Ap&oacute;s ganhar notoriedade nos anos 90, durante os governos FHC, e relegado na era Lula/PT, o Cacique Cobra Coral, entidade invocada pela funda&ccedil;&atilde;o que leva seu nome para controlar as chuvas, voltou ao Planalto &agrave;s pressas a pedido do ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque. A informa&ccedil;&atilde;o foi publicada pela Revista F&oacute;rum.

Segundo a publica&ccedil;&atilde;o, informa&ccedil;&otilde;es de Cleo Guimar&atilde;es na revista Veja, d&atilde;o conta que Osmar Santos, porta-voz de Adelaide Scritori, m&eacute;dium que incorpora o cacique, o ministro militar determinou &agrave; entidade: &ldquo;Fa&ccedil;a chover!&rdquo;. 
A reuni&atilde;o teria acontecido na quinta-feira (14/10). Em agosto, quando o pa&iacute;s j&aacute; estava em plena crise h&iacute;drica, a Funda&ccedil;&atilde;o diz ter enviado ao governo Jair Bolsonaro (Sem partido) um alerta sobre riscos de apag&atilde;o a partir deste &uacute;ltimo s&aacute;bado (16/10).

&ldquo;&Eacute; a data-limite. Alguma coisa tinha que ser feita com urg&ecirc;ncia&rdquo;, disse Osmar, ressaltando a import&acirc;ncia do encontro para por fim &agrave; crise h&iacute;drica vivida pelo pa&iacute;s em decorr&ecirc;ncia da falta de chuva nos reservat&oacute;rios das hidrel&eacute;tricas.&nbsp;Ainda de acordo com a publica&ccedil;&atilde;o da Revista, a Funda&ccedil;&atilde;o garante que a interven&ccedil;&atilde;o do &ldquo;cacique&rdquo; trar&aacute; resultados a partir de novembro, quando as chuvas devem cair sobre Minas Gerais e o sul do pa&iacute;s.

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O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque pediu o envolvimento de toda a sociedade para evitar apag&otilde;es e racionamento de energia nos pr&oacute;ximos meses. Em pronunciamento em cadeia nacional de r&aacute;dio e televis&atilde;o, ele explicou a situa&ccedil;&atilde;o h&iacute;drica nos reservat&oacute;rios das usinas e a alta na tarifa para pagar a energia produzida por termel&eacute;tricas e a importada de pa&iacute;ses vizinhos.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1420213&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1420213&amp;o=node" />

Segundo o ministro, a perda de gera&ccedil;&atilde;o hidrel&eacute;trica provocada pela estiagem no Centro-Sul no fim do ano passado e no in&iacute;cio deste ano equivale ao consumo de energia de uma cidade como o Rio de Janeiro por cerca de cinco meses.

O ministro classificou a seca como um fen&ocirc;meno natural, que tamb&eacute;m ocorre em &ldquo;muitos outros pa&iacute;ses&rdquo; com a mesma intensidade. No entanto, ressaltou que a estiagem ter&aacute; impacto sobre a gera&ccedil;&atilde;o de energia na maior parte do pa&iacute;s.

&ldquo;A nossa condi&ccedil;&atilde;o hidro energ&eacute;tica se agravou. O per&iacute;odo de chuvas na Regi&atilde;o Sul foi pior que o esperado. Como consequ&ecirc;ncia, o n&iacute;vel dos reservat&oacute;rios de nossas usinas hidrel&eacute;tricas das regi&otilde;es Sudeste e Centro-Oeste sofreram redu&ccedil;&atilde;o maior que a prevista&rdquo;, declarou.

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📺 Confira o pronunciamento em rede nacional do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. 
 
👉🏻 Na pauta, a situa&ccedil;&atilde;o h&iacute;drica e energ&eacute;tica do Pa&iacute;s. ⚡️🇧🇷 <a href="https://t.co/WrKRYRu8nm">pic.twitter.com/WrKRYRu8nm</a>
&mdash; Minist&eacute;rio de Minas e Energia 🇧🇷 (@Minas_Energia) <a href="https://twitter.com/Minas_Energia/status/1432857981436272641?ref_src=twsrc%5Etfw">September 1, 2021</a></blockquote>

CUSTOS

Segundo Albuquerque, o governo est&aacute; usando todos os recursos dispon&iacute;veis e tomando medidas extraordin&aacute;rias para garantir o fornecimento de energia. Algumas das a&ccedil;&otilde;es, geraram custos que ser&atilde;o repassados &agrave; conta de luz, como a ativa&ccedil;&atilde;o de usinas termel&eacute;tricas e a compra de energia de pa&iacute;ses vizinhos.

&ldquo;Como todos os recursos mais baratos j&aacute; estavam sendo utilizados, essa eletricidade adicional, proveniente de gera&ccedil;&atilde;o termel&eacute;trica e da importa&ccedil;&atilde;o de energia, custar&aacute; mais caro&rdquo;, justificou o ministro.

Mais cedo, a Ag&ecirc;ncia Nacional de Energia El&eacute;trica (Aneel) anunciou a cria&ccedil;&atilde;o de uma bandeira tarif&aacute;ria que cobrar&aacute; R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumido entre amanh&atilde; (1&ordm;) e abril do pr&oacute;ximo ano. O novo patamar representa um aumento de R$ 4,71, cerca de 50%, em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; bandeira vermelha atual, e ter&aacute; impacto de cerca de 7% na conta total de luz.

CONSUMO

Al&eacute;m das medidas para reduzir as perdas na gera&ccedil;&atilde;o, o ministro destacou as medidas que pretendem reduzir o consumo de energia. Ele citou a&ccedil;&otilde;es recentes, como a determina&ccedil;&atilde;o de que os &oacute;rg&atilde;os federais diminuam o consumo em 20% e o incentivo para que grandes consumidores, como ind&uacute;stria, troquem de hor&aacute;rio, reduzindo o consumo nos hor&aacute;rios de pico.

Bento Albuquerque tamb&eacute;m pediu o empenho de toda a popula&ccedil;&atilde;o, anunciando a inten&ccedil;&atilde;o de criar um b&ocirc;nus para os consumidores residenciais, comerciais e de servi&ccedil;os que diminu&iacute;rem o consumo de eletricidade. Segundo ele, esse tipo de iniciativa existe em outros pa&iacute;ses.

&ldquo;Os consumidores que aderirem a esse chamado e economizarem energia ser&atilde;o recompensados e poder&atilde;o ter redu&ccedil;&atilde;o nas contas de luz&rdquo;, explicou. De acordo com o ministro, uma redu&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de 12% no consumo residencial equivaleria ao suprimento para 8,6 milh&otilde;es de domic&iacute;lios.

O ministro deu exemplos de iniciativas que podem ser tomadas para reduzir o consumo e reduzir o desperd&iacute;cio. Ele citou o desligamento de luzes e aparelhos fora de uso, o aproveitamento da luz natural e a redu&ccedil;&atilde;o do uso de chuveiros el&eacute;tricos, de aparelhos de ar-condicionado e de ferro de passar roupa. Ele sugeriu a utiliza&ccedil;&atilde;o desses equipamentos durante a manh&atilde; e nos fins de semana.

ENGAJAMENTO

Ao fim do pronunciamento, o ministro conclamou o engajamento de toda a popula&ccedil;&atilde;o para evitar o risco de falta de energia em determinados hor&aacute;rios. No entanto, ressaltou que a recupera&ccedil;&atilde;o dos reservat&oacute;rios leva tempo e tamb&eacute;m depende da intensidade das chuvas no pr&oacute;ximo ver&atilde;o.

&ldquo;&Eacute; por isso que, nesse momento de escassez precisamos, mais do que nunca, usar nossa &aacute;gua e nossa energia de forma consciente e respons&aacute;vel. Com esse esfor&ccedil;o, aliado ao conjunto de medidas que o governo federal vem adotando, seremos capazes de enfrentar essa conjuntura desafiadora. Uma conjuntura que ser&aacute; t&atilde;o mais favor&aacute;vel quanto mais r&aacute;pida, intensa e abrangente for a mobiliza&ccedil;&atilde;o da sociedade para enfrent&aacute;-la&rdquo;, concluiu Albuquerque.

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