&quot;&Eacute; como vivenciar mais uma vez a rua da nossa inf&acirc;ncia, onde pai, m&atilde;e, irm&atilde;os, tios, av&oacute;s e amigos se estabelecem como referenciais&rdquo;. &Eacute; assim que o Doutor em Educa&ccedil;&atilde;o pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Jos&eacute; Correia Torres Neto, descreve &ldquo;Hist&oacute;rias de pretos, pobres e pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de rua&rdquo;, terceiro livro do escritor e cineasta baiano S&eacute;rgio Caetano.

A obra, originalmente publicada em 2020, &eacute; fruto da sele&ccedil;&atilde;o do edital de economia criativa do Sebrae do mesmo ano, no Rio Grande do Norte, e ser&aacute; lan&ccedil;ada em Salvador em pleno Novembro Negro, no pr&oacute;ximo dia 30, &agrave;s 16h, na Livraria do Cine Glauber Rocha.

&ldquo;O livro conta hist&oacute;rias de pessoas reais que entrevistei, convivi ou cruzei nas encruzilhadas da vida&rdquo;, explica S&eacute;rgio, pontuando que s&atilde;o &ldquo;hist&oacute;rias de supera&ccedil;&atilde;o, luta e desejo por dias melhores de homens e mulheres pretos e pretas que est&atilde;o fazendo mais que sobreviver&rdquo;. &ldquo;Est&atilde;o reinventando suas pr&oacute;prias hist&oacute;rias&rdquo;, destaca.

No evento de lan&ccedil;amento do livro haver&aacute;, ainda, um debate com o escritor e babalorix&aacute; Richelmy Es&ugrave;tob&igrave;, da Casa do Mensageiro, e um pocket show com o m&uacute;sico Liniker Santana.

O livro poder&aacute; ser adquirido na livraria do Cine Glauber Rocha ou diretamente em contato com o escritor (<a href="https://www.instagram.com/artedesergiocaetano/" target="_blank">clique aqui</a>) pelo valor de R$ 65.

Sobre o livro

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/127395/mg/livro-sergio-caetano.jpg" style="width: 500px; height: 413px;" />

Em dez cap&iacute;tulos, ainda de acordo com Torres Neto, &ldquo;o autor desnuda as sonoridades dos lamentos dos que vieram d&rsquo;al&eacute;m-mar, as ang&uacute;stias dos que moram nas ruas, as afli&ccedil;&otilde;es de ser mulher e todas as amarguras de ser desprezado pela p&aacute;tria em que vivem&rdquo;.

&ldquo;Ivan, Totoba, M&aacute;rcia, Nena, Marinho Preto, Dona Leleu, N&ecirc;go Flores, Hallison Foguete, Clara Pinheiro e Lu&iacute;s s&atilde;o os nossos vizinhos, colegas de escola e, em muitas vezes, s&atilde;o n&oacute;s mesmos. Encontramo-nos em cada um deles, seja pela etnia, seja pelo g&ecirc;nero, pelas idas e vindas, pelas derrotas, pelas vit&oacute;rias, por s&ecirc;-los ou n&atilde;o e, quem sabe, como um dos seus algozes&rdquo;, completa o doutor em educa&ccedil;&atilde;o, que assina o pref&aacute;cio.

S&eacute;rgio Caetano

Nascido em Salvador, S&eacute;rgio Caetano dos Santos &eacute; formado em Comunica&ccedil;&atilde;o Social, com habilita&ccedil;&atilde;o em Publicidade e Propaganda, e possui p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Produ&ccedil;&atilde;o de Document&aacute;rios pela UFRN. Atuou por 15 anos como redator publicit&aacute;rio em diversas regi&otilde;es do Brasil e no exterior. Como escritor e cineasta documental, lan&ccedil;ou livros como &ldquo;Poemas Amados&rdquo; (2012), inspirado em Friedrich Nietzsche, e &ldquo;A Maioria das Cores&rdquo; (2018), que aborda a viv&ecirc;ncia negra, e dirigiu o document&aacute;rio &ldquo;O Povo de Zumbi na Terra dos Potiguares&rdquo; (2020), uma reflex&atilde;o sobre o racismo e a ancestralidade no Rio Grande do Norte. S&eacute;rgio tamb&eacute;m criou o evento &ldquo;Arte Negra na Terra dos Potiguares&rdquo; e contribui academicamente com artigos sobre descoloniza&ccedil;&atilde;o e representatividade negra no audiovisual, destacando-se com produ&ccedil;&otilde;es premiadas e reconhecidas, como o artigo sobre Jos&eacute; Ezelino da Costa, o primeiro fot&oacute;grafo negro do estado.

Al&eacute;m de sua atua&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica e acad&ecirc;mica, S&eacute;rgio desenvolve projetos sociais que democratizam o acesso &agrave; literatura e ao cinema. Criou iniciativas como &ldquo;Ler Transforma&rdquo; e &ldquo;Livro Livre&rdquo;, promovendo a distribui&ccedil;&atilde;o de livros para pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de vulnerabilidade. Em 2020, foi instrutor de oficinas de linguagem cinematogr&aacute;fica e escrita liter&aacute;ria para jovens da ONG Projeto das Crian&ccedil;as, em Tibau do Sul/RN. Reconhecido por sua contribui&ccedil;&atilde;o &agrave; cultura e &agrave; pesquisa, recebeu a Comenda Zumbi dos Palmares e coordenou a revista eletr&ocirc;nica &ldquo;Caravela&rdquo;, dedicada &agrave; valoriza&ccedil;&atilde;o de artistas negros.

SERVI&Ccedil;O

Lan&ccedil;amento do livro &ldquo;Hist&oacute;rias de pretos, pobres e pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de rua&rdquo;, de S&eacute;rgio Caetano 
Quando: 30 de novembro (s&aacute;bado), &agrave;s 16h 
Onde: Livraria do Cine Glauber Rocha, Pra&ccedil;a Castro Alves, Centro

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Dois jovens de Salvador se uniram para levar ao público duas grandes paixões, a literatura e a capital baiana. Após deixaram seus empregos em um consórcio renomado, Antônio Lucas Bastos e Gabriel Lima decidiram criar uma editora para compartilhar as vivências de um soteropolitano, nascendo assim a "Editora Folhetim".

Apelidada de “Vira-Lata”, por ter uma característica bem peculiar, a editoria de rua traz uma leitura imersiva e cultural sobre os reflexos autênticos da vida em Salvador, compartilhando suas histórias autênticas e ilustrações vibrantes.  "Esperamos despertar um novo amor e apreciação pela cidade e fazer com que nossos leitores se sinta pertencentes a estas narrativas", diz Gabriel.

No entanto, diferente de qualquer outra editora, Gabriel e Antônio optaram por abordar diretamente as pessoas nas ruas de Salvador, criando uma conexão direta com o seu público.

"Queríamos algo que fosse verdadeiramente único para Salvador. Ao invés de esperar que as pessoas venham até nós, decidimos levar nossas histórias até elas. Queremos que nossos livros se tornem parte integrante do tecido urbano desta cidade tão amada.", diz Antônio Lucas.

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O projeto "Pé de Feijão Arte e Educação", de formação artística e mediação cultural do Teatro Vila Velha, vai levar artistas experientes do teatro baiano de diferentes narrativas, gêneros e temáticas para contarem histórias, de quarta-feira (6/3) a 31 de março, em sessões gratuitas, para crianças, adolescentes e educadores, em diversos bairros de Salvador.
A ação vai acontecer em celebração ao Dia Internacional do Contador de Histórias, comemorado no dia 20 de março, e levará também apresentações abertas ao público no Museu de Arte da Bahia, no dia 16 de março, às 16h, e no domingo de Páscoa, dia 31 de março, às 11h.
Embora a data não seja tão popular a celebração desta data, a proposta é provocar a imaginação, a criatividade e a oralidade, incentivando o gosto pela leitura e o reconhecimento da diversidade.
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A Casa das Histórias de Salvador (CHS), primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana, e o Arquivo Municipal de Salvador foram oficialmente entregues aos soteropolitanos nesta segunda-feira (29/1). Com um acervo digital e físico, os equipamentos vão apresentar uma nova narrativa sobre os quase cinco séculos da cidade, destacando as histórias, saberes e fazeres de pessoas comuns, geralmente ignorados pela história oficial.
Os espaços foram inaugurados pelo prefeito Bruno Reis, acompanhado do secretário da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, demais autoridades municipais e imprensa.
No discurso, o prefeito ressaltou que o CHS e o Arquivo Municipal são um marco importante para a preservação da memória de Salvador e do Brasil. "Um povo que não preserva seu passado não tem como construir o seu presente e o seu futuro. Está aí a nossa história para os nossos filhos", declarou Reis.
Localizada no Comércio em um casarão centenário que foi completamente revitalizado, a CHS tem como foco a contribuição das pessoas negras e indígenas para a formação da cidade. O espaço é um convite à população para participar ativamente e refletir acerca dos sentidos, da memória e do futuro da capital baiana. O investimento municipal no complexo foi superior a R$93 milhões.
Nos quatro andares, a Casa das Histórias irá proporcionar uma imersão na cidade de Salvador, quer seja através de suas festas populares, com o curta-metragem “Traçando festas”, quer seja acessando parte do acervo do Arquivo Público Municipal, um prédio de 12 andares integrado à Casa das Histórias.
O acervo possui mais de 4 milhões de documentos que retratam a história de Salvador, da Bahia e do Brasil, além de 193 mil itens documentais, como fotografias e matérias históricas – todo esse material, que estava em processo avançado de degradação, foi 100% recuperado e digitalizado.
Para o secretário Pedro Tourinho, o novo equipamento cultural irá promover uma reflexão acerca da memória da cidade. “A Casa das Histórias de Salvador é o espaço em que a cidade conta sua própria história. Por entre memórias escritas, orais, ecológicas e visuais podemos fazer uma viagem inspiradora pelas narrativas que nos constituíram enquanto cidade e povo que se mostra e se pensa”, afirmou.
CONSTRUÇÃO POPULAR
Interligando os quatro andares, as “Escadas do Patrimônio” refletem a riqueza histórica e cultural de Salvador, representadas em 50 imagens de cenas e ícones da cidade, decoradas em 600 azulejos, com curadoria de José Eduardo Ferreira Santos, fundador do Acervo da Laje, espaço de memória artística, cultural e de pesquisa, situado em São João do Cabrito. A Casa das Histórias também terá representações das paisagens naturais da cidade, através de imagens acompanhadas de uma trilha sonora original, e um espaço com destaque para a formação geográfica de Salvador, com uma maquete topográfica do Centro Histórico da cidade.
PROJETO
O equipamento municipal é gerido pela Secult e contou com museografia assinada pela curadora Ana Helena Curti, do consórcio Memorar. Além disso, foi financiado com recursos do Prodetur.
Ana Helena explicou que a proposta do espaço é provocar experiências mais diversas como a sonora, sensorial e de imersão em projeções. "A ideia é trazer para a Casa das Histórias outros pontos de vista e conteúdos que provavelmente as pessoas ainda não conhecem. Isto para que elas possam conhecer e somar ao imaginário que já tem. Então a gente traz o que o povo soteropolitano pode contribuir com a cidade. Temos pessoas que deram depoimentos, se envolveram no processo de conteúdo porque fazemos tudo com as pessoas", enfatizou.
AMBIENTES
A CHS apresenta uma narrativa nova sobre os quase cinco séculos de Salvador, utilizando conteúdos digitais e um acervo físico que incluem saberes e fazeres das pessoas comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, ressaltando a contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país, de modo a convidar os visitantes a participar ativamente da reflexão acerca dos sentidos da memória e do futuro da capital baiana.
No térreo da Casa, o visitante encontra a recepção, a loja da CHS, o mapa do patrimônio mundial natural e cultural da Unesco, bem como texto Manifesto do equipamento. No 1º andar, uma representação do patrimônio natural de Salvador, concebida por meio de uma experiência imersiva na qual as paisagens naturais da cidade (as tonalidades da luz solar, o mar da Baía de Todos os Santos, a flora e da fauna da Mata Atlântica e da Restinga, os rios e lagoas) são expostos a partir de imagens poeticamente criadas e acompanhadas por uma trilha sonora original.
Subindo mais um andar, a formação da geografia de Salvador é aludida através de uma maquete topográfica do Centro Histórico da cidade (seu núcleo formador), onde são sinalizados 24 pontos do patrimônio local. Sobre a maquete, duas projeções mapeadas em painéis suspensos apresentam imagens em movimento percorrendo toda a extensão urbana que contém os demais bairros, até os limites da capital.
O mesmo pavimento conta ainda com 48 conteúdos em que 24 “diálogos do patrimônio” relacionam localidades da cidade aos pares em função de certas conexões históricas que os vinculam, a exemplo da Barroquinha e do Engenho Velho da Federação, ligados por terem sido os territórios onde foram erguidos os primeiros terreiros de candomblé.
Já no 3º andar o público é convidado para duas experiências: assistir ao curta-metragem “Trançando Festas”, sobre as festas de largo da cidade, em um painel de LED em frente à arquibancada do pavimento; e conhecer os 24 retratos de mulheres, homens e crianças comuns, de diferentes etnias, faixas etárias, territórios e atividades profissionais, que assumem o protagonismo de narrar os fatos e expressões culturais que inspiram seu sentimento de pertencimento à cidade.
O 4º e último andar, que se liga ao novo prédio do Arquivo Público Municipal, possui uma área dedicada a apresentar parte do acervo do arquivo, bem como a história do prédio centenário que abriga a CHS, restaurado das ruínas para este fim. Em outro espaço deste pavimento, há uma área para exposições temporárias, que recebe em uma sala a expo Mundos do Trabalho; e em outra, peças do Acervo da Laje.
Interligando os quatro andares, as “Escadas do Patrimônio” refletem a riqueza histórica e cultural de Salvador, representadas em 50 imagens de cenas e ícones da cidade (roda de capoeira, tabuleiro de baiana do acarajé, pesca com rede), decoradas em 600 azulejos, com curadoria de José Eduardo Ferreira Santos, fundador do Acervo da Laje.
No que diz respeito à acessibilidade, a CHS tem peças elaboradas com relevos e texturas que favorecem a visita de pessoas com deficiência visual, além de mapa e QR Code táteis, audioguia descritivo, videolibras, textos em braile e pictogramas – conteúdos representados por figuras que facilitam a compreensão de crianças, pessoas com déficit cognitivo e doenças mentais.
FUNCIONAMENTO
A Casa das Histórias funcionará de terça a domingo, das 10h às 18h, com última entrada às 17h. Os ingressos para visitação podem ser retirados através do Sympla, com entrada gratuita até 31 de março.
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É amanhã! Quarta-feira, 10 de janeiro, é dia de celebrar o cinquentenário da mais antiga banda de Carnaval da Bahia. E para comemorar a grande jornada, os filhos de Osmar Macêdo vão receber, em Salvador, ilustres convidados na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.

A trajetória histórica da Banda Armandinho, Dodô &amp; Osmar se confunde com os primórdios da música carnavalesca baiana e, por isso, festejar a longevidade do grupo é, também, manifestar gratidão por toda contribuição dos pioneiros no enriquecimento da maior festa popular do planeta.

Às vésperas da comemoração, o guitarrista Armando Macedo bateu um papo com a nossa reportagem e compartilhou com o Aratu On algumas histórias e considerações importantes, observadas nessa caminhada de 50 anos.

Líder "natural" da banda, como preferiu denominar, Armandinho deixou claro que não exerce uma função de mandatário dentro do grupo formado pelos irmãos Macêdo: André (vocal), Aroldo (guitarra), e Betinho (baixo).

Ele acredita que o destaque pode estar relacionado ao fato de ter iniciado uma carreira independente, antes da concepção da banda. "Eu conduzo porque sou o solista e cantor. Eu nunca tive essa coisa de eu mando, eu quero!", frisou.

PRIMEIRO CANTOR DE TRIO

Em 1974, o grupo já arrastava multidões pelas ruas de Salvador, mas no ano seguinte, destacou Armandinho, o trabalho começou a ganhar novo formato. Naquele momento, acontecia a comemoração dos 25 anos da criação do trio elétrico, idealizado por Dodô e Osmar. Mas a participação de um saudoso convidado fez surgir uma grande inovação na Festa de Momo.

Jubileu de Prata foi a música que homenageou aquele aniversário. Na ocasião, coube ao cantor e compositor Moraes Moreira imortalizar a participação de um vocalista como puxador de foliões. "Moraes pegou o microfone que meu pai só pegava pra dar boa noite [...] aí ele cantou, o povo ajudou e meu pai declarou: o primeiro cantor de trio elétrico".
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Armandinho conta como Moraes Moreira se torna primeiro cantor de trio elétrico. <a href="https://t.co/Z8EPXv0SOF">pic.twitter.com/Z8EPXv0SOF</a>
— Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1744699218810339442?ref_src=twsrc%5Etfw">January 9, 2024</a></blockquote>
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O ano de 1975, sem dúvida, foi decisivo para o reconhecimento nacional do trabalho da banda. Armandinho lembrou da influência de Moraes nesse sentido. O fundador dos Novos Baianos incentivou a ida do filho de Osmar para o Rio de Janeiro com a ideia de gravar um disco e aquela iniciativa seria sinônimo de novos ares .

Armando lembrou que eles buscaram a Continental e lá contou a história do trio elétrico para o presidente da gravadora, que aprovou e resolveu produzir um LP. "Agora, eu tenho que trazer toda a minha galera e até os inventores do trio", exigiu o filho de Osmar, fazendo nascer o primeiro disco da banda.

ATRAVÉS DE GERAÇÕES

Mesmo inserido em um cenário que se renova com grande frequência, a música dos cinquentenários segue contagiando os amantes do Carnaval. A Bahia é um celeiro de artistas do ramo e na festa popular há sempre algo diferente e  inovador. Contudo, o trio elétrico Armandinho, Dodô e Osmar não deixa de ser uma atração esperada na festa.

O segredo, diz o guitarrista, é a música! Ele afirmou que o seu trabalho não é estático, tão pouco um produto consumido apenas no Carnaval. Armandinho pontuou que continua levando 0 seu som pelo mundo e isso é importante na perpetuação do sucesso.

"Qualquer lugar que eu chegue tocando, não precisa ter nenhum conhecimento de trio elétrico, de história nenhuma", reforçou.
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A música é o segredo do sucesso da banda Dodô e Osmar, segundo Armandinho. <a href="https://t.co/GIHxkv72bq">pic.twitter.com/GIHxkv72bq</a>
— Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1744700503588553170?ref_src=twsrc%5Etfw">January 9, 2024</a></blockquote>
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'DESAFILHO'

Ao longo de uma trajetória de 50 anos, certamente, muitos momentos foram marcantes para os irmãos Macêdo. Juntos, viveram experiências desafiadoras e icônicas no carnaval da Bahia. Uma delas, o famoso Encontro de Trios, foi por muito tempo um registro de encerramento da Festa.

Armando comentou como era emocionante ver a Praça Castro Alves, já na madrugada da Quarta-Feira de Cinzas, totalmente, tomada por milhares de pessoas, além de vários trios elétricos, engarrafados pela multidão, que se despedia da folia.

O momento costumava reunir artistas baianos como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby, e, a cada ano, nomes de novas gerações iam se incorporando ao movimento, até que começou a perder força e terminou pelos idos dos anos 90.

Mas entre os inúmeros acontecimentos relevantes da história, Armando revelou que sente saudades mesmo é do tempo do velho Osmar. “Meu pai era um cara que estava sempre bolando uma coisa e ele inventou um tal de Desafilho: o desafio do pai com o filho”, contou, emocionado, descrevendo as performances que os dois realizavam juntos pelos palcos.

“Ele tirava a camisa, cobria o cavaquinho, fazia um monte de coisas [...] Ele fazia esse show em qualquer praça, em qualquer lugar, em qualquer estado. Onde chegava prendia a multidão, assistindo a minha relação com ele, de pai com o filho”, lembrou.
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Em sua trajetória musical, as lembranças mais marcantes para Armandinho são suas performances ao lado de Osmar. <a href="https://t.co/piAvsNBE3I">pic.twitter.com/piAvsNBE3I</a>
— Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1744701623396401436?ref_src=twsrc%5Etfw">January 9, 2024</a></blockquote>
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COMERCIALIZAÇÃO DO CARNAVAL

Apesar de toda importância, contribuição e feitos pela folia baiana, Armandinho lamentou as dificuldades em busca de apoios, encontradas por todo o grupo durante a caminhada, desde a invenção do trio elétrico. "Sempre foi uma luta muito grande pra meu pai! Era um desgaste danado!", salientou.

O músico pontuou que o carnaval virou uma festa de negócio e nunca houve uma atenção dedicada a Dodô e Osmar. Lembrou de um episódio ocorrido em 1994, quando seu trio foi barrado pela polícia, tentando deixar a Avenida Sete de Setembro, contornando em direção à Rua Carlos Gomes, no Centro de Salvador.

Ele ressaltou que seu pai estava presente, na ocasião, e a justificativa passada para Osmar foi a ausência da banda entre os relacionados em uma lista oficial, que constava os nomes das atrações autorizadas. "A polícia disse: olhe, quando passar o último bloco, vocês entram!", lembrou  o guitarrista.

Armandinho comentou, ainda, que os espaços na fila dos trios que desfilam no circuito da festa, passaram a ser disputados pelo poder econômico. Daí, segundo ele, a grande participação, nos últimos anos, de atrações que não têm relação com a história do Carnaval e com os ritmos genuinamente baianos.

Aproveitando a "deixa", Armando fez uma comparação desse panorama do carnaval da Bahia com o a realidade da folia momesca em Pernambuco. Lá, ressaltou Macêdo, a consideração dos organizadores com os artistas locais costuma ser diferente. "Os caras estabeleceram que é lei assegurar a tradição deles! Aqui é difícil fazer uma homenagem a Dodô e Osmar, porque os caras não deixam.
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Armandinho destaca que o Carnaval virou uma festa de negócio e nunca houve uma atenção dedicada a Dodô e Osmar. <a href="https://t.co/DoCas0Eiio">pic.twitter.com/DoCas0Eiio</a>
— Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1744703734993616968?ref_src=twsrc%5Etfw">January 9, 2024</a></blockquote>
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LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-01-03/banda-armandinho-dodo-osmar-celebra-50-anos-com-show-historico-no-tca/">Banda Armandinho, Dodô &amp; Osmar celebra 50 Anos com show histórico no TCA</a>

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No dia 2 de agosto, pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira, a Cidade Aratu, programa do hor&aacute;rio do almo&ccedil;o da TV Aratu,&nbsp;est&aacute; completando um ano de muito jornalismo,&nbsp;entretenimento e, principalmente, hist&oacute;rias da popula&ccedil;&atilde;o baiana.

Uma delas &eacute; a do adolescente Ryan, de Madre de Deus, Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador, que perdeu um dos dentes da frente ap&oacute;s sofrer um acidente andando de skate.&nbsp;

Ap&oacute;s ir para a Cidade Aratu contar essa hist&oacute;ria, Ryan, que chegou a ser v&iacute;tima de bullying por causa da apar&ecirc;ncia, conseguiu fazer o tratamento de cerca de R$ 3 mil que mudou a vida dele. &quot;Hoje, eu consigo dar risada, estou namorando&quot;,&nbsp;comemora ele.&nbsp;

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Para Casemiro Neto, um dos mais antigos e experientes apresentadores da TV baiana, esse foi um ano cheio de desafios e realiza&ccedil;&otilde;es para o Grupo Aratu. &ldquo;O programa inovou no formato e linguagem do jornalismo local. Al&eacute;m de informar, entreter e prestar servi&ccedil;o, a Cidade Aratu refor&ccedil;ou a nossa rela&ccedil;&atilde;o com a comunidade na solu&ccedil;&atilde;o de problemas que afetam a popula&ccedil;&atilde;o. A ideia principal &eacute; incentivar ainda mais essa rela&ccedil;&atilde;o em todo o estado com reportagens e s&eacute;ries especiais e a cria&ccedil;&atilde;o de novos quadros&rdquo;.

Outra hist&oacute;ria que marcou o come&ccedil;o da Cidade Aratu &eacute; o da fam&iacute;lia baiana que descobriu que teria trig&ecirc;meos durante a pandemia. Depois do nascimento dos beb&ecirc;s, a vida da fam&iacute;lia, que j&aacute; tinha uma crian&ccedil;a, mudou completamente. Ap&oacute;s quase um ano, a equipe de reportagem do programa voltou &agrave; casa dessa fam&iacute;lia para saber como est&aacute; a rotina.

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Na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (2/8), a Cidade Aratu ser&aacute; transmitido ao vivo, no Shopping Piedade, das 11h at&eacute; &agrave;s 15h, com a presen&ccedil;a dos apresentadores Alex Lopes e Murilo Vilas Boas. Enquanto isso, Casemiro Neto e Pablo Reis far&atilde;o o programa no est&uacute;dio. Na a&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de muita intera&ccedil;&atilde;o com o p&uacute;blico, vai ter tamb&eacute;m brindes.

O PROGRAMA

O Cidade Aratu &eacute; um programa com quatro horas de dura&ccedil;&atilde;o, de 11h &agrave;s 15h, quatro apresentadores, Casemiro Neto, Pablo Reis, Murilo Vilas Boas e Alex Lopes, cerca de 100 pessoas envolvidas diariamente e mais de 150 horas de conte&uacute;do produzido apenas no primeiro ano.

&ldquo;A principal f&oacute;rmula para o sucesso da Cidade Aratu &eacute; estar perto do povo, acompanhando as comunidades e suas demandas. Fazermos o programa de um shopping localizado no centro da cidade &eacute; mais uma forma de estarmos perto de quem nos acompanha, de ouvir e interagir com a popula&ccedil;&atilde;o, de comemorar com quem nos assiste&rdquo;, disse o gerente de jornalismo do Grupo Aratu, Matheus Carvalho, que est&aacute; &agrave; frente do projeto.

Matheus complementou: &ldquo;Foi um ano de muito aprendizado. Muita vontade de fazer o melhor e levar conte&uacute;do de qualidade para o telespectador baiano. Com uma equipe de nove rep&oacute;rteres, espalhados por diversos pontos da cidade, temos o desafio de estar no ar durante quatro horas, o que nos d&aacute;, tamb&eacute;m, uma oportunidade de ampla cobertura em tempo real, trazendo informa&ccedil;&atilde;o, den&uacute;ncias, presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os, esporte e entretenimento&rdquo;.

VEJA A PROGRAMA&Ccedil;&Atilde;O COMPLETA:

Cidade Aratu ao vivo no Shopping Piedade no dia 2/8 (pr&oacute;xima segunda-feira)

11h &agrave;s 15h:&nbsp;Come&ccedil;a a transmiss&atilde;o com Alex Lopes e Murilo Vilas Boas no Shopping Piedade e Casemiro Neto e Pablo Reis no est&uacute;dio. Intera&ccedil;&otilde;es com o p&uacute;blico com ativa&ccedil;&otilde;es e distribui&ccedil;&atilde;o de brindes e rep&oacute;rter entrevistando o p&uacute;blico no shopping.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/noticia/cidade/influenciadores-desafiam-autoridades-e-postam-videos-com-veiculos-a-190-km-h-na-paralela-em-salvador-assista" target="_blank">Influenciadores desafiam autoridades e postam v&iacute;deos com ve&iacute;culos a 190 km/h na Paralela, em Salvador; assista</a>

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Quantas pessoas passam pela sua vida e voc&ecirc; n&atilde;o sabe o drama que elas carregam no cora&ccedil;&atilde;o? Seria ainda pior se essas ang&uacute;stias sequer fossem resolvidas por quem seria de direito, n&atilde;o &eacute; mesmo? Mas isso &eacute; mais comum do que voc&ecirc; imagina.

<h2 style="text-align: justify;">A reportagem do Grupo Aratu vai contar, nas pr&oacute;ximas linhas, hist&oacute;rias de tr&ecirc;s fam&iacute;lias que, depois de muitos anos, ainda convivem com medo de hist&oacute;rias que sequer foram conclu&iacute;das pelas autoridades policiais e judici&aacute;rias.&nbsp;</h2>

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<h3 style="text-align: justify;">CASO DAVI - ITI&Uacute;BA/BA</h3>

O especial Inqu&eacute;ritos come&ccedil;a conversando com Lilia Lima. H&aacute; pouco mais de um ano, ela n&atilde;o v&ecirc; o filho, Davi, dado como desaparecido no munic&iacute;pio de Iti&uacute;ba, a 380 km de Salvador. &quot;&Eacute; dif&iacute;cil falar, porque a saudade &eacute; muito grande. A incerteza, a ang&uacute;stia a cada dia que passa, sem ter resposta das autoridades&quot;, desabafou, com l&aacute;grimas nos olhos.&nbsp;

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Cada brinquedo e mem&oacute;ria de Davi permanecem guardados com todo o cuidado por Lilia. Davi desapareceu no dia 28 de mar&ccedil;o de 2021, no povoado de Varzinha. O menino, na &eacute;poca com 11 anos, morava com os pais em Salvador, mas visitava a fam&iacute;lia no interior. A m&atilde;e relembra que foram dois meses de buscas, pensando que o garoto havia se perdido na serra.

<blockquote>
&quot;Depois da investiga&ccedil;&atilde;o, a gente chegou &agrave; conclus&atilde;o de que ele n&atilde;o subiu a serra. A sand&aacute;lia dele foi plantada l&aacute; para induzir que ele tinha subido. Para a pol&iacute;cia, ele foi pego por algu&eacute;m. Esse algu&eacute;m que a gente at&eacute; hoje n&atilde;o sabe, porque n&atilde;o tinha ningu&eacute;m estranho ali. Ningu&eacute;m sabia que eu tinha deixado meu filho l&aacute;, na casa de minha irm&atilde;. S&oacute; a fam&iacute;lia&quot;, conta.
</blockquote>

Um ano depois, a m&atilde;e segue sem respostas. &quot;Isso &eacute; o que d&oacute;i: n&atilde;o saber se ele est&aacute; vivo, se est&aacute; morto, se ele foi sequestrado. Essas d&uacute;vidas que ficam na nossa mente 24 horas por dia&quot;, relata.

A investiga&ccedil;&atilde;o corre em segredo de justi&ccedil;a. Em nota, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia informou que acompanha as apura&ccedil;&otilde;es desde as buscas iniciais, acompanhando o inqu&eacute;rito. Segundo o MP, a conclus&atilde;o foi prorrogada em fevereiro e s&oacute; deve ser encaminhada ao &oacute;rg&atilde;o ap&oacute;s o seu desfecho, de responsabilidade da Pol&iacute;cia Civil. O MP aguarda o fim das apura&ccedil;&otilde;es para adotar outras medidas.

Com a falta de respostas, Lilia pretende federalizar o caso de Davi. &quot;Tem mais chance de a gente ter uma resposta r&aacute;pida, porque &eacute; um ano j&aacute; e a gente n&atilde;o teve uma resposta durante esse ano todo. Eu n&atilde;o vou deixar o caso do meu filho ser esquecido nunca, eu n&atilde;o posso. Ele est&aacute; dentro de mim, 24 horas por dia eu penso nele. As coisinhas dele est&atilde;o guardadas no mesmo lugar, os brinquedinhos dele, tudo. Ent&atilde;o, eu pe&ccedil;o a ajuda das autoridades que investiguem e n&atilde;o parem, que d&ecirc; mais empenho, porque &eacute; uma crian&ccedil;a que est&aacute; perdida e a gente n&atilde;o sabe o que aconteceu&quot;.

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<h3 style="text-align: justify;">LUIS JADER - CAMA&Ccedil;ARI/BA</h3>

Outro personagem que convive com uma dor parecida &eacute; Orlando Rosa, pai do pequeno Luis Jader. Foi em uma casa de praia, em um condom&iacute;nio em Barra do Jacu&iacute;pe, Cama&ccedil;ari, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador, que ele viu o filho baleado, em 12 de setembro de 1998. &quot;Quando eu peguei meu filho, ele estava com um sangramento na regi&atilde;o da cabe&ccedil;a, mas como a janela abre para dentro, eu pensei que ele tinha batido a cabe&ccedil;a ali&quot;, relembra Orlando, de frente para a janela, mais de 20 anos depois.&nbsp;

Ele conta que a primeira rea&ccedil;&atilde;o ao ver o filho machucado foi buscar ajuda m&eacute;dica. &quot;No momento em que tirou a tomografia, que viram o proj&eacute;til dentro da cabe&ccedil;a do meu filho&quot;, relembra Orlando, que chegou a ser tratado como suspeito. Em menos de 24 horas, ele foi liberado das acusa&ccedil;&otilde;es, mas recebeu a pior not&iacute;cia: Luiz Jader, de apenas um ano e tr&ecirc;s meses, n&atilde;o tinha resistido.&nbsp;

Quase um ano depois da morte do menino, os peritos fizeram a reconstitui&ccedil;&atilde;o do crime. A conclus&atilde;o foi de que a bala que atingiu Jader percorreu uma dist&acirc;ncia de 110 a 125 metros, partindo de uma &aacute;rea onde pessoas praticavam tiro ao alvo, dentro do condom&iacute;nio em Jacu&iacute;pe. O suspeito nunca foi encontrado, mas h&aacute; 20 anos Orlando tenta responsabilizar o condom&iacute;nio pelo crime. O pai do menino mant&eacute;m guardado cada detalhe do processo, mas na delegacia que investiga o caso, o inqu&eacute;rito sumiu.

<blockquote>
&quot;Na &eacute;poca, eu n&atilde;o senti falta de interesse da delegacia de Vila de Abrantes, mas era uma delegacia muito sucateada. Era manuscrito. [...] Ent&atilde;o, nessa mudan&ccedil;a, que agora eles est&atilde;o em delegacia nova, na hora de digitalizar, eles n&atilde;o acharam [o inqu&eacute;rito] para ser digitalizado&quot;, conta Orlando.
</blockquote>

O advogado de defesa de Orlando indica que o sumi&ccedil;o do inqu&eacute;rito pode atrapalhar no andamento do caso. &quot;Quando se ocorre uma perda de um objeto como esse, t&atilde;o importante para uma investiga&ccedil;&atilde;o criminal, isso tem que ser apurado dentro da Pol&iacute;cia Civil em si, que &eacute; respons&aacute;vel por cuidar dessas situa&ccedil;&otilde;es&quot;, destacou Wrias Alves.

Em nota, a Pol&iacute;cia Civil garantiu que o inqu&eacute;rito foi conclu&iacute;do e enviado &agrave; justi&ccedil;a. Apesar disso, n&atilde;o explicou o sumi&ccedil;o das informa&ccedil;&otilde;es na 26&ordf; Delegacia Territorial (DT/Vila de Abrantes). J&aacute; o Tribunal de Justi&ccedil;a, tamb&eacute;m por meio de nota, afirmou que o acesso ao processo &eacute; restrito &agrave;s partes e aos procuradores.

&quot;Eu tenho uma lembran&ccedil;a muito forte do meu filho, no momento que a gente se encontrava, brincava, ia para o encontro do rio com o mar&quot;, relembrou Orlando, enquanto caminhava pela casa em Barra de Jacu&iacute;pe. &quot;E tenho a lembran&ccedil;a mais ainda no papel, o atestado de &oacute;bito dele. Tudo o que foi documentado eu tenho, mas n&atilde;o sei porqu&ecirc; esse inqu&eacute;rito sumiu&quot;.

&nbsp;

<h3 style="text-align: justify;">CASO SIOM&Aacute;RIO - SALVADOR/BA</h3>

Assim como Liliam e Orlando, surgem dois novos personagens na s&eacute;rie Inqu&eacute;ritos: Sivaldo e a m&atilde;e. Eles, ali&aacute;s, ainda guardam os rem&eacute;dios usados pelo irm&atilde;o, Siom&aacute;rio de Souza Santos, desaparecido em mar&ccedil;o de 2021.&nbsp;

&quot;Eu sei que eu chorava muito e fiquei quase deprimida&quot;, conta Maria, que passou todo esse tempo em busca do filho que medica&ccedil;&atilde;o controlada. O irm&atilde;o de Siom&aacute;rio foi em todos os lugares em busca de not&iacute;cias. &quot;Continuei procurando pelos hospitais daqui de Salvador, Candeias, Feira de Santana, sem ter &ecirc;xito. Passamos o ano todo procurando ele&quot;, relata.&nbsp;

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&nbsp;

Enquanto a fam&iacute;lia seguia com as buscas, o corpo de Siom&aacute;rio j&aacute; havia sido encontrado em Sim&otilde;es Filho e enterrado no cemit&eacute;rio Quinta dos L&aacute;zaros, em Salvador. Mas a fam&iacute;lia s&oacute; foi informada da morte um ano depois. N&atilde;o pela delegacia, mas pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).&nbsp;

<blockquote>
&quot;Viemos descobrir porque tinham cessado o benef&iacute;cio dele, por ele ter vindo a &oacute;bito&quot;, explica Sivaldo. &quot;Tudo que n&oacute;s queremos &eacute; uma resposta do estado. Como o INSS ficou ciente e o DPT [Departamento de Pol&iacute;cia T&eacute;cnica] n&atilde;o? E os familiares piorou, tanto &eacute; que meu irm&atilde;o foi sepultado como indigente, desde quando ele tem familiares. E procuramos ele esse tempo todo. E n&atilde;o foi uma, nem duas vezes, no IML e no DHPP [Departamento de Homic&iacute;dios e Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa [DHPP]. Queremos uma resposta.&quot;&nbsp;
</blockquote>

O caso foi registrado no DHPP em 10 de mar&ccedil;o de 2021. Segundo a pol&iacute;cia, a unidade n&atilde;o teria recebido a informa&ccedil;&atilde;o de que o corpo de Siom&aacute;rio havia sido encontrado e identificado. O departamento s&oacute; soube do &oacute;bito este ano, ap&oacute;s ser informado pela fam&iacute;lia do desaparecido.&nbsp;

&quot;Os investigadores l&aacute; do DPP pegaram e me disseram que essa al&ccedil;ada j&aacute; n&atilde;o &eacute; mais com eles, pelo fato de n&atilde;o ter acontecido aqui em Salvador e, sim, em Sim&otilde;es Filho&quot;, contou o irm&atilde;o de Siom&aacute;rio, ap&oacute;s retornar da delegacia. &quot;Ainda tenho que pegar o laudo hospitalar e o cadav&eacute;rico. Eu quero uma resposta para a morte do meu irm&atilde;o&quot;.&nbsp;

Al&eacute;m de descobrir a causa, Sivaldo tenta entender como o INSS foi informado antes da pol&iacute;cia, que estaria investigando o caso. &quot;O que deixa transparecer, o que deixa demonstrar, &eacute; que dinheiro vale mais do que uma vida humana. Meu irm&atilde;o praticamente foi enterrado como cachorro. S&oacute; o que queremos mesmo &eacute; uma resposta do Estado, principalmente a causa da morte e tamb&eacute;m pra ver se a gente consegue um translado e a exuma&ccedil;&atilde;o do cad&aacute;ver, porque atrav&eacute;s dessa exuma&ccedil;&atilde;o e translado a gente vai poder fazer um sepultamento digno. Ele vai deixar de ser indigente e vai ser sepultado como cidad&atilde;o, como ele merecia e como todos n&oacute;s merecemos&quot;.

&nbsp;

<h3 style="text-align: justify;">POR QUE TANTA DEMORA?</h3>

Orlando, Sivaldo, Lilia ... por qual motivo tantas fam&iacute;lias aguardam tanto tempo por respostas? Para o presidente do sindicato dos policiais civis, a resposta pode estar dentro das delegacias.

<blockquote>
&quot;Nas delegacias da Bahia, n&oacute;s dever&iacute;amos ter 11 mil policiais civis e temos apenas 5.500. Realidade dessa delegacia do Bonfim [por exemplo], n&oacute;s temos dois investigadores pra atender um universo de mais de 100 mil habitantes. Essa delegacia aqui, ela vai da Avenida Contorno, Solar do Unh&atilde;o at&eacute; a Suburbana, passando pela Ribeira, Massaranduba e Bonfim&quot;, enumera Eust&aacute;cio Lopes.
</blockquote>

Para saber mais detalhes sobre essas hist&oacute;rias, os dramas e sofrimentos, as d&uacute;vidas que arrastam o sofrimento dos familiares por anos a fio, e como cada investiga&ccedil;&atilde;o aconteceu, &eacute; s&oacute; clicar no play e assistir Inqu&eacute;ritos.

&nbsp;

CONFIRA AQUI A MAT&Eacute;RIA ESPECIAL &quot;INQU&Eacute;RITOS - POR QUE TANTA DEMORA?&quot; EXIBIDA NO PROGRAMA CIDADE ARATU

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Familiares das <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/policia-confirma-mortes-de-seis-pessoas-em-tiroteio-que-feriu-15-durante-paredao-no-bairro-do-uruguai" target="_blank">seis v&iacute;timas fatais da chacina ocorrida no bairro do Uruguai, em Salvador,</a> come&ccedil;am a comparecer no Instituto M&eacute;dico Legal (IML) na tarde desta quarta-feira (13/10).

Na porta do local, localizado na Avenida Centen&aacute;rio, ningu&eacute;m ainda tinha&nbsp;certeza do que poderia ter provocado o atentado, mas as hist&oacute;rias de vida dos tr&ecirc;s homens e tr&ecirc;s mulheres come&ccedil;am a ser esclarecidas.&nbsp;

Deivison da Concei&ccedil;&atilde;o Santos Santana tinha 16 anos. De acordo com vizinhos entrevistados no IML, ele estava participando do &quot;pared&atilde;o&quot; escondido da pr&oacute;pria m&atilde;e, que estava dormindo em casa. O adolescente teria dito que iria para a casa da namorada, mas acabou indo &agrave; festa. Ao ouvir os disparos, a m&atilde;e dele ficou sabendo que havia sido atingido.&nbsp;

Quem n&atilde;o estava na festa era&nbsp;Adriane Oliveira Santos, de 19 anos, segundo o irm&atilde;o dela. A jovem saiu de casa junto com a irm&atilde; para levar um primo no ponto de &ocirc;nibus quando ambas foram surpreendidas pelos disparos. Adriane, que deixa um filho pequeno, foi baleada e n&atilde;o resistiu. A irm&atilde; tentou correr e caiu. Ela n&atilde;o foi ferida a tiros por sorte.

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Al&eacute;m deles, n&atilde;o resistiram: Brenda Buri,&nbsp;Alexsandro dos Santos Seixas, Jailton Sales do Santos, al&eacute;m de uma v&iacute;tima n&atilde;o identificada.

INVESTIGA&Ccedil;&Otilde;ES&nbsp;

Apura&ccedil;&otilde;es do Grupo Aratu, confirmadas oficialmente pela Pol&iacute;cia Civil, apontam que dois feridos, ainda internados no Hospital do Sub&uacute;rbio, s&atilde;o suspeitos de terem come&ccedil;ado a confus&atilde;o. Assim que receberem alta, eles devem ser encaminhados&nbsp;para a sede do Departamento de Homic&iacute;dios e Prote&ccedil;&atilde;o &agrave; Pessoa (DHPP) e presos.

A Pol&iacute;cia Civil j&aacute; sabe que tudo come&ccedil;ou ap&oacute;s a discuss&atilde;o entre dois homens que estavam no &quot;pared&atilde;o&quot;, na Travessa Oito de Dezembro. No confronto, as pessoas que estavam no local acabaram atingidas. Um homem e um adolescente morreram no local, enquanto quatro baleados foram socorridos para&nbsp;unidades de sa&uacute;de, mas n&atilde;o resistiram.&nbsp;

Alguns carros, que estavam estacionados no local, no momento da a&ccedil;&atilde;o, foram atingidos por disparos e acabaram danificados.&nbsp;

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