Vem de Ubaitaba, na Bahia, um dos maiores atletas brasileiros de todos os tempos. Após amargar por alguns instantes o quinto lugar na semifinal da canoagem C1 1000 metros, Isaquias Queiroz, 30 anos, teve uma recuperação surpreendente e garantiu a prata nesta sexta-feira (9/8).
Com o feito, o baiano entra para o seleto grupo de esportistas brasileiros com cinco medalhas olímpicas, ao lado de Torben Grael e Robert Scheidt, ambos da Vela, atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do país, com seis pódios.
"É um peso que tirei das minhas costas. Muita gente não acreditou em mim. [...] Poder chegar em Paris, 'ser' medalha de prata, ser porta-bandeira... [...] Sou muito grato, saí de uma cidade pequena, e estou muito feliz", disse Isaquias após a conquista, em entrevista à TV Globo.
SEMIFINAL
Isaquias completou o percurso da semifinal em 3min44s80, assegurando o segundo lugar em sua bateria, atrás - por apenas dois milésimos de segundo - do alemão Sebastian Brendel, três vezes campeão olímpico. Os quatro primeiros colocados de cada bateria avançaram à Final A, que decide as medalhas, enquanto os demais competem na Final B, somente para determinar as colocações finais.
O tcheco Martin Fuksa, atual campeão mundial, estabeleceu um novo recorde olímpico ao marcar 3min44s69, garantindo a melhor marca geral nas semifinais. Isaquias avançou com o terceiro melhor tempo, enquanto o polonês Wiktor Gazunow, líder do ranking mundial, completou a lista dos quatro primeiros.
ADVERSÁRIOS FORA DA DISPUTA
Três dos principais adversários de Isaquias ficaram fora da disputa por medalhas. O romeno Catalin Chirila, que havia quebrado o recorde olímpico nas eliminatórias, terminou em quinto na sua bateria. O chinês Bowen Ji, campeão olímpico no C2 500m, e o francês Adrien Bart, terceiro no ranking mundial, também não avançaram e competirão na Final B.
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O Brasil escreveu nesta segunda-feira, dia 5, mais um capítulo inesquecível na história do surfe mundial. Nas míticas ondas de Teahupo´o, no Taiti, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina conquistaram medalhas de prata e bronze, respectivamente, e se juntaram a Italo Ferreira na galeria de conquistas olímpicas na modalidade. Depois de três dias de espera, a competição aconteceu em um mar com ondas de 4 a 8 pés de frente e no último dia possível de janela.

Após vencer a costarriquenha Brisa Hennessy na semifinal por 13.66 a 6.17, na decisão do ouro Tati teve pela frente a americana Caroline Marks, atual campeã mundial. Tati se manteve na briga até a última onda, quando precisava de um 4.68 pra virar a bateria. A nota de 4.50 decidiu pela prata da brasileira, que somou 10.33 contra 10.50 da adversária.

A trajetória de Tati até a medalha teve um percalço na primeira rodada, quando a brasileira ficou na segunda colocação e teve que disputar a repescagem para se manter viva na competição. A partir daí, a “capitã” do surfe feminino, como é chamada entre as atletas, ligou seu modo competitivo e não parou mais.

"Nada mais do que orgulho de mim porque, realmente, foi bastante trabalho, né. Eu cometi uns erros na bateria, eu poderia pegar umas ondas maiores ou melhores", refletiu Tati. "São coisas pequenas, assim, que realmente fazem a diferença e essa vez não deu pra mim, mas, para mim, prata é um sucesso gigante, estou muito orgulhosa. Muito obrigada pela torcida!".

Já Medina, para chegar ao sonhado pódio olímpico, venceu o peruano Alonso Correa na disputa do bronze por 15.54 a 12.43.

*Com informações do Comitê Olímpico do Brasil

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