&quot;Trabalhei no metr&ocirc; e via coisas terr&iacute;veis, que n&atilde;o tenho nem como relatar. Se uma coisa tem que acontecer entre um casal, tem que ser entre quatro paredes. Por v&aacute;rias vezes, idosos e at&eacute; mesmo crian&ccedil;as vinham nos procurar para falar que tinham essas quest&otilde;es no banheiro. Eram diversas vezes ao dia&quot;.

O relato estarrecedor foi dado por um ex-seguran&ccedil;a da CCR, companhia que administra o metr&ocirc; de Salvador, durante o programa da TV Aratu, Cidade Aratu, desta quinta-feira (30/6). O agente, que trabalhou por tr&ecirc;s anos nas esta&ccedil;&otilde;es, revelou ter flagrado um idoso praticando ato libidinoso com um menor de idade.&nbsp;

&quot;N&oacute;s temos uma carteirinha para crian&ccedil;as, idosos e gratuidade. Eu estava na catraca. De repente, fui abordado por um senhor que estava com um [menor]. Ele falou: &#39;seguran&ccedil;a, por favor, d&ecirc; uma olhada no banheiro que est&aacute; demais&#39;. A CCR nos indica a fazer abordagem sozinho. Chamei um amigo e fui de encontro. L&aacute;, uma imagem terr&iacute;vel, n&atilde;o d&aacute; para explicar: tive que pegar uma chave para abrir o banheiro de PCD pois, no banheiro, n&atilde;o poderia entrar ningu&eacute;m&quot;.&nbsp;

&quot;Quando adentramos ao banheiro, fizemos o procedimento padr&atilde;o. Como somos profissionais, &#39;cismamos&#39; e fomos atr&aacute;s dele. L&aacute;, estava mais um ato. Fizemos a condu&ccedil;&atilde;o &agrave; delegacia. Alguns deles, saem primeiro que a gente na delegacia. Parece um trabalho de &#39;formiguinha&#39;. Eles se escondem atrav&eacute;s do celular&quot;, acrescentou o ex-agente.&nbsp;

<iframe banheir="" height="409" src="https://www.youtube.com/embed/Ji6CAAn9VCQ" title="Ex-funcionário da CCR Metrô expõe situações de pedofilia em práticas de " width="727"></iframe>

A pr&aacute;tica tem ganhado for&ccedil;a nas 20 esta&ccedil;&otilde;es das Linhas 1 e 2. Mesmo proibido e criminoso, para o chamado &quot;banheir&atilde;o&quot;, n&atilde;o faltam adeptos entre os 370 mil passageiros que utilizam os trens nas linhas diariamente.&nbsp;

De acordo com o ex-funcion&aacute;rio, existe ainda uma rede de comunica&ccedil;&atilde;o em que os participantes compartilham informa&ccedil;&otilde;es sobre o hor&aacute;rio com menor movimento nas esta&ccedil;&otilde;es e a quantidade de seguran&ccedil;as em cada uma delas.

&quot;Existem grupos de WhatsApp deles, onde colocam pessoas nas esta&ccedil;&otilde;es para saber os hor&aacute;rios de desembarques dos trens. Eles marcam com as pessoas para os banheiros de menos fluxo e seguran&ccedil;a&quot;.

<iframe banheir="" height="409" src="https://www.youtube.com/embed/q0bufUOFPDQ" title="Ex-funcionário da CCR Metrô fala com exclusividade sobre constantes práticas de " width="727"></iframe>

O rapaz ainda ressaltou que a pr&aacute;tica n&atilde;o &eacute; nova, <a href="https://aratuon.com.br/variedades/noticia/cidade/banheirao-sexo-em-estacoes-do-metro-de-salvador-revolta-usuario-preservativos-foram-encontrados-no-local" target="_blank">como j&aacute; havia sido denunciada pelo Grupo Aratu h&aacute; alguns meses</a>. &quot;Esses atos aconteciam antes de eu trabalhar l&aacute;. A empresa sempre disse para n&atilde;o agredir [os suspeitos] e fazer a&ccedil;&atilde;o de presen&ccedil;a. As mesmas pessoas que flagr&aacute;vamos, elas iam para outras esta&ccedil;&otilde;es fazer a mesma coisa. Isso acontece desde quando inaugurou o metr&ocirc; em Salvador&quot;, lembrou o ex-seguran&ccedil;a.&nbsp;

A TV Aratu entrou em contato com a CCR Metr&ocirc;, mas, at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o dessa reportagem, n&atilde;o havia recebido resposta.

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