Após a decisão do ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PT), de não apoiar o candidato Andrei do Caixa (MDB) da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou que realizará uma reunião na noite desta terça-feira (20/8), para tratar da campanha no município.

Isaac Carvalho decidiu se aliar ao PSD para apoiar o sobrinho, Celso Carvalho, e o vice, Coronel Anselmo Bispo. Essa mudança foi determinada pelos líderes do PSD, senadores Otto Alencar e Ângelo Coronel.

Jerônimo garantiu compromisso com a unidade em Juazeiro. "No início da pré-campanha, tinham uns cinco ou seis candidatos e eu falei que eu queria unidade e eu não vou mudar meu discurso, não vou. Daqui de cima, eu não farei a mudança por decreto, eu não posso fazer isso, se eu escolhesse qualquer um, eu não teria talvez a unidade tranquila lá, então, por isso, que é bom vir de baixo para cima e assim nós fizemos em praticamente toda a Bahia", disse o governador.

Sobre a reunião desta noite, Jerônimo afirmou que há "um projeto para Juazeiro". "Hoje nós teremos uma reunião à noite para a gente poder dialogar sobre o andamento da campanha. Por mais que a gente possa dizer que nós temos dois ou três candidatos, chega uma hora que a gente afunila", pontuou.
<h2>CRÍTICAS DE ALIADO</h2>
Para o deputado estadual Roberto Carlos (PV), que era pré-candidato e retirou o nome após pedido de Jerônimo, a condução de Isaac foi equivocada. "Eu coloquei o meu nome, o deputado Zó colocou seu nome, mas o nome nosso foi preterido em detrimento ao de Isaac Carvalho, que todo mundo sabia que ele tinha um processo jurídico e que não era, naquele momento, o melhor candidato. Mesmo assim, o PT e a Federação trabalharam o nome de Isaac por oito meses e não teve outro candidato", disse.

"Para mim, ele está cometendo uma grande injustiça com o PT, com o governador e com a Federação, porque a Federação trabalhou oito meses no nome dele. E ele não poderia reclamar de nada. Quem poderia reclamar era o deputado Roberto Carlos, com seis mandatos de deputado estadual fiel ao governo do Estado e foi preterido. Agora, ele, não poderia reclamar”, acrescentou o deputado.

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A Justiça negou recurso impetrado pela defesa de Isaac Carvalho, pré-candidato a prefeito de Juazeiro, e o manteve inelegível até 2026. Ele foi condenado em outubro de 2021 por improbidade administrativa, pela infração ocorrida em 2020, quando era prefeito da cidade.

A decisão, à qual o Aratu On obteve acesso, foi proferida nesta quinta-feira (27/6) pelo juiz José Goes Silva Filho da 1ª Vara de Fazenda Pública de Juazeiro, que indeferiu pedido da defesa de Isaac, que alegou incompatibilidades e impedimento dos próprios advogados para defendê-lo no processo pelo qual foi condenado. Diante deste cenário, ele requereu “nulidade das intimações e consequentemente a reabertura dos prazos recursais para os novos advogados”.

Na visão do juiz que examinou o caso, Isaac deveria ter tomado conhecimento do suposto impedimento visto que, segundo o magistrado, Isaac “acompanhava os atos publicados no Diário Oficial do Município, como demonstrou”.

“Ante todo o exposto, nenhuma nulidade foi detectada neste processo com sentença transitada em julgado desde 2022, pelo que indefiro todos os pedidos”, diz José Goes Silva Filho em trecho da sentença.

Isaac Carvalho foi punido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em 2021, no processo que o acusa de arcar, com dinheiro da prefeitura, despesas de energia elétrica para permissionários de mercados públicos da cidade. Devido ao caso, a Corte decidiu mantê-lo inelegível até dezembro de 2026. A condenação é transitada em julgado, ou seja, não cabe recurso.

Desta forma, a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem dois nomes para disputar a prefeitura da cidade: Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV).

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O ex-prefeito de Juazeiro e pr&eacute;-candidato a deputado estadual, Isaac Carvalho (PT), teve o os direitos pol&iacute;ticos suspensos por cinco anos. Al&eacute;m disto, ele foi condenado a a ressarcir ao er&aacute;rio p&uacute;blico a quantia de R$ 243.178,08 e tamb&eacute;m deve determinada a perda da fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica.

A decis&atilde;o &eacute; do juiz Jos&eacute; Goes Silva Filho, da 1&ordf; Vara da Fazenda P&uacute;blica, e aconteceu no dia 6 de outubro de 2021, por&eacute;m, s&oacute; foi divulgada em 6 de maio de 2022 no sistema do Poder Judici&aacute;rio. A senten&ccedil;a cabe recurso.

A condena&ccedil;&atilde;o se d&aacute; no &acirc;mbito da investiga&ccedil;&atilde;o a respeito de irregularidades, em 2010, na individualiza&ccedil;&atilde;o e custeio do servi&ccedil;o de distribui&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica para as unidades comerciais situadas no Mercado Joca de Oliveira, Mercado do Produtor e Camel&oacute;dromo, segundo of&iacute;cio oriundo da 5&ordf; Promotoria de Justi&ccedil;a de Juazeiro.

A investiga&ccedil;&atilde;o apontou que a energia el&eacute;trica fornecida aos estabelecimentos destes complexos de com&eacute;rcio popular era financiada pela Prefeitura, e, segundo a decis&atilde;o, &quot;comprometendo o patrim&ocirc;nio p&uacute;blico em detrimento do interesse privado daqueles comerciantes&quot;.

&quot;A Coelba&nbsp;elaborou relat&oacute;rio t&eacute;cnico demonstrando que no Camel&oacute;dromo 2 de julho e no Mercado Joca de Oliveira, os equipamentos que fornecem energia aos seus boxes e cantinas, explorados pela iniciativa privada, s&atilde;o de responsabilidade do munic&iacute;pio, que arca com as despesas de ilumina&ccedil;&atilde;o das mencionadas unidades comerciais&quot;, diz trecho da senten&ccedil;a.

De acordo com o juiz, o petista ignorou as advert&ecirc;ncias feitas pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico&nbsp;e, argumenta o magistrado, &quot;n&atilde;o cessou a perpetra&ccedil;&atilde;o dos atos administrativamente &iacute;mprobos, destinados &agrave; dilapida&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio p&uacute;blico, agravados pela predile&ccedil;&atilde;o de alguns benefici&aacute;rios em face dos demais cidad&atilde;os, configurando real les&atilde;o aos princ&iacute;pios norteadores da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica&quot;.

Carvalho ainda ter&aacute; que realizar pagamento &quot;de multa civil de at&eacute; duas vezes o valor do dano e proibi&ccedil;&atilde;o de contratar com o Poder P&uacute;blico ou receber benef&iacute;cios ou incentivos fiscais ou credit&iacute;cios, direta ou indiretamente, ainda que por interm&eacute;dio de pessoa jur&iacute;dica da qual seja s&oacute;cio majorit&aacute;rio, pelo prazo de cinco anos&quot;.

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