O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu comentar o caso da menina de 11 anos gr&aacute;vida em Santa Catarina. Ela procurou a Justi&ccedil;a para solicitar um aborto legal, visto que atos sexuais nessa idade s&atilde;o considerados estupros mesmo que a v&iacute;tima diga ter sido consensual. O caso ganhou repercuss&atilde;o ap&oacute;s a ju&iacute;za Joana Ribeiro Zimmer, da Justi&ccedil;a estadual de Santa Catarina, tentar convencer a menina a manter a gravidez.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/mundo/apos-decisao-polemica-de-juiza-justica-de-santa-catarina-autoriza-crianca-gravida-apos-estupro-a-voltar-para-casa" target="_blank">Ap&oacute;s decis&atilde;o pol&ecirc;mica de ju&iacute;za, Justi&ccedil;a de Santa Catarina autoriza crian&ccedil;a, gr&aacute;vida ap&oacute;s estupro, a voltar para casa</a>

O aborto foi feito legalmente nesta quinta-feira (24/6). Horas depois, Bolsonaro criticou o acontecido nas redes sociais e falou que &quot;n&atilde;o se discue a forma que ele foi gerado&quot;. &quot;Um beb&ecirc; de SETE MESES de gesta&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o se discute a forma que ele foi gerado, se est&aacute; amparada ou n&atilde;o pela lei. &Eacute; inadmiss&iacute;vel falar em tirar a vida desse ser indefeso!&quot;, reclamou.

O presdente se referiu as noticias recentes que apontam uma outra crian&ccedil;a, de 13 anos, como pai do beb&ecirc;. As rela&ccedil;&otilde;es teriam sido consensuais e dentro de casa, visto que o menino &eacute; filho do paastro da menina. &quot;A &uacute;nica certeza sobre a trag&eacute;dia da menina gr&aacute;vida de 7 meses &eacute; que tanto ela quanto o beb&ecirc; foram v&iacute;timas, almas inocentes, vidas que n&atilde;o deveriam pagar pelo que n&atilde;o s&atilde;o culpadas, mas ser protegidas do meio que vivem, da dor do trauma e do ass&eacute;dio maligno de grupos pr&oacute;-aborto&quot;, disse, sem detalhar que, caso a gesta&ccedil;&atilde;o fosse mantida, m&atilde;e e feto poderiam morrer no parto.

&quot;Sabemos tratar-se de um caso sens&iacute;vel, mas tirar uma vida inocente, al&eacute;m de atentar contra o direito fundamental de todo ser humano, n&atilde;o cura feridas nem faz justi&ccedil;a contra ningu&eacute;m, pelo contr&aacute;rio, o aborto s&oacute; agrava ainda mais esta trag&eacute;dia! Sempre existir&atilde;o outros caminhos!&quot;, completou. Bolsonaro n&atilde;o explicou quais seriam os caminhos para os pais cuidarem do beb&ecirc;, sendo que ambos est&atilde;o em idade escolar.

O presidente pediu uma investiga&ccedil;&atilde;o do processo &quot;que causou a morte de um beb&ecirc; saud&aacute;vel&quot;. &quot;Solicitei ao MJ [Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a] e ao MMFDH [Mininst&eacute;rio da Mulher, Fam&iacute;lia e Direitos Humanos] que apurem os abusos cometidos pelos envolvidos nesse processo que causou a morte de um beb&ecirc; saud&aacute;vel com 7 meses de gesta&ccedil;&atilde;o, da viola&ccedil;&atilde;o do sigilo de justi&ccedil;a e do total desprezo pelas leis e princ&iacute;pios &eacute;ticos, &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o de uma menina de 11 anos&quot;, decretou.

Mais tarde, com a repercuss&atilde;o das falar, Bolsonaro voltou as redes sociais para criticar as not&iacute;cias. &quot;N&atilde;o adianta induzir as pessoas a acharem que somos de alguma forma coniventes com um crime t&atilde;o b&aacute;rbaro como o estupro, ou que n&atilde;o nos preocupamos com o sofrimento de uma crian&ccedil;a de 11 anos. S&atilde;o voc&ecirc;s que demonstram desprezo por uma das v&iacute;timas: a crian&ccedil;a de 7 meses&quot;, alegou.

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