O vice-presidente Hamilton Mour&atilde;o disse, nesta quarta-feira (1/9), que o Brasil poder&aacute; enfrentar um racionamento de energia nos pr&oacute;ximos meses. Conforme informa&ccedil;&otilde;es da ag&ecirc;ncia Reuters, Mour&atilde;o tamb&eacute;m admitiu que, casos as medidas adotadas agora n&atilde;o surtam efeito, a crise pode se manter pelos pr&oacute;ximos anos.

&quot;O governo tomou as medidas necess&aacute;rias, criou uma comiss&atilde;o para acompanhar e tomar as decis&otilde;es a tempo e a hora no sentido de impedir que haja um apag&atilde;o. Agora, pode ser que tenha que ocorrer algum racionamento, o pr&oacute;prio ministro falou isso&quot;, afirmou Mour&atilde;o, citando o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que j&aacute; admitiu que a crise se agravou mais que o esperado.

&quot;&Eacute; algo que vamos enfrentar nos pr&oacute;ximos anos enquanto n&atilde;o houver uma recupera&ccedil;&atilde;o plena dos nossos reservat&oacute;rios&quot;, complementou o vice-presidente. A matriz energ&eacute;tica do Brasil &eacute; concentrada em hidrel&eacute;tricas.

Por conta da falta de chuva, o governo federal anunciou esta semana uma nova bandeira tarif&aacute;ria na conta de energia, chamada &quot;crise h&iacute;drica&quot;. A nova bandeira levar&aacute; a um reajuste de 6,78% na tarifa m&eacute;dia de energia ao consumidor, e a taxa extrada passar&aacute; a ser cobrada a cada 100 kWh, quando o sistema est&aacute; em bandeira vermelho, passando de R$ 9,50 para R$ 14,20.

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Isolado no governo Jair Bolsonaro, o vice-presidente da Rep&uacute;blica, Hamilton Mour&atilde;o, afirma que n&atilde;o sabe o que se discute no Planalto. &quot;&Eacute; muito chato o presidente fazer uma reuni&atilde;o com os ministros e deixar seu vice-presidente de fora&quot;, disse, em tom de desabafo.

A afirma&ccedil;&atilde;o foi dada durante entrevista ao Estad&atilde;o. Mour&atilde;o avalia que estar sendo &#39;escanteado&#39; n&atilde;o &eacute; bom para a sociedade. &quot;Eventualmente, eu tenho que substituir o presidente e, se n&atilde;o sei o que est&aacute; acontecendo, como vou substituir? N&atilde;o h&aacute; condi&ccedil;&otilde;es.&quot;

O vice-presidente ainda revelou um exemplo concreto de sua exclus&atilde;o no governo: ele se ofereceu para chefiar a delega&ccedil;&atilde;o brasileira nas c&uacute;pulas do Clima e da Biodiversidade da ONU, neste ano, mas ficou sem resposta at&eacute; agora.

Medindo as palavras, Mour&atilde;o ressaltou que o governo n&atilde;o pode se comportar como &quot;anjo&quot; no relacionamento com o Congresso e reconheceu que o presidente chamou o Centr&atilde;o para &quot;operar&quot; politicamente. Ele disse que o &quot;or&ccedil;amento secreto&quot;, esquema montado pelo presidente em troca de apoio pol&iacute;tico, &eacute; um dos frutos dessa alian&ccedil;a e precisa ser &quot;reorganizado&quot;.

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Mourão admite possibilidade de racionamento de energia e que crise pode se manter por anos

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