Com 45 anos de experi&ecirc;ncia no setor de &oacute;leo e g&aacute;s, a engenheira <a href="https://aratuon.com.br/geral/presidente-da-petrobras-diz-que-volta-da-estatal-para-refinaria-de-mataripe-e-bem-real" target="_blank">Magda Chambriard</a> alcan&ccedil;ou a presid&ecirc;ncia das duas institui&ccedil;&otilde;es mais importantes do Brasil na &aacute;rea: <a href="https://aratuon.com.br/economia/a-petrobras-voltou-a-bahia-diz-gerente-geral-da-estatal-durante-evento-em-salvador" target="_blank">a Petrobras e a ANP (Ag&ecirc;ncia Nacional do Petr&oacute;leo, G&aacute;s Natural e Biocombust&iacute;veis)</a>.&nbsp;Em entrevista &agrave; Folha de S. Paulo, Chambriard compartilhou sua trajet&oacute;ria e sua vis&atilde;o sobre a quest&atilde;o de g&ecirc;nero na forma&ccedil;&atilde;o profissional, e apontou: &quot;Na pr&oacute;xima encarna&ccedil;&atilde;o, sendo homem ou mulher, eu queria o ego de um homem branco&quot;.

&quot;O networking masculino &eacute; muito forte. Assim como o ego. Na pr&oacute;xima encarna&ccedil;&atilde;o, sendo homem ou mulher, eu queria o ego de um homem branco. Na minha carreira, nunca vi um homem que tenha recusado uma promo&ccedil;&atilde;o, mas vi diversas mulheres recusem porque n&atilde;o se sentiam capazes para o cargo. Gente, olha s&oacute;: quem tem a responsabilidade de achar se voc&ecirc; &eacute; capaz, ou n&atilde;o, &eacute; quem te indica. Se voc&ecirc; n&atilde;o for capaz, vai ser tirada. N&atilde;o se preocupe. Mas, ao menos, vai l&aacute; e tenta&quot;, disse.

Ela relembra momentos dif&iacute;ceis na carreira, como quando colegas diziam que n&atilde;o conseguiam segui-la por ela ser mulher. &ldquo;Tive situa&ccedil;&otilde;es onde colegas chegavam para mim, olhavam e falavam: &#39;Magda, eu gosto muito de voc&ecirc;, est&aacute; tudo &oacute;timo, mas eu n&atilde;o consigo te obedecer porque voc&ecirc; &eacute; mulher&#39;. E eu respondia: bom, esse problema n&atilde;o &eacute; meu, n&eacute;? &Eacute; seu. Voc&ecirc; que vai ter que lidar com isso&quot;, contou.

Chambriard tamb&eacute;m falou sobre os desafios de promover a diversidade na Petrobras, uma companhia historicamente masculina. Em 2023, os homens representavam 82,9% da for&ccedil;a de trabalho da estatal, enquanto as mulheres eram apenas 17,1%. Durante sua passagem pela ANP, ela conseguiu ampliar a presen&ccedil;a feminina, especialmente nas &aacute;reas de Explora&ccedil;&atilde;o e Produ&ccedil;&atilde;o (E&amp;P) e Engenharia, que controlam mais de 70% do or&ccedil;amento da empresa.

Agora, na Petrobras, seu foco &eacute; aumentar a inclus&atilde;o no conselho de administra&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Tem onze pessoas, e s&oacute; duas mulheres. Eu e mais uma&quot;, explicou, destacando a import&acirc;ncia de garantir maior representatividade feminina nas decis&otilde;es estrat&eacute;gicas da companhia.

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/129800/mg/magda.png" style="width: 1024px; height: 768px;" />Magda&nbsp;ingressou na Petrobras em 1980, onde desempenhou diversas fun&ccedil;&otilde;es em todas as &aacute;reas de produ&ccedil;&atilde;o. | Foto:&nbsp;Fernando Fraz&atilde;o/Ag&ecirc;ncia Brasil

<h2 style="text-align: justify;">Quem &eacute; Magda</h2>

Magda Chambriard &eacute; carioca, mestre em Engenharia Qu&iacute;mica pela COPPE/UFRJ e Engenheira Civil pela UFRJ, com especializa&ccedil;&atilde;o em engenharia de reservat&oacute;rios e avalia&ccedil;&atilde;o de forma&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m de produ&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo e g&aacute;s, forma&ccedil;&atilde;o adquirida na Universidade Petrobras. Ela ingressou na Petrobras em 1980, onde desempenhou diversas fun&ccedil;&otilde;es em todas as &aacute;reas de produ&ccedil;&atilde;o.

Em 2002, foi cedida &agrave; ANP (Ag&ecirc;ncia Nacional do Petr&oacute;leo, G&aacute;s Natural e Biocombust&iacute;veis), onde assumiu a assessoria da diretoria de Explora&ccedil;&atilde;o e Produ&ccedil;&atilde;o, e posteriormente ocupou os cargos de diretora e diretora-geral da ag&ecirc;ncia. Desde junho de 2024, Magda Chambriard &eacute; presidente da Petrobras, destacando-se como uma das principais l&iacute;deres do setor de petr&oacute;leo e g&aacute;s no Brasil.

O Conselho de Administração da Petrobras elegeu Magda Chambriard para o cargo de presidente da empresa, durante reunião do colegiado realizada nesta sexta-feira (24/5). Ela também foi nomeada conselheira de administração.
Logo após a decisão, Magda já assumiu os cargos. “Magda Chambriard tomou posse em ambos os cargos nesta data e passou a integrar o Conselho imediatamente, não sendo necessária a convocação de Assembleia de Acionistas para esse fim”, disse o comunicado.
Antes de ser eleita para os dois cargos, o nome de Magda Chambriard passou pelo processo de governança da companhia e, na quarta-feira (22), o Comitê de Pessoas do Conselho de Administração, funcionando como Comitê de Elegibilidade (Celeg), concluiu a análise sobre sua indicação aos cargos de conselheira e presidente. A indicação ainda precisaria seguir para o próprio Conselho de Administração, o que ocorreu hoje.
“O Celeg considerou que a indicação da Sra. Magda Chambriard preenche os requisitos necessários previstos nas regras de governança da companhia e legislação aplicável e está apta para ser apreciada pelo Conselho de Administração (CA), sendo, portanto, elegível para ambos os cargos”, informou o comunicado da quarta-feira.
FORMAÇÃO E CARREIRA
Magda Chambriard é mestre em Engenharia Química pela Coppe/UFRJ (1989) e Engenheira Civil pela UFRJ (1979), com especialização em Engenharia de Reservatórios e Avaliação de Formações e especialização em Produção de Petróleo e Gás, na hoje denominada Universidade Petrobras.
O currículo da nova presidente na área de petróleo e gás é extenso. Além dessa especialidade, fez diversos cursos, entre eles de Desenvolvimento de Gestão em Engenharia de Produção, Negociação de Contratos de Exploração e Produção, Qualificação em Negociação na Indústria do Petróleo, Gerenciamento de Riscos, Contabilidade, Gestão, Liderança, Desenvolvimento para Conselho de Administração.
Ela começou a carreira na Petrobras, em 1980, onde sempre atuou na área de produção e acumulou conhecimentos sobre todas as áreas do processo no Brasil.
Em 2002, foi cedida à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) onde atuou como assessora da diretoria de Exploração e Produção. Naquele momento, era consultora de negócios de E&amp;P, na área de Novos Negócios de E&amp;P da Petrobras.
Logo depois de chegar à assessoria na ANP, assumiu também as superintendências de Exploração e a de Definição de Blocos, com vistas a rodadas de licitação. “Foi responsável pela implantação do Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da ANP, que resultou na coleta de dados essenciais para o sucesso das licitações em bacias sedimentares de novas fronteiras”, relatou a Petrobras.
Ainda na ANP, em 2008 assumiu a diretoria da agência reguladora e em 2012 se tornou diretora-geral. "Na sua gestão liderou a criação da Superintendência de Segurança e Meio Ambiente, Superintendência de Tecnologia da Informação, os trabalhos relativos aos estudos e elaboração dos contratos e editais, os estudos técnicos que culminaram na primeira licitação do pré-sal, além das licitações tradicionais sob regime de concessão”, indicou o comunicado.
“Foi responsável pelas áreas de Auditoria, Corregedoria, Procuradoria, Promoção de Licitações, Abastecimento, Fiscalização da Distribuição e Revenda de Combustíveis, Recursos Humanos, Administrativa Financeira, Relações Governamentais além das relativas ao segmento de Exploração e Produção”, completou.
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