O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou, nesta terça-feira (10/9), a condenação do ex-BBB Felipe Prior por estupro em segunda instância. A decisão foi unânime.
O crime, conforme denúncia do Ministério Público, ocorreu em agosto de 2014. A condenação inicial, proferida em julho de 2023, determinou uma pena de seis anos de prisão em regime semiaberto.
Ao julgar o recurso da defesa, os desembargadores, além de manterem a condenação de Prior, aumentaram a pena em dois anos, resultando em um total de oito anos de prisão. O regime semiaberto foi preservado como medida inicial de cumprimento da pena.
O julgamento foi conduzido pelos desembargadores Luiz Tolosa Neto, relator do caso; Ruy Alberto Leme Cavalheiro, revisor; e Márcia Lourenço Monassi.
O TJ-SP informou que Felipe Prior ainda responde a mais três processos por estupro na Justiça de São Paulo.
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O ex-BBB Felipe Prior, de 31 anos, foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro. A decisão é da juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, e se refere a uma denúncia feita em 2020, ano em que o acusado participou do reality show. Como a condenação é em primeira instância, o réu ainda pode recorrer, e em liberdade. O caso segue em sigilo de justiça. A condenação aconteceu no último sábado (8/7).
Na acusação, a vítima, identificada como Themis, afirmou que foi estuprada por Prior em 2014, em uma festa de universitária. Segundo apuração do Universa, portal ligado ao Uol, a decisão da juíza relata que o influenciador digital agrediu a mulher, usou de força física para praticar a violência sexual e imobilizou a vítima, "segurando-a pelos braços e pela cintura, além de puxar-lhe os cabelos, ocasião em que Themis pediu para ele parar, dizendo que 'não queria manter relações sexuais'".
O advogado de Prior, Rafael Pugliese Ribeiro, ainda não se manifestou sobre a condenação.
Ainda na decisão, a juíza afirma que não dá dúvidas de que o crime de estupro ocorreu, e ainda cita o prontuário médico da vítima, que atesta laceração na região genital. No documento também consta capturas de tela de conversas entre Themis e o agressor, além de depoimentos dos envolvidos no caso.
Ao Universa, uma das advogadas de Themis, Maira Pinheiro, disse que recebeu a sentença com alívio após mais de três anos de luta. "Nossa cliente foi achacada, nós, advogadas, fomos muito atacadas durante esse processo, e essa condenação vem como reconhecimento de que tínhamos razão desde o início", afirmou.
E não para por aí: a advogada ressaltou que ainda vai recorrer da decisão judicial, por acreditar que a pena imposta ao acusado foi baixa "dada a brutalidade do crime". "Esperamos que, nas instâncias superiores, a pena seja aumentada, e o regime seja o fechado", disse Maira. Além dela, também participam da defesa a advogada Juliana Valente, com o apoio dos advogados Maurício Dieter, Caio Patricio de Almeida, João Bechara Calmon e Guilherme Perissé.
"Esperamos que essa condenação sirva como lição e alerta para as pessoas que seguem cultuando esse sujeito como uma celebridade a se questionem se querem se associar a um estuprador condenado", concluiu Maira.

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