O advogado Jos&eacute; Luiz de Brito Meira J&uacute;nior, <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/motivo-da-briga-uso-de-tesoura-e-tiro-fatal-veja-com-exclusividade-o-depoimento-do-advogado-suspeito-de-matar-namorada-em-salvador" target="_blank">suspeito de matar a namorada Kesia Stefany da Silva Ribeiro dentro de um apartamento no bairro do Rio Vermelho, em Salvador</a>, foi denunciado pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia por feminic&iacute;dio cometido por motivo f&uacute;til, informou o &oacute;rg&atilde;o nesta sexta-feira (5/11).

De acordo com o MP, a den&uacute;ncia foi oferecida na quinta-feira (4/11) pelo promotor de Justi&ccedil;a Ariomar Figueiredo, que se manifestou favor&aacute;vel &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o preventiva do agora acusado. O crime aconteceu no &uacute;ltimo dia 17 de outubro, na resid&ecirc;ncia do advogado.&nbsp;

Segundo o documento, o laudo de exame cadav&eacute;rico atesta que a morte foi causada por um tiro de arma de fogo que acertou a boca da v&iacute;tima. Ainda conforme a den&uacute;ncia, os peritos n&atilde;o detectaram &quot;res&iacute;duos de disparo de arma de fogo nas m&atilde;os direita e esquerda da v&iacute;tima&quot;, o que, destacou o promotor, contraria a vers&atilde;o do advogado de que K&eacute;zia Ribeiro estaria em posse da pistola semiautom&aacute;tica no momento do disparo. &nbsp;

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/87711/mg/FOTO_NOTICIA_1 (2).jpg" style="width: 1024px; height: 826px;" />

O promotor aponta&nbsp;que o crime foi cometido contra uma mulher &ldquo;por raz&atilde;o da condi&ccedil;&atilde;o de sexo feminino, em situa&ccedil;&atilde;o de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica e familiar&rdquo;. Segundo o MP, atos violentos j&aacute; haviam sido cometidos por Jos&eacute; Meira J&uacute;nior contra a namorada, o que teria despertado o desejo dela, ap&oacute;s conselhos familiares, de romper o relacionamento.&nbsp;

No dia do crime, apontam as investiga&ccedil;&otilde;es, os dois teriam brigado por conta de &ldquo;desentendimento acerca do uso recreativo de entorpecente&rdquo;, o que teria levado o advogado a disparar, configurando, diz a den&uacute;ncia, o motivo f&uacute;til.

DEPOIMENTO

Dias ap&oacute;s o crime, <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/motivo-da-briga-uso-de-tesoura-e-tiro-fatal-veja-com-exclusividade-o-depoimento-do-advogado-suspeito-de-matar-namorada-em-salvador" target="_blank">a reportagem do Aratu On obteve o teor do depoimento do advogado</a>. Meira J&uacute;nior ressalta que estava com a mulher em uma festa, na Praia do Flamengo. &Agrave; noite, relembrou, ambos foram para um bar no bairro de Brotas. No local, come&ccedil;ou um desentendimento porque ele n&atilde;o aceitou que a v&iacute;tima utilizasse drogas.&nbsp;

No depoimento, Jos&eacute; acrescentou que a fechadura do seu apartamento &eacute; eletr&ocirc;nica e, por isso, sua namorada entrou no im&oacute;vel, indo direto para o quarto, onde o cofre que guardava sua pistola - registrada - estava aberto. Kesia, argumentou o suspeito, pegou a arma, apontou para ele e tentou colocar cartuchos, mas sem sucesso. O advogado admitiu que disparou contra o rosto da jovem ap&oacute;s uma confus&atilde;o pela posse da pistola.

Depois do tiro, o advogado disse que tentou pedir ajuda na portaria, mas n&atilde;o conseguiu. Logo em seguida, colocou Kesia no seu ve&iacute;culo, modelo &Ocirc;nix, e a deixou no Hospital Geral do Estado.&nbsp;

O QUE ACONTECEU NO DIA?&nbsp;

A reportagem do Aratu On apurou que o Centro Integrado de Comunica&ccedil;&atilde;o das Pol&iacute;cias (Cicom) recebeu um chamado sobre a briga do casal, com gritos de mulher, &agrave;s 3h44 do domingo, 17 de outubro. O solicitante informou que escutou disparos de arma de fogo vindos de um apartamento e que visualizou &quot;rastros de sangue pelo corredor do condom&iacute;nio&quot;, com &quot;um homem arrastando uma mulher desacordada&quot;.&nbsp;

Uma equipe do Departamento de Homic&iacute;dios e Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa (DHPP) entrou no apartamento do advogado horas depois da briga. De acordo com relato escrito na ocorr&ecirc;ncia pelo delegado que estava &agrave; frente da guarni&ccedil;&atilde;o, havia muito sangue no im&oacute;vel, al&eacute;m de dois cartuchos de muni&ccedil;&otilde;es de pistola intactos e um estojo de muni&ccedil;&atilde;o 9 mil&iacute;metros disparado.&nbsp;

Ap&oacute;s deixar a v&iacute;tima no HGE, Jos&eacute; foi para a casa da irm&atilde;. O autom&oacute;vel utilizado por ele, modelo &Ocirc;nix, foi encontrado por uma viatura da Pol&iacute;cia Militar ainda na manh&atilde; do domingo, no bairro da Pituba. O advogado de defesa dele, Domingos Arjones, argumentou que o cliente foi ao local vestir uma roupa adequada para se apresentar &agrave; Pol&iacute;cia Civil, j&aacute; que estaria sem camisa por conta da pressa do socorro.

PROCESSO&nbsp;

Jos&eacute; foi transferido para o Batalh&atilde;o de Choque da Pol&iacute;cia Militar no &uacute;ltimo dia 21 de outubro, ap&oacute;s decis&atilde;o do Tribunal de Justi&ccedil;a da Bahia. O juiz Paulo S&eacute;rgio Barbosa de Oliveira considerou que, na sede do Batalh&atilde;o, existe a disponibilidade do acolhimento prisional compat&iacute;vel para o acautelamento do suspeito, preso em flagrante.&nbsp;

A defesa de Jos&eacute; Luiz havia solicitado convers&atilde;o da cust&oacute;dia preventiva em pris&atilde;o domiciliar, alegando a incapacidade do sistema prisional para oferecer o recolhimento do cliente em sala de Estado Maior, como prev&ecirc; a lei, conforme o Estatuto da Advocacia, legisla&ccedil;&atilde;o reconhecida como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).&nbsp;

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O depoimento completo do advogado criminalista Jos&eacute; Luiz de Brito Meira J&uacute;nior, <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/jovem-de-21-anos-e-assassinada-pelo-namorado-no-rio-vermelho" target="_blank">suspeito de matar a namorada Kesia Stefany da Silva Ribeiro</a> dentro de um apartamento no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, foi obtido com exclusividade pela reportagem do Aratu On. Na declara&ccedil;&atilde;o, o homem detalha o motivo da briga - uso de drogas - e refor&ccedil;a a tese de tiro acidental.&nbsp;

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/advogado-suspeito-de-matar-ex-em-predio-de-luxo-no-rio-vermelho-tem-prisao-convertida-em-preventiva-mas-ficara-detido-em-casa" target="_blank">Advogado suspeito de matar ex em pr&eacute;dio de luxo no Rio Vermelho tem pris&atilde;o convertida em preventiva, mas ficar&aacute; detido em casa</a>

O relato do criminalista aos policiais civis do Departamento de Homic&iacute;dios e Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa (DHPP) come&ccedil;a com ele relembrando a tarde do dia 16 de outubro, horas antes da morte. Meira J&uacute;nior ressalta que estava com a mulher em uma festa, na Praia do Flamengo. &Agrave; noite, relembrou, ambos foram para um bar no bairro de Brotas. No local, come&ccedil;ou um desentendimento porque ele n&atilde;o aceitou que a v&iacute;tima utilizasse drogas.&nbsp;

Foi esse motivo que, ainda de acordo com o suspeito, provocou outra briga, j&aacute; dentro do apartamento localizado no Edif&iacute;cio Terrazo. Jos&eacute; Luiz contou que foi ferido por uma tesoura durante a confus&atilde;o, que ele teria tomado. Em seguida, Kesia teria ficado em posse de uma faca. Nesse momento, o casal teria ficado ferido e, irritado, o advogado mandou a v&iacute;tima sair de casa, mas ela voltou.&nbsp;

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/87332/mg/FOTO_NOTICIA_1 (1).jpg" style="width: 1024px; height: 826px;" />No depoimento, Jos&eacute; acrescentou que a fechadura do seu apartamento &eacute; eletr&ocirc;nica e, por isso, sua namorada entrou no im&oacute;vel, indo direto para o quarto, onde o cofre que guardava sua pistola - registrada - estava aberto. Kesia, argumentou o suspeito, pegou a arma, apontou para ele e tentou colocar cartuchos, mas sem sucesso. O advogado admitiu que disparou contra o rosto da jovem ap&oacute;s uma confus&atilde;o pela posse da pistola.

Depois do tiro, o advogado disse que tentou pedir ajuda na portaria, mas n&atilde;o conseguiu. Logo em seguida, colocou Kesia no seu ve&iacute;culo, modelo &Ocirc;nix, e a deixou no Hospital Geral do Estado.&nbsp;

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/87332/mg/FOTO_NOTICIA_1.jpg" style="width: 1024px; height: 826px;" />O QUE ACONTECEU NO DIA?&nbsp;

A reportagem do Aratu On apurou que o Centro Integrado de Comunica&ccedil;&atilde;o das Pol&iacute;cias (Cicom) recebeu um chamado sobre a briga do casal, com gritos de mulher, &agrave;s 3h44 do domingo, 17 de outubro. O solicitante informou que escutou disparos de arma de fogo vindos de um apartamento e que visualizou &quot;rastros de sangue pelo corredor do condom&iacute;nio&quot;, com &quot;um homem arrastando uma mulher desacordada&quot;.&nbsp;

Uma equipe do Departamento de Homic&iacute;dios e Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa (DHPP) entrou no apartamento do advogado horas depois da briga. De acordo com relato escrito na ocorr&ecirc;ncia pelo delegado que estava &agrave; frente da guarni&ccedil;&atilde;o, havia muito sangue no im&oacute;vel, al&eacute;m de dois cartuchos de muni&ccedil;&otilde;es de pistola intactos e um estojo de muni&ccedil;&atilde;o 9 mil&iacute;metros disparado.&nbsp;

Ap&oacute;s deixar a v&iacute;tima no HGE, Jos&eacute; foi para a casa da irm&atilde;. O autom&oacute;vel utilizado por ele, modelo &Ocirc;nix, foi encontrado por uma viatura da Pol&iacute;cia Militar ainda na manh&atilde; do domingo, no bairro da Pituba. O advogado de defesa dele, Domingos Arjones, argumentou que o cliente foi ao local vestir uma roupa adequada para se apresentar &agrave; Pol&iacute;cia Civil, j&aacute; que estaria sem camisa por conta da pressa do socorro.&nbsp;

PROCESSO&nbsp;

Jos&eacute; foi transferido para o Batalh&atilde;o de Choque da Pol&iacute;cia Militar nesta quinta-feira (21/10), <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/prisao-domiciliar-e-indeferida-e-advogado-suspeito-de-cometer-feminicidio-vai-para-o-batalhao-de-choque-da-pm" target="_blank">ap&oacute;s decis&atilde;o do Tribunal de Justi&ccedil;a da Bahia</a>. O juiz Paulo S&eacute;rgio Barbosa de Oliveira considerou que, na sede do Batalh&atilde;o, existe a disponibilidade do acolhimento prisional compat&iacute;vel para o acautelamento do suspeito, preso em flagrante.&nbsp;

A defesa de Jos&eacute; Luiz <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/advogado-suspeito-de-matar-ex-em-predio-de-luxo-no-rio-vermelho-tem-prisao-convertida-em-preventiva-mas-ficara-detido-em-casa" target="_blank">havia solicitado convers&atilde;o da cust&oacute;dia preventiva em pris&atilde;o domiciliar</a>, alegando a incapacidade do sistema prisional para oferecer o recolhimento do cliente em sala de Estado Maior, como prev&ecirc; a lei, conforme o Estatuto da Advocacia, legisla&ccedil;&atilde;o reconhecida como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O judici&aacute;rio, por&eacute;m, entendeu que o Batalh&atilde;o de Choque tem a condi&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria para acolher o suspeito e oficiou a determina&ccedil;&atilde;o, comunicando o comandante da unidade policial para o cumprimento da decis&atilde;o.

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