Um funcion&aacute;rio que est&aacute; participando do sistema de seguran&ccedil;a dos jogos da Copa do Mundo no Catar&nbsp;afirmou, nesta ter&ccedil;a-feira (29/11), que as fam&iacute;lias de alguns jogadores da sele&ccedil;&atilde;o iraniana sofreram amea&ccedil;as de pris&atilde;o e tortura, caso os atletas voltem a n&atilde;o ter o comportamento exigido pelo pa&iacute;s&nbsp;antes do jogo contra os Estados Unidos.&nbsp;

Na ocasi&atilde;o, os jogadores iranianos se recusaram a cantar o hino nacional no in&iacute;cio do jogo de abertura contra a Inglaterra, no dia 21 de novembro. &Agrave; emissora americana CNN, o funcion&aacute;rio disse, de forma an&ocirc;nima, que os jogadores precisaram ser convocados para uma reuni&atilde;o, que contou coma a participa&ccedil;&atilde;o do Corpo da Guarda Revolucion&aacute;ria Iraniana (CGRI). Na reuni&atilde;o, eles foram informados que suas fam&iacute;lias iriam enfrentar &quot;viol&ecirc;ncia e tortura&quot;, caso voltassem a n&atilde;o cantar&nbsp;o hino nacional ou se se juntassem a qualquer protesto pol&iacute;tico contra o regime de Teer&atilde;.&nbsp;

De acordo com a revista Veja,&nbsp;os jogadores cantaram o hino antes do segundo jogo contra o Pa&iacute;s de Gales, na &uacute;ltima sexta-feira, quando o Ir&atilde; venceu por 2 x 0, mas se ajoelharam em protesto.&nbsp;

O funcion&aacute;rio, respons&aacute;vel por realizar o monitoramento das ag&ecirc;ncias de seguran&ccedil;a do Ir&atilde;, que operam no Catar durante a copa, informou que diversos oficiais&nbsp;do CGRI foram convocados para fiscalizar os jogadores iranianos &ndash; que n&atilde;o podem confraternizar com pessoas de fora do time, nem se encontrar com estrangeiros.&nbsp;

Houve uma reuni&atilde;o entre o t&eacute;cnico portugu&ecirc;s da sele&ccedil;&atilde;o iraniana, Carlos Queiroz&nbsp;e os oficiais&nbsp;do CGRI ap&oacute;s suas amea&ccedil;as aos jogadores iranianos e suas fam&iacute;lias. O que foi conversado, no entanto, n&atilde;o foi revelado.&nbsp;

De acordo com a emissora CNN, os jogadores receberam a promessas de &ldquo;presentes e carros&rdquo; antes do jogo contra a Inglaterra, mas o regime passou a amea&ccedil;ar suas fam&iacute;lias ap&oacute;s a recusa do time em cantar&nbsp;o hino nacional.&nbsp;

&ldquo;No &uacute;ltimo jogo contra o Pa&iacute;s de Gales, o regime enviou centenas de torcedores para criar uma falsa sensa&ccedil;&atilde;o de apoio. Para o pr&oacute;ximo jogo contra os Estados Unidos, o regime planeja aumentar significativamente&nbsp;o n&uacute;mero de atores para milhares&rdquo;, disse o funcion&aacute;rio.&nbsp;

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