<p dir="ltr" style="text-align: justify;">&Eacute; quase imposs&iacute;vel falar de cultura baiana sem ao menos citar a gastronomia da terra de todos os santos. Do milho como queridinho nas festas juninas &agrave;s oferendas aos orix&aacute;s, a comida &eacute; um elemento central que une religiosidade e celebra&ccedil;&atilde;o em diversos eventos ao longo do ano. Mais que sabores, os pratos carregam hist&oacute;rias e tradi&ccedil;&otilde;es.</p>
<h2 dir="ltr" style="text-align: justify;">A comida como oferenda</h2>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">No 2 de fevereiro, Dia de Iemanj&aacute;, a culin&aacute;ria tem papel mais que simb&oacute;lico. As oferendas &agrave; Rainha do Mar incluem pratos como o acaraj&eacute; e o abar&aacute;, mas a divindade tamb&eacute;m aprecia pratos &agrave; base de arroz e de milho, como o arroz doce e a canjica cozida no leite de coco. Outras op&ccedil;&otilde;es populares s&atilde;o a cocada mole e o manjar de coco com calda de ameixa ou de p&ecirc;ssegos, al&eacute;m de, claro, frutas e flores que tamb&eacute;m comp&otilde;em as cestas levadas ao mar, em um gesto de f&eacute; e gratid&atilde;o.</p>
<h2 dir="ltr" style="text-align: justify;">Comidas juninas</h2>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">Em junho, m&ecirc;s que contempla festas de Santo Ant&ocirc;nio, S&atilde;o Jo&atilde;o e S&atilde;o Pedro, a Bahia &eacute; transformada em um caldeir&atilde;o de sabores t&iacute;picos, da capital ao interior do estado. Mas o milho, sem d&uacute;vidas, &eacute; o rei das comemora&ccedil;&otilde;es, apresentando-se em diversas formas: o tradicional bolo, assado, cozido, canjica,&nbsp; mungunz&aacute;, entre outros. Esses &uacute;ltimos dois pratos, inclusive, costumam liderar debates sobre &ldquo;qual o nome correto&rdquo;, pois, em outros lugares do Brasil, a canjica &eacute; chamada de &ldquo;curau&rdquo; e o mungunz&aacute; &eacute; conhecido como canjica.</p>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">Voc&ecirc; pode conferir, abaixo, as <a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/comidas-do-sao-joao-aprenda-receitas-de-canjica-e-mungunza" target="_blank" rel="noopener">receitas da canjica e do mungunz&aacute;</a>:</p>
<h3 style="text-align: justify;">Mungunz&aacute;</h3>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/05b48539-c6e8-4b7e-8a53-b3b0f2e7daea.jpg?width=360&amp;height=240" alt="Mungunz&aacute; | Arquivo"></p>
<p style="text-align: justify;">Ingredientes:</p>
<ul style="text-align: justify;">
<li>1/2 pacote de milho para canjica</li>
<li>2 litros de &aacute;gua</li>
<li>1 litro de leite</li>
<li>1 lata de leite condensado</li>
<li>Peda&ccedil;os de canela em pau</li>
<li>Cravos-da-&iacute;ndia a gosto</li>
<li>(Opcional) Coco em peda&ccedil;os para servir</li>
</ul>
<p style="text-align: justify;">Modo de preparo:</p>
<ul style="text-align: justify;">
<li>Deixe o milho de molho por cerca de 2 horas.</li>
<li>Leve o milho &agrave; panela de press&atilde;o com os 2 litros de &aacute;gua e cozinhe por aproximadamente 1 hora.</li>
<li>Verifique se os gr&atilde;os est&atilde;o macios. Se necess&aacute;rio, cozinhe por mais alguns minutos.</li>
<li>Adicione o leite, o leite condensado, a canela em pau e os cravos.</li>
<li>Cozinhe por mais 10 minutos em fogo m&eacute;dio, mexendo de vez em quando.</li>
<li>Adicione pedacinhos de coco, se desejar.</li>
</ul>
<p style="text-align: justify;">Tempo m&eacute;dio de preparo: cerca de 1 hora e 15 minutos<br>Rendimento: 6 a 8 por&ccedil;&otilde;es</p>
<h3 style="text-align: justify;">Canjica</h3>
<p style="text-align: justify;"><img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/f8057940-bd7b-40dc-bdf7-d92c1c2d4d2e.jpg?width=360&amp;height=240" alt="Canjica | Arquivo"></p>
<p style="text-align: justify;">Ingredientes:</p>
<ul style="text-align: justify;">
<li>10 espigas de milho verde</li>
<li>&nbsp;litro de leite de coco</li>
<li>2 x&iacute;caras (rasas) de a&ccedil;&uacute;car</li>
<li>1 colher (ch&aacute;) de sal</li>
<li>2 colheres (sopa) de manteiga</li>
<li>Canela em p&oacute; para finalizar</li>
</ul>
<p style="text-align: justify;">Modo de preparo:</p>
<ul style="text-align: justify;">
<li>Lave bem as espigas e retire os gr&atilde;os do sabugo com uma faca afiada.</li>
<li>Bata os gr&atilde;os no liquidificador com metade do leite de coco at&eacute; formar um creme.</li>
<li>Coe a mistura com uma peneira, descartando o baga&ccedil;o e mantendo o caldo.</li>
<li>Leve ao fogo o caldo peneirado com o sal e mexa sempre.</li>
<li>Acrescente o restante do leite de coco aos poucos, at&eacute; a mistura engrossar.</li>
<li>Quando a massa estiver espessa e cair lentamente da colher, adicione o a&ccedil;&uacute;car.</li>
<li>Continue mexendo vigorosamente at&eacute; incorporar bem.</li>
<li>Adicione a manteiga e cozinhe por cerca de 30 minutos.</li>
<li>Ajuste o a&ccedil;&uacute;car e o sal conforme o gosto.</li>
<li>Sirva em travessas (as de cer&acirc;mica ficam um charme) e finalize com canela em p&oacute;.</li>
</ul>
<p style="text-align: justify;">Tempo m&eacute;dio de preparo: 1 hora</p>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">Quem tamb&eacute;m tem vez nas festas juninas s&atilde;o o quent&atilde;o (bebida que leva cacha&ccedil;a, cascas de frutas e especiarias como cravo e canela) e o amendoim. Bolos, ent&atilde;o, marcam presen&ccedil;a nos mais variados sabores, com destaque para os de aipim e tapioca.</p>
<h2 dir="ltr" style="text-align: justify;">Caruru de S&atilde;o Cosme e S&atilde;o Dami&atilde;o</h2>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">Quando chega setembro, o baiano j&aacute; anuncia que est&aacute; aberta a temporada de aceitar convites para carurus. &Eacute; que no dia 27 do m&ecirc;s o prato &eacute; o carro-chefe do Dia de S&atilde;o Cosme e S&atilde;o Dami&atilde;o, conhecidos como &ldquo;santos g&ecirc;meos&rdquo;, no catolicismo, ou ibejis, no candombl&eacute;.</p>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">A tradi&ccedil;&atilde;o popular, inclusive, diz que a iguaria deve ser servida primeiro a sete crian&ccedil;as. Por isso, a pr&aacute;tica &eacute; conhecida como <a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/caruru-de-sao-cosme-e-damiao-entenda-a-tradicao-religiosa-que-movimenta-a-bahia" target="_blank" rel="noopener">&ldquo;caruru de sete meninos&rdquo;</a>. E quem encontrar um quiabo inteiro no prato deve oferecer um caruru completo no ano seguinte, com direito a vatap&aacute;, xinxim, feij&atilde;o fradinho, acaraj&eacute;, entre outros acompanhamentos.</p>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">Cabe ressaltar que em setembro de 2024 o caruru de S&atilde;o Cosme e S&atilde;o Dami&atilde;o <a href="https://aratuon.com.br/entretenimento/caruru-de-sao-cosme-e-damiao-se-torna-patrimonio-imaterial-da-bahia" target="_blank" rel="noopener">se tornou patrim&ocirc;nio imaterial da Bahia</a>. O t&iacute;tulo ao prato feito com quiabo, camar&atilde;o seco e azeite de dend&ecirc; foi aprovado por unanimidade pelo pleno do Conselho Estadual de Cultura (CEC).&nbsp;</p>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">&Agrave; &eacute;poca, a relatora do processo e vice-presidente da C&acirc;mara de Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico, Art&iacute;stico, Arqueol&oacute;gico e Natural (CPHAAN), conselheira Evanice Lopes, argumentou: &ldquo;N&atilde;o nos deixa d&uacute;vidas de que a Festa do Caruru de S&atilde;o Cosme e S&atilde;o Dami&atilde;o &eacute; uma das principais e mais antiga manifesta&ccedil;&atilde;o religiosa popular baiana, reunindo caracter&iacute;sticas pr&oacute;prias na jun&ccedil;&atilde;o de s&iacute;mbolos m&iacute;sticos e elementos plurais do sincretismo religioso baiano como estrat&eacute;gia de festejar, celebrar e agradecer&rdquo;.</p>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;"><img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/e96e4d89-032b-4275-9da4-e8121336bebb.jpg?width=1024&amp;height=678" alt="Caruru de S&atilde;o Cosme e S&atilde;o Dami&atilde;o &eacute; patrim&ocirc;nio imaterial da Bahia | Jonas Santana/Divulga&ccedil;&atilde;o"></p>
<h2 dir="ltr" style="text-align: justify;">O que se come no Dia de Santa B&aacute;rbara</h2>
<p dir="ltr" style="text-align: justify;">A cada 4 de dezembro, <a href="https://aratuon.com.br/religiao/santa-barbara-no-candomble-o-sincretismo-entre-a-santa-catolica-e-iansa" target="_blank" rel="noopener">Dia de Ians&atilde;/Oy&aacute; (candombl&eacute;) ou Santa B&aacute;rbara (catolicismo)</a>, o caruru se destaca mais uma vez. Mas cabe um adendo: a yab&aacute; &eacute; tamb&eacute;m reverenciada com acar&aacute;, bolinho frito de feij&atilde;o fradinho, de origem africana, que deu origem ao <a href="https://aratuon.com.br/gastronomia/acaraje-historia-preparo-e-onde-comer-o-bolinho-mais-famoso-da-bahia" target="_blank" rel="noopener">acaraj&eacute; nos moldes que conhecemos hoje</a>.</p>
<h2 dir="ltr" style="text-align: justify;">Doces t&iacute;picos da gastronomia baiana</h2>
<p>Entre os <a href="https://aratuon.com.br/gastronomia/doces-tipicos-da-bahia-cocada-bala-de-coco-manjar-e-mais-confira" target="_blank" rel="noopener">doces t&iacute;picos da Bahia</a>, alguns se tornaram praticamente s&iacute;mbolos afetivos, a exemplo da cocada, bolinho de estudante, bala de coco (bala baiana ou, ainda, "bala de vidro"), al&eacute;m de sobremesas como o manjar dos deuses. Em comum, todos eles t&ecirc;m hist&oacute;ria e mem&oacute;ria popular.</p>
<p><img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/4fa3b565-0f07-48f6-a5c5-9427c27905a4.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="A cocada &eacute; um doce indispens&aacute;vel nos tabuleiros das baianas ou em restaurantes de culin&aacute;ria tradicional da terra | Imagem: reprodu&ccedil;&atilde;o/Boipebatur"></p>

<p style="text-align: justify;">Vencedor em duas categorias do prêmio 'Seminário Empretec', o empresário baiano David Torres comemorou seu aniversário de 28 anos com uma festa no valor de 120 mil reais, na Barra, em Salvador. O evento, no último sábado (24/2), foi reservado para 60 convidados, entre familiares, amigos e outros empresários do ramo da engenharia civil e bussines.</p>
<p style="text-align: justify;">"Foi uma emoção grande poder compartilhar esse momento muito especial com grandes amigos", afirmou David, que vem ganhando espaço no cenário do empreendedorismo gastronômico baiano. A festa, realizada no Pier 345, na Barra, reuniu empresários de São Paulo, Fortaleza, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Manaus.</p>
<p style="text-align: justify;">Produzida por Felipe Silva e Carla Amorim, a festa de aniversário também contou com atração dos DJ's Navi, Victor Alc e Carina.</p>


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