ELAS ENTRARAM PARA A HISTÓRIA! Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Júlia Soares, Lorrane dos Santos e Jade Barbosa conquistaram a primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica artística feminina por equipes, nesta terça-feira (30/7), nos Jogos de Paris 2024.

O momento decisivo veio com a apresentação de Rebeca Andrade, que obteve uma nota de 15.100 em um salto Cheng impecavelmente executado. Este resultado garantiu o bronze para a equipe brasileira no último instante da competição.

O Brasil, que já vinha se destacando em pódios individuais, celebrou assim sua primeira medalha olímpica por equipes, um sinal do crescente amadurecimento e brilho das ginastas brasileiras. A medalha de ouro foi conquistada pela equipe dos Estados Unidos, liderada por Simone Biles, enquanto a prata ficou com a Itália.

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<p style="text-align: justify;">A primeira cirurgia de supraglotopastia - procedimento para reparar as estruturas da laringe - realizada em um hospital público do sul da Bahia aconteceu no último final de semana, no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus. O paciente, um menino de apenas um ano, passou por um reparo cirúrgico, após ser diagnosticado com laringomalácia grave, doença que dificulta a respiração e é considerada a principal causa do estridor inspiratório no recém-nascido.</p>
<p style="text-align: justify;">A cirurgia foi possível graças a uma ação integrada do Materno-Infantil com o Hospital Regional Costa do Cacau, ambos administrados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). O Hospital Costa do Cacau cedeu a sua “torre de vídeo”, equipamento indispensável para a intervenção, realizada no moderno Centro Cirúrgico do Materno-Infantil, por uma equipe comandada pela médica otorrinopediatra Inaê Mattoso Compagnoni.</p>
<p style="text-align: justify;">Ela destaca que, apesar de durar, em média, 60 minutos, não se trata de uma cirurgia simples. “Depende muito da parte multidisciplinar, com acompanhamento de equipes de médicos, anestesistas e de enfermagem e precisa ter todo um suporte técnico do hospital”, assegura. A cirurgia é feita por via endoscópica, pela laringe, utilizando um sistema de videomonitoramento. “É uma cirurgia totalmente assistida”, explica.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>VOLUNTARIADO E CIDADANIA</strong></p>
<p style="text-align: justify;">O procedimento histórico no HMIJS foi feito de forma voluntária e gratuita pela médica e por toda a equipe envolvida. A médica Inaê lembra que, no ano passado, outro recém-nascido do HMIJS passou por esta mesma cirurgia. Mas que, naquela oportunidade, a intervenção foi feita em um ambiente privado. “No setor público é, de fato, inédito”, assegurou. Este tipo de cirurgia só é feito em Salvador”, completou.</p>
<p style="text-align: justify;">Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especializada em Otorrinolaringologia e Otorrinopediatria pela Universidade de São Paulo, Inaê é uma das duas profissionais da área em atuação em todo o estado da Bahia.</p>
<p style="text-align: justify;">“Agradecemos a mobilização para essa importante cirurgia, em especial ao Costa do Cacau, à Inaê, ao anestesista Leonardo de Lima Rosas, ao otorrino Guilherme Henrique Mitikami Fenolio e à instrumentadora Layane Bastos. Estamos buscando agora a habilitação junto à Sesab para podermos dar continuidade às cirurgias de otorrinolaringologia pediátrica, visto a demanda reprimida na nossa região”, afirmou o diretor-médico do HMIJS, Samuel Branco.</p>
<p style="text-align: justify;">O Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio conta com 105 leitos, destinados à obstetrícia, a gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI pediátrica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia.</p>
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<p style="text-align: justify;">Uma cirurgia assistida por robô para tratar prolapso genital - popularmente conhecido como "bexiga baixa" - foi realizada pela primeira vez no estado da Bahia. O procedimento, que durou duas horas, foi feito no final de agosto em paciente de 65 anos, no Hospital São Rafael, da Rede D'Or, em Salvador, com um robô modelo Da Vinci X.</p>
<p style="text-align: justify;">O prolapso genital é uma doença em que a bexiga e outros órgãos perdem sustentação devido a uma fraqueza na musculatura da vagina. Depois da cirurgia, a paciente teve alta médica em 24 horas.</p>
<p style="text-align: justify;">A intervenção tem o nome de 'sacropromontofixação laparoscópica', uma cirurgia por via abdominal que levanta os órgãos que estão caídos. No caso específico, o diagnóstico apontou o prolapso genital anterior, que afeta a bexiga, apical, no útero, e posterior, na região do reto. "A cirurgia consiste na colocação de duas telas, que são fixadas em um ligamento da coluna, devolvendo, assim, a anatomia normal da paciente", explica o urologista Samuel Juncal.</p>
<p style="text-align: justify;">De acordo com o médico, a equipe optou pela utilização da tecnologia robótica porque ela é considerada padrão ouro para a correção de prolapso. “O robô nos auxilia de maneira excepcional: oferece uma visão tridimensional e ampliada, que melhora a visualização e dissecção dos planos anatômicos, dá uma precisão de movimentos e facilidade de sutura, afastando o risco de perfuração de órgãos adjacentes”.</p>
<p style="text-align: justify;">A equipe coordenada por Juncal é formada pelo urologista e cirurgião Rafael Rios, pelo urologista Wilson Bastos e pelos instrumentadores cirúrgicos Carine Leite e Manuel Neto. Agora, a cirurgia de sacropromontofixação laparoscópica assistida por robô passa a estar disponível entre os serviços oferecidos pelo hospital.</p>
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<p style="text-align: justify;">A paranaense Aline Rocha conquistou um ouro in&eacute;dito para o Brasil pa&iacute;s na prova r&aacute;pida (sprint) no Mundial de esqui cross-country, em Ostersund, na Su&eacute;cia. Ela j&aacute; tinha conseguido um bronze - sua primeira medalha em mundiais - no &uacute;ltimo domingo (22/1), e o primeiro lugar do p&oacute;dio veio na&nbsp;ter&ccedil;a-feira (24).</p>

<p style="text-align: justify;">A&nbsp;brasileira fez o melhor tempo (3min10s38) ao completar a dist&acirc;ncia de um quil&ocirc;metro, deixando para tr&aacute;s a norte-americana Kendall Gretsch (3min11s67)&nbsp;e a alem&atilde; Anja Wicker (3min13s35).&nbsp;<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1505839&amp;o=node" />No p&oacute;dio, Aline n&atilde;o conteve a emo&ccedil;&atilde;o ao escutar hino nacional, conforme mostra o v&iacute;deo abaixo.</p>

<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/Cn0MlW0MbTF/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(70% - 2px); width:calc(70% - 2px);">
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</blockquote>
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<p style="text-align: justify;">&quot;N&atilde;o consigo nem descrever pra voc&ecirc;s a emo&ccedil;&atilde;o de conquistar essa medalha. N&atilde;o conseguia nem acreditar, depois da prova...&nbsp;Estou muito feliz! Muito obrigada pela torcida de todos&quot;, disse, lembrando que ainda far&aacute; a prova de m&eacute;dia dist&acirc;ncia, no s&aacute;bado (28).&nbsp;</p>

<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/Cn2kIemDssX/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style=" background:#FFF; border:0; border-radius:3px; box-shadow:0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width:540px; min-width:326px; padding:0; width:99.375%; width:-webkit-calc(70% - 2px); width:calc(70% - 2px);">
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<div style="display:block; height:50px; margin:0 auto 12px; width:50px;"><a href="https://www.instagram.com/reel/Cn2kIemDssX/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank"><svg height="50px" version="1.1" viewbox="0 0 60 60" width="50px" xmlns="https://www.w3.org/2000/svg" xmlns:xlink="https://www.w3.org/1999/xlink"><g fill="none" fill-rule="evenodd" stroke="none" stroke-width="1"><g fill="#000000" transform="translate(-511.000000, -20.000000)"><g><path d="M556.869,30.41 C554.814,30.41 553.148,32.076 553.148,34.131 C553.148,36.186 554.814,37.852 556.869,37.852 C558.924,37.852 560.59,36.186 560.59,34.131 C560.59,32.076 558.924,30.41 556.869,30.41 M541,60.657 C535.114,60.657 530.342,55.887 530.342,50 C530.342,44.114 535.114,39.342 541,39.342 C546.887,39.342 551.658,44.114 551.658,50 C551.658,55.887 546.887,60.657 541,60.657 M541,33.886 C532.1,33.886 524.886,41.1 524.886,50 C524.886,58.899 532.1,66.113 541,66.113 C549.9,66.113 557.115,58.899 557.115,50 C557.115,41.1 549.9,33.886 541,33.886 M565.378,62.101 C565.244,65.022 564.756,66.606 564.346,67.663 C563.803,69.06 563.154,70.057 562.106,71.106 C561.058,72.155 560.06,72.803 558.662,73.347 C557.607,73.757 556.021,74.244 553.102,74.378 C549.944,74.521 548.997,74.552 541,74.552 C533.003,74.552 532.056,74.521 528.898,74.378 C525.979,74.244 524.393,73.757 523.338,73.347 C521.94,72.803 520.942,72.155 519.894,71.106 C518.846,70.057 518.197,69.06 517.654,67.663 C517.244,66.606 516.755,65.022 516.623,62.101 C516.479,58.943 516.448,57.996 516.448,50 C516.448,42.003 516.479,41.056 516.623,37.899 C516.755,34.978 517.244,33.391 517.654,32.338 C518.197,30.938 518.846,29.942 519.894,28.894 C520.942,27.846 521.94,27.196 523.338,26.654 C524.393,26.244 525.979,25.756 528.898,25.623 C532.057,25.479 533.004,25.448 541,25.448 C548.997,25.448 549.943,25.479 553.102,25.623 C556.021,25.756 557.607,26.244 558.662,26.654 C560.06,27.196 561.058,27.846 562.106,28.894 C563.154,29.942 563.803,30.938 564.346,32.338 C564.756,33.391 565.244,34.978 565.378,37.899 C565.522,41.056 565.552,42.003 565.552,50 C565.552,57.996 565.522,58.943 565.378,62.101 M570.82,37.631 C570.674,34.438 570.167,32.258 569.425,30.349 C568.659,28.377 567.633,26.702 565.965,25.035 C564.297,23.368 562.623,22.342 560.652,21.575 C558.743,20.834 556.562,20.326 553.369,20.18 C550.169,20.033 549.148,20 541,20 C532.853,20 531.831,20.033 528.631,20.18 C525.438,20.326 523.257,20.834 521.349,21.575 C519.376,22.342 517.703,23.368 516.035,25.035 C514.368,26.702 513.342,28.377 512.574,30.349 C511.834,32.258 511.326,34.438 511.181,37.631 C511.035,40.831 511,41.851 511,50 C511,58.147 511.035,59.17 511.181,62.369 C511.326,65.562 511.834,67.743 512.574,69.651 C513.342,71.625 514.368,73.296 516.035,74.965 C517.703,76.634 519.376,77.658 521.349,78.425 C523.257,79.167 525.438,79.673 528.631,79.82 C531.831,79.965 532.853,80.001 541,80.001 C549.148,80.001 550.169,79.965 553.369,79.82 C556.562,79.673 558.743,79.167 560.652,78.425 C562.623,77.658 564.297,76.634 565.965,74.965 C567.633,73.296 568.659,71.625 569.425,69.651 C570.167,67.743 570.674,65.562 570.82,62.369 C570.966,59.17 571,58.147 571,50 C571,41.851 570.966,40.831 570.82,37.631"></path></g></g></g></svg></a></div>

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<div style=" color:#3897f0; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:550; line-height:18px;"><a href="https://www.instagram.com/reel/Cn2kIemDssX/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" background:#FFFFFF; line-height:0; padding:0 0; text-align:center; text-decoration:none; width:100%;" target="_blank">Ver essa foto no Instagram</a></div>
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</div>

<p style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/Cn2kIemDssX/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style=" color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px; text-decoration:none;" target="_blank">Uma publica&ccedil;&atilde;o compartilhada por Comit&ecirc; Paral&iacute;mpico Brasileiro (@ocpboficial)</a></p>
</div>
</blockquote>
<script async src="//www.instagram.com/embed.js"></script>

<p style="text-align: justify;"><strong>MAIS MEDALHA</strong></p>

<p style="text-align: justify;">Quem tamb&eacute;m subiu ao p&oacute;dio foi Cristian Ribera, vice-campe&atilde;o mundial paral&iacute;mpico, terceiro colocado na disputa masculina do&nbsp;<em>sprint&nbsp;</em>de 1 km. Natural de Rond&ocirc;nia, ele&nbsp;levou o bronze com o tempo ao terminar o trajeto em 2min45s34. O vencedor da prova foi o cazaque Khamitov ((2min44s23), e a prata ficou com o ucraniano Taras Rad (2min45s07).<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1505839&amp;o=node" /></p>

<p style="text-align: justify;">O Brasil contou ainda com esquiadora Elena Souza, de 19 anos - estreante em competi&ccedil;&otilde;es internacionais &ndash; na disputa feminina do sprint. Ela encerrou a participa&ccedil;&atilde;o em nono lugar na classificat&oacute;ria.</p>

<p style="text-align: justify;">No masculino, outros dois brasileiros n&atilde;o passaram da classificat&oacute;ria: Guilherme Rocha terminou em 14&ordm; lugar, e Wesley Vin&iacute;cius dos Santos na 18&ordf; posi&ccedil;&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;">As disputas prosseguem at&eacute; &nbsp;29 de janeiro, com transmiss&atilde;o online ao vivo na conta da Federa&ccedil;&atilde;o Internacional de Ski (ISF) no Facebook.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>CALEND&Aacute;RIO DO MUNDIAL</strong></p>

<p style="text-align: justify;">28/1 &nbsp;&ndash; M&eacute;dia Dist&acirc;ncia</p>

<p style="text-align: justify;">29/1 &ndash; Revezamento</p>

<p style="text-align: justify;"><em>Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p>

<p style="text-align: justify;"><em>Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo no&nbsp;<strong><a href="https://aratuon.com.br/aovivo/aratuon" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a></strong>. Nos siga no&nbsp;<strong><a href="https://www.instagram.com/aratuonline/" target="_blank">Instagram</a></strong>,&nbsp;<strong><a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank">Facebook</a></strong>&nbsp;e&nbsp;<strong><a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank">Twitter</a></strong>. Quer mandar uma den&uacute;ncia ou sugest&atilde;o de pauta, mande WhatsApp para<strong>&nbsp;<a href="tel:(71) 99940 - 7440">(71) 99940 - 7440</a></strong>. Nos insira nos seus grupos!</em></p>


<p style="text-align: justify;">A hist&oacute;ria n&atilde;o &eacute; de todo desconhecida. Um beb&ecirc; de apenas oito meses teve o p&ecirc;nis arrancado por um cachorro, num minuto que a m&atilde;e saiu de perto dele. Esse caso aconteceu h&aacute; mais de 20 anos, na cidade de Itapicuru, a cerca de 215 km de Salvador, na Bahia. Na &eacute;poca, a m&atilde;e foi orientada&nbsp;a operar o menino para que ele tivesse um &oacute;rg&atilde;o genital feminino, mas ela n&atilde;o quis.</p>

<p style="text-align: justify;">Quando o garoto, que aqui vamos chamar de Heitor*, tinha 11 anos, ele conheceu o m&eacute;dico Ubirajara Barroso, ent&atilde;o respons&aacute;vel pelo setor de urologia pedi&aacute;trica do Hospital S&atilde;o Rafael, na capital baiana. Junto com o desenvolvedor da t&eacute;cnica de reconstru&ccedil;&atilde;o genital na inf&acirc;ncia, o especialista italiano Roberto Castro, eles refizeram o p&ecirc;nis do menino, que at&eacute; aquele momento urinava por um orif&iacute;cio.</p>

<p style="text-align: justify;">Apesar de terem utilizado o&nbsp;ambiente de um&nbsp;hospital particular, a cirurgia foi realizada pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) e durou cerca de quatro horas. Depois, Heitor vinha para a capital baiana&nbsp;periodicamente para revis&atilde;o.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">&ldquo;N&oacute;s fizemos um p&ecirc;nis, a anatomia, mas reconstru&iacute;do de um tecido abdominal. Basicamente era pele e gordura - que naquele momento se prestou n&atilde;o para algo funcional, mesmo porque era um garoto -, mas preenchia a regi&atilde;o como &oacute;rg&atilde;o genital masculino e a crian&ccedil;a cresceu visualmente com p&ecirc;nis&rdquo;, relembra o urologista baiano. Por&eacute;m, com o passar dos anos, o&nbsp;garoto cresceu e passou a ter outras expectativas, principalmente sexuais.&nbsp;</p>

<p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mC_JzLLCuSU" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>

<p style="text-align: justify;">Foi assim que, em 2019, Heitor passou por outro procedimento cir&uacute;rgico comandado por&nbsp;Ubirajara Barroso. Dessa vez, uma t&eacute;cnica <strong>in&eacute;dita no mundo</strong> e feita mais uma vez pelo SUS, no Hospital Universit&aacute;rio Professor Edgard Santos (HUPES), o Hospital das Cl&iacute;nicas.</p>

<p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/FFn_BTXg_fc" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>

<p style="text-align: justify;">&ldquo;Colocar uma pr&oacute;tese seria algo muito complicado, porque n&atilde;o havia tecido de sustenta&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o nasceu a ideia de se fazer um procedimento em que n&oacute;s aproveit&aacute;ssemos a estrutura do p&ecirc;nis que est&aacute; por dentro do corpo, na regi&atilde;o perineal, destacando essa estrutura do osso [porque boa parte do p&ecirc;nis &eacute; interna e fixada no osso da&nbsp;bacia].&nbsp;Decidimos fazer um procedimento em que liber&aacute;ssemos a por&ccedil;&atilde;o &oacute;ssea do p&ecirc;nis, que ficaria livre para ascender at&eacute; a superf&iacute;cie, como se n&oacute;s tir&aacute;ssemos um iceberg de dentro do mar&rdquo;, explica&nbsp;Barroso&nbsp;ao <strong>Aratu On.</strong></p>

<p style="text-align: justify;">A vantagem, segundo o m&eacute;dico, seria preservar as estruturas penianas, j&aacute; que a &uacute;nica forma de reconstruir o p&ecirc;nis (antes disso) era por meio de um enxerto ou de um retalho livre, que nada mais &eacute; que uma por&ccedil;&atilde;o do corpo, como antebra&ccedil;o ou coxa, e esculpir um falo a partir delas. &ldquo;Ent&atilde;o essa t&eacute;cnica &eacute; a primeira que voc&ecirc; pode, de fato, utilizar as estruturas originais do paciente para reconstruir o falo&rdquo;, afirma&nbsp;Ubirajara.</p>

<p style="text-align: justify;">Depois de Heitor, a equipe m&eacute;dica liderada por Barroso realizou mais cinco procedimentos, incluindo casos de microp&ecirc;nis, amputa&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o e de um homem trans, sendo cinco baianos e um ga&uacute;cho, todos operados pela rede p&uacute;blica de sa&uacute;de.&nbsp;A t&eacute;cnica inovadora, batizada de Mobiliza&ccedil;&atilde;o Total dos Corpos (TCM, na abrevia&ccedil;&atilde;o em ingl&ecirc;s), foi publicada cientificamente no <a href="https://www.intbrazjurol.com.br/video-section/20220177_barroso_et_al/" target="_blank">I<strong>nternational Brazilian Journal of Urology</strong></a>, com v&iacute;deo <em><strong>[Aten&ccedil;&atilde;o! Conte&uacute;do sens&iacute;vel]</strong></em>.&nbsp;</p>

<p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jjJ7J_bTjMw" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>

<p style="text-align: justify;">O m&eacute;dico Ubirajara &eacute; o atual coordenador da disciplina de urologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde tamb&eacute;m &eacute; professor livre-docente, e&nbsp;diretor cient&iacute;fico da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Para ele, a realiza&ccedil;&atilde;o da TCM em microp&ecirc;nis &eacute; mais desafiadora, porque a anatomia &eacute; a mesma de um p&ecirc;nis normal, s&oacute; que pequeno a ponto de impossibilitar a penetra&ccedil;&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;">&ldquo;Nesse paciente [do microp&ecirc;nis], n&oacute;s n&atilde;o somente&nbsp;exteriorizamos o p&ecirc;nis com a nossa t&eacute;cnica, mas tamb&eacute;m fizemos uma varia&ccedil;&atilde;o para engross&aacute;-lo. Houve uma mudan&ccedil;a incr&iacute;vel, passando&nbsp;de 3,5 cm,&nbsp;com p&ecirc;nis ereto, para&nbsp;9,5 cm&rdquo;, conta, afirmando que o homem est&aacute; muito satisfeito com o resultado e que j&aacute; sente outro prazer na masturba&ccedil;&atilde;o. Apesar de ainda n&atilde;o ter tentado uma rela&ccedil;&atilde;o sexual com penetra&ccedil;&atilde;o, acredita que &eacute; poss&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>AMPUTA&Ccedil;&Atilde;O PENIANA</strong></p>

<p style="text-align: justify;">Em um paciente que perdeu o p&ecirc;nis&nbsp;devido a um&nbsp;c&acirc;ncer de no local, o &oacute;rg&atilde;o foi recuperado. &ldquo;Esse tem parceira e penetra normalmente, inclusive por cima, que &eacute; um &acirc;ngulo mais dif&iacute;cil de penetra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz o urologista. Ele aproveita para ressaltar que uma das principais causas de amputa&ccedil;&atilde;o peniana &eacute; a referida doen&ccedil;a, que na maioria das vezes pode ser evitada&nbsp;com h&aacute;bitos de higiene.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>HOMEM TRANS</strong></p>

<p><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MqJmD4AEXdY" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>

<p style="text-align: justify;">J&aacute; no caso do homem trans,&nbsp;Barroso diz que o procedimento &eacute; basicamente igual ao realizado em um homem cis, porque &ldquo;o clit&oacute;ris tem a anatomia exatamente id&ecirc;ntica&rdquo;, com dois corpos cavernosos que se afastam e se inserem tamb&eacute;m no osso.</p>

<p style="text-align: justify;">&ldquo;O que n&oacute;s fizemos foi a mesma coisa: &lsquo;desinserimos&rsquo;, como fizemos em todos os casos, engrossamos o falo [por meio de um tecido local que fica ali por dentro da vagina, chamado de &lsquo;Retalho de Martius&rsquo;], utilizamos tecido da mucosa da boca para reconstruir a uretra, utilizando como enxerto, e em seis meses do procedimento realizaremos o fechamento desse tecido para reconstruir a uretra. Tem&nbsp;que ser feito em dois tempos [um&nbsp;para fazer o falo e o outro para fazer a uretra],&nbsp;porque alguns homens trans querem urinar de p&eacute;. Se &eacute; poss&iacute;vel fazer - e &eacute; poss&iacute;vel -, n&oacute;s realizamos isso tamb&eacute;m&rdquo;, avalia.</p>

<p style="text-align: justify;"><strong>ALTERNATIVAS</strong></p>

<p style="text-align: justify;">Se n&atilde;o passasse pela TCM, Heitor teria algumas outras possibilidades, como a utiliza&ccedil;&atilde;o dos retalhos livres, preservando vasos e nervos por meio de microcirurgia para nutrir esse retalho, fazendo com que haja ou permane&ccedil;a sensibilidade.</p>

<p style="text-align: justify;">&quot;Mas,&nbsp;obviamente, a sensibilidade er&oacute;gena, essa sensa&ccedil;&atilde;o er&oacute;tica e prazer que existe nem um &oacute;rg&atilde;o genital normal&nbsp;&eacute; maior do que aquele reconstru&iacute;do por meio desses dessas t&eacute;cnicas&quot;, destaca&nbsp;Ubirajara. Segundo ele, uma das vantagens &eacute; &quot;customizar&quot; o tamanho, mas a grande desvantagem &eacute; a necessidade do uso de uma pr&oacute;tese, muitas vezes infl&aacute;vel, que custa de R$ 85 a 90 mil&nbsp;e n&atilde;o &eacute; fornecida pelo SUS, nem por planos de sa&uacute;de.</p>

<p style="text-align: justify;">Outra alternativa seria uma pr&oacute;tese semirr&iacute;gida, que costuma&nbsp;romper a pele. As infl&aacute;veis tamb&eacute;m n&atilde;o est&atilde;o isentas desse risco, e cerca&nbsp;de 50% acabam sendo exteriorizadas. &quot;Creio que essa nossa t&eacute;cnica&nbsp;tem a vantagem justamente da preserva&ccedil;&atilde;o dos tecidos er&eacute;teis da pr&oacute;pria pessoa. Tanto que, at&eacute; o momento, todos preservaram a ere&ccedil;&atilde;o&quot;, enfatiza.</p>

<p style="text-align: justify;"><b>TCM PARA AUMENTAR QUALQUER P&Ecirc;NIS?</b></p>

<p style="text-align: justify;">O professor&nbsp;alerta&nbsp;que pessoas com problema de ere&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&atilde;o indicadas para a cirurgia, pois isso &eacute; resolvido com&nbsp;medica&ccedil;&atilde;o, inje&ccedil;&atilde;o ou&nbsp;pr&oacute;tese. Tamb&eacute;m&nbsp;n&atilde;o &eacute; para qualquer um que&nbsp;ache seu&nbsp;p&ecirc;nis pequeno. &quot;Muita gente acha que tem p&ecirc;nis pequeno, mas, na verdade, tem um p&ecirc;nis normal. Precisa muito mais de um psic&oacute;logo, do que de um procedimento cir&uacute;rgico&quot;, opina.</p>

<p style="text-align: justify;">Outros, de fato, t&ecirc;m o p&ecirc;nis embutido, o que dificulta a higiene e, &agrave;s vezes, a penetra&ccedil;&atilde;o. Nesses casos &eacute; poss&iacute;vel a reconstru&ccedil;&atilde;o, mas a t&eacute;cnica de&nbsp;Barroso &eacute; para&nbsp;quem tem, de fato, o tamanho desfavor&aacute;vel, seja com microp&ecirc;nis, p&ecirc;nis amputado ou homem trans. &quot;S&atilde;o essas&nbsp;tr&ecirc;s&nbsp;grandes indica&ccedil;&otilde;es&quot;, ressalta.</p>

<p style="text-align: justify;">Com o sucesso das recentes cirurgias de mobiliza&ccedil;&atilde;o total dos corpos cavernosos, a procura pelo procedimento tem aumentado - na casa dos milhares, conforme&nbsp;o m&eacute;dico. Por isso, ele espera que mais profissionais aprendam a realiz&aacute;-lo e que,&nbsp;assim,&nbsp;mais pessoas sejam beneficiadas. &quot;O pr&ecirc;mio principal &eacute; devolver &agrave;s pessoas a autoestima e a possibilidade de ter uma vida sexual plena&quot;, conclui.</p>

<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:10px;"><em>*Nome fict&iacute;cio para preservar a identidade do paciente.</em></span></p>

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<p style="text-align: justify;">Vinte anos vivendo com Parkinson. Um idosa de 68 anos, diagnosticada com a doen&ccedil;a aos 48, ser&aacute; a primeira paciente a se&nbsp;submeter &agrave; neurocirurgia de Parkinson na Bahia. O procedimento, in&eacute;dito na rede estadual de sa&uacute;de, ser&aacute; realizado no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (6/7), pelos neurocirurgi&otilde;es Paulo Niemeyer Filho e Paulo Luiz Cruz, do Instituto do C&eacute;rebro do Rio de Janeiro.</p>

<p style="text-align: justify;">Em tratamento medicamentoso, a idosa possui indica&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica devido &agrave; refratariedade &agrave;s drogas, ou seja, ela teve respostas pouco satisfat&oacute;rias com os rem&eacute;dios.&nbsp;O procedimento, que est&aacute; na fase piloto, tem como objetivo&nbsp;controlar os sintomas da doen&ccedil;a, possibilitando melhor qualidade de vida da&nbsp;paciente.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Cabe ressaltar que o&nbsp;Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de ainda n&atilde;o incorporou essa cirurgia ao rol de servi&ccedil;os ofertados pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). Assim, ele vem sendo&nbsp;realizado, at&eacute; o momento, apenas em capacita&ccedil;&otilde;es profissionais e estudos cl&iacute;nicos.</p>

<p style="text-align: justify;">A Secretaria da Sa&uacute;de do Estado da Bahia (Sesab) ressaltou&nbsp;que a&nbsp;idosa j&aacute; est&aacute; vacinada contra a Covid-19.</p>

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