O Espaço Fliquinha, dedicado à literatura infanto-juvenil, preparou uma programação especial e gratuita de atividades para encantar a criançada na Festa Literária Internacional de Cachoeira, a Flica 2023, maior evento de literatura do Norte e Nordeste. A iniciativa será aberta para crianças de todas as idades.
Durante o evento, que acontece de 26 a 29 de outubro, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, o espaço Fliquinha contará com peças teatrais, contações de histórias, lançamento de livros e bate-papos com autores de livros para as crianças. Localizado do auditório da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), a Fliquinha promete promover um encontro da fantasia com a leitura na FLICA.
No dia 26 de outubro, as boas-vindas serão iniciadas com apresentação do grupo de dança Raízes do Ébano. O grupo foi fundado pela mestra Romélia Lima, que é educadora da cultura afro-brasileira, professora de ensino fundamental e atua firmando parcerias com instituições de Cachoeira para realizar apresentações culturais a fim de valorizar a cultura negra.
A programação conta também com os shows de magias como, “A conexão mágica da literatura”, apresentado por Igor Millord; “Juninho conta Histórias” e o espetáculo “Fragmentos de um pequeno príncipe”, da Avatar Cia de Teatro; ambos interpretados pelo ator Sérgio Mício - que atua há mais 20 anos como professor, diretor de teatro e contador de histórias.
Na sexta-feira (27/10), acontece o espetáculo “Três Monólogos e Solitudes”, dirigido pela artista Luciana Souza. A peça recria cenas que abordam de forma humorada discussões ocorridas no ambiente escolar sobre relações raciais, religiosidade, inclusão social, diversidade e direitos humanos.
As crianças e jovens presentes no Espaço Fliquinha também terão a oportunidade de assistir ao espetáculo Yalodê, uma sessão de histórias e cantigas que traz mitos e contos populares de tradições africanas, afro-brasileiras indígenas e ibéricas com muita música e ancestralidade.
Serão apresentados também, os espetáculos “A Casa Encantada” dirigido por Cássia Vale e o Sarau Literário liderado pelo Coletivo Liga do Dendê: Circuito de Literatura Preta Infanto juvenil Baiana.
A curadora infantil Duca Clara Amorim ressalta a importância de trazer novos talentos para a Flica. "Para mim, é de extrema importância fazer parte de um evento que foca na popularização da literatura, sobretudo, para as classes com maior dificuldade de acesso", finaliza Duca.
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A 11º edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) já está com data marcada para acontecer: 26 a 29 de outubro. Com o tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”, esta edição promove uma conexão entre a literatura e os diversos conhecimentos e saberes dos povos originários e negros, inclusive, a partir das falas de alguns expoentes internacionais.
A Tenda Paraguaçu, espaço montado nas margens do Rio Paraguaçu, onde acontecem as principais mesas, trará mulheres indígenas que estão fazendo História: Auritha Tabajara, a primeira indígena a publicar livros em cordel no Brasil e Yacunã Tuxá, ativista indígena, LGBTQIAPN+, artista visual, ilustradora e escritora. Nesta mesma linha, a mesa também apresenta a professora Eliane Potiguara, a primeira mulher indígena a receber o título de Doutora Honoris Causa no país, além de escritora, ativista, empreendedora e fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas e Célia Tupinambá, liderança indígena, artista, professora, realizadora do documentário “Voz das mulheres indígenas” e a primeira, em 400 anos, a fazer o Manto Tupinambá.
Entre os nomes internacionais, está a escritora, atriz, contadora de histórias e assistente social cubana, Teresa Cárdenas, autora das obras “Cartas para minha mãe”, “Cachorro Velho” e “Mãe Sereia”; a escritora de linhagem iorubá, da Nigéria, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, autora das obras “A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero”, “Espistemologias de gênero em África” e “What Gender is Motherhood? Changing Yorùbá Ideals of Power, Procreation, and Identity in the Age of Modernity” (Qual é o gênero da maternidade? A mudança dos ideais iorubás de poder, procriação e identidade na era da modernidade, ainda sem publicação no Brasil).
Entre as confirmadas, também está a estadunidense Elisa Larkin Nascimento, mestre em Direito e em Ciências Sociais e doutora em Psicologia. Elisa ficou conhecida no Brasil por ter fundado o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), ao lado do professor Abdias Nascimento, e por ser autora dos livros “O Sortilégio da Cor”, “Abdias Nascimento, A Luta na Política” e “Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos”.
As participantes se juntam a nomes como Tiganá Santana, Eliana Alves Cruz, Marilene Felinto, Cleidiana Ramos, Luciany Aparecida, Adriele do Carmo, Luciany Aparecida, Adriele do Carmo, Nego Bispo, Deisiane Barbosa, Deko Lipe, Ricardo Ishmael, Cássia Vale, Eliana Alves Cruz, Nadja Bittencourt, Marcelo Souza e Guto Araújo.
Nesta edição, além do tradicional espaço na cidade de Cachoeira, os moradores de São Félix também poderão conferir a programação da Festa Literária.
SERVIÇO:
Flica 2023
Onde: Cachoeira - Recôncavo Baiano
Quando: 26 a 29 de outubro
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