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Os quadrinistas baianos Anderson Shon e Daniel Cesart faturaram na &uacute;ltima quarta-feira (11) o trof&eacute;u HQMIX,&nbsp; conhecido como o &quot;Oscar dos quadrinhos&quot; no Brasil. A obra dos dois,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cultura/exposicao-que-conta-a-historia-de-heroi-africano-chega-a-estacao-campo-da-polvora-de-metro">&ldquo;Estados Unidos da &Aacute;frica&rdquo;</a>, venceu na categoria de melhor publica&ccedil;&atilde;o independente de edi&ccedil;&atilde;o &uacute;nica.

&quot;Estou muito feliz e grato por participar dessa premia&ccedil;&atilde;o. Sempre gostei do mundo nerd, de ler quadrinhos e me sentir em outra dimens&atilde;o, mas percebi que faltava algo: os super-her&oacute;is negros. O quadrinho vem para que crian&ccedil;as negras se sintam representadas e, al&eacute;m disso, levar informa&ccedil;&atilde;o sobre o continente africano.&quot;, afirma Anderson Shon, que &eacute; escritor, poeta, quadrinista e educador.&nbsp;

A obra narra a hist&oacute;ria do Rei Bantu, um super-her&oacute;i negro que sonha em ver sua terra unida, pac&iacute;fica e livre. &quot;O trof&eacute;u foi uma noite de celebra&ccedil;&atilde;o, diversidade, ocupa&ccedil;&atilde;o e resist&ecirc;ncia! Ainda n&atilde;o tenho palavras pra dizer o quanto estou feliz e realizado, mas elas vir&atilde;o.&quot;, afirmou o ilustrador Daniel Cesart.

Em novembro deste ano, a HQ &quot;Estados Unidos da &Aacute;frica&quot; foi lan&ccedil;ada em Luanda, Angola, onde se passa a hist&oacute;ria. Durante uma semana, Shon e Cesart realizaram a&ccedil;&otilde;es educativas, como uma oficina de produ&ccedil;&atilde;o de HQ e a exposi&ccedil;&atilde;o EU&Aacute;frica.&nbsp;

&quot;N&atilde;o imaginava que esse projeto fosse chegar t&atilde;o longe. Era um sonho poder lan&ccedil;ar o quadrinho na &Aacute;frica e criar uma conex&atilde;o com a cultura local. Para mim, est&aacute; sendo uma oportunidade de incentivar as pessoas a persistirem naquilo que desejam.&quot;, diz Anderson.

A visita dos artistas &agrave; &Aacute;frica foi viabilizada atrav&eacute;s do edital de mobilidade urbana da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, atrav&eacute;s do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, e pelo edital de Mobilidade Cultural e Fundo Cicla.

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