As imagens do meia marroquino Sofyan Amrabat, da Fiorentina, comendo uma banana e bebendo água durante uma paralisação para o atendimento médico do colega Luca Ranieri, em uma partida disputada contra a Inter de Milão pelo campeonato italiano, correram o mundo. Muita gente, sem entender nada, se questionou: por que ele comeu durante o jogo? É que o atleta, que é de origem muçulmana, estava em jejum por conta do Ramadã. Você sabe como isso funciona? O Aratu On explica para você.
O Ramadã é o mês sagrado no calendário islâmico, em que os muçulmanos em todo o mundo jejuam do nascer ao pôr-do-sol. Durante este período, eles também se dedicam à oração, leitura do Corão e atos de caridade. Este ano, esse período, que começou em 23 de março, vai até 20 de abril.
Nesse período, atletas de alta performance como Amrabat costumam ir para as competições sem comer nem beber água, o que acaba prejudicando o desempenho e até a saúde deles. Por isso, seu companheiro de time, Luca Ranieri, fingiu uma lesão, para que o colega pudesse quebrar o jejum, o que só é permitido após anoitecer.
O jejum no Ramadã é considerado um dos Cinco Pilares do Islã, que são os princípios fundamentais da religião. Nesse período, enquanto o sol ainda estiver no céu, os muçulmanos se abstêm de comida, bebida, fumo e relações sexuais, já que jejum é considerado uma forma de purificação espiritual e de demonstração de submissão a Deus.
A quebra do jejum é conhecida como "iftar", e é um momento de celebração e comunhão. Os muçulmanos geralmente celebram o momento com tâmaras e água, seguidas de uma refeição mais robusta.
No fim, o Ramadã acaba com a celebração do Eid al-Fitr, um feriado de três dias que é festejado com orações e reuniões familiares super animadas. Durante o Eid al-Fitr, os muçulmanos, tradicionalmente, vestem suas melhores roupas e compartilham comida e presentes.
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Principalmente agora com a Copa do Mundo sendo realizada no Catar &eacute; comum que voc&ecirc; fique mais curioso sobre o pa&iacute;s-sede. Por exemplo, voc&ecirc; sabe a diferen&ccedil;a entre emir, Sult&atilde;o, Califa e Sheik? O Aratu On&nbsp;explica para voc&ecirc;.

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EMIR

Os t&iacute;tulos se referem a pap&eacute;is de lideran&ccedil;a nas sociedades isl&acirc;micas. O Catar, por exemplo, &eacute; governado por um Emir, que vem do &aacute;rabe &quot;amir&quot; e significa &quot;comandante&quot; ou &quot;pr&iacute;ncipe&quot;. No Oriente M&eacute;dio Mu&ccedil;ulmano, Emir &eacute;&nbsp;um comandante militar ou at&eacute;&nbsp;um governador de uma prov&iacute;ncia. Al&eacute;m dos chefes-executivos do Catar, os governantes do Kuwai e&nbsp;dos Emirados &Aacute;rabes Unidos tamb&eacute;m levam o t&iacute;tulo.

SULT&Atilde;O

Sult&atilde;o, de acordo com Alcor&atilde;o ou Cor&atilde;o (livro sagrado do Isl&atilde;)&nbsp;&eacute; uma autoridade moral ou espiritual, cujo termo passou a ser utilizado como t&iacute;tulo por soberanos mu&ccedil;ulmanos entre o final do s&eacute;culo X (dez) e o in&iacute;cio do s&eacute;culo XI (onze). Atualmente intitula Qaboos bin Said Al Said, sult&atilde;o de Om&atilde;.

CALIFA

J&aacute; Califa quer dizer &quot;sucessor&quot;&nbsp;em &aacute;rabe e se refere a um governante da comunidade mu&ccedil;ulmana. Come&ccedil;ou a ser usado ap&oacute;s a morte do profeta Maom&eacute;, quando um dos companheiros dele e um dos primeiros convertidos ao islamismo foi eleito l&iacute;der pela maioria dos mu&ccedil;ulmanos. Apesar do t&iacute;tulo, n&atilde;o &eacute; um mensageiro de Deus.

SHEIK, XEIQUE OU XEQUE

Por fim, o Sheik (ou xeque),&nbsp;que atribu&iacute;mos muitas vezes a algu&eacute;m muito rico - <a href="https://www.youtube.com/watch?v=u7f3oD-xsfo&amp;ab_channel=DjavanVEVO" target="_blank">como j&aacute; canta Djavan, em &quot;Nem Um Dia&quot;</a>&nbsp;- &eacute; utilizado antes mesmo do pr&oacute;prio surgimento do islamismo. Derivado de um termo que deriva de&nbsp;&ldquo;shakha&rdquo; (anci&atilde;o), serve para se referir a um &quot;homem vener&aacute;vel de mais de 50 anos&quot;. Hoje, a&nbsp;palavra&nbsp;&eacute; utilizada para chefes de ordens religiosas, tribos, entidades de ensino, aldeias e at&eacute; mesmo de bairros.

Com informa&ccedil;&otilde;es da&nbsp;Super Interessante, Aventuras na Hist&oacute;ria, Editora Tabla e BBC.

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