Um homem morreu ap&oacute;s se afogar no Porto da Barra, em Salvador, por volta das 14h30 desta quinta-feira (6/1).&nbsp;De acordo com o&nbsp;Corpo de Bombeiros (CBMBA), ele foi resgatado por um guarda-vidas do GMAR, que tentou reanim&aacute;-lo at&eacute; a chegada do Samu. Por&eacute;m, ao chegar, o m&eacute;dico do Samu constatou o &oacute;bito.

Informa&ccedil;&otilde;es extraoficiais d&atilde;o conta de que a v&iacute;tima teria sofrido uma crise convulsiva no mar, mas isso&nbsp;ainda n&atilde;o foi confirmada por &oacute;rg&atilde;os oficiais.

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Henri Erique Bacelar, de 16 anos;

Edmundo de Oliveira Neto, 18 anos;&nbsp;

Sidnei Santana Mota Junior,&nbsp;19 anos;&nbsp;

A pouca idade poderia ser a singularidade que uniu&nbsp;estes tr&ecirc;s jovens. Infelizmente, n&atilde;o &eacute;. O trio teve precocemente a vida ceifada ap&oacute;s se afogarem em praias de Salvador. Por ironia do destino, Henri e Sidnei desapareceram nas praias de Piat&atilde; e Rua K, respectivamente, no &uacute;ltimo domingo (25/7), justamente na data em que as Na&ccedil;&otilde;es Unidas celebraram o primeiro Dia Mundial de Preven&ccedil;&atilde;o do Afogamento.&nbsp;

Dados de 2019 mostram que 236 mil pessoas morrem por ano por conta deste&nbsp;tipo de asfixia. Os afogamentos s&atilde;o a terceira causa de morte acidental e representam quase 8% do total de mortes globais. Cerca de 90% das mortes acontecem em pa&iacute;ses de rendas baixa e m&eacute;dia, sendo a regi&atilde;o oeste do Pac&iacute;fico a mais afetada.&nbsp;Para alertar a popula&ccedil;&atilde;o, a ONU lan&ccedil;ou, inclusive, uma <a href="https://cdn.who.int/media/docs/default-source/documents/drowning/wdpd_toolkit_aw_web.pdf?sfvrsn=34ed54f4_5" target="_blank">cartilha com dicas e orienta&ccedil;&otilde;es.&nbsp;</a>

De acordo com dados do Salvamar, at&eacute; segunda-feira (26/7), foram registradas 336 ocorr&ecirc;ncias em 2021. Deste total, cinco&nbsp;v&iacute;timas fatais. As &uacute;ltimas tr&ecirc;s mortes: Henri, Sidnei e Edmundo.&nbsp;Piat&atilde; lidera a triste estat&iacute;stica com dois&nbsp;&oacute;bitos.&nbsp;

No parad&iacute;siaco reduto de costa, h&aacute; escondida&nbsp;uma&nbsp;armadilha fatal: a corrente de retorno. &Eacute; o movimento mar&iacute;timo de &aacute;gua no sentido do mar aberto, transversal &agrave; praia. Ele &eacute; formado pelo excesso de &aacute;gua empilhada pelas ondas sobre a praia que retorna atravessando a arrebenta&ccedil;&atilde;o e escavando canais na areia. O movimento &eacute; muito r&aacute;pido e acaba se estendendo at&eacute; 100 metros para dentro do mar.&nbsp;

Identificar essas &aacute;reas requer treinamento. Na praia, surfistas experientes e guarda-vidas conseguem visualiz&aacute;-las com mais facilidade. Para os banhistas em geral, &eacute; bom ficar de olho justamente nas regi&otilde;es onde n&atilde;o h&aacute; ondas quebrando e, consequentemente,&nbsp;menos espuma. Isso pode indicar uma &aacute;rea com corrente de retorno, pois como elas formam valas na areia, as ondas n&atilde;o chegam a quebrar, em fun&ccedil;&atilde;o da maior profundidade.&nbsp;

<a href="https://ibb.co/bFNKhdg" target="_blank"><img alt="Corrente-retorno" src="https://i.ibb.co/VxMqyBW/Corrente-retorno.jpg" style="border-width: 0px; border-style: solid; width: 500px; height: 500px;" /></a>

O Aratu On conversou com o coordenador da Salvamar, Helenilton Gon&ccedil;alves, sobre os perigos do banho de mar nesta &eacute;poca do ano. Segundo ele, h&aacute; uma grande incid&ecirc;ncia de corrente de retorno em Piat&atilde; e, por isso, as pessoas devem respeitar as sinaliza&ccedil;&otilde;es na praia, como as bandeiras que apontam &aacute;reas mais perigosas.

&quot;A gente pede que sempre que chegar &agrave; praia, procure um profissional especializado, um salva-vidas, e veja se pode tomar um banho seguro&quot;, diz. Em seguida, ele d&aacute; dicas de como se livrar da corrente de retorno. &quot;A corrente de retorno, a recomenda&ccedil;&atilde;o principal &eacute; nunca nadar contra ela. Procure se deslocar em sentido lateral&quot;.&nbsp;

O Salvamar conta com cerca de 240 profissionais, que trabalham desde a praia do Jardim de Alah at&eacute; Ipitanga. Eles atuam na preven&ccedil;&atilde;o de acidentes e prestam socorro em casos de afogamento. Quem&nbsp;tamb&eacute;m atua no combate &agrave; tais incidentes &eacute; o 13&ordm; Grupamento de Bombeiros Militares. O Cabo&nbsp;Vandic Maltez&nbsp;tamb&eacute;m&nbsp;conversou com o Aratu On.

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Corpo de Bombeiros alerta para o risco de afogamentos nas praias de Salvador. <a href="https://t.co/zxLT2sJLPj">pic.twitter.com/zxLT2sJLPj</a>
&mdash; Aratu On (de 🏠) (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1420723438788956160?ref_src=twsrc%5Etfw">July 29, 2021</a></blockquote>
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&nbsp;

LANCHAS

Quem, tamb&eacute;m, precisa ficar sempre em alerta por conta das condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas&nbsp;s&atilde;o as empresas de Chrarter - aluguel de lanchas e veleiros, por exemplo -. Febre entre muitas pessoas que desembolsam dinheiro para curtir (e, muitas vezes, filmar) um passeio na Ba&iacute;a de Todos os Santos, os grupos precisam de responsabilidade.&nbsp;

A s&oacute;cia propret&aacute;ria da <a href="https://www.instagram.com/lanchasalvador/" target="_blank">@lanchasalvador</a>, uma das empresas mais renomados deste servi&ccedil;o na capital baiana, Chris Medeiros, ressaltou&nbsp;a import&acirc;ncia de observar diariamente o clima.&nbsp;

&quot;Antes de mais nada, &eacute;&nbsp;uma tristeza imensa a perda dos tr&ecirc;s jovens. Nossos sentimentos &agrave;s fam&iacute;lias. No nosso caso, as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas que habilitam os passeios &eacute; uma atividade di&aacute;ria que empresas de Charter, Ferry Boat, Traslados e afins precisam colocar na sua rotina. Geralmente coordenada pelos boletins de navega&ccedil;&atilde;o emitidos pelos &oacute;rg&atilde;os&nbsp;oficiais, e em conjunto aos marinheiros e suas marinas.&nbsp;Tudo isso, logo nas primeiras horas da manh&atilde;&quot;.

Ainda segundo Chris, n&atilde;o sendo poss&iacute;vel a navega&ccedil;&atilde;o, o passeio &eacute; cancelado. &quot;Reembolsamos o valor integral no ato, ou remarcamos em datas futuras de acordo com a programa&ccedil;&atilde;o dos nossos clientes e nosso calend&aacute;rio.&nbsp;Respeitar as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas &eacute; parte fundamental do neg&oacute;cio, ainda que haja reclama&ccedil;&otilde;es e perda de receita da nossa parte&quot;, ressalta.&nbsp;

J&aacute; Felipe Vivas, &agrave; frente do <a href="https://www.instagram.com/barcofascinacao/" target="_blank">@barcofascinacao</a>, salienta que h&aacute;, basicamente, dois cen&aacute;rios. &quot;N&atilde;o podemos comparar muito o cen&aacute;rio onde os jovens, lamentavelmente, morreram com os tradicionais locais de passeios de barco. Por qu&ecirc;? Pois,&nbsp;a maioria dos passeios s&atilde;o na parte de dentro da Ba&iacute;a de Todos os Santos, logo estamos abrigados. &Eacute; muito mais f&aacute;cil de ser navegar&quot;, explica.&nbsp;

Vivas, no entanto, esclarece que em caso at&iacute;picos, a seguran&ccedil;a sempre &eacute; levada &quot;em primeiro lugar&quot;. &nbsp;Estamos sempre atento &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas. Quando tem situa&ccedil;&atilde;o de tempo ruim, a tend&ecirc;ncia &eacute; reagendamento. Ainda assim, se a Capitania emitir sinais de n&atilde;o navega&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o operamos at&eacute; que o sinal vermelho seja retirado. A pr&oacute;rpria Marinha tem um aplicativo que nos alertam&quot;, conta.&nbsp;

Em nota, a Marinha do Brasil por meio da Capitania dos Portos da Bahia reverbera o discurso. &quot;Em situa&ccedil;&otilde;es de mau tempo, a CPBA recomenda que os praticantes de esportes n&aacute;uticos em geral, embarca&ccedil;&otilde;es de esporte e recreio e de pesca avaliem a necessidade de se fazer ao mar. Recomenda ainda que, as ag&ecirc;ncias e condutores de embarca&ccedil;&otilde;es de transporte mar&iacute;timo de pessoal avaliem criteriosamente a conveni&ecirc;ncia de interrup&ccedil;&atilde;o do servi&ccedil;o; e que sejam redobrados cuidados no fundeio e na amarra&ccedil;&atilde;o das embarca&ccedil;&otilde;es, a fim de evitar que estas se soltem&quot;.&nbsp;

Por fim, faz o alerta aos banhistas em geral. &quot;Com a chegada do inverno no hemisf&eacute;rio sul, as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas tornam-se frequentes. Portanto, os avisos de mau tempo passar&atilde;o a ser rotineiros, aumentando a necessidade de observ&aacute;-los.

RELEMBRE OS CASOS DE RECENTES DE&nbsp;AFOGAMENTOS EM SALVADOR

Henri Erique Bacelar, de 16 anos, desapareceu ap&oacute;s entrar no mar da praia de Piat&atilde;, em Salvador, no &uacute;ltimo domingo (25/7). De acordo com familiares, ele estava acompanhado de outros dois primos, com idades que variam entre 16 e 18 anos.

<a href="https://aratuon.com.br/noticia/cidade/adolescente-de-16-anos-desaparece-apos-entrar-no-mar-no-bairro-de-piata-em-salvador-bombeiros-fazem-buscas" target="_blank">Os tr&ecirc;s entraram na &aacute;gua para um mergulho e foram arrastados por uma corrente de retorno</a>, segundo um salva-vidas que estava no local. Dois garotos foram resgatados, por&eacute;m, Henri desapareceu no mar. <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/corpo-de-adolescente-que-desapareceu-pos-entrar-no-mar-no-bairro-de-piata-e-achado-na-areia-da-praia" target="_blank">O corpo dele foi encontrado na noite da &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (27/7), em Piat&atilde;.&nbsp;</a>

No mesmo domingo (25/7), Sidnei Santana Mota Junior, de 19 anos, tamb&eacute;m foi v&iacute;tima de afogamento na rua K, em Itapu&atilde;.&nbsp;

J&aacute; no dia 16, Edmundo de Oliveira Neto, desapareceu enquanto aprendia a surfar na praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador. Banhistas <a href="https://aratuon.com.br/noticia/cidade/irmao-reconhece-e-corpo-de-surfista-desaparecido-e-localizado-na-praia-do-flamengo-vitima-praticava-esporte-ha-pouco-tempo" target="_blank">encontraram o corpo do jovem na Praia do Flamengo, uma semana depois.&nbsp;</a>

DICAS

<ul>
	<li style="text-align: justify;">Na d&uacute;vida, pergunte aos guarda-vidas onde h&aacute; corrente de retorno.</li>
	<li style="text-align: justify;">Ao cair em uma corrente de retorno, tente manter a calma e nadar em paralelo &agrave; praia, nunca contra ela.&nbsp;</li>
	<li style="text-align: justify;">Respeite as sinaliza&ccedil;&otilde;es das condi&ccedil;&otilde;es do mar, evitando o banho com bandeira vermelha.&nbsp;</li>
	<li style="text-align: justify;">Fique pr&oacute;ximo das guaritas dos guarda-vidas.&nbsp;</li>
	<li style="text-align: justify;">Respeite os apitos e as orienta&ccedil;&otilde;es dos guarda-vidas.</li>
	<li style="text-align: justify;">Tome banho com &aacute;gua no m&aacute;ximo na altura da cintura.</li>
	<li style="text-align: justify;">Crian&ccedil;as na &aacute;gua devem ter supervis&atilde;o constante de um adulto.</li>
	<li style="text-align: justify;">N&atilde;o use boias ou flutuadores no mar.</li>
	<li style="text-align: justify;">Evite a combina&ccedil;&atilde;o &aacute;lcool e mar.</li>
	<li style="text-align: justify;">Nunca tente salvar algu&eacute;m. Na maioria das vezes, voc&ecirc; pode se tornar uma v&iacute;tima tamb&eacute;m.</li>
	<li style="text-align: justify;">Aja com precau&ccedil;&atilde;o. Se mesmo assim algu&eacute;m pr&oacute;ximo se afogar, o melhor a fazer &eacute; buscar socorro junto aos guarda-vidas.</li>
</ul>

SERVI&Ccedil;O

O Centro de Hidrografia da Marinha&nbsp;mant&eacute;m todos os avisos de mau tempo em vigor no endere&ccedil;o eletr&ocirc;nico<a href="http://https://www.marinha.mil.br/chm/dados-do-smm-avisos-de-mau-tempo/avisos-de-mau-tempo" target="_blank"> https://www.marinha.mil.br/chm/dados-do-smm-avisos-de-mau-tempo/avisos-de-mau-tempo</a>

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