Com a retomada dos trabalhos ap&oacute;s duas semanas de recesso parlamentar, a Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) da Covid no Senado aprovou, na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira (3/8), um pedido para afastar a secret&aacute;ria de Gest&atilde;o do Trabalho e Educa&ccedil;&atilde;o na Sa&uacute;de do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, Mayra Pinheiro, do cargo que exerce na&nbsp;pasta.

O requerimento ser&aacute; encaminhado para a pasta, para que o ministro Marcelo Queiroga determine o afastamento tempor&aacute;rio da servidora. Caso a pasta n&atilde;o adote provid&ecirc;ncias, o documento da CPI ser&aacute; encaminhado para um juiz federal para que seja concedida uma medida cautelar de afastamento tempor&aacute;rio.

A m&eacute;dica, que ficou conhecida como &ldquo;capit&atilde; cloroquina&rdquo;,&nbsp;defendeu o uso de medicamento ineficaz como tratamento da Covid-19 e est&aacute; em uma lista do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), de 14 pessoas com status de &ldquo;investigada&rdquo; pela comiss&atilde;o.

Outro requerimento aprovado pedia a quebra de sigilo do deputado Ricardo Barros (PP-PR), apontado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), como envolvido nas supostas irregularidades no contrato da vacina indiana Covaxin.&nbsp;

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A secret&aacute;ria de Gest&atilde;o do Trabalho e Educa&ccedil;&atilde;o do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, Mayra Pinheiro, conhecida como &quot;Capit&atilde; Cloroquina&quot;, protocolou, nesta segunda-feira (26/7), uma a&ccedil;&atilde;o na Vara C&iacute;vel do Distrito Federal contra o presidente da Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), por danos morais e suposta divulga&ccedil;&atilde;o de dados pessoais.

Os advogados da m&eacute;dica pediram o pagamento de indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais no valor de R$ 100 mil, &ldquo;pela grave ofensa praticada, de inestim&aacute;vel repercuss&atilde;o, contra o conceito e &agrave; imagem&rdquo;. O documento tamb&eacute;m pede que Aziz seja proibido de presidir sess&atilde;o caso a secret&aacute;ria seja convocada a depor novamente, al&eacute;m da suspei&ccedil;&atilde;o do presidente da CPI, devido a processos que, segundo a defesa, ele teria envolvimento com organiza&ccedil;&atilde;o criminosa.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Omar Aziz se manifeste no prazo de cinco dias sobre a acusa&ccedil;&atilde;o apresentada pela defesa de Mayra Pinheiro ao STF sobre o suposto vazamento de informa&ccedil;&otilde;es sigilosas para a imprensa.

A secret&aacute;ria prestou depoimento &agrave; CPI em 25 de maio, tendo como foco as a&ccedil;&otilde;es do governo federal na pandemia, principalmente o incentivo ao uso de &quot;tratamento precoce&quot; para combater a Covid-19.

Os parlamentares cogitam a possibilidade de reconvoc&aacute;-la para novo depoimento ou acarea&ccedil;&atilde;o. Na &uacute;ltima semana, um v&iacute;deo com um treinamento pr&eacute;-depoimento vazou. Nele, Mayra afirmava que precisava preparar perguntas para enviar a senadores aliados para ajud&aacute;-la na oitiva.

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A secret&aacute;ria de Gest&atilde;o do Trabalho e da Educa&ccedil;&atilde;o na Sa&uacute;de do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, Mayra Pinheiro, conhecida como &ldquo;Capit&atilde; Cloroquina&rdquo;, est&aacute; sendo ouvida nesta ter&ccedil;a-feira (25/5) pela Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) da Covid. Durante depoimento, a m&eacute;dica afirmou que &ldquo;n&atilde;o houve percep&ccedil;&atilde;o&rdquo; de que faltaria oxig&ecirc;nio em Manaus enquanto esteve na cidade, entre os dias 3 e 5 de janeiro deste ano.

&ldquo;N&atilde;o houve uma percep&ccedil;&atilde;o que faltaria. Pelo que eu tenho de provas, &eacute; que n&oacute;s tivemos uma comunica&ccedil;&atilde;o por parte da secretaria estadual, que transferiu para o ministro um e-mail da White Martins, dando conta de que haveria um problema de abastecimento, segundo eles, mencionado como um problema na rede&rdquo;, declarou Mayra.&nbsp;

&ldquo;Eu estive em Manaus at&eacute; o dia 5 [de janeiro]. O ministro teve conhecimento do desabastecimento de oxig&ecirc;nio em Manaus creio que no dia 8 e ele me perguntou: &lsquo;Mayra, por que voc&ecirc; n&atilde;o relatou nenhum problema de escassez de oxig&ecirc;nio?&#39;&rdquo;, afirmou.

No entanto, as afirma&ccedil;&otilde;es de Mayra contrariam as declara&ccedil;&otilde;es do ex-ministro Eduardo Pazuello, que durante oitiva na semana passada disse &agrave; CPI que a pasta teria sido informada sobre a crise em Manaus apenas no dia 10.

A secret&aacute;ria tamb&eacute;m culpou a gest&atilde;o municipal pelo caos observado em Manaus nos primeiros meses de 2021. Durante o depoimento, ela afirmou que pacientes que eram diagnosticados com Covid-19 eram misturados com os que n&atilde;o tinham a doen&ccedil;a em unidades da capital amazonense.&nbsp;

Mayra disse ainda que n&atilde;o &eacute; compet&ecirc;ncia do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de cuidar do abastecimento, estoque e fornecimento de oxig&ecirc;nio. &quot;Isso n&atilde;o est&aacute; previsto nas nossas atribui&ccedil;&otilde;es, &eacute; responsabilidade dos estados e munic&iacute;pios.&quot;

J&aacute; em rela&ccedil;&atilde;o ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina, Mayra afirmou que o Brasil n&atilde;o era obrigado a seguir as recomenda&ccedil;&otilde;es da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS). E, caso o tivesse feito, teria &quot;falhado&quot; em v&aacute;rios aspectos do enfrentamento &agrave; doen&ccedil;a, de acordo com o seu entendimento.&nbsp;

A m&eacute;dica ficou conhecida como &ldquo;capit&atilde; cloroquina&rdquo; depois de defender publicamente o uso do medicamento. Ela esteve &agrave; frente das a&ccedil;&otilde;es de combate &agrave; pandemia em Manaus, no Amazonas, durante o colapso do sistema de sa&uacute;de do estado.

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