O fim repentino da ditadura de Bashar al-Assad na S&iacute;ria, anunciado por rebeldes islamistas neste domingo (8), &eacute; acompanhado com aten&ccedil;&atilde;o global. A queda de Assad, celebrada por muitos s&iacute;rios, levanta d&uacute;vidas sobre o t&eacute;rmino da guerra civil que durou quase 14 anos, resultando em mais de 500 mil mortos e a fuga de quase metade da popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s.

O paradeiro de Assad, que governou a S&iacute;ria por mais de 50 anos, &eacute; incerto. A R&uacute;ssia afirma que ele deixou o pa&iacute;s, mas ve&iacute;culos russos dizem que ele e sua fam&iacute;lia est&atilde;o em Moscou. Registros de radar indicaram uma aeronave que decolou de Damasco e que pode ter sido abatida perto de Homs.

O Ir&atilde; reafirmou seu respeito pela unidade e soberania da S&iacute;ria, pedindo o fim dos conflitos e o in&iacute;cio do di&aacute;logo nacional. A R&uacute;ssia informou que Assad deixou a S&iacute;ria para organizar uma transi&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica, mas n&atilde;o participou das negocia&ccedil;&otilde;es. O Kremlin mant&eacute;m bases militares na S&iacute;ria, em alerta, mas nega amea&ccedil;as. Enquanto isso, o governo de Putin conversa com o rebeldes s&iacute;rios para facilitar a transi&ccedil;&atilde;o de governo no pa&iacute;s.

A S&iacute;ria de Assad fazia parte do Eixo da Resist&ecirc;ncia, oposto a Israel. O governo de Netanyahu celebrou a queda do ditador, creditando-a a ataques israelenses ao Hezbollah e ao Ir&atilde;, e manifestou interesse em uma pol&iacute;tica de &quot;boa vizinhan&ccedil;a&quot;. No entanto, Israel observa com apreens&atilde;o os rebeldes. Segundo relatos, for&ccedil;as israelenses atacaram bases do Ex&eacute;rcito s&iacute;rio perto de Damasco, temendo que armas ca&iacute;ssem nas m&atilde;os dos rebeldes.

O Ex&eacute;rcito israelense avan&ccedil;ou na zona tamp&atilde;o das Colinas de Gol&atilde;, onde antes s&oacute; havia soldados da ONU. Israel justifica a a&ccedil;&atilde;o pela seguran&ccedil;a de seus cidad&atilde;os, alegando que o tratado perdeu validade com a retirada das tropas s&iacute;rias. A regi&atilde;o foi anexada em 1967, mas a comunidade internacional, exceto os EUA, considera a anexa&ccedil;&atilde;o ilegal.

Os <a href="https://aratuon.com.br/geral/eua-efetua-ataques-a-postos-na-siria-e-iraque-utilizados-pela-guarda-revolucionaria-do-ira">Estados Unidos</a>, sob a presid&ecirc;ncia de Donald Trump, rejeitaram o envolvimento no conflito s&iacute;rio, afirmando que a situa&ccedil;&atilde;o deve seguir seu curso natural. Enquanto isso, a Turquia celebrou a deposi&ccedil;&atilde;o de Assad, pedindo cautela para evitar que grupos terroristas se aproveitem da situa&ccedil;&atilde;o. V&aacute;rios pa&iacute;ses da regi&atilde;o, como Iraque, Jord&acirc;nia e Egito, pediram respeito &agrave; soberania s&iacute;ria e evitaram interfer&ecirc;ncias.&nbsp;

O Catar e a Ar&aacute;bia Saudita expressaram preocupa&ccedil;&otilde;es sobre a estabilidade na S&iacute;ria. Na Europa, l&iacute;deres como a ministra alem&atilde; Annalena Baerbock e o presidente franc&ecirc;s Emmanuel Macron comentaram sobre a necessidade de responsabiliza&ccedil;&atilde;o de Assad e a esperan&ccedil;a de um futuro pac&iacute;fico para o povo s&iacute;rio. O enviado da ONU, Geir Pedersen, tamb&eacute;m destacou a import&acirc;ncia de um novo cap&iacute;tulo de paz e inclus&atilde;o para a S&iacute;ria.

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