O Superior Tribunal de Justi&ccedil;a (STJ) concedeu, na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (11), habeas corpus aos <a href="https://aratuon.com.br/geral/lucas-terra-igreja-universal-padres" target="_blank" rel="noopener">pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, condenados a 21 anos de pris&atilde;o pelo assassinato e queima do corpo do adolescente Lucas Terra</a>, ocorrido em 2001. <a href="https://aratuon.com.br/geral/marcado-juri-popular-de-pastores-acusados-de-matar-lucas-terra" target="_blank" rel="noopener">A condena&ccedil;&atilde;o foi proferida em 2023, mas os r&eacute;us seguem em liberdade</a>.
A decis&atilde;o do STJ, que resultou de um empate na vota&ccedil;&atilde;o entre os ministros, foi criticada pela fam&iacute;lia da v&iacute;tima, que classificou o caso como uma "derrota moment&acirc;nea". As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do Correio.
Marion Terra, m&atilde;e de Lucas, expressou frustra&ccedil;&atilde;o com a decis&atilde;o. "S&atilde;o manobras do advogado do diabo. Mas Deus sempre esteve no controle de tudo. Ele nunca permitiu que esses homens, com todas as malas de dinheiro, nos fizessem desistir. Nunca desistimos. [A vota&ccedil;&atilde;o] me balou, mas uma palavra que digo &eacute;: 'a &uacute;ltima palavra vem de Deus'", desabafou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/9531a1a1-da7d-498a-8510-9f921cf8885a.jpg?width=768&amp;height=512" alt="Lucas Terra teria sido estuprado pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva, ap&oacute;s flagrar uma rela&ccedil;&atilde;o sexual entre os dois. | Foto: Arquivo Pessoal">
O irm&atilde;o da v&iacute;tima, Terra J&uacute;nior, tamb&eacute;m criticou a decis&atilde;o dos ministros que votaram a favor dos condenados, acusando-os de fazerem um "contorcionismo pol&iacute;tico para explicar os votos". A vota&ccedil;&atilde;o contou com cinco ministros, sendo que um n&atilde;o votou, dois votaram a favor e dois contra. O empate, conforme a legisla&ccedil;&atilde;o, beneficiou os r&eacute;us.
Terra J&uacute;nior ainda lamentou a demora e as manobras judiciais que t&ecirc;m adiado a pris&atilde;o dos pastores. Desde a condena&ccedil;&atilde;o no Tribunal do J&uacute;ri, os advogados de defesa t&ecirc;m recorrido a recursos e agravos para manter os condenados em liberdade. "&Eacute; uma vergonha, um absurdo. Vai completar 24 anos da morte do meu irm&atilde;o. Minha m&atilde;e jamais vai entender as decis&otilde;es favor&aacute;veis a eles. Ela falou para mim que d&oacute;i muito. &Eacute; como se revivesse a morte do meu irm&atilde;o todo dia que entra uma nova medida", afirmou.
Nesta semana, houve uma mudan&ccedil;a no respons&aacute;vel por marcar o julgamento do recurso de apela&ccedil;&atilde;o, que permite contestar a senten&ccedil;a de primeiro grau. Agora, o desembargador M&aacute;rio Alberto Hirs, do Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado da Bahia (TJ-BA), &eacute; o relator do caso. A fam&iacute;lia teme que a condena&ccedil;&atilde;o seja anulada. "Vejo o caminho sendo pavimentado para os assassinos", disse Terra J&uacute;nior. A expectativa &eacute; que o magistrado marque o julgamento de apela&ccedil;&atilde;o o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel.
Procurado, o STJ confirmou as decis&otilde;es e ressaltou que a compet&ecirc;ncia para julgar o recurso de apela&ccedil;&atilde;o agora &eacute; do TJ-BA.
O crime
<a href="https://aratuon.com.br/topicos/lucas-terra" target="_blank" rel="noopener">Lucas Terra foi queimado vivo em 2001</a>, aos 14 anos. Segundo as investiga&ccedil;&otilde;es, ele teria sido estuprado pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva, ap&oacute;s flagrar uma rela&ccedil;&atilde;o sexual entre os dois. Os l&iacute;deres religiosos, vinculados &agrave; Igreja Universal do Reino de Deus, em Salvador, foram condenados ap&oacute;s mais de 20 anos de batalha judicial.
Fernando recebeu pena de 18 anos, agravada para 21 anos de pris&atilde;o, e Joel foi sentenciado a 18 anos, tamb&eacute;m agravados para 21. As agravantes incluem motivo torpe, emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da v&iacute;tima. A institui&ccedil;&atilde;o religiosa nega as acusa&ccedil;&otilde;es e afirma que ambos s&atilde;o inocentes.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/5de35dd5-cbdd-42af-b2a1-2f496aad6212.jpeg?width=1200&amp;height=800" alt="Marion Terra, m&atilde;e de Lucas, expressou frustra&ccedil;&atilde;o com a decis&atilde;o. ">

Em entrevista exclusiva ao Splash UOL, a influenciadora digital e atriz de filmes adultos Andressa Urach afirmou ter recuperado o dinheiro que alega ter sido roubado pela Igreja Universal do Reino de Deus.
“Sofri um baque muito grande. Foram anos lutando para sair da pobreza, para a igreja levar tudo. Engraçado que o dinheiro da prostituição é sujo e nojento, mas, para a igreja receber, não é”, lamentou ela.
Urach cobra a devolução de aproximadamente R$ 2 milhões em doações feitas à instituição entre 2015 e 2019. “De 2014 para cá, tudo o que foi roubado pela igreja, eu consegui de volta. É roubo quando existe manipulação do sentimento de uma pessoa, você consegue tirar dinheiro de uma pessoa com uma 'história bonitinha'. Eles levaram todo meu dinheiro, meus carros. Só sobrou a minha casa”, revelou.
Em 2023, Urach havia desistido do processo contra a igreja e pedido perdão ao Bispo Edir Macedo em um vídeo publicado no YouTube.
Com o dinheiro obtido com a produção de vídeos de adulto, Andressa comprou imóveis para aluguel, um mercado e quatro empresas de frango em Santos, São Paulo, e Alvorada, no Rio Grande do Sul. Em cinco anos, ela pretende fundar a própria igreja: “Eu não vou viver disso para sempre. Todo o dinheiro que eu ganho, eu invisto. Consegui comprar uma casa e um carro bom para minha mãe. Eu ajudei minha família e estou realizada”.
Em agosto deste ano, Urach compartilhou nas redes sociais um comprovante de pagamento de quase meio milhão de reais à Receita Federal, totalizando R$ 462.660,00, referente à atividade como criadora de conteúdo adulto. Ela justificou a postagem: “Minha assinatura é muito baixa, então, imagina o quanto eu vendo para pagar tudo isso de imposto - e isso é importante, eu espero que chegue na saúde, na educação. Eu contribuí como ser humano, trabalho honestamente e não tiro dinheiro de ninguém”.
Em 2022, a Igreja Universal alegou à Justiça que o processo movido por Urach era um ato maquiavélico e que ela buscava “enriquecer ilicitamente” às custas da instituição.

A Igreja Universal do Reino de Deus se posicionou publicamente, através de nota, a respeito dos dos pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, suspeitos de envolvimento no caso que resultou na morte do garoto Lucas Terra, ocorrida em 2001. O crime foi a julgamento após 22 anos, e a nota foi publicada na manhã de terça-feira (25/4), mesmo dia da abertura oficial do júri.
No texto, a Universal afirma que exige de todos os membros um comportamento irretocável, para poderem exercer a atividade missionária e que, portanto, confia na inocência da dupla, que segue integrando os quadros da entidade.  Confira trechos do documento:
“A Igreja Universal do Reino de Deus esclarece que está completamente convicta quanto à inocência de Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, que são Pastores da Universal, estando um em Minas Gerais, e o outro no Rio de Janeiro.
 Quem conhece o trabalho da Igreja sabe que ela exige de todos os membros de seu corpo eclesiástico um comportamento irretocável, para que possam exercer a atividade missionária a eles confiada, como um verdadeiro exemplo de conduta para a comunidade onde atuam. Afastando, assim, qualquer um que tenha um comportamento contrário à fé cristã e do que é requerido de bispos e pastores. 
Contudo, em relação aos dois – ambos com quase 32 anos de ministério –, jamais foi encontrado, até aqui, comportamentos, provas ou indícios que os coloquem na cena deste crime tão brutal e lamentável. Posto isto, a Universal reforça que continua acreditando na Justiça brasileira, e tem a convicção de que será restabelecida a justa decisão à época da Juíza de 1ª instância, de não os levarem a júri popular, por absoluta ausência de provas contra os mesmos.”
O júri
Nesta quarta-feira (26/4), nove testemunhas devem ser ouvidas no fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
Pela manhã, Marion Terra, mãe da vítima, foi proibida de acompanhar o júri popular , devido a uma restrição legislativa. Segundo as regras, uma testemunha não pode presenciar o que será dito pela outra.
De acordo com os advogados envolvidos no processo, a previsão de término é a próxima sexta-feira (28/4), quando, finalmente, o resultado final deverá ser conhecido.

Confira entrevista da repórter Lorena Dias com o advogado Ricardo Sampaio, advogado da família:

<iframe title="Caso Lucas Terra: Advogado da família fala sobre depoimentos das testemunhas" src="https://www.youtube.com/embed/DC1xFVZzDJ4" width="727" height="409" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
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O homem preso ap&oacute;s atacar, com uma peixeira, tr&ecirc;s pessoas dentro da Igreja Universal do bairro de Sussuarana, em Salvador, era membro da pr&oacute;pria unidade.&nbsp;A informa&ccedil;&atilde;o foi dada por testemunhas, na manh&atilde; desta quarta-feira (4/1).

&ldquo;Ele entrou na igreja e s&oacute; vimos uma senhora saindo correndo, j&aacute; com a faca em m&atilde;os. Depois, o suspeito j&aacute; estava imobilizado e chamamos a PM&rdquo;, disse uma pessoa que viu tudo, sem se identificar.

As tr&ecirc;s v&iacute;timas eram pastores. Um deles foi atingido no bra&ccedil;o e acabou sendo levado para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro de Jardim Santo In&aacute;cio. Ele passa bem.&nbsp; Os outros dois religiosos n&atilde;o chegaram a ser encaminhados para unidades de sa&uacute;de. O suspeito, de 28 anos, foi preso em flagrante. A motiva&ccedil;&atilde;o do ataque ainda &eacute; um mist&eacute;rio.&nbsp;

A reportagem do Grupo Aratu tentou contato com a assessoria da Igreja Universal do Reino de Deus para obter detalhes da a&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o obteve retorno.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/tres-ficam-feridos-apos-homem-invadir-igreja-universal-com-peixeira-em-salvador" target="_blank">Tr&ecirc;s ficam feridos ap&oacute;s homem invadir igreja Universal com peixeira em Salvador</a>

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Uma jovem, identificada como&nbsp;Ana Clara da Mota Santos, de 23 anos,&nbsp;assistente de produ&ccedil;&atilde;o&nbsp;da TV Universal, Emissora da Igreja Universal do Reino de Deus, fez uma den&uacute;ncia&nbsp;contra o pastor&nbsp;L&aacute;zaro Augusto da Rosa, ap&oacute;s o homem fazer um coment&aacute;rio com teor racista no est&uacute;dio de grava&ccedil;&atilde;o do programa.&nbsp;O caso aconteceu na &uacute;ltima segunda-feira (16/5), na regi&atilde;o Centro-Sul de Belo Horizonte.&nbsp;

O caso ocorreu quando Ana Clara questionou um ponto de luz no rosto do apresentador e, nesse momento, ele disparou o coment&aacute;rio.&nbsp;&ldquo;Eu estava hoje fazendo meu trabalho, gravando uma programa&ccedil;&atilde;o com um pastor e, ao question&aacute;-lo sobre um ponto, um brilho que estava no rosto, ele devolveu a resposta falando comigo: &lsquo;tem que passar chapinha no seu cabelo&rsquo;&rdquo;, denunciou Ana, que foi &agrave; delegacia, acompanhada do seu pai.

Apoiada pelo pai e advogado, Cl&aacute;udio Anderson dos Santos, ela conseguiu recuperar a grava&ccedil;&atilde;o de &aacute;udio que comprova a conversa e decidiu levar &agrave; delegacia ontem, no mesmo dia em que sofreu a agress&atilde;o verbal. O enquadramento em inj&uacute;ria racial ainda est&aacute; sendo analisado pela pol&iacute;cia, que investiga o caso.&nbsp;

Segundo a assistente de produ&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o &eacute; a primeira vez que o pastor faz esse tipo de coment&aacute;rio racista, sempre direionados a ela.&nbsp;Em outras situa&ccedil;&otilde;es, a jovem n&atilde;o tinha provas suficientes.

De acordo com o portal Not&iacute;cia Preta,&nbsp;a Igreja Universal do Reino de Deus, por meio de&nbsp;<a href="https://www.universal.org/noticias/" rel="noreferrer noopener" target="_blank">nota</a>, informou sobre a realiza&ccedil;&atilde;o de uma apura&ccedil;&atilde;o interna dos fatos e o ocorrido n&atilde;o condiz com a cultura da institui&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, a congrega&ccedil;&atilde;o disse que&nbsp;&ldquo;est&aacute; apurando internamente os fatos do caso que, por sinal, n&atilde;o reflete a sua cultura inclusiva e de total respeito a todos. Quem frequenta qualquer culto da Universal, em qualquer pa&iacute;s do mundo, comprova que bispos, pastores e fi&eacute;is s&atilde;o de todas as origens, etnias e tons de pele, de todas as classes sociais&rdquo;, finaliza o pronunciamento sobre a a&ccedil;&atilde;o do pastor da Igreja Universal.

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