A campanha de vacina&ccedil;&atilde;o contra a Covid-19 em Salvador segue com aplica&ccedil;&otilde;es em diversos postos da cidade, com funcionamento do servi&ccedil;o entre &agrave;s 8h e &agrave;s 16h. Por&eacute;m, o hor&aacute;rio n&atilde;o est&aacute; sendo respeitado, de acordo com denunciantes que procuraram o&nbsp;Aratu On.&nbsp;

Algumas&nbsp;pessoas informaram que estiveram em determinados pontos de vacina&ccedil;&atilde;o da cidade, onde o servi&ccedil;o est&aacute; sendo interrompido antes das 16h. &quot;Quem chega ap&oacute;s &agrave;s 15h30, n&atilde;o consegue ser atendido&quot;.

&ldquo;Na quarta-feira [13/7], estive no drive da Vila Militar e &agrave;s 15h30 j&aacute; tinham encerrado a fila. Me dirigi ao posto da Massaranduba e soube que antes das 15h30,&nbsp;tamb&eacute;m, tinham fechado os port&otilde;es&rdquo;, relata uma&nbsp;denunciante.

Em um v&iacute;deo feito e enviado para nossa reda&ccedil;&atilde;o, vemos um aglomerado de pessoas em frente ao Centro de Sa&uacute;de Ministro Alkimin, no bairro de Massaranduba. Segundo o autor da grava&ccedil;&atilde;o, um funcion&aacute;rio da unidade informou que os port&otilde;es s&atilde;o fechados &agrave;s 15h e a &uacute;ltima dose &eacute; aplicada &agrave;s 16h. Por conta disso, muitas pessoas que estavam na fila n&atilde;o foram atendidas, o que causou indigna&ccedil;&atilde;o &agrave; popula&ccedil;&atilde;o.

CONFIRA

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Denunciantes reclamam de encerramento antes de hor&aacute;rio previsto em postos de vacina&ccedil;&atilde;o contra Covid-19, em Salvador. Entenda: <a href="https://t.co/HHU4gI5LVN">https://t.co/HHU4gI5LVN</a> <a href="https://t.co/fgQph6b4rk">pic.twitter.com/fgQph6b4rk</a>
&mdash; Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1547662566737924096?ref_src=twsrc%5Etfw">July 14, 2022</a></blockquote>
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O Aratu On entrou em contato com a Secret&aacute;ria Municipal de Sa&uacute;de (SMS), para buscar esclarecimentos sobre os casos denunciados. Por meio de nota, a SMS reafirmou o hor&aacute;rio de vacina&ccedil;&atilde;o entre &agrave;s 8h e &agrave;s 16h e&nbsp;destacou&nbsp;que uma equipe da secretaria&nbsp;realiza um levantamento do n&uacute;mero de usu&aacute;rios que est&atilde;o na fila, tanto de pedestres como de ve&iacute;culos, para organizar a a&ccedil;&atilde;o e garantir o cumprimento do hor&aacute;rio da estrat&eacute;gia.

Sobre&nbsp; os prazos, a SMS afirmou que: &quot;Ap&oacute;s a divulga&ccedil;&atilde;o antecipada do encerramento da vacina&ccedil;&atilde;o, os usu&aacute;rios continuam sendo atendidos dentro das unidades, ultrapassando, na grande maioria das vezes, o hor&aacute;rio estabelecido. A gest&atilde;o recomenda ainda que os usu&aacute;rios consultem o fluxo de cada ponto de vacina&ccedil;&atilde;o por meio do site do Fil&ocirc;metro, evitando filas de espera e aglomera&ccedil;&atilde;o&quot;.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/coronavirus/noticia/cidade/alta-demanda-gera-confusao-em-filas-de-posto-de-vacinacao-na-estacao-piraja" target="_blank">Alta demanda gera confus&atilde;o em filas de posto de vacina&ccedil;&atilde;o na Esta&ccedil;&atilde;o Piraj&aacute;</a>

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Uma mulher deve receber o valor de 312 mil reais como indeniza&ccedil;&atilde;o por neglig&ecirc;ncia m&eacute;dica ap&oacute;s o marido morrer pela demora no atendimento. A decis&atilde;o &eacute; da 2&ordf; C&acirc;mara C&iacute;vel do Tribunal de Justi&ccedil;a que acolheu apela&ccedil;&atilde;o movida pela Defensoria P&uacute;blica do Estado da Bahia (DPE/BA) e, de forma un&acirc;nime, reformou senten&ccedil;a do ju&iacute;zo de primeira inst&acirc;ncia. As informa&ccedil;&otilde;es foram divulgadas na sexta-feira (3/5).

A morte ocorreu em mar&ccedil;o de 2009. Geraldo (nome fict&iacute;cio divulgado pela DPE), 59, caiu e machucando a cabe&ccedil;a, ficando desacordado por alguns minutos. Sua esposa, Marc&iacute;lia (tamb&eacute;m nome fict&iacute;cio), chamou a equipe do Servi&ccedil;o de Atendimento M&oacute;vel de Urg&ecirc;ncia (Samu) para prestar assist&ecirc;ncia. No processo, ela alega que houve consider&aacute;vel demora entre o recebimento da ocorr&ecirc;ncia e a partida da ambul&acirc;ncia.

Al&eacute;m disso, apesar do caso ter sido sinalizado como de risco amarelo (gravidade moderada), n&atilde;o houve o envio de um m&eacute;dico no primeiro socorro, algo considerado pelo DPE imprescind&iacute;vel para manuten&ccedil;&atilde;o da vida. Orientada por uma m&eacute;dica reguladora, uma enfermeira ministrou um medicamento anti-hipertensivo, sem considerar o trauma e rejeitando a necessidade de avalia&ccedil;&atilde;o hospitalar.

Desde a a&ccedil;&atilde;o inicial, que come&ccedil;ou a ser movida em 2012, a Defensoria usou o relat&oacute;rio da perita do Minist&eacute;rio P&uacute;blico (MP/BA) apontando que &ldquo;a desvaloriza&ccedil;&atilde;o do mecanismo de trauma e a possibilidade de les&otilde;es graves clinicamente ocultas podem resultar no pior progn&oacute;stico [resultado]&rdquo;.

No dia seguinte &agrave; queda e ao primeiro socorro, Geraldo foi levado ao Hospital Professor El&aacute;dio Lasserre, em &Aacute;guas Claras, onde deu entrada. L&aacute;, a esposa conta que ele tamb&eacute;m n&atilde;o recebeu o devido tratamento. &quot;O trauma sofrido na cabe&ccedil;a seguiu sendo menosprezado com exames e terapias preconizadas n&atilde;o sendo observadas, conforme apontou per&iacute;cia do MP/BA. Dois dias depois, Geraldo foi levado ao Hospital Geral do Estado, onde faleceu pouco ap&oacute;s sua entrada&quot;, explica o DPE.

INDENIZA&Ccedil;&Atilde;O

A defesa da vi&uacute;va alegou o artigo 57 do C&oacute;digo de &Eacute;tica M&eacute;dica, que prev&ecirc; que &eacute; vedado ao m&eacute;dico &ldquo;deixar de utilizar todos os meios dispon&iacute;veis de diagn&oacute;stico e tratamento a seu alcance em favor do paciente&rdquo;. A Defensoria P&uacute;blica sustentou que o &oacute;bito esteve necessariamente vinculado a um conjunto de descuidos e omiss&otilde;es cl&iacute;nicas praticadas por m&eacute;dicos que, atuando na rede p&uacute;blica, prestaram seu atendimento. Caber&aacute; ao munic&iacute;pio de Salvador e o Estado da Bahia, solidariamente, indenizar a assistida.

A indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais foi estipulada em 100 mil reais com acr&eacute;scimo de 1% de juros de mora ao m&ecirc;s a partir do falecimento de Geraldo, ocorrido em mar&ccedil;o de 2009, mais corre&ccedil;&atilde;o monet&aacute;ria deste a senten&ccedil;a. &ldquo;O caso se aparentava perdido e, no entanto, no segundo grau, a justi&ccedil;a veio&rdquo;, comentou o defensor p&uacute;blico Astolfo Santos Sim&otilde;es, respons&aacute;vel pela a&ccedil;&atilde;o de apela&ccedil;&atilde;o.

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