Implementamos esse programa atrav&eacute;s de Lei, pois &eacute; necess&aacute;rio virar uma pol&iacute;tica p&uacute;blica de governo municipal. Temos outros projetos sociais, e o programa de erradica&ccedil;&atilde;o da pobreza menstrual acrescenta a essas fam&iacute;lias informa&ccedil;&atilde;o e a doa&ccedil;&atilde;o de absorventes como forma de cuidar da sa&uacute;de dessas meninas, para que esse processo menstrual seja simples e tranquilo&rdquo;, afirmou.

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C&oacute;lica, irritabilidade, ansiedade, fome em excesso ou falta de apetite, cefaleia, dores osteomusculares s&atilde;o algumas das queixas mais comuns em mulheres no per&iacute;odo menstrual. Somam-se aos inconvenientes sintomas que podem acompanhar a menstrua&ccedil;&atilde;o, mitos envolvendo o ciclo reprodutivo da mulher. &ldquo;Menstruar &eacute; ultrapassado&rdquo;, &ldquo;Faz parte ter ciclos menstruais dolorosos e pesados&rdquo;, &ldquo;&Eacute; normal se sentir p&eacute;ssima nesse per&iacute;odo&rdquo;, &ldquo;Tadinha! Ela est&aacute; de TPM&rdquo;, &ldquo;Mulher nasceu para sofrer&rdquo;. S&atilde;o apenas algumas das cren&ccedil;as limitantes que as mulheres crescem ouvindo. Algumas acreditando.&nbsp;

&ldquo;As mulheres precisam aprender que o que acontece fisiologicamente todos os meses no corpo delas n&atilde;o &eacute; para gerar sofrimento. Tudo que est&aacute; nela tem alguma utilidade. Menstruar tem serventia&rdquo;, alerta a fisioterapeuta Heide Silva. Foi por sofrer na pele, na fase da adolesc&ecirc;ncia, fortes sintomas associados ao per&iacute;odo menstrual que Heide buscou respostas. A gradua&ccedil;&atilde;o em Fisioterapia n&atilde;o foi suficiente para calar os questionamentos sobre as dores e processos patol&oacute;gicos que acompanhava em seu pr&oacute;prio corpo e nos pacientes que tratava. Quase desistia da sonhada profiss&atilde;o quando resolveu se especializar em Ospeopatia.&nbsp;

&ldquo;Estava em um sentimento de frustra&ccedil;&atilde;o total, vendo pacientes se tratando h&aacute; anos e se queixando das mesmas coisas. A Osteopatia busca a origem das dores, das desordens e trabalha com uma vis&atilde;o mais integrativa. Eu me reencontrei na minha profiss&atilde;o&rdquo;, fala a baiana que se encantou pela terapia criada pelo americano Andrew Taylor Still, baseada na teoria de que o corpo &eacute; capaz de criar seus pr&oacute;prios recursos para manter-se em equil&iacute;brio.&nbsp;

Al&eacute;m de muitos outros benef&iacute;cios, a osteopatia promove melhora significativa na qualidade de vida das mulheres em diferentes &aacute;reas, inclusive nos sintomas ligados ao ciclo menstrual e aos &oacute;rg&atilde;os reprodutores. N&atilde;o &eacute; raro uma mulher expressar que sua menstrua&ccedil;&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil, dolorosa ou inc&ocirc;moda. &ldquo;Algumas mulheres t&ecirc;m c&oacute;licas e outras n&atilde;o, da mesma forma que pessoas com sobrepeso podem sentir dores e outras n&atilde;o. Cada corpo &eacute; um corpo. E a gente n&atilde;o deve normalizar sintomas. Afinal, se existe uma queixa h&aacute; uma causa, raz&atilde;o pela qual o corpo est&aacute; se expressando atrav&eacute;s de sintomas&rdquo;, explica a fisioterapeuta.&nbsp;

Na vis&atilde;o da fisioterapeuta, interromper o fluxo menstrual n&atilde;o &eacute; o caminho mais saud&aacute;vel. &ldquo;Desligar a menstrua&ccedil;&atilde;o &eacute; simplesmente desligar a nossa produ&ccedil;&atilde;o de horm&ocirc;nios e entrar em menopausa química que, mesmo de forma reversível, nos traz sintomas e alterações metabólicas características de uma mulher que n&atilde;o tem mais ov&aacute;rios funcionastes&rdquo;, destaca lembrando que todos os sintomas do per&iacute;odo menstrual respondem positivamente ou negativamente ao estilo de vida que a mulher sustenta.&nbsp;

O processo ginecol&oacute;gico n&atilde;o ocorre somente no &uacute;tero e ov&aacute;rios, mas tamb&eacute;m em outros sistemas do corpo, seja no cr&acirc;nio, v&iacute;sceras, vascular, postural, musculoesquel&eacute;tico, associados &agrave;s cren&ccedil;as e informa&ccedil;&otilde;es ao longo da vida, refer&ecirc;ncias da gera&ccedil;&atilde;o passada, h&aacute;bitos de vida, alimenta&ccedil;&atilde;o... &nbsp;&ldquo;Nosso &uacute;tero &eacute; o centro de cria&ccedil;&atilde;o: poder &uacute;nico que s&oacute; pertence a n&oacute;s mulheres. Quem acredita que menstruar &eacute; ultrapassado e que mulher sofre por ter &uacute;tero, deixa de descobrir a causa dessa queixa e assim ter condi&ccedil;&atilde;o de resolv&ecirc;-la&rdquo;, defende. &nbsp;

O primeiro passo &eacute; se conectar com o seu ciclo menstrual compreendendo e monitorando-o. &ldquo;&Eacute; atrav&eacute;s dele e da menstruar&atilde;o que s&atilde;o fornecidas &oacute;timas informa&ccedil;&otilde;es sobre a sa&uacute;de da mulher&rdquo;, sinaliza.&thinsp;Aprendendo a analisar os sinais que o corpo d&aacute;, mesmo em meio &agrave;s mudan&ccedil;as e irregularidades, o ciclo menstrual deve ser visto como um sinal vital para as mulheres, da mesma forma que a press&atilde;o arterial, temperatura, respira&ccedil;&atilde;o e pulso.&nbsp;

Al&eacute;m de compartilhar conhecimentos no instagram, Heide acaba de criar um programa de mentoria para o p&uacute;blico feminino. O grupo GiraSister re&uacute;ne sete jovens que querem aprender a olhar e valorizar seu ciclo reprodutivo. Novas turmas ser&atilde;o abertas. &nbsp;&ldquo;Menstruamos por que precisamos ovular para produzir horm&ocirc;nios e precisamos produzir horm&ocirc;nios para ter sa&uacute;de. &Eacute; ovulando que a mulher consegue produzir horm&ocirc;nios naturalmente e assim manter o equil&iacute;brio hormonal e metab&oacute;lico. Ou seja, manter a sa&uacute;de&rdquo;, conclui. &nbsp;

OSTEOPATIA

O tratamento osteop&aacute;tico enfatiza a integridade estrutural e funcional do corpo, bem como a tend&ecirc;ncia intr&iacute;nseca de autocura do organismo. A principal diferen&ccedil;a entre um fisioterapeuta cl&aacute;ssico e outro com a vis&atilde;o osteop&aacute;tica &eacute; a maneira de entender a doen&ccedil;a para trat&aacute;-la. Quando o profissional combina racioc&iacute;nio e t&eacute;cnicas osteop&aacute;ticas e todo o conhecimento adquirido na faculdade, consegue melhores resultados cl&iacute;nicos. No Brasil, a forma&ccedil;&atilde;o &eacute; permitida apenas para fisioterapeutas formados.&nbsp;

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A ideia apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) pelo deputado Angelo Almeida (PSB), em indica&ccedil;&atilde;o ao governador Rui Costa, &eacute; que as secretarias estaduais de Sa&uacute;de e Educa&ccedil;&atilde;o implantem, em parceria, um programa de distribui&ccedil;&atilde;o de absorventes e/ou coletores menstruais para as estudantes de baixa renda. A distribui&ccedil;&atilde;o deve ser feita a adolescentes dos anos finais da rede p&uacute;blica de ensino.

Angelo ressalta que acessar produtos de higiene pessoal, saneamento b&aacute;sico e educa&ccedil;&atilde;o adequada para lidar com o per&iacute;odo menstrual n&atilde;o &eacute; uma realidade que abrace todas as mulheres da Bahia. Al&eacute;m disso, muitas jovens sequer t&ecirc;m recurso para adquirir os absorventes necess&aacute;rios, o que faz com que muitas delas deixem de ir &agrave; escola nos dias em que est&atilde;o menstruadas. Nesse contexto, o Fundo de Popula&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (UNFPA) e o Fundo das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Inf&acirc;ncia (Unicef) lan&ccedil;aram relat&oacute;rio que tra&ccedil;a um panorama alarmante da realidade menstrual vivida por meninas brasileiras.

De acordo com o estudo &lsquo;Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e viola&ccedil;&otilde;es de direitos&rsquo;, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domic&iacute;lio e mais de 4 milh&otilde;es n&atilde;o t&ecirc;m acesso a itens m&iacute;nimos de cuidados menstruais nas escolas&rdquo;, informa o deputado. Angelo refor&ccedil;a que, diante dessa realidade, a distribui&ccedil;&atilde;o de absorventes ou coletores menstruais j&aacute; vem ocorrendo em diversos estados do pa&iacute;s, a exemplo do Cear&aacute;, Maranh&atilde;o, S&atilde;o Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro, e tamb&eacute;m no Distrito Federal. &ldquo;Vale ressaltar que no caso dos coletores, a distribui&ccedil;&atilde;o deve ser acompanhada de informa&ccedil;&otilde;es sobre os cuidados necess&aacute;rios com o objeto&rdquo;, salienta o parlamentar.

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