Morreu na sexta-feira (8) aos 89 anos, no Rio de Janeiro, o diplomata e ex-ministro da Indústria, Comércio e Turismo José Botafogo Gonçalves. A informação foi confirmada pelo Itamaraty neste sábado (9/11). A causa da morte não foi divulgada.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, expressaram à família e aos amigos de Botafogo "as mais sentidas condolências". O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), do qual ele foi presidente e era vice-presidente emérito, também lamentou a morte e expressou condolências aos familiares, amigos e colegas.

José Botafogo Gonçalves nasceu em Belo Horizonte, em 11 de janeiro de 1935. Graduou-se em ciências jurídicas e sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e, em 1960, ingressou na carreira diplomática.

Como diplomata, foi chefe da Divisão de Política Financeira (1970) do Itamaraty e chefe da Divisão de Política Comercial (1977). Ocupou cargos como membro da delegação encarregada de renegociar a dívida externa brasileira (1983). Além disso, foi vice-presidente de Relações Externas do Banco Mundial em Washington (1985-1987) e subsecretário-geral de Assuntos de Integração Econômicos e de Comércio Exterior (1995-1998) do Itamaraty.

Atuou como ministro da Indústria, Comércio e Turismo do Brasil de 1998 a 1999, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Também em sua trajetória, serviu nas Embaixadas do Brasil em Moscou (1962-1964), Roma (1964-1967), Santiago (1967-1969), Paris (1973-1975) e Bonn (1976-1977). Foi cônsul-geral em Milão (1991-1995), embaixador do Brasil em Buenos Aires (2002-2004), e embaixador especial para Assuntos do Mercosul. Era vice-presidente emérito do Cebri.

Segundo o Itamaraty, Botafogo deixa a mulher, Susana, os filhos Frederico, Rodrigo e Luciana, e sete netos, "além do respeito e da admiração de todos os que tiveram o privilégio de trabalhar com ele".

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A administradora e modista Ednéia Carvalho, esposa do ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida, desabafou em sua conta no Instagram, nesta quinta-feira (7/11), sobre as denúncias de assédio sexual feitas contra o marido e o defendeu das acusações.

Silvio Almeida foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do cargo de ministro no início de setembro, após ser acusado de praticar assédio sexual contra ao menos dez mulheres. A titular do Ministério da Igualdade Racial, Anielle Franco, seria uma das vítimas. As denúncias são investigadas pela Polícia Federal (PF).

Na publicação no Instagram, Ednéia Carvalho afirma que os últimos dois meses não têm sido fáceis. "Conviver com a injustiça, tirarem a sua paz é algo que nem sei explicar. Faz 1 ano e 3 meses que vivo a maternidade e a sensação é que o puerpério não acabou", acrescenta.

Ela prossegue: "Fala-se tanto em pautas feministas, mas esse mesmo feminismo não me acolheu, nunca vou esquecer das vezes que tive que amamentar a minha filha em meio a uma tristeza profunda".

Ednéia ainda diz lamentar "muito que pautas sérias estejam sendo banalizadas por interesses pessoais". Segundo ela, apesar "de tudo", está bem e segue cuidando da família, a qual chama de seu "bem mais precioso".

A publicação traz uma foto dela junto de Silvio Almeida e a filha do casal, Anesu. Ednéia afirma encontrar-se feliz por estar em São Paulo e que Brasília não a fez bem. Além disso, relata uma mensagem que recebeu de uma amiga: "Qualquer pessoa que tenha cruzado o Silvio com seriedade nessa vida tem a certeza de que nada do que tem sido atribuído a ele faz o menor sentido…!!".

Ao final do desabafo, pontua: "Seguimos ansiosos por justiça meu amor [Silvio Almeida], conte comigo sempre, amo você demais!". O ex-ministro chegou a fazer um comentário na publicação, agradecendo a esposa.

"Meu amor, eu só posso agradecer por tudo o que vem fazendo por mim em todos estes anos. Só nós sabemos o tamanho dos desafios que enfrentamos e como nada para nós foi fácil", escreveu. Ainda de acordo com o Almeida, "a dor da injustiça e da calúnia" nunca superará o compromisso que ele e a esposa têm um com o outro e com a filha.

"Você observou bem: no meio deste lamaçal descobrimos os verdadeiros amigos e recebemos muitos apoios, de pessoas que eu nunca vou esquecer", acrescenta.

ANIELLE FRANCO

Em depoimento à Polícia Federal no mês passado, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou ter sofrido importunação sexual do ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.

A ministra chegou à sede da PF para depor por volta das 10h30 e permaneceu no local por cerca de uma hora. No termo de declaração registrado pela PF, a ministra relatou que os casos de assédio e importunação teriam começado antes mesmo da posse de Lula, em 2022, durante a transição entre os governos.

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Morreu, na noite desta segunda-feira (13/3), aos 77 anos, o ex-ministro Eliseu Padilha. A informação foi confirmada pela assessoria do ex-ministro. Padilha fazia tratava um câncer no estômago no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele deixa a esposa e seis filhos.
Segundo a assessoria do político, o velório vai acontecer na quarta-feira (15), entre 10h e 17h, no Palácio Piratini, sede do governo estadual do Rio Grande do Sul. Na sequência, o corpo será levado para o Angelus Memorial e Crematório, em cerimônia fechada para os familiares.
Natural de Canela, no Rio Grande do Sul, Eliseu Padilha entrou carreira política no movimento estudantil. Em 1967, se mudou para Tramandaí, cidade em que se elegeu prefeito em 1989. Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1995, e começou a ocupar cargos no Poder Executivo e na direção do PMDB. Ele foi deputado federal de 1995 e 2015.
Além disso, ele foi ministro de estado vezes, em três governos diferentes: no de Fernando Henrique Cardoso, foi Ministro de Transportes; no de Dilma Rousseff, foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil; no governo Michel Temer, ocupou interinamente o cargo de Ministro do Trabalho por cinco dias.
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) disse que bloqueou um usu&aacute;rio nesta ter&ccedil;a-feira (13/9) no Instagram ap&oacute;s ser criticado. O usu&aacute;rio teria dito que Geddel &quot;&eacute; sujo falando do mal lavado&quot;, ap&oacute;s uma cr&iacute;tica do pol&iacute;tico ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto.

Ao postar o print do coment&aacute;rio, Geddel publicou: &quot;Mas um que se acha no direito de entrar no meu Instagram e n&atilde;o permitir resposta. Bloqueio nele, mas antes cabe a pergunta: &ocirc; meu caro, voc&ecirc; &eacute; pardo, t&aacute; sujo ou s&oacute; mal lavado?&quot;, questionou.

Geddel cumpre pena desde julho de 2017, quando foi decretada sua pris&atilde;o provis&oacute;ria. Em fevereiro, o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou que Geddel cumpra pena em liberdade condicional. Ele tem usado o Instagram para fazer cr&iacute;ticas a advers&aacute;rios e expor sua opini&atilde;o sobre os fatos pol&iacute;ticos.

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Pr&eacute;-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (DEM) se re&uacute;ne nesta segunda-feira (31/1) com o ex-ministro Geddel Vieira Lima com objetivo de tentar manter o MDB na base de apoio. A informa&ccedil;&atilde;o foi confirmada&nbsp;ao Aratu On por pessoas pr&oacute;ximas ao emedebista.

Durante a gest&atilde;o de Neto na Prefeitura de Salvador, o MDB foi um dos mais importantes aliados. O mesmo ocorre na atual administra&ccedil;&atilde;o de Bruno Reis (DEM). Prova disto &eacute; que a sigla ocupa um dos principais postos na capital: a presid&ecirc;ncia da C&acirc;mara, com Geraldo Jr.

Apesar deste contexto, o apoio ainda n&atilde;o est&aacute; definido. Irm&atilde;o de Geddel, o ex-deputado L&uacute;cio Vieira Lima, presidente de honra da legenda na Bahia, disse, no in&iacute;cio do m&ecirc;s, que o MDB est&aacute; na fase de consultas &agrave;s lideran&ccedil;as municipais para entrar num consenso. Contudo, ele admite que, nas conversas, vem percebendo um discurso &ldquo;quase un&acirc;nime por Lula&rdquo;. &nbsp;

Ele, no entanto, afirmou&nbsp;na ocasi&atilde;o que isto n&atilde;o significava apoio imediato &agrave; pr&eacute;-candidatura do senador Jaques Wagner (PT).&nbsp;&ldquo;Mesmo quem n&atilde;o vota em Lula reconhece a for&ccedil;a dele, &eacute; o que chega mais f&aacute;cil &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. O entendimento que o povo mais quer saber hoje &eacute; comida na mesa&rdquo;, disse, em entrevista ao Aratu On.

Para ele, tanto Wagner como ACM Neto ter&atilde;o que se enquadrar num perfil que englobe esta vontade manifestada pela maior parte do MDB na Bahia.

&ldquo;Esse &eacute; o desafio de cada um. O desafio de Wagner &eacute; colar em Lula de forma tal, a exemplo das outras elei&ccedil;&otilde;es nos &uacute;ltimos 20 anos, que definiram os vencedores aqui na Bahia. O desfio de Neto &eacute; tentar emplacar o discurso dele de que n&atilde;o &eacute; bem assim, que pode-se eleger Lula e ele. E ele teria capacidade de fazer isso&rdquo;, avaliou.

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O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demiss&atilde;o do comando da pasta ap&oacute;s saber que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediria sua pris&atilde;o. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do jornal Estad&atilde;o.

Salles &eacute; alvo de inqu&eacute;rito que investiga um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Ele teria tomado conhecimento sobre o pedido de pris&atilde;o atrav&eacute;s de um colega, e por isso percebeu que sua perman&ecirc;ncia no cargo era insustent&aacute;vel.

Conforme apura&ccedil;&atilde;o do Estad&atilde;o, o ex-ministro manifestou sua vontade de desocupar o comando da pasta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas teria sido orientado por ele a permaneceer. Mesmo assim, Salles decidiu pedir demiss&atilde;o para n&atilde;o levar a crise ao centro do governo, al&eacute;m de temer pela seguran&ccedil;a da m&atilde;e, que tamb&eacute;m &eacute; investigada.

O escrit&oacute;rio de advocacia do qual Salles &eacute; s&oacute;cio com a m&atilde;e, em S&atilde;o Paulo, est&aacute; sendo investigado pela Pol&iacute;cia Federal por conta de opera&ccedil;&otilde;es financeiras. O inqu&eacute;rito foi autorizado pelo Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR).&nbsp;

A suspeita &eacute; que o ex-ministro atuava no cargo para favorecer madeireiros que desmatam a Amaz&ocirc;nia, facilitando o caminho para o contrabando de madeira ilegal. Salles, no entanto, nega as irregularidades. Ele estaria, ainda, atuando para prejudicar as investiga&ccedil;&otilde;es.

A ministria do STF, C&aacute;rmen L&uacute;cia, relatora de outro inqu&eacute;rito contra o ex-ministro, j&aacute; determinou que ele entregasse seu passaporte &agrave; Pol&iacute;cia Federal. O documento foi entregue na tarde desta &uacute;ltima sexta (25/6).

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/linha-de-frente/noticia/politica/alheio-as-polemicas-na-cpi-da-covid-19-bolsonaro-faz-motociata-em-santa-catarina" target="_blank">Alheio &agrave;s pol&ecirc;micas na CPI da Covid-19, Bolsonaro faz &#39;motociata&#39; em Santa Catarina</a>

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O depoimento do ex-ministro da Sa&uacute;de, Eduardo Pazuello, na Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) da Pandemia, foi remarcado para o dia 19 de maio. Ele seria ouvido nesta quarta (5/5), mas um of&iacute;cio da Secretaria-Geral do Ex&eacute;rcito informou que Pazuello teve contato com dois servidores do Poder Executivo que foram diagnosticados com Covid-19.

O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), sugeriu a data e a submeteu &agrave; vota&ccedil;&atilde;o simb&oacute;lica dos membros. Dessa forma, a participa&ccedil;&atilde;o de Pazuello foi remarcada para daqui a 15 dias, ap&oacute;s a quarentena.

O ex-ministro chegou a sugerir que mantivessem seu depoimento, de forma remota, Aziz, no entanto, fez quest&atilde;o da presen&ccedil;a de Pazuello no plen&aacute;rio da comiss&atilde;o.&nbsp;

Pazuello ficou &agrave; frente do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de por dez meses, durante a apandemia. Na CPI, assuntos como a falta de oxig&ecirc;nio em Manaus e a demora na compra de vacinas, devem ser questionados.

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