A Cl&iacute;nica Veterin&aacute;ria da Universidade Salvador (UNIFACS) realiza, durante todos os s&aacute;bados de agosto, das 8h &agrave;s 12h, uma a&ccedil;&atilde;o educativa sobre Leishmaniose Visceral Canina. A atividade acontece no Complexo M&eacute;dico Veterin&aacute;rio do Campus Tancredo Neves, no bairro Caminho das &Aacute;rvores, com foco na conscientiza&ccedil;&atilde;o de tutores sobre a zoonose que, al&eacute;m de afetar c&atilde;es, pode ser transmitida a humanos.
Transmitida pela picada do mosquito-palha, a leishmaniose tem o c&atilde;o como principal reservat&oacute;rio urbano.&nbsp;&ldquo;&Eacute; uma zoonose que pode ser transmitida dos animais para os humanos. Proteger os c&atilde;es &eacute; tamb&eacute;m uma forma de proteger as pessoas&rdquo;, alerta Aline Quintela, coordenadora do curso de Medicina Veterin&aacute;ria da UNIFACS.
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A professora ressalta que a doen&ccedil;a n&atilde;o &eacute; transmitida diretamente entre c&atilde;es ou entre c&atilde;es e humanos &mdash; a infec&ccedil;&atilde;o ocorre exclusivamente por meio da picada do vetor.
<h3 style="text-align: justify;">Sintomas e riscos</h3>
A doen&ccedil;a evolui de forma lenta e silenciosa. Entre os sinais cl&iacute;nicos mais comuns nos c&atilde;es est&atilde;o:
<ul style="text-align: justify;">
<li>
perda de peso;
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<li>
crescimento anormal das unhas;
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<li>
les&otilde;es de pele (em orelhas, focinho e olhos);
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apatia;
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anemia;
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<li>
aumento abdominal;
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problemas oculares;
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diarreia ou v&ocirc;mitos.
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</ul>
Sem tratamento, a leishmaniose pode ser fatal.
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<h3 style="text-align: justify;">Preven&ccedil;&atilde;o</h3>
A preven&ccedil;&atilde;o inclui o uso de coleiras ou pipetas repelentes, higiene rigorosa do ambiente (evitando ac&uacute;mulo de mat&eacute;ria org&acirc;nica), instala&ccedil;&atilde;o de telas em janelas e a restri&ccedil;&atilde;o de passeios ao entardecer e &agrave; noite &mdash; per&iacute;odos de maior atividade do mosquito transmissor.
<h3 style="text-align: justify;">Diagn&oacute;stico e tratamento</h3>
&ldquo;Diante de qualquer suspeita, o tutor deve procurar um m&eacute;dico-veterin&aacute;rio&rdquo;, orienta Quintela. O diagn&oacute;stico &eacute; feito por meio de exames laboratoriais e o tratamento exige acompanhamento profissional. Atualmente, existem terapias que melhoram significativamente a qualidade de vida do animal e reduzem o risco de transmiss&atilde;o da doen&ccedil;a.
<h3 style="text-align: justify;">Estrutura da Cl&iacute;nica Veterin&aacute;ria</h3>
O Complexo M&eacute;dico Veterin&aacute;rio da UNIFACS funciona de segunda a sexta, das 7h &agrave;s 22h, e aos s&aacute;bados, das 8h &agrave;s 12h. O agendamento pode ser feito via WhatsApp pelo n&uacute;mero (71) 3203-2649.
O espa&ccedil;o disp&otilde;e de estrutura completa, com laborat&oacute;rio de exames, cl&iacute;nicas para pequenos e grandes animais, salas espec&iacute;ficas para vacina&ccedil;&atilde;o e doen&ccedil;as infecciosas, al&eacute;m de fisioterapia, reabilita&ccedil;&atilde;o e centro cir&uacute;rgico com transmiss&atilde;o ao vivo para fins acad&ecirc;micos.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f728e0dc-8bc8-4746-8b79-d7570aa1ebea.jpg?width=3893&amp;height=2949" alt="A doen&ccedil;a evolui de forma lenta e silenciosa. | Foto: Ilustrativa/Pexels">

Estudo desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abre nova perspectiva de tratamento e cura para pacientes com leishmaniose cutânea, com altos níveis de evidência científica. A doença, transmitida pela picada de um inseto que se alimenta de sangue, tem tratamentos antigos e que podem ser tóxicos para o coração, fígado e pâncreas.
“A grande luta da gente nesse trabalho é que não faz sentido que pessoas venham a falecer por tratamento de uma doença que habitualmente não mata. E o que a gente tem para tratar são esses remédios muito tóxicos”, explicou à Agência Brasilo dermatologista Marcelo Rosandiski Lyra, pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fiocruz. O especialista destaca que mesmo para aquele paciente que não venha a óbito, as complicações do tratamento convencional são muito grandes. “Porque o paciente também sofre o tratamento, tem dor muscular, dor de cabeça. Pode ter uma série de complicações relacionadas ao tratamento mesmo”.
Coordenado no Rio de Janeiro por Lyra, o estudo propõe uma mudança no tratamento para leishmaniose cutânea, substituindo o tratamento convencional por intralesional, ou seja, com aplicação do remédio na própria lesão. No Rio, foram sorteados dois grupos de pessoas com leishmaniose cutânea que foram tratados de forma diferente e monitorados durante dois anos. “Monitoramos durante esse período todos os efeitos que eles tiveram e o doente volta ao ambulatório diversas vezes. Ele é visto com muito cuidado”. Segundo Lyra, o trabalho mostrou uma força de evidência muito grande. “Ele foi capaz de provar que é um tratamento em termos de eficácia de 83% de cura, enquanto o tratamento convencional tem 68%. E em termos de segurança e diminuição de efeitos colaterais, foi goleada”.
O estudo contou com apoio de várias instituições, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Brasília (UNB), a Faculdade de Medicina Tropical de Manaus, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), entre outras, o que, para Marcelo Lyra, é importante para dar um caráter nacional aos resultados.
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