Se a gente, que vive, em m&eacute;dia, uns 75 anos, - segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) - passa a vida inteira ouvindo "disse me disse" sobre a gente e descobrindo boatos que espalharam sobre o nosso nome por a&iacute;, imagine uma cidade <a href="https://aratuon.com.br/cidade/cultura-esporte-e-mais-veja-programacao-do-aniversario-de-salvador" target="_blank" rel="noopener">com quase 476 anos de exist&ecirc;ncia?</a>
Como toda grande cidade velha - com todo o respeito -, Salvador, que celebra 476 anos no dia 30 de mar&ccedil;o, &eacute; cheia de fofocas, ou melhor, <a href="https://aratuon.com.br/curiosidades/mulher-de-roxo-vozes-do-carmo-e-tesouro-perdido-conheca-3-lendas-urbanas-de-salvador" target="_blank" rel="noopener">lendas urbanas</a>, que se perpetuam de gera&ccedil;&atilde;o em gera&ccedil;&atilde;o desde os tempos em que Diogo &Aacute;lvares Correia, mais conhecido como Caramuru, viveu por aqui.
Entre as principais hist&oacute;rias, est&atilde;o o tesouro escondido na Arena Fonte Nova, <a href="https://aratuon.com.br/especiais/os-espiritos-da-feira-de-sao-joaquim-frequentadores-garantem-assombracoes-e-incorporacoes-ja-vi-muitas-coisas" target="_blank" rel="noopener">as assombra&ccedil;&otilde;es da Feira de S&atilde;o Joaquim</a>, o <a href="https://aratuon.com.br/especiais/os-fantasmas-do-vila-velha-funcionarios-de-teatro-em-salvador-garantem-conexao-ate-com-ex-fundador-morto-em-79-tem-gente-cuidando-da-gente" target="_blank" rel="noopener">fantasma do Teatro Vila Velha</a>, a Loira do Pal&aacute;cio Rio Branco, a Voz Misteriosa da Igreja do Carmo, a lenda da Casa das Sete Mortes, a Mulher de Roxo, e por a&iacute; vai. Se voc&ecirc; ainda n&atilde;o conhece nenhum desses "causos", chegou a hora de conhecer - e, por sorte, passar para a frente.
<h2 style="text-align: justify;">O Tesouro da Arena Fonte Nova</h2>
Quem vai &agrave; Arena Fonte Nova, que fica no bairro de Nazar&eacute;, em Salvador, para curtir um show ou ver o Bahia ganhar (ou n&atilde;o), talvez n&atilde;o saiba que, debaixo do gramado, h&aacute; um tesouro escondido h&aacute; s&eacute;culos - pelo menos &eacute; o que reza a lenda que circula na cidade desde a d&eacute;cada de 1920.
De acordo com os relatos, historiadores soteropolitanos acreditavam que religiosos, ou fam&iacute;lias abastadas, haviam escondido tesouros nos arredores do est&aacute;dio, com o intuito de proteger o patrim&ocirc;nio durante a invas&atilde;o holandesa de 1624. Mas, mesmo com diversas buscas de curiosos e de pesquisadores, nada foi encontrado.
Em 1950, quando a arena come&ccedil;ou a ser constru&iacute;da pelo governador Ot&aacute;vio Mangabeira, toda a &aacute;rea foi coberta pr estacas de concreto e ferro. Ent&atilde;o, se realmente havia algum tipo de tesouro enterrado ali, ele est&aacute; escondido para sempre.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a00330f7-50c9-45ee-ae53-32ce28651b67.jpg?width=5608&amp;height=4000" alt="A lenda da Fonte Nove circula na cidade desde a d&eacute;cada de 1920. | Foto: Ilustrativa/Pexels">
<h2 style="text-align: justify;">Esp&iacute;ritos da Feira de S&atilde;o Joaquim</h2>
Jo&atilde;o Bonfim, que trabalha na Feira de S&atilde;o Joaquim, em Salvador, h&aacute; mais de 50 anos, se arrepia quando conta das vis&otilde;es que j&aacute; teve nos corredores da feira que, durante o dia, est&aacute; sempre cheia de gente. A quest&atilde;o, como comenta ele, que j&aacute; dormiu muitas vezes por l&aacute;, &eacute; &agrave; noite. &ldquo;J&aacute; vi muitas coisas aqui. Coisa de assombra&ccedil;&atilde;o, j&aacute; vi. Ficava com medo, a&iacute;, sa&iacute;a daquele lugar e ia para outro&rdquo;.
Antigamente, como relata o prancheiro, uma parte do fundo da feira era um matadouro de porcos. Para Jo&atilde;o, que diz ainda lembrar bem daquela &eacute;poca, esse &eacute; um dos motivos para o local ser mal-assombrado.
Em uma reportagem publicada pelo <a href="https://aratuon.com.br/" target="_blank" rel="noopener">Aratu On</a> sobre a feira, em 2022, o historiador Rafael Dantas, especialista na cidade de Salvador, explicou que, como a regi&atilde;o do Centro sempre foi muito movimentada, recebendo gente de fora do estado e do pa&iacute;s, se tornou um terreno f&eacute;rtil para o nascimento e crescimento de lendas urbanas. E, quanto mais curiosa, chocante e assustadora for a hist&oacute;ria, mais ela &eacute; contada e recontada por a&iacute;.
&ldquo;Essas hist&oacute;rias s&atilde;o muito antigas. Hist&oacute;rias que falam sobre assombra&ccedil;&otilde;es, vultos e almas penadas nos antigos sobrados e igrejas da Bahia foram recorrentes no decorrer dos s&eacute;culos 18 e 19, ou mesmo em &eacute;pocas anteriores. No caso da Feira de S&atilde;o Joaquim, esses relatos s&atilde;o de antigos feirantes, de que h&aacute; uma s&eacute;rie de assombra&ccedil;&otilde;es, de vultos. Por que? Ali, no final do s&eacute;culo 18 e in&iacute;cio do s&eacute;culo 19, era uma zona portu&aacute;ria importante, um lugar de entreposto comercial, de parada de pequenos barcos, saveiros, entre outros navios&rdquo;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a12341a6-c8e2-4132-9ae8-44f49a1ab8d2.png?width=1350&amp;height=600" alt="Lojistas falam sobre fantasmas na Feira de S&atilde;o Joaquim. | Foto: Amanda Oliveira/Salvador da Bahia">
<h2 style="text-align: justify;">Fantasma do Vila Velha</h2>
H&aacute; anos, os funcion&aacute;rios do Teatro Vila Velha, que fica no Passeio P&uacute;blico, em Salvador, convivem com uma hist&oacute;ria, no m&iacute;nimo, curiosa: de vez em quando, um dos fundadores da institui&ccedil;&atilde;o, Jo&atilde;o Augusto, aparece por l&aacute; para ver como est&atilde;o as coisas. Ele morreu em 1979.
Em entrevista ao Aratu On, em 2022, a atriz Meniky Marla disse que, desde que chegou l&aacute;, ouviu hist&oacute;rias de assombra&ccedil;&atilde;o, e ressaltou: l&aacute;, ningu&eacute;m v&ecirc; esses encontros sobrenaturais como algo negativo:
&ldquo;Tem o relato de uma atriz que foi semelhante ao que aconteceu comigo, s&oacute; que o dela foi muito mais visual. Sempre os espet&aacute;culos aqui t&ecirc;m muito coro, ent&atilde;o, s&atilde;o muitas pessoas em cena. Ela estava em um determinado local, desses acessos por tr&aacute;s do palco, esperando para atravessar. Ela relata que um homem chegou. N&atilde;o dava para ver a fisionomia dele, s&oacute; uma silhueta, por conta da luz do espet&aacute;culo. E a&iacute;, ela perguntou: &lsquo;Todo mundo j&aacute; foi?&rsquo;. E ele respondeu: &lsquo;Todo mundo j&aacute; foi, est&aacute; do outro lado, s&oacute; falta voc&ecirc;&rsquo;. Ela disse que conversou com ele. E, depois, ela chegou para todo mundo: &lsquo;P&ocirc;, voc&ecirc;s nem me esperaram. O rapaz da t&eacute;cnica que veio me falar&rsquo;. S&oacute; que, nesse dia, n&atilde;o tinha o rapaz da t&eacute;cnica. N&atilde;o tinha ningu&eacute;m l&aacute;. Supostamente, pelas caracter&iacute;sticas que ela deu, ela conversou com Jo&atilde;o Augusto&rdquo;.
E n&atilde;o para por a&iacute;: uma das hist&oacute;rias mais famosas sobre esses encontros &eacute; de um vigia da institui&ccedil;&atilde;o, que trabalhava no local na d&eacute;cada de 1990, &eacute;poca em que o teatro estava em reforma. Quem contou ao Aratu On foi o dramaturgo M&aacute;rcio Meirelles:
&ldquo;Aqui, estava sendo revolvida a terra. A gente estaria, aqui [na Sala Principal, que fica abaixo do n&iacute;vel do solo] debaixo da terra. A sala era mais alta, a&iacute;, foi cavada. Estava funcionando, tinha um seguran&ccedil;a. Ele ouviu alguma coisa, ou pressentiu, e desceu as escadas. A&iacute;, no andar intermedi&aacute;rio, ele viu um rapaz jovem, que disse: &lsquo;Olhe, voc&ecirc; toma conta da&iacute; para cima. Daqui para baixo, sou eu&rsquo;. Ent&atilde;o, a gente sente que tem uma seguran&ccedil;a (risos). Tem gente cuidando da gente&rdquo;. No dia seguinte, como dizem, o "seguran&ccedil;a de cima" pediu demiss&atilde;o e nunca mais voltou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/4005205d-a170-4342-8371-a617381c9c2c.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="Segundo a lenda, o fundador do Teatro Vila Velha, que morreu em 1979, costuma fazer apari&ccedil;&otilde;es no local. | Foto: Bruna Castelo Branco/Aratu On">
<h2 style="text-align: justify;">A Loira do Pal&aacute;cio Rio Branco</h2>
O Pal&aacute;cio Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia, constru&iacute;do em 1919, guarda uma lenda que desperta arrepios at&eacute; nos mais c&eacute;ticos: a hist&oacute;ria da Loira do Pal&aacute;cio. Segundo o que contam, durante um Carnaval, quando todo mundo estava de folga, uma funcion&aacute;ria da secretaria, que trabalhava no local, viveu uma experi&ecirc;ncia assustadora.
Enquanto caminhava pelos corredores vazios do palacete, onde apenas os sons distantes da festa na rua podiam ser ouvidos, ela escutou um grito. Momentos depois, de acordo com a lenda, uma mulher loira, vestida com roupas de uma &eacute;poca distante, apareceu na frente dela.
Segundo a secret&aacute;ria, a apari&ccedil;&atilde;o era muito parecida com um dos quadros do pal&aacute;cio, que retratava a figura de uma mulher loira, com os cabelos presos por um pente, mas com o restante dos fios desarrumados, exatamente como a figura fantasmag&oacute;rica.
Em entrevista ao Aratu On, em 2022, o historiador Rafael Dantas apontou que, por mais que essas hist&oacute;rias sejam muito conhecidas, n&atilde;o h&aacute; documenta&ccedil;&atilde;o que as comprove. Elas s&oacute; resistiram, como indicou Rafael, por causa de mim e de voc&ecirc;: porque foram repassadas entre amigos, familiares, conhecidos, e assim foi, de um s&eacute;culo para o outro.
&ldquo;S&atilde;o registros orais, que s&atilde;o passados dos mais velhos para os mais novos. A import&acirc;ncia dessas hist&oacute;rias da tradi&ccedil;&atilde;o oral para a nossa cultura &eacute;, antes de qualquer coisa, uma resist&ecirc;ncia. &Eacute; um tra&ccedil;o de uma for&ccedil;a de saberes populares que perpassam s&eacute;culos&rdquo;, detalhou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/519b87ac-5857-4850-8574-2b69affdb355.jpg?width=2126&amp;height=1417" alt="O Pal&aacute;cio Rio Branco, antiga sede do governo da Bahia, guarda uma lenda. | Foto: Ronaldo Silva/Agecom">
<h2 style="text-align: justify;">A Voz da Igreja do Carmo</h2>
H&aacute; cerca de 20 anos, um grupo de 10 amigos decidiu jogar futebol na frente da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, no Centro Hist&oacute;rico. Como em toda competi&ccedil;&atilde;o esportiva, cada gol era comemorado com muitos gritos, mas, apesar do barulho, ningu&eacute;m da vizinhan&ccedil;a parecia se incomodar - pelo menos, n&atilde;o os moradores de carne e osso.
Depois de um tempo, um dos amigos ouviu uma voz pedindo sil&ecirc;ncio, em um tom baixo. No come&ccedil;o, ele pensou que era coisa da cabe&ccedil;a dele, uma ilus&atilde;o. Quem nunca? Mas, a voz voltou e, dessa vez, todos conseguiram ouvir. Em seguida, os port&otilde;es da igreja tremeram violentamente, como se atingidos por uma ventania, apesar de n&atilde;o estar ventando no local. Assustados, os jovens fugiram e nunca mais voltaram a jogar ali.
Ser&aacute; que n&atilde;o era s&oacute; mais um padre cansado, determinado a manter a paz na porta da igreja? Fica o questionamento.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8349ec4a-3ca0-4d52-bca9-118bc8b38206.jpg?width=2859&amp;height=2759" alt="H&aacute; cerca de 20 anos, um grupo de 10 amigos decidiu jogar futebol na frente da igreja. | Foto: Tereza Torres">
<h2 style="text-align: justify;">A Lenda da Casa das Sete Mortes</h2>
A Casa das Sete Mortes &eacute; uma mans&atilde;o colonial constru&iacute;da no s&eacute;culo 17 para ser a casa do padre Manuel de Almeida, no Centro Hist&oacute;rico de Salvador. A resid&ecirc;ncia, que tem dois andares e um s&oacute;t&atilde;o, abriga um p&aacute;tio interno revestido com azulejos do s&eacute;culo 17 e piso de m&aacute;rmore. No banheiro, h&aacute; uma banheira incrustada de conchas, e o vest&iacute;bulo &eacute; revestido com azulejos ingleses do s&eacute;culo 19.
Em 1943, o casar&atilde;o foi tombado pelo Instituto do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Art&iacute;stico Nacional (Iphan). Hoje, a Escola T&eacute;cnica da Casa Pia funciona no local.
Durante anos, a Casa das Sete Mortes foi a morada do padre Manuel de Almeida. At&eacute; a&iacute;, tudo bem. S&oacute; que, em 1756... ele foi assassinado a facadas. Al&eacute;m do padre, outras tr&ecirc;s pessoas foram mortas: dois escravizados e um trabalhador liberto. O culpado nunca foi descoberto.
Mas... n&atilde;o t&aacute; faltando gente a&iacute;? At&eacute; onde se sabe, e segundo o que est&aacute; registrado no Arquivo P&uacute;blico da Bahia, "apenas" quatro pessoas foram assassinadas no local. Quem colocou outras tr&ecirc;s a&iacute; nesse bolo? Assim como a autoria do crime, esse mist&eacute;rio, at&eacute; hoje, n&atilde;o foi solucionado.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/13239654-9467-4d66-b451-4c94dcb20539.jpg?width=6240&amp;height=4160" alt="Durante anos, a Casa das Sete Mortes foi a morada do padre Manuel de Almeida. | Foto: Wikimedia Commons">
<h2 style="text-align: justify;">A Mulher de Roxo</h2>
A Mulher de Roxo, na verdade, nem &eacute; lenda: ela, de fato, existiu, mas era uma figura t&atilde;o &uacute;nica e misteriosa que se tornou quase m&iacute;tica, como uma apari&ccedil;&atilde;o.
Durante mais de 30 anos, entre 1960 e 1997, a Mulher de Roxo perambulou pela ic&ocirc;nica Rua Chile, no Centro Hist&oacute;rico de Salvador. Ela costumava ficar em frente &agrave; antiga Casa Sloper, onde vivia pedindo esmolas aos transeuntes que passavam por ali e, curiosamente, n&atilde;o aceitava moedas.
Sempre com um vestido roxo e um crucifixo enorme pendurado no pesco&ccedil;o, ela despertava curiosidade por onde passava. Todo o folclore sobre a Mulher de Roxo se tornou t&atilde;o parte da hist&oacute;ria de Salvador que virou m&uacute;sica, composta em parceria por Pitty e a Banda Cascadura em 2012:
"J&aacute; veio louca, um salmo na boca Com a roupa roxa, toda roxa A Chile &eacute; a casa que tem Bruxa-fada, drag&atilde;o sem asa Fez coisa errada, falam T&aacute; condenada a viver na solid&atilde;o Voz educada, cuspindo m&aacute;goa Santa danada, t&aacute; retada Na Sloper pede um vint&eacute;m Salvou uma alma, perd&atilde;o por nada Cabe&ccedil;a come &aacute;gua E faz sinal da cruz pra garantir Com olhos de quem v&ecirc; o final Nos deu sua merc&ecirc;".
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/77958f93-16ca-489f-bd42-d4ad563a4b26.png?width=864&amp;height=1141" alt="Entre 1960 e 1997, a Mulher de Roxo perambulou pela ic&ocirc;nica Rua Chile. | Foto: Funda&ccedil;&atilde;o Greg&oacute;rio de Mattos">
<h3 style="text-align: justify;">Este conte&uacute;do tem o patroc&iacute;nio do Grupo GBarbosa.</h3>

Comemorado no dia 22 de agosto, o Dia do Folclore Brasileiro é conhecido por diversas histórias que são contadas desde crianças, como Saci Pererê, Curupira, Iara, Mula sem Cabeça, entre outras. No entanto, que tal conhecer um pouco sobre as histórias da capital baiana?
Salvador carrega consigo várias lendas urbanas espalhadas por vários bairros, ruas e até pontos turísticos. Por isso, o Aratu On separou três lendas urbanas que fazem parte da história da primeira capital do Brasil. Confira abaixo:
TESOURO DA ARENA FONTE NOVA


[caption id="attachment_129035" align="alignnone" width="600"]<img class="wp-image-129035 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/01/imagem-destacada-bahia-vai-voltar-a-mandar-jogos-na-arena-fonte-nova.jpg" alt="" width="600" height="350" /> Reprodução/Ulisses Dumas[/caption]
Quem vai a Arena Fonte Nova para curtir o show da banda favorita ou, claro, para ver o Bahia ganhar, não imagina a lenda urbana que existe no local desde a década de 1920, quando baianos perdiam o sono imaginando um jeito de encontrar os supostos tesouros escondidos nos subterrâneos do local.
De acordo com a lenda, alguns historiadores soteropolitanos acreditavam que religiosos, ou famílias abastadas, haviam escondido tesouros aos arredores da arena, com o intuito de proteger seu patrimônio durante a invasão holandesa de 1.624. Mesmo com diversas buscas de curiosos e de pesquisadores, nada foi encontrado.
Em 1950, quando o estádio começou a ser construído pelo Governador Otávio Mangabeira, trabalhadores escavaram as terras e plantaram estacas de concreto e ferro para erguer o que conhecemos hoje, a Arena Fonte Nova, que tinha, à época, outra cara, logicamente. Logo, se ainda havia algum tipo de tesouro no local, agora, está escondido para sempre.
*Com informações da Lendas da Bahia no Radar
A MULHER DE ROXO

[caption id="attachment_367746" align="alignnone" width="600"]<img class="wp-image-367746" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/08/dama-1.jpeg" alt="" width="600" height="313" /> Divulgação/Adson Brito do Velho[/caption]
Durante mais de 30 anos, entre 1960 e 1997, perambulava pela icônica Rua Chile, no Centro Histórico de Salvador, a Mulher de Roxo, cujo ponto predileto ficava em frente à antiga Casa Sloper, onde vivia pedindo esmolas aos transeuntes que por ali passavam e não aceitava moedas.
Sempre com um vestido roxo e um enorme crucifixo pendurado no pescoço, a figura inusitada despertava curiosidade por onde passava: "Ela transitava no Centro Histórico, na Rua Chile e seus arredores, entre 1960 e 1990", explica o professor e historiador, Rafael Dantas.
O folclore sobre a Mulher de Roxo ultrapassou as barreiras locais e serviu de inspiração para criação de uma música, parceria entre a Banda Cascadura e Pitty, que leva o mesmo nome da figura icônica.
https://youtu.be/sB1X1Py-UyE

+ <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2022-05-24/mes-das-noivas-a-historia-da-mulher-de-roxo-abandonada-no-altar-ela-perambulava-com-seu-longo-vestido-em-salvador/">Mês das Noivas – a história da “Mulher de Roxo”: abandonada no altar, ela perambulava com seu longo vestido em Salvador</a>

VOZ MISTERIOSA DA IGREJA DO CARMO 

[caption id="attachment_143915" align="alignnone" width="600"]<img class="wp-image-143915" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/01/imagem-destacada-novenario-de-nossa-senhora-do-carmo-sera-realizado-online-veja-.jpg" alt="" width="600" height="484" /> Divulgação/Pelourinho Noite e Dia[/caption]
Construída em 1636 e novamente em 1788, quando um incêndio destruiu a obra inicial, a Igreja do Carmo, além de ser um ponto religioso para os cristãos, carrega uma história de lenda urbana.
Há mais de 20 anos, um grupo de jovens se reuniu para jogar bola em frente à igreja, durante a noite e, enquanto o "baba" corria solto, todos ouviram um grito saindo de dentro do templo, pedindo para que fizessem silêncio, mas os jovens não deram muito importância e continuaram jogando.
Minutos depois, eles relataram que os portões da igreja começaram a tremer de forma estrondosa, mesmo sem vento no local. Todos fugiram com medo e sem entender o que havia acontecido.
Dias depois, os rapazes voltaram até o local para ver se aquilo realmente tinha acontecido. Horas mais tarde, a mesma voz pediu para que eles fizessem silêncio, mas, dessa vez, a figura misteriosa havia pintado com tinta branca, nas paredes do templo, a palavra "silêncio".
Os jovens fugiram e, desde então, nunca mais houve relatos daquela voz novamente.
*Com informações da Lendas da Bahia no Radar
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