O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a taxação de bilionários ao criticar a concentração de riqueza desses empresários, nesta quinta-feira (13/6). Ele participou da 112ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT - OIT), um fórum sobre justiça social realizado em Genebra, na Suíça.
Segundo Lula, as 3 mil pessoas mais ricas do mundo concentraram fortuna de US$ 15 trilhões, o que representa a soma do Produto Interno Bruto de Japão, da Alemanha, da Índia e do Reino Unido. Essa quantia, de acordo com o brasileiro, é mais do que o necessário para os países em desenvolvimento lidarem com as mudanças climáticas.
“A concentração e renda é tão absurda que alguns indivíduos possuem seus próprios programas espaciais. Certamente tentando encontrar um planeta melhor que a Terra, para não ficar no meio dos trabalhadores que são responsáveis pela riqueza deles. Não precisamos buscar saída em Marte, é a Terra que precisa do nosso cuidado, ela é a nossa casa”, disse.
Durante o discurso, Lula ainda voltou a criticar o setor financeiro mundial e disse que a “mão invisível do mercado” é responsável por gerar desigualdades sociais.
“É preciso recuperar o papel do estado como planejador do desenvolvimento é uma tarefa urgente. A mão invisível do mercado só agrava a desigualdade, e o crescimento da produtividade não tem sido acompanhado da melhoria dos salários, gerando insatisfação e polarização”, disse Lula, que foi ovacionado na entrada do evento e em diversos trechos do discurso.
“Não se pode discutir economia e finanças sem discutir emprego e renda. Precisamos de uma nova globalização, de face humana. A justiça social e a luta contra as desigualdades são uma das prioridades da presidência do Brasil no G20 (no Rio de Janeiro, em novembro). Fiz questão de convidar a OIT (Organização Internacional do Trabalho) para contribuir com as discussões do grupo”, afirmou.
A fala de Lula sobre a arquitetura financeira mundial é semelhante a outra declaração feita por ele, nesta quarta-feira (12), em outro fórum internacional, realizado no Rio de Janeiro. O mercado não reagiu bem, o que levou a uma alta do dólar.
OCUPAR O ESPAÇO DA EXTREMA-DIREITA
Lula também falou que os setores progressistas e populares – ligados às esquerdas – e democráticos de modo geral devem recuperar o discurso “anti-hegemônico”, hoje dominado, segundo ele, pela extrema-direita.
“A contestação à ordem vigente não pode ser privilégio da extrema-direita a bandeira anti-hegemônica precisa ser recuperada pelos setores populares, progressistas e democráticos”, disse.
O presidente já havia discursado de forma semelhante, nesta quarta-feira (12), mas as declarações foram mal recebidas pelo mercado, impactando na alta do dólar. No entanto, Lula voltou a falar sobre o assunto durante reunião na OIT.
Lula também mencionou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro como contrário à democracia e lembrou que a gestão anterior foi investigada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por violar regras da entidade. Segundo o presidente da República, os setores radicais que atacam as instituições democráticas implicaram, historicamente, “perdas de direitos”.
“Não é mera coincidência que meu país foi investigado por violar normas desta organização no governo anterior. O extremismo político ataca e silencia minorias, negligencia os mais vulneráveis e vende muita ilusão. A negação da política deixa vácuo a ser preenchido por aventureiros que espalham mentiras e ódio”, concluiu.
AMAZÔNIA
O presidente da República também voltou a defender que países ricos precisam pagar a conta para manter as florestas de pé e que a COP30, que será realizada em Belém em 2025, marcará a oportunidade de a Amazônia falar ao mundo o que ela deseja.
"Embaixo de cada copa de árvore existem indígenas, pescadores, seringueiros e uma pessoa precisando de salário. Por isso os países ricos precisam pagar a conta para que os pobres possam cudiar da Amazônia. As florestas tropicais não são um santuário para o deleite da elite global. Tampouco pode ser tratada de depósito de riquezas a ser exportada. Debaixo de cada árvore alguma pessoa precisa de salário, renda e saúde. É isso que, nós, governantes, precisamos pensar quando a gente quer preservar a Amazônia".
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Recém-empossado presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), o empresário e Colunista On Paulo Cavalcanti afirmou que terá como objetivo na gestão diminuir o número de profissionais informais no estado. "Não vamos conseguir transformar o nosso país tendo a maioria de informais", afirmou em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu, comandado pelo jornalista Pablo Reis.

Para aumentar a formalização profissional na Bahia, Cavalcanti pretende aproximar a ACB de mais empresários. "Esse empresário, que chamo de 'raiz', que acorda de manhã para ganhar o pão de cada dia, precisa ser acolhido por nós, da associação de classe, para permitir que ele brote, torne-se empresário como eu me tornei", disse o colunista, empossado presidente da ACB em julho deste ano.

Cavancanti foi vice-presidente da entidade nos últimos quatro anos e foi indicado à liderança pelo antecessor, Mário Dantas. Ao Linha de Frente, ele afirmou que está "acostumado com responsabilidade muito grande" e defendeu a importância da valorização do lucro. "Não existe sociedade próspera sem produção de riqueza. A gente tem que entender e enxergar [o lucro] como uma coisa virtuosa", disse.

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Mais de 2.500 trabalhadores informais da Ceasa de Sim&otilde;es Filho podem ficar sem nenhum tipo de renda ap&oacute;s a requalifica&ccedil;&atilde;o do equipamento, que ser&aacute; realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econ&ocirc;mico da Bahia (SDE). O vereador de Salvador Emerson Penalva (Podemos) se solidarizou com os trabalhadores que alegam n&atilde;o saberem para onde devem ir ap&oacute;s a concess&atilde;o do equipamento.&nbsp;A licita&ccedil;&atilde;o est&aacute; prevista para ocorrer ainda este ano.

De acordo com a SDE &ldquo;a concess&atilde;o p&uacute;blica ser&aacute; por um per&iacute;odo de 35 anos, e prev&ecirc; que o futuro concession&aacute;rio ficar&aacute; respons&aacute;vel por construir quatro novos galp&otilde;es, uma pra&ccedil;a de alimenta&ccedil;&atilde;o, um pr&eacute;dio log&iacute;stico de funcion&aacute;rios, um novo frigor&iacute;fico, reforma dos cinco galp&otilde;es, amplia&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea de carga e descarga, implanta&ccedil;&atilde;o de estacionamentos e &aacute;rea de conviv&ecirc;ncia&rdquo;.

Contudo, o presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Beneficente do Bairro Nova Esperan&ccedil;a, Osvaldo Santos, procurou o vereador Emerson Penalva para pedir ajuda para os informais. Segundo ele, o governo do estado n&atilde;o conversou com a popula&ccedil;&atilde;o do entorno para saber o impacto. &ldquo;N&atilde;o houve cadastramento at&eacute; o momento e nem garantia que eles v&atilde;o continuar l&aacute; depois da concess&atilde;o e faltando poucos dias da apresenta&ccedil;&atilde;o do edital convidaram para participar de uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica, onde os informais n&atilde;o est&atilde;o inseridos no projeto&rdquo;.

Para Penalva essa &eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o absurda. &ldquo;Nos dias atuais, em tempos de pandemia, com quase 15 milh&otilde;es de brasileiros desempregados, o trabalho informal na Ceasa &eacute; a &uacute;nica garantia de sustento para essas fam&iacute;lias. Sei que o governo do estado n&atilde;o far&aacute; nenhum ato irracional e conto com a sensibilidade do governador para que essas fam&iacute;lias n&atilde;o sejam jogadas ao l&eacute;u. Estou ao lado dos mais de 2.500 trabalhadores informais da Ceasa de Sim&otilde;es Filho&rdquo;, defendeu Penalva.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta quarta-feira (28/4) que o governo vai lan&ccedil;ar o programa B&ocirc;nus de Inclus&atilde;o Produtiva (BIP) para atender os trabalhadores informais afetados pela pandemia de Covid-19.

O chefe da pasta&nbsp;n&atilde;o deu detalhes, mas disse que o programa vai ajudar os 40 milh&otilde;es de brasileiros a exemplo de&nbsp;vendedores ambulantes e pessoas que foram atendidas pelo aux&iacute;lio emergencial do Governo Federal.

&ldquo;Essa turma toda que est&aacute; bloqueada, sem capacidade de trabalho. Queremos o retorno seguro ao trabalho desse brasileiros atrav&eacute;s da vacina&ccedil;&atilde;o em massa. Enquanto isso n&atilde;o ocorre, o BIP. Eles t&ecirc;m direito ao trabalho, nunca pediram nada ao Estado, a primeira vez que foram vistos foi durante a pandemia. N&oacute;s devemos a eles tamb&eacute;m ferramentas de sobreviv&ecirc;ncia nos pr&oacute;ximos meses, enquanto fazemos a vacina&ccedil;&atilde;o em massa&rdquo;.

Segundo Guedes, o BIP ser&aacute; focado nos 40 milh&otilde;es de brasileiros que est&atilde;o fora do mercado formal de trabalho. &quot;O presidente Bolsonaro sempre pergunta cad&ecirc; o nosso programa para ajudar invis&iacute;veis. (S&atilde;o brasileiros) exclu&iacute;dos por uma legisla&ccedil;&atilde;o obsoleta, pela nossa capacidade de criar um mercado de trabalho vigoroso, forte, robusto&quot;, comentou.

O ministro n&atilde;o detalhou, no entanto, se o programa exigir&aacute; alguma contrapartida do trabalhador ou do empregador e/ou se acarretar&aacute; em mudan&ccedil;a na legisla&ccedil;&atilde;o e nos direitos trabalhistas.&nbsp;

Na&nbsp;ter&ccedil;a-feira (27/4), o Governo Federal tamb&eacute;m anunciou a flexibiliza&ccedil;&atilde;o da legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista para combate das consequ&ecirc;ncias econ&ocirc;micas decorrentes da pandemia e a retomada do Programa Emergencial de Manuten&ccedil;&atilde;o do Emprego (Bem), que permite a empresas a realiza&ccedil;&atilde;o de acordos para redu&ccedil;&atilde;o de jornada e sal&aacute;rio de funcion&aacute;rios ou a suspens&atilde;o dos contratos de trabalho.

Guedes informou que o governo deve ainda relan&ccedil;ar o Programa Nacional de Apoio &agrave;s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), uma linha de cr&eacute;dito criada para auxiliar financeiramente os pequenos neg&oacute;cios.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/linha-de-frente/noticia/politica/stf-manda-governo-federal-realizar-o-censo-demografico-cancelado-por-falta-de-dinheiro" target="_blank">STF manda Governo Federal realizar o Censo Demogr&aacute;fico, cancelado por falta de dinheiro</a>

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O governo tem a obriga&ccedil;&atilde;o de vacinar, nos pr&oacute;ximos quatro meses, todos os 38 milh&otilde;es de brasileiros que receber&atilde;o a nova rodada do aux&iacute;lio emergencial, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (22/3). A fala foi enquanto comentava o resultado da arrecada&ccedil;&atilde;o fiscal no m&ecirc;s de fevereiro, que bateu recorde.&nbsp;

Guedes enfatizou que esses profissionais pessoas precisam sair de casa para trabalhar, mesmo recebendo o benef&iacute;cio. &quot;Particularmente, esses mais vulner&aacute;veis n&atilde;o podem ficar em casa, no isolamento social, tendo sua sobreviv&ecirc;ncia garantida. Mesmo a gente fornecendo aux&iacute;lio emergencial, s&atilde;o as fam&iacute;lias mais fr&aacute;geis. Eles t&ecirc;m &agrave;s vezes 8, 9, 10 pessoas em habita&ccedil;&otilde;es muitas vezes de s&oacute; um c&ocirc;modo, e s&atilde;o pessoas que querem trabalhar e precisam trabalhar, eles pedem para trabalhar&rdquo;, declarou.

Ele falou ainda que h&aacute; uma &ldquo;assimetria de informa&ccedil;&atilde;o&rdquo; entre a popula&ccedil;&atilde;o de alta, m&eacute;dia e baixa renda. Para Guedes, enquanto as pessoas de maior renda toleram melhor o distanciamento social, as pessoas de classes mais baixas &ldquo;t&ecirc;m um desejo desesperado pelo trabalho&rdquo;. &nbsp;

A solu&ccedil;&atilde;o encontrada para facilitar a volta ao trabalho durante a pandemia seria um aumneto na vacina&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Temos que evitar a crueldade do dilema que &eacute;: ou fica em casa com dificuldades para manuten&ccedil;&atilde;o da sua sobreviv&ecirc;ncia pessoal, ou v&atilde;o sair arriscado a perder a vida pela covid. Ent&atilde;o, a vacina&ccedil;&atilde;o em massa tem que ser acelerada ao m&aacute;ximo para garantir a chance de sobreviv&ecirc;ncia e o retorno seguro ao trabalho, principalmente para as camadas mais vulner&aacute;veis&rdquo;, justificou o ministro.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticias/bolsonaro-diz-que-brasil-vem-dando-exemplo-no-combate-a-pandemia-numero-de-mortes-chega-a-295-mil/" target="_blank">Bolsonaro diz que Brasil &quot;vem dando exemplo&quot; no combate &agrave; pandemia; n&uacute;mero de mortes chega a 295 mil</a>

ARRECADA&Ccedil;&Atilde;O

Guedes comemorou o resultado da arrecada&ccedil;&atilde;o em fevereiro, um recorde de R$ 127,74 bilh&otilde;es. &ldquo;Foi n&atilde;o s&oacute; o melhor desempenho em toda a s&eacute;rie hist&oacute;rica, mas tamb&eacute;m em todo o bimestre. A arrecada&ccedil;&atilde;o &eacute; um recorde hist&oacute;rico desde o ano 2000, quando teve in&iacute;cio a s&eacute;rie&quot;, disse o ministro ao apresentar os n&uacute;meros.

Ap&oacute;s os resultados positivos do m&ecirc;s, a quantidade de dinheiro recebida por meio dos impostos deve cair, nos pr&oacute;ximos meses, em decorr&ecirc;ncia das novas medidas de restri&ccedil;&atilde;o social em diversas regi&otilde;es do pa&iacute;s. &ldquo;Com o recrudescimento da pandemia, n&oacute;s devemos sofrer algum impacto no m&ecirc;s de abril&rdquo;, declarou Guedes.

Em valores corrigidos pela infla&ccedil;&atilde;o oficial pelo &Iacute;ndice Nacional de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo (IPCA), a arrecada&ccedil;&atilde;o federal registrou crescimento de 4,3% em fevereiro sobre o mesmo m&ecirc;s do ano passado. Nos dois primeiros meses do ano, a arrecada&ccedil;&atilde;o avan&ccedil;ou 0,81% acima da infla&ccedil;&atilde;o, somando R$ 307,96 bilh&otilde;es.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticias/aratu-on-explica-o-que-sao-as-novas-variantes-do-coronavirus-e-como-elas-agem-no-seu-corpo-assista/" target="_blank">Aratu On explica o que s&atilde;o as novas variantes do coronav&iacute;rus e como elas agem no seu corpo; assista</a>

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