O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) da Covid, confirmou nesta segunda-feira (28/6) que o colegiado estuda como ouvir ou investigar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O parlamentar acredita que &ldquo;j&aacute; tem elementos&rdquo; para um pedido de indiciamento contra o mandat&aacute;rio.&nbsp;

&ldquo;Acho que [a comiss&atilde;o] j&aacute; tem elementos [para indiciar Bolsonaro] nessa fase e que ter&aacute; mais. N&oacute;s estamos consultando alguns juristas, especificamente sobre isso. Se em algum momento, no desdobramento da pr&oacute;pria investiga&ccedil;&atilde;o, n&oacute;s poderemos ou n&atilde;o investigar o presidente da Rep&uacute;blica. J&aacute; h&aacute; uma veda&ccedil;&atilde;o posta, que &eacute; de n&atilde;o poder convoc&aacute;-lo. Em havendo necessidade, n&oacute;s vamos investigar, desde que seja compet&ecirc;ncia nossa. Mas isso n&atilde;o &eacute; uma coisa t&atilde;o definitiva&rdquo;, afirmou durante entrevista ao&nbsp;UOL.

O senador tamb&eacute;m disse que acredita que os depoimentos dos irm&atilde;os Miranda &agrave; CPI na &uacute;ltima sexta-feira (25/6), denunciando um poss&iacute;vel superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin, trouxe novos elementos para que sejam investigados.

&ldquo;O presidente n&atilde;o s&oacute; teria praticado crime de prevarica&ccedil;&atilde;o, como tamb&eacute;m participou em todos os momentos da aquisi&ccedil;&atilde;o dessa vacina, da Covaxin. Ele telefonou ao primeiro-ministro da &Iacute;ndia, mandou mensagem, colocou o Itamaraty, que durante todo o per&iacute;odo fez uma esp&eacute;cie de advocacia administrativa. O presidente tem mais responsabilidade com isso do que mera prevarica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, pontuou.

O crime citado por Renan Calheiros &eacute; cometido pelos servidores que n&atilde;o cumprem seu of&iacute;cio devidamente ou demoram para cumpri-lo de prop&oacute;sito e pode ser praticado de tr&ecirc;s formas: retardando ato de of&iacute;cio; deixando de pratica-lo; e, por fim, praticando-o de forma ilegal. Bolsonaro pode ter praticado o crime ao n&atilde;o pedir investiga&ccedil;&otilde;es sobre as den&uacute;ncias a respeito do contrato da Covaxin feito pelo deputado Luis Miranda.&nbsp;

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Renan Calheiros diz que “já tem elementos” para indiciar Bolsonaro sobre caso Covaxin; "responsabilidade"