Cotado internamente para se lan&ccedil;ar como conselheiro no Tribunal de Contas dos Munic&iacute;pios (TCM), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), afirmou que &eacute; &quot;quase imposs&iacute;vel&quot; que a possibilidade prospere.

Segundo o parlamentar, ele deve lealdade ao governador Rui Costa (PT) e ao senador Jaques Wagner (PT), lideran&ccedil;as que articularam sua chegada &agrave; presid&ecirc;ncia do Legislativo estadual.

&quot;Claro que, indo para o tribunal, eu teria toda a comodidade, n&atilde;o disputaria mais elei&ccedil;&otilde;es, teria seguran&ccedil;a de uma aposentadoria tranquila. Mas, antes de tudo, sou leal&quot;, afirmou, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu.

Caso Menezes aceitasse o desafio de ser indicado &agrave; vaga, ele precisaria renunciar ao mandato. Desta forma, o vice Paulo Rangel (PT) assumiria a cadeira. Contudo, o regime interno prev&ecirc; que, neste caso, ele deveria convocar nova elei&ccedil;&atilde;o para a Mesa Diretora. Neste cen&aacute;rio, diz o deputado, o governo poderia perder a presid&ecirc;ncia, uma vez que a elei&ccedil;&atilde;o &eacute; secreta.&nbsp;

&quot;No voto secreto,&nbsp;dizem que &eacute; a hora que o cara tem vontade de trair. Ent&atilde;o, eu digo que posso me arrepender pelo resto da vida, mas sou leal. Ent&atilde;o, &eacute; quase imposs&iacute;vel esta hip&oacute;tese&quot;, brincou.

Atualmente, dos 63 deputados da Casa, 34 s&atilde;o governistas. O contexto de apoio a Rui, no entanto, vive momento incerto, principalmente num cen&aacute;rio de mudan&ccedil;as partid&aacute;rias e da migra&ccedil;&atilde;o do PP parao bloco opositor ao governo petista.

A pr&oacute;xima mudan&ccedil;a no TCM deve acontecer em maio, quando o vice-presidente Raimundo Moreira se aposenta. E o pr&oacute;ximo nome deve ser indicado pela pr&oacute;pria Assembleia. Os eventuais indicados ser&atilde;o analisados pela Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o e Justi&ccedil;a (CCJ) e, posteriormente, pelo plen&aacute;rio.

De acordo com a legisla&ccedil;&atilde;o interna, a indica&ccedil;&atilde;o feita pela Assembleia pode ser realizada, atrav&eacute;s de requerimento, por 20% dos deputados, pela Mesa Diretora, ou pelo pr&oacute;prio Menezes.

Apesar do indicativo &quot;quase impossibilidade&quot;, o parlamentar admite interesse. &quot;Quem &eacute; que n&atilde;o quer ir para o c&eacute;u?&quot;, questiona. &quot;Aqui na Bahia, dizem que TCE e TCM s&atilde;o o c&eacute;u em miniatura&quot;, emenda.&nbsp;

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Tudo sobre: lealdade

Adolfo Menezes admite interesse de ir para o TCM, mas, por "lealdade" a Rui, diz que indicação é "quase impossível"