Agência Brasil
O uso, sem previsão na bula (off label), de hidroxicloroquina para tratar pacientes hospitalizados com covid-19 na primeira onda da pandemia pode estar relacionado a cerca de 17 mil mortes em seis países: Bélgica, França, Itália, Espanha, Estados Unidos e Turquia. A maior parte das mortes estimadas, cerca de 7,5 mil, foi nos Estados Unidos.
A estimativa foi feita por pesquisadores da França e do Canadá em um estudo que reúne dados coletados com diferentes metodologias, e teve as conclusões publicadas com ressalvas neste ano no periódico científico <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S075333222301853X#bib73" target="_blank" rel="noopener">Biomedicine &amp; Pharmacotherapy</a>.
Leia mais: <a href="https://aratuon.com.br/saude/2020-03-27/bolsonaro-celebra-licenca-para-pesquisa-da-hidroxicloroquina-tem-sido-usada-pelo-brasil-com-uma-grande-taxa-de-sucesso/" target="_blank" rel="noopener">Bolsonaro celebra licença para pesquisa da Hidroxicloroquina; “Tem sido usada pelo Brasil com uma grande taxa de sucesso”</a>
Os cientistas estimaram ainda que o uso do medicamento pode ser associado a um aumento de 11% na taxa de mortalidade de pacientes hospitalizados.
Limitações
Os autores afirmam que, apesar das limitações do estudo e de suas imprecisões, ele ilustra o perigo de, no manejo de futuras emergências, mudar a recomendação de um medicamento com base em evidências fracas. O número de mortes estimado, de 16.990, pode estar tanto sub como superestimado, mas certamente seria muito maior se houvesse dados disponíveis para mais países, ponderam.
"Esse estudo ilustra as limitações de extrapolar tratamentos de condições crônicas para condições agudas sem dados precisos, e a necessidade de produzir rapidamente evidência de alto nível em testes clínicos randomizados para doenças emergentes", diz o artigo.
Originalmente, a hidroxicloroquina é indicada para o tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite, mas, durante a pandemia de covid-19, seu uso foi defendido por autoridades políticas, como ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo depois de evidências científicas mostrarem ineficácia e riscos.
Já nos primeiros meses da pandemia, a Organização Mundial da Saúde suspendeu os testes para tratamento da covid-19 com a hidroxicloroquina, para preservar a segurança dos pacientes e por reconhecer sua ineficácia.
O estudo publicado neste ano pelos pesquisadores franceses e canadenses reforça que o uso prolongado do medicamento aumenta o risco de problemas cardiovasculares. Os pesquisadores ainda citam um estudo de colegas brasileiros que relaciona a hidroxicloroquina a <a href="https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2019014" target="_blank" rel="noopener">efeitos colaterais no coração e no fígado</a>.
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Os atores Tarc&iacute;sio Meira, 85 anos, e Gl&oacute;ria Menezes, 86, est&atilde;o internados no Hospital Albert Einstein, em S&atilde;o Paulo. Casados desde 1962, os dois foram diagnosticados com Covid-19.

A assessoria dos atores confirmou a interna&ccedil;&atilde;o ao Uol. &quot;Est&atilde;o no Albert Einstein em quarentena para recupera&ccedil;&atilde;o. O Tarc&iacute;sio teve que ser intubado, mas a Gl&oacute;ria est&aacute; com leves sintomas.&quot;

De acordo com publica&ccedil;&atilde;o do site, ambos receberam a segunda dose da vacina contra o coronav&iacute;rus em mar&ccedil;o, em Porto Feliz, no interior de S&atilde;o Paulo, onde se isolaram durante a pandemia.

O casal &eacute; pai de Tarc&iacute;sio Filho, 58 anos. Gl&oacute;ria tamb&eacute;m &eacute; m&atilde;e de Am&eacute;lia Brito, 64, e Jo&atilde;o Paulo Brito, 62, da uni&atilde;o com Arnaldo Brito.

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