O jornalista Leão Lobo revelou, durante sua participação no podcast Papagaio Inteligente, que temeu pela própria vida após ser ameaçado por um ex-jogador do Athletico Paranaense. O episódio ocorreu após um encontro íntimo entre os dois, quando o atleta ameaçou jogá-lo da sacada do 18º andar de um prédio.
Leão Lobo contou que eles se encontraram e foram ao apartamento do jogador para se conhecerem melhor. Após a relação sexual, o atleta ameaçou o jornalista dizendo que não gostava de homossexuais: “Você vai cair lá embaixo porque não gosto de viado!”, contou.
Apesar da seriedade da ameaça, o jogador, logo em seguida, largou o jornalista e disse que tudo não passava de uma brincadeira. Leão Lobo admitiu que, mesmo assustado, acabou tratando a situação de forma leve, mas o pavor não passou despercebido.
“Ele me pendurou pela sacada. Eu olhava para baixo e já me via morto, só conseguia ver o Largo do Arouche lá embaixo. Depois, ele me puxou e falou: 'Foi só para te assustar, viado'. Quando fui embora, ele ainda me deu um chute que me fez cair no canteiro do largo", relembrou o jornalista. "Foi um momento de terror", concluiu.
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O Tribunal de Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo (TJ-SP) condenou o apresentador Gilberto Barros a dois anos de pris&atilde;o pelo crime de homofobia por causa de um coment&aacute;rio feito no programa &quot;Amigos do Le&atilde;o&quot;, exibido em seu canal do YouTube em setembro de 2020. Na &eacute;poca, &nbsp;artista conhecido como Le&atilde;o Lobo disse que, quando trabalhava na R&aacute;dio Globo, na d&eacute;cada de 1980, tinha que presenciar &quot;beijo de l&iacute;ngua de dois bigodes&quot; pois havia uma boate para o p&uacute;blico LGBTQIA+ em frente ao local.

&quot;N&atilde;o tenho nada contra, mas eu tamb&eacute;m vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz&quot;, acrescentou.

A decis&atilde;o ainda cabe recurso. Segundo a Folha de S. Paulo, por ser r&eacute;u prim&aacute;rio e pela pena ser inferior a quatro anos, a ju&iacute;za Roberta Hallage Gondim Teixeira, que proferiu a senten&ccedil;a, substituiu a priva&ccedil;&atilde;o de liberdade por medidas restritivas de direito.

A defesa de Gilberto Barros confirmou sua fala, mas negou a acusa&ccedil;&atilde;o. Os advogados disseram ainda que o apresentador se mostrou constrangido pela situa&ccedil;&atilde;o, &quot;pois sempre usou sua arte ou of&iacute;cio para melhorar o pa&iacute;s&quot;. Afirmaram tamb&eacute;m que, &quot;pelo seu sangue italiano, ele costuma falar muito&quot;, mas &quot;jamais teve a inten&ccedil;&atilde;o de incitar a viol&ecirc;ncia&quot;.

Em sua decis&atilde;o, a ju&iacute;za afirma que houve &quot;agressividade das palavras aplicadas&quot;. &quot;A manifesta&ccedil;&atilde;o verbal do acusado ajusta-se &agrave; pr&aacute;tica e indu&ccedil;&atilde;o da discrimina&ccedil;&atilde;o e preconceito em raz&atilde;o da orienta&ccedil;&atilde;o sexual, n&atilde;o havendo falar-se em liberdade de express&atilde;o na medida em que esta n&atilde;o abarca o discurso de &oacute;dio&quot;, diz a magistrada.

Gilberto Barros foi denunciado ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico de S&atilde;o Paulo (MP-SP) pelo jornalista William De Lucca, tamb&eacute;m militante da causa LGBTQIA+. O apresentador j&aacute; havia sido condenado na esfera administrativa pela Secretaria de Estado da Justi&ccedil;a e da Cidadania de S&atilde;o Paulo.

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