O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (17/11) que n&atilde;o integra mais a equipe de transi&ccedil;&atilde;o do governo de Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) da qual participava como volunt&aacute;rio. Mantega participava do grupo t&eacute;cnico respons&aacute;vel pelas &aacute;reas de Planejamento, Or&ccedil;amento e Gest&atilde;o.

A informa&ccedil;&atilde;o divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo foi confirmada ao SBT News pela equipe de transi&ccedil;&atilde;o do petista. Em carta enviada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), que coordena os trabalhos de transi&ccedil;&atilde;o do novo governo, Mantega afirmou que pediu afastamento da equipe depois que advers&aacute;rios pol&iacute;ticos tentarem &quot;tumultuar&quot; e &quot;criar dificuldades para o novo governo&quot;.

Mantega n&atilde;o recebia sal&aacute;rio na equipe de transi&ccedil;&atilde;o e atuava com volunt&aacute;rio. Al&eacute;m disso, o ex-ministro est&aacute; inabilitado pelo Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU) a exercer cargo em comiss&atilde;o ou fun&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a na administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica federal devido &agrave; participa&ccedil;&atilde;o em supostas pedaladas fiscais entre 2013 e 2014, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). As cr&iacute;ticas em torno dessa condi&ccedil;&atilde;o foram exploradas por advers&aacute;rios, o que irritou Mantega.

&quot;Em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta posterga&ccedil;&atilde;o de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador n&atilde;o remunerado, sem cargo p&uacute;blico, para n&atilde;o contrariar a decis&atilde;o que me impedia de exercer fun&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas por 8 anos. Mesmo assim essa minha condi&ccedil;&atilde;o estava sendo explorada pelos advers&aacute;rios, interessados em tumultuar a transi&ccedil;&atilde;o e criar dificuldades para o novo governo&quot;, disse o ex-ministro no comunicado endere&ccedil;ado &agrave; Alckmin.

Mantega ainda escreve que espera um novo posicionamento do TCU. &quot;Estou confiante de que a justi&ccedil;a vai reparar esse equ&iacute;voco, que manchou minha reputa&ccedil;&atilde;o&quot;, disse na carta de desligamento. Guido mantega foi o ministro da Fazenda mais longevo da hist&oacute;ria. Ele assumiu a pasta em mar&ccedil;o de 2006, no governo de Lula, e permaneceu no comando da Fazenda at&eacute; 2014, no governo Dilma.

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