Na v&eacute;spera de um novo reajuste do pre&ccedil;o dos combust&iacute;veis, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), garantiu, neste domingo (24/10), que o governo federal n&atilde;o vai interferir na execu&ccedil;&atilde;o da atual pol&iacute;tica de pre&ccedil;os da Petrobras e de nenhum outro setor. Ele tamb&eacute;m alertou para um novo reajuste j&aacute; nessa segunda-feira (25/10)

&quot;Infelizmente, pelo pre&ccedil;o do petr&oacute;leo l&aacute; fora e o comportamento do d&oacute;lar aqui dentro, teremos um novo reajuste do pre&ccedil;o dos combust&iacute;veis a partir de amanh&atilde; [25/10]. Prevendo isto, n&oacute;s discutimos bastante um aux&iacute;lio aos caminhoneiros. Sabemos que &eacute; pouco, R$ 400 mensais, mas estamos fazendo isto no limite da responsabilidade fiscal&quot;, comentou, a respeito da proposta federal de conceder uma ajuda financeira tempor&aacute;ria a cerca de 750 mil caminhoneiros de todo o pa&iacute;s, em fun&ccedil;&atilde;o da alta do pre&ccedil;o do diesel.

Bolsonaro, no entanto, confirmou que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o futuro da empresa energ&eacute;tica, n&atilde;o descartando, inclusive, a op&ccedil;&atilde;o de privatiza&ccedil;&atilde;o &ndash; embora diga que a hip&oacute;tese &eacute; &ldquo;complicada.&rdquo;

&ldquo;Alguns querem que a gente interfira no pre&ccedil;o, mas n&atilde;o vamos interferir no pre&ccedil;o de nada. Isto j&aacute; foi feito no passado e n&atilde;o deu certo&rdquo;, disse o gestor. Ele tamb&eacute;m admitiu que n&atilde;o tem poderes para influenciar na defini&ccedil;&atilde;o de neg&oacute;cios e de pre&ccedil;os da companhia.

PETROBR&Aacute;S

Criada em 1953, como empresa estatal respons&aacute;vel por garantir o monop&oacute;lio da produ&ccedil;&atilde;o petrol&iacute;fera nacional, a Petrobras se tornou uma sociedade de economia mista em 1997. Desde ent&atilde;o, embora o Estado continue sendo o principal acionista, ela deve seguir regras de mercado, assegurando os interesses dos demais acionistas.

&ldquo;N&atilde;o tenho poderes para interferir na Petrobras. Tenho conversado com o Paulo Guedes sobre o que propormos fazer com ela para o futuro. &Eacute; um monop&oacute;lio, a legisla&ccedil;&atilde;o a deixa praticamente independente. Eu indico o presidente [da empresa], e nada mais que isto&rdquo;, comentou Bolsonaro, que, esta manh&atilde;, visitou o Parque de Exposi&ccedil;&otilde;es da Granja do Torto, em Bras&iacute;lia, na companhia do ministro da Economia, Paulo Guedes.&nbsp;

&quot;E privatiz&aacute;-la n&atilde;o &eacute; colocar na prateleira e tudo bem. &Eacute; complicada a situa&ccedil;&atilde;o. Eu teria privatizado muito mais coisas se n&atilde;o tivesse essa burocracia toda&quot;, acrescentou.&nbsp;

IMPOSTOS

Bolsonaro tamb&eacute;m voltou a criticar a f&oacute;rmula usada para calcular o valor do Imposto Sobre Circula&ccedil;&atilde;o de Mercadorias e Servi&ccedil;os (ICMS) cobrado pelos estados, colocando nos governadores a culpa do aumento na gasolina. &ldquo;Estamos buscando uma forma de minorar este problema. Tanto que, h&aacute; tr&ecirc;s meses, entrei com um processo no Supremo [Tribunal Federal], que ainda n&atilde;o se manifestou. N&atilde;o &eacute; justo o ICMS incidir em cima dos pr&oacute;prios impostos federais, da margem de lucro, bem como no frete [&hellip;] &Eacute; uma forma de calcular que n&atilde;o &eacute; equivocada, &eacute; injusta&rdquo;, disse Bolsonaro.

&ldquo;Toda vez que h&aacute; algum reajuste no pre&ccedil;o dos combust&iacute;veis &eacute; muito grande, os governadores ganham ainda mais [com o imposto]. Lamento a demora do STF em decidir esta quest&atilde;o&rdquo;, concluiu o presidente.

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