&ldquo;&Eacute; uma festa do coletivo, da celebra&ccedil;&atilde;o da agricultura, &eacute; uma festa de origem religiosa, que ganha as pra&ccedil;as e sai da igreja&rdquo;. Assim, S&aacute;lua Chequer, 70, mestre em artes e estudiosa da cultura nordestina, descreve a celebra&ccedil;&atilde;o de S&atilde;o Jo&atilde;o, das quais as quadrilhas juninas s&atilde;o parte essencial.
Esta manifesta&ccedil;&atilde;o cultural tem origem na contradan&ccedil;a europeia, de influ&ecirc;ncia francesa. Chamava-se quadrille, pois era dan&ccedil;ada com quatro ou oito casais, que formavam um quadrado e preenchiam os sal&otilde;es da corte portuguesa. Com a mudan&ccedil;a para o Brasil, em 1808, a fam&iacute;lia real trouxe consigo esta dan&ccedil;a, que se espalhou pelos sal&otilde;es do Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo e Salvador.
&ldquo;N&atilde;o por acaso, ainda hoje, meninas e mulheres, usam aquelas roupas cheias de babado, cheias de renda, na tentativa de imitar os modelos da corte francesa e de Portugal tamb&eacute;m&rdquo;, explica Chequer. Ela acrescenta que os homens n&atilde;o se adaptaram ao padr&atilde;o estrangeiro, com tecidos excessivos para o clima tropical, de modo que adaptaram as vestimentas para que fossem menos formais.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3c683b24-72b2-40f3-ad56-34e5ff5cbf06.jpeg?width=600&amp;height=400" alt="Concurso de quadrilhas juninas do Galinho 2025. Foto: Cleitson Cunha/Grupo Aratu">
Al&eacute;m das influ&ecirc;ncias europeias nas vestes tradicionais, a especialista artesanato brasileiro relembra a continuidade do uso de termos estrangeiros para guiar a dan&ccedil;a. &ldquo;At&eacute; hoje ainda se diz anarri&ecirc;, alavant&uacute;, comandos em franc&ecirc;s&rdquo;, exemplifica. Anarri&ecirc; &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o do original,&nbsp;en arri&egrave;re, que significa &ldquo;todos para tr&aacute;s&rdquo;. J&aacute; o alavant&uacute;, en avant tous, orienta que os pares se desloquem para a frente.
<a href="https://aratuon.com.br/cidade/ferry-boat-tera-operacao-especial-para-feriado-de-corpus-christi-e-sao-joao">+ Ferry-Boat ter&aacute; opera&ccedil;&atilde;o especial para feriados de Corpus Christi e S&atilde;o Jo&atilde;o</a>
<h2>Como a quadrilha das capitais do imp&eacute;rio se tornou t&iacute;pica do interior?</h2>
Com o passar do tempo, a burguesia e a popula&ccedil;&atilde;o geral passaram a reproduzir as dan&ccedil;as da nobreza portuguesa, o que proporcionou adapta&ccedil;&otilde;es e a ades&atilde;o do estilo nas regi&otilde;es interioranas. Mas um acontecimento hist&oacute;rico causou o rompimento das quadrilhas com as capitais: a proclama&ccedil;&atilde;o da rep&uacute;blica.
De acordo com o artigo &ldquo;Quando o campo est&aacute; na cidade: migra&ccedil;&atilde;o, identidade e festa&rdquo;, de Luciana de Oliveira Chianca, doutora em antropologia e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com o fim da monarquia, a burguesia urbana passou a desprezar os costumes do Brasil imperial, que inclu&iacute;am as quadrilhas. A era republicana afastou a quadrilha dos sal&otilde;es burgueses das cidades, mas, longe dos centros urbanos, a dan&ccedil;a foi mantida e virou tradi&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d7f3351f-ca11-429b-8984-92c23b85cd20.jpeg?width=600&amp;height=383" alt="Detalhes de um vestido de quadrilha junina. Foto: Grupo Aratu"> <a href="https://aratuon.com.br/cidade/joao-gomes-leo-santana-e-nattanzinho-veja-atracoes-do-sao-joao-de-salvador">+ Confira a lista completa de atra&ccedil;&otilde;es do S&atilde;o Jo&atilde;o em Salvador</a>
<h2>Quadrilhas de juninas representam a realidade do homem do campo?</h2>
Longe dos grandes centros urbanos, as quadrilhas ganharam novas caracter&iacute;sticas, t&iacute;picas do cotidiano rural. &ldquo;&Eacute; como o caminho da ro&ccedil;a. Aquele caminho em que vai um atr&aacute;s do outro, porque n&atilde;o h&aacute; uma estrada larga&rdquo;, descreve S&aacute;lua Chequer, sobre o t&uacute;nel de passagem formado pelos bra&ccedil;os dos casais. &ldquo;&Eacute; uma coisa com caracter&iacute;sticas de interior, da zona rural. Ent&atilde;o esse cotidiano da vida simples no campo &eacute; incorporado &agrave; quadrilha, e toda a movimenta&ccedil;&atilde;o &eacute; feita disso&rdquo;, complementa.
Contudo, para S&aacute;lua, nem toda a representa&ccedil;&atilde;o &eacute; fiel ou de bom tom. Ela, que j&aacute; foi jurada de quadrilha diversas vezes, critica o retrato caricato do homem do campo, com o uso de roupas remendadas e dentes sujos. Para ela, esta &eacute; uma forma que menospreza o homem da agricultura, aquele &ldquo;que coloca comida na mesa da gente&rdquo;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a259a40a-8a3f-47f2-b640-d0e25dd62d44.webp?width=384&amp;height=256" alt="Concurso de quadrilhas do Galinho 2025. Foto: Grupo Aratu">
S&aacute;lua explica o pensamento, ao relembrar a inf&acirc;ncia em Ibirataia, interior da Bahia. &ldquo;Nas festas religiosas, as pessoas iam com as melhores roupas. Ningu&eacute;m vai para uma festa religiosa com chap&eacute;u de palha todo desfiado&rdquo;, afirma. &ldquo;No interior, por mais pobre que a pessoa seja, tem aquela roupa chamada &ldquo;domingueira&rdquo;. Ningu&eacute;m vai acabado, com aquelas roupas todas remendadas&rdquo;, complementa.&nbsp;
A estudiosa tamb&eacute;m reflete sobre a raz&atilde;o do uso de roupas xadrez. &rdquo;Uns dizem que por influ&ecirc;ncia escocesa e que foi incorporado [pelos brasileiros]. E tamb&eacute;m, eu me lembro que na minha inf&acirc;ncia e juventude no interior, o tecido mais barato para homem fazer roupa chamava-se bulgariana, que s&oacute; tinha na estampa quadriculada&rdquo;.
<a href="https://aratuon.com.br/variedades/quais-cantores-mais-ouvidos-do-sao-joao-na-bahia-veja-top-10">+ Quais cantores mais ouvidos do S&atilde;o Jo&atilde;o na Bahia? Veja top 10</a>
<h2>O surgimento de quadrilhas tem&aacute;ticas</h2>
As quadrilles deixaram os instrumentos de orquestra, ganharam o xote, o xaxado, o bai&atilde;o e o cora&ccedil;&atilde;o dos nordestinos. S&aacute;lua atribui parte da manuten&ccedil;&atilde;o dessa cultura ao empenho de comunidades de bairro.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e3b9035c-d3eb-4dc8-abad-d8514aacb001.jpeg?width=600&amp;height=400" alt="No Brasil, as quadrilhas passaram a ter in&uacute;meros pares. Foto: Caio Diniz / Grupo Aratu">
Como patrim&ocirc;nio vivo, as transforma&ccedil;&otilde;es nas quadrilhas continuam. Chequer conta que a exist&ecirc;ncia de edi&ccedil;&otilde;es tem&aacute;ticas, em homenagem a nomes da m&uacute;sica e da literatura local, &eacute; um fen&ocirc;meno recente. &ldquo;Eu lhe digo que a primeira vez que eu vi esse formato tem uns 37, 38 anos. Usam muito temas relacionados aos lugares onde tem a quadrilha. Repare que &eacute; muita coisa ligada ao sert&atilde;o, a Luiz Gonzaga, a bandas de p&iacute;fano, ao cordel. Mas at&eacute; uns 50 anos n&atilde;o era assim, n&atilde;o era mesmo.&rdquo;
Em 26 de junho de 2024, a Lei 14.900/24 passou a reconhecer as quadrilhas juninas como manifesta&ccedil;&atilde;o da cultura nacional. A norma modifica a Lei 14.555/23, que j&aacute; reconhecia as festas juninas desta forma. Nesse sentido, S&aacute;lua Chequer descreve o S&atilde;o Jo&atilde;o como uma festa muito simb&oacute;lica, da qual a quadrilha constitui uma parte essencial. &ldquo;A m&uacute;sica, o afago do corpo, o dan&ccedil;ar junto. N&atilde;o tem como a quadrilha n&atilde;o participar das festas, porque &eacute; a parte do que voc&ecirc; ouve e transforma em movimento&rdquo;.
Leia mais: <a href="https://aratuon.com.br/politica/cruz-das-almas-lidera-gasto-no-sao-joao-da-bahia-e-gera-polemica">Cruz das Almas lidera gastos no S&atilde;o Jo&atilde;o da Bahia e gera pol&ecirc;mica</a>

A<a href="https://aratuon.com.br/esportes/caixa-anuncia-maior-patrocinio-da-historia-para-esportes-paralimpicos"> Caixa Econ&ocirc;mica Federal </a>divulgou o calend&aacute;rio de pagamento do Bolsa Fam&iacute;lia para o m&ecirc;s de junho. Os dep&oacute;sitos ser&atilde;o realizados nos &uacute;ltimos 10 dias &uacute;teis do m&ecirc;s, de forma escalonada, conforme o final do N&uacute;mero de Identifica&ccedil;&atilde;o Social (NIS) de cada benefici&aacute;rio.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/39881797-1913-4c2d-ab91-61aea6587914.JPG?width=594&amp;height=334" alt="Bolsa Fam&iacute;lia come&ccedil;a a ser pago no dia 16 de junho. Jeane Oliveira | FDR">
<a href="https://aratuon.com.br/politica/orcamento-de-2025-e-aprovado-com-reducao-bilionaria-no-bolsa-familia">+ Or&ccedil;amento de 2025 &eacute; aprovado com redu&ccedil;&atilde;o bilion&aacute;ria no Bolsa Fam&iacute;lia</a>
O<a href="https://aratuon.com.br/geral/governo-muda-regra-de-renda-e-diminui-tempo-de-permanencia-no-bolsa-familia"> valor m&iacute;nimo do benef&iacute;cio &eacute; de R$ 600</a>. Al&eacute;m disso, o programa prev&ecirc; pagamentos adicionais de R$ 150 por crian&ccedil;a de at&eacute; seis anos, e de R$ 50 para cada integrante da fam&iacute;lia com idade entre sete e 18 anos incompletos, al&eacute;m de gestantes.&nbsp;
Os recursos poder&atilde;o ser sacados em at&eacute; 120 dias ap&oacute;s o dep&oacute;sito, em terminais de autoatendimento, lot&eacute;ricas ou ag&ecirc;ncias da Caixa. Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel movimentar o valor de forma digital, por meio do aplicativo Caixa Tem.
<h3 data-start="1004" data-end="1048">Confira o calend&aacute;rio do pagamento do Bolsa Fam&iacute;lia para o m&ecirc;s de junho:</h3>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8f6bd1e8-c4ba-4a81-8633-93137223a8b7.jpg?width=600&amp;height=336" alt="Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o | MDS">
<ul data-start="1050" data-end="1279">
<li data-start="1050" data-end="1072">
NIS final 1 &ndash; 16/6
</li>
<li data-start="1073" data-end="1095">
NIS final 2 &ndash; 17/6
</li>
<li data-start="1096" data-end="1118">
NIS final 3 &ndash; 18/6
</li>
<li data-start="1119" data-end="1141">
NIS final 4 &ndash; 20/6
</li>
<li data-start="1142" data-end="1164">
NIS final 5 &ndash; 23/6
</li>
<li data-start="1165" data-end="1187">
NIS final 6 &ndash; 24/6
</li>
<li data-start="1188" data-end="1210">
NIS final 7 &ndash; 25/6
</li>
<li data-start="1211" data-end="1233">
NIS final 8 &ndash; 26/6
</li>
<li data-start="1234" data-end="1256">
NIS final 9 &ndash; 27/6
</li>
<li data-start="1257" data-end="1279">
NIS final 0 &ndash; 30/6
</li>
</ul>
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/servico/beneficiarios-com-nis-de-final-8-recebem-o-bolsa-familia-nesta-quarta">Benefici&aacute;rios com NIS de final 8 recebem o Bolsa Fam&iacute;lia nesta quarta</a>

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 0,21% em junho deste ano.

A taxa é inferior à observada em maio (0,46%) mas superior à observada em junho do ano passado, quando foi registrada uma deflação (queda de preços) de 0,08%.

A informação foi divulgada hoje (10/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA acumula taxa de inflação de 2,48% no ano de 2024 e 4,23% no acumulado de 12 meses.

A inflação de junho foi influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que registrou alta de preços de 0,44% no mês, com aumento do custo de produtos como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%).

O grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54% no mês e apresentou o segundo principal impacto na inflação oficial em junho. Entre os itens que influenciaram o resultado estão os perfumes, com alta de preços de 1,69% no mês.

Por outro lado, os transportes evitaram uma inflação maior, ao registrar uma deflação de 0,19% no mês, resultado puxado pelas quedas de preços de passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%).

Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas: despesas pessoais (0,29%), habitação (0,25%), artigos de residência (0,19%), educação (0,06%), vestuário (0,02%) e comunicação (-0,08%).

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-07-10/conselho-justica-tj-ba/">Conselho Nacional de Justiça intervém no TJ-BA após identificação de ‘ineficiência grave’</a>

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A diretora de criação Gabriela Moura, de 36 anos, tornou-se a primeira mulher negra brasileira a ser premiada como no Cannes Lions 2024, conhecido como o "Oscar" da publicidade mundial. Ela conquistou um Leão de Bronze na categoria de Entretenimento pelo projeto "A Princesa e a Coroa", lançado ano passado. Os vencedores foram anunciados na última segunda-feira (17/6).
Produzido pela Agência Soko,"A Princesa e a Coroa" foi um curta-metragem para uma campanha publicitária estrelada por Tiana, do filme "A Princesa e o Sapo", da Disney, em que a personagem solta seus cabelos crespos, promovendo uma linha infantil da marca Seda. Em entrevista ao site Mundo Negro, Gabriela, falou que o objetivo era "normalizar a beleza negra para as crianças e permitir que fosse celebrada por toda a família".
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"Quanto mais mulheres negras estiverem liderando grandes campanhas, mais rica será nossa comunicação e mais amplas serão as mensagens que queremos transmitir", destacou. "Como Angela Davis disse, o sucesso das mulheres negras desafia e reestrutura a sociedade. Estamos falando de visibilidade, valorização e uma indústria criativa mais inteligente", acrescentou.
Antes dessa premiação, no entanto, Gabriela - que hoje é diretora de conteúdo criativo na Agência Talent - já havia conquistado dois bronzes no Cannes Lion, um na categoria PR (Relações Públicas) e um na categoria Glass (cuja finalidade é premiar cases com impacto social) pelo projeto "Uncomfortable Food", para Stella Artois/Ambev, sobre o machismo na indústria gastronômica.
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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), sancionou nesta sexta-feira (14/6) a alteração da lei municipal nº 9.699/2023, que regula a distribuição de sacolas plásticas não recicláveis na cidade. A atualização foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e entrará em vigor no dia 13 de julho.
De acordo com o artigo 4º da nova legislação, os estabelecimentos comerciais são obrigados a oferecer gratuitamente aos clientes alternativas às sacolas plásticas não recicláveis, como sacolas de papel e sacolas plásticas recicladas pós-consumo.
A iniciativa de modificar a lei foi do presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereador Carlos Muniz (PSDB). Ele justificou a mudança como uma medida para assegurar que pelo menos uma sacola biodegradável seja disponibilizada gratuitamente aos consumidores, destacando a necessidade de combater a "ganância" dos empresários.
A proposta foi aprovada por unanimidade pelos vereadores na última terça-feira (11).
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Durante as festividades de São João, muitas pessoas fazem fogueiras e comemoram o período festivo com fogos de artifício. Mas esses elementos marcantes da tradição junina são a principal causa de queimaduras, que podem atingir desde a camada superficial da pele até os músculos e ossos e provocar risco de infecção e hipotermia no indivíduo.
Segundo o médico hiperbarista e sócio do Centro OxyRenova, Gabriel Mendes, a pele é um órgão essencial para a barreira de proteção e controle da temperatura corporal. “Por isso, qualquer paciente com queimaduras moderadas ou graves deve receber tratamento adequado o mais rápido possível, pois há sérios riscos de complicações”, explica.
"A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) pode ser uma forte aliada como tratamento para cicatrização pós queimaduras, pois é direcionada para reduzir o edema, manter a hemodinâmica e a função renal, assim como evitar ou combater as infecções, preservar os tecidos viáveis, proteger a microcirculação, fortalecer as defesas inatas e prover os substratos essenciais para suportar os tecidos viáveis e a recuperação", afirma.

Além disso, há dispositivos de curativos avançados dotados de tecnologias que ajudam a tratar a queimadura. “Eles promovem a redução da necessidade de trocas frequentes de curativos, mantém a umidade ideal na lesão, aliviam a dor, controlam o odor, apresentam propriedades antimicrobianas, gerenciam sangramentos e, mais significativamente, têm como objetivo primordial acelerar o processo de cicatrização e proporcionar conforto ao paciente”, informa o médico.

ACIDENTES
Quando o indivíduo é acometido por queimadura não deve colocar produtos caseiros, como creme dental ou manteiga, em cima da área. "A pessoa deve evitar tocar na área afetada e não colocar gelo sobre a queimadura. O aconselhável é lavar a área afetada com água corrente fria ou gelada por pelo menos 20 minutos e, em casos mais graves, procurar atendimento médico imediatamente", aconselha Gabriel.

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O suspeito de matar um idoso de 70 anos durante um assalto nas Lojas Americanas no Caminho de Areia, região da Cidade Baixa, em Salvador, apresentou-se à polícia na tarde desta quarta-feira (12/6). A informação é do Alô Juca.
José Salvador Calixto Almeida foi morto no dia 22 de março deste ano, com um tiro na cabeça, após reagir à tentativa de assalto. Ele tinha ido à loja comprar chocolate para os netos.
O idoso chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santo Antônio, mas não resistiu.
Já o suspeito, que estava com mandado de prisão em aberto, entregou-se na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, na Baixa do Fiscal, na capital baiana, na presença de dois advogados.
Outros dois envolvidos no assassinato morreram em confronto com policiais do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) na localidade Calafate, na Fazenda Grande do Retiro, no último dia 7 de junho. <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-06-07/dupla-envolvida-em-morte-de-idoso-no-caminho-de-areia-morre-em-confronto-com-a-pm/" target="_blank" rel="noopener">Saiba mais aqui</a>.
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Um curso de costura industrial e confeção de roupas abriu 40 vagas gratuitas em Salvador. As aulas serão realizadas no bairro do Uruguai, na Cidade Baixa, e as inscrições podem ser feitas até sexta-feira (7/6), pela internet (<a href="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf_MWn2iF92hb2oPi0_urlU5ORvBDq4mMXCv-Hnq8hypf3dUA/viewform?pli=1" target="_blank" rel="noopener">clique aqui</a>).
Serão 350 horas-aulas, ao todo, distribuídas em cinco módulos: Costura Industrial (módulo técnico-específico), Desenho Técnico, Empreendedorismo, Sustentabilidade e o Projeto final de curso.
Haverá aulas nos turnos matutino e vespertino e, ao final das atividades, os alunos receberão certificado.
Para preencher as vagas, o candidato deve ser maior de 18 anos; estar desempregado; ter renda familiar inferior a dois salários mínimos e ser morador da região da Cidade Baixa.
Depois da inscrição haverá etapa eliminatória entre os dias 10 a 14 de junho, na sede do projeto. Os aprovados serão divulgados entre os dias 17 e 21 do mesmo mês.
Já as matrículas poderão ser feitas de 19 a 21 de junho, de forma presencial, na sede da Lavoro. E, por fim, a aula inaugural será no dia 25 de junho.
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Cerca de 4,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada nascidos em maio e junho podem sacar, a partir desta quarta-feira (16/5), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e no Portal Gov.br.
No Rio Grande do Sul, além do pagamento para os nascidos em maio e junho, serão antecipados, para esta quarta-feira, os créditos dos benefícios para os nascidos de julho a dezembro. A medida beneficiará 702 mil trabalhadores afetados pelas fortes chuvas no estado, que receberão o valor total de R$ 726,7 milhões este mês.
Ao todo, a Caixa Econômica Federal liberará R$ 4,45 bilhões neste mês. Aprovado no fim do ano passado, o calendário de liberações segue o mês de nascimento do trabalhador, no caso do PIS, ou o número final de inscrição do Pasep. Os pagamentos ocorrem de 15 de fevereiro a 15 de agosto.
Neste ano, cerca de R$ 27 bilhões poderão ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial de 2024 será pago a 24,87 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,98 milhões são da iniciativa privada e receberão o abono do PIS e 2,89 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito ao Pasep.
O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal; e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento, no caso do PIS, e no número final de inscrição, no caso do Pasep. O saque começará nas datas de liberação dos lotes e acabarão em 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/servico/2024-05-15/inscricoes-para-o-2o-ciclo-do-acelera-iao-seguem-ate-o-dia-23-de-maio/">Inscrições para o 2º ciclo do ‘Acelera Iaô’ seguem até o dia 23; fique por dentro</a>

Na segunda reportagem da série especial sobre os 10 anos das Jornadas de Junho, o jornalista e apresentador Pablo Reis contou a Aratu On sobre a cobertura do movimento em Salvador e a experiência de vivenciar um evento histórico. Atualmente aos 45 anos de idade, o apresentador da TV Aratu recorda os acontecimentos de 2013, afirmando que, à época, com 35 anos, não tinha noção sobre o impacto que as Jornadas teriam na sociedade como um todo. “Era emocionante, era uma mistura de adrenalina com a possibilidade de estar no meio da história acontecendo”, lembra Pablo.

O movimento, que começou contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo, se espalhou pelas ruas do país e absorveu outras reivindicações e protestos, como o desejo da não realização da Copa do Mundo de Futebol e a insatisfação com a política. Os veículos jornalísticos ficaram com a responsabilidade de registrar os acontecimentos e trazer explicações para o grande público. Mas, como relata Pablo Reis, naquele momento, “as narrativas já não estavam mais totalmente no controle dos veículos de comunicação”.

Confira aqui o relato do jornalista sobre as Jornadas em Salvador:
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&nbsp;
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<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/reel/CuF23iDtxXP/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publicação compartilhada por Aratu On (@aratuonline)</a>

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Vídeo: Lucas Pereira| Edição: José Neto

“Consequências profundas”

“Naquela época não se tinha a dimensão de tudo que estava acontecendo e de tudo que viria como consequência depois das manifestações. Foram consequências profundas e importantes na sociedade brasileira, na política, na economia, na cultura, até no próprio esporte”, diz o jornalista.

Na posição de “observador privilegiado dos acontecimentos”, como se denomina Pablo, as imagens dos embates entre os manifestantes e as forças policiais estão presentes na memória do jornalista e registradas em filmagens realizadas por ele e por ativistas que participaram das marchas.

Para Pablo, essa vontade, especialmente dos mais jovens, em gravar os desdobramentos das manifestações foi uma força disruptiva que atingiu o jornalismo em cheio. O apresentador ressalta que esse ímpeto superou até mesmo os poucos recursos técnicos da época, precários se comparados com os celulares e a rede de dado atuais.

“Naquele momento, o que deu para perceber é que muito do jornalismo poderia estar sendo modificado, poderia estar vivendo naquele momento uma outra forma de fazer jornalismo. Porque não apenas jornalistas estavam fazendo os registros. Já não era mais prerrogativa de jornalista poder contar histórias em vida”, relata.

“Cena poética”

Um dos momentos mais marcantes, segundo o<a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-06-26/especial-10-anos-das-jornadas-em-salvador-parecia-que-estava-em-uma-guerra-relata-ativista/" target="_blank" rel="noopener"> primeiro entrevistado da série, o ativista Onã Rudá</a>, foi um protesto que aconteceu na região do Iguatemi, que reuniu milhares de manifestantes. Para além desse ato, outros aconteceram em vários locais de Salvador, especialmente nas regiões do centro da cidade, como Campo Grande, Barris e Dique do Tororó.

Como em um filme da vida real, o script dos atos eram os mesmos: manifestantes de um lado, com cartazes, bandeiras e vozes; e as forças policiais de segurança uniformizados e caracterizados com equipamentos de combate, com “cacetetes, capacetes reluzentes e a determinação de manter tudo em seu lugar”, como já dizia a música “Selvagem”, dos Paralamas do Sucesso.

Mesmo sendo lançada em 1986, a tal selvageria da canção se mantinha mais que atual nos dias juninos de 2013 e dialoga com a memória de Pablo do evento: “A reação popular, principalmente de jovens, de militantes, era uma reação grande e isso motivou vários confrontos, conflitos entre polícia, entre manifestantes. Alguns chegaram ao exagero de envolver bombas de efeito moral, alguns tiveram ferimentos, ferimentos até graves nessas manifestações”.

O jornalista rememora as acusações de excessos da polícia na repressão das manifestações. “Havia relatos de pessoas que diziam ter sido massacradas, encurraladas. Essas pessoas diziam que a ação da polícia foi covarde”, afirma.

Em um desses episódios de embate, ocorrido na região do Dique do Tororó, com manifestantes contra a realização da Copa das Confederações, em 2013, e do Mundial em 2014, aconteceu uma cena descrita por Pablo como “poética” e de desfecho imprevisível. Várias pessoas tentavam furar as barricadas policias, alegando o direito de ir e vir. As forças policiais já estavam preparadas para o controle através da força, quando um dos manifestantes sacou um buquê de flores e ofereceu aos policiais.
<blockquote>“Eu penso que foi uma reação muito feliz dele, como se dissesse ‘enquanto a gente está recebendo bala de borracha ou spray de pimenta, a gente está oferecendo flores para polícia’. Em um sinal de amistosidade, uma tentativa até de trégua naquele momento em que tinham jovens, adultos, alguns até idosos sofrendo com a reação do poder da polícia.”</blockquote>
“Fora do controle do jornalismo”

Quanto aos impactos e reflexos das Jornadas de Junho em 2013, o apresentador da TV Aratu é muito direto em afirmar que, na sociedade, muita coisa já foi dita e analisada, entre os diversos espectros políticos. Porém, no que toca o jornalismo, ali começaram as mudanças sobre formatos e coberturas, que se consolidaram nos anos seguintes.
<blockquote>“No jornalismo eu acho que o mais significativo foi justamente isso. Foi perceber que as narrativas já não estavam mais totalmente no controle dos veículos de comunicação. Por mais que os veículos quisessem dar conta do que estava acontecendo, eles não tinham a dimensão completa e nem nunca vão ter.”</blockquote>
Para o entrevistado, foi naquele momento em que se percebeu a falta de capilaridade, de amplitude dos grandes veículos de comunicação, uma vez que vários atos aconteciam, muitos simultaneamente, em diversos cantos do território brasileiro. Nesse vácuo informativo, pessoas “comuns” viram a oportunidade de contar a história a partir de suas óticas e vivências.

“Eu acho que naquele momento ali, pelo menos para mim, começou a ficar claro que o jornalismo tradicional já não teria mais o controle completo do registro de fatos cotidianos.”

*Essa é a segunda reportagem da série de entrevistas de Aratu On sobre as Jornadas de Junho de 2013 em Salvador. Na <a href="http://Pauta: Salvador teve redução na população desde o último censo. Vamos conversar com um geógrafo para entender os motivos possíveis para essa redução. Nas redes sociais, os soteropolitanos estão fazendo brincadeiras como se a notícia fosse negativa, mas ela é, de fato, um sinal ruim para a cidade? Pode significar, por exemplo, um sucesso das campanhas de controle populacional? Ou, por outro lado, pode sinalizar uma evasão da cidade por falta de possibilidades de emprego e crescimento financeiro? Alguns dados que queremos entender com o especialista: - Salvador teve uma redução de 9,6% na população e foi a maior queda entre as capitais e a segunda maior entre cidades com mais de 100 mil habitantes. - A Bahia teve o terceiro menor crescimento populacional do país, entre os Censos de 2010 e 2022, de 0,9%. - O Brasil teve o menor crescimento populacional entre censos desde 1872, apenas 0,52%.">primeira reportagem</a>, o ativista Onã Rudá falou sobre a perpectiva da militância sobre as marchas de 2013. Na próxima reportagem da série, o pesquisador e autor de livro sobre as Jornadas Thiago Ferreira explica como a política e os movimentos sociais foram alterados pelo movimento.

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