No dia 20 de novembro, uma nova esperança surgiu para a espécie Cyanopsitta spixii, a ararinha-azul, que está ameaçada de extinção. Foi anunciado nesta segunda-feira (30/10) que dois filhotes da ave nasceram há 10 dias no município de Curaçá, no norte da Bahia. O anúncio só foi feito dias depois, pois, por ter uma taxa de sobrevivência muito baixa nos primeiros dias, os pesquisadores preferiram preservar a vida dos novos filhotes.

Essa é a primeira vez em 37 anos que nascem filhotes da espécie no sertão baiano, habitat natural desses animais. Com uma família formada por um macho chamado "Bizé" e uma fêmea que foi liberada em dezembro do ano passado, os filhotes constituem a primeira família em vida livre da espécie no local. Eles foram procriados em ninhos artificiais no alto de uma árvore de caraibeira e seguem sendo monitorados pelos pesquisadores da espécie.

REINTRODUÇÃO

Após serem consideradas extintas por 20 anos, as ararinhas-azuis resgatadas de cativeiros no Brasil passaram por um trabalho de reintrodução ao seu habitat natural por uma ONG alemã, Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP), e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No total, 52 aves passaram por esse processo que durou cerca de três anos. Após serem levadas para um viverio na cidade do norte da Bahia, 20  ararinhas, conhecidas pelo filme de animação "Rio", foram soltas na natureza para começar a construir suas famílias em vida livre.

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Voc&ecirc; j&aacute; parou para se perguntar como &eacute; o p&ecirc;nis de uma baleia? A reda&ccedil;&atilde;o Aratu On foi atr&aacute;s desse conhecimento e descobriu que existe at&eacute; um museu especializado nos &oacute;rg&atilde;os reprodutores dos animais.&nbsp;

Abaixo, voc&ecirc; confere uma lista com doze curiosidades bizarras sobre a anatomia dos bichinhos e um b&ocirc;nus de sedu&ccedil;&atilde;o&nbsp;animal. Spoiler: o da baleia &eacute; t&atilde;o grande que n&atilde;o coube na exibi&ccedil;&atilde;o.

1 - MUSEU

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/Iceland_-_Sign_-_Icelandic_Phallological_Museum_-_Húsavík_-_Road_Trip_(4890600794).jpg" style="width: 250px; height: 206px;" /> 
reprodu&ccedil;&atilde;o/wikipedia

Caso seja um aficcionado pelo&nbsp;tema, um museu da Isl&acirc;ndia &eacute; dedicado ao p&ecirc;nis dos animais. O local exp&otilde;e cerca de 56 p&ecirc;nis de baleias, 36 focas e outros 115 mam&iacute;feros terrestres. O Museu Falol&oacute;gico Island&ecirc;s fica na capital, Reykjavik, &eacute; bastante procurado e recebe diariamente visitantes do mundo inteiro.

Fundado em 1997 pelo professor Sigur&eth;ur Hjartarson, ele possui um acervo de 280 exemplares de 93 esp&eacute;cies de animais e inclui 55 p&ecirc;nis retirados desde baleias e at&eacute; de ratos. Em 2011 o museu adicionou ao seu acervo um p&ecirc;nis humano de um doador de 95 anos que faleceu, mas tinha doado o &oacute;rg&atilde;o em vida. Em virtude de problemas na cirurgia, este exemplar &eacute; mantido num vidro de formol.

O maior p&ecirc;nis do museu &eacute; de uma baleia-azul que tem 1,70 metros de comprimento e o menor exemplar f&aacute;lico &eacute; o de um hamster, com apenas 2 mil&iacute;metros.&nbsp;

L&aacute; h&aacute; tamb&eacute;m o p&ecirc;nis da baleia cachalote, que pesa 70 quilos e mede quase dois metros, por&eacute;m o museu s&oacute; exp&otilde;e uma parte do &oacute;rg&atilde;o reprodutor do mam&iacute;fero: o &oacute;rg&atilde;o pode alcan&ccedil;ar cinco metros e pesar cerca de 450 quilos.

2 - MAIOR

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/214988480_1115063352319186_2387347698979495217_n.jpg" style="width: 600px; height: 344px;" /> 
reprodu&ccedil;&atilde;o/redes sociais

Como a baleia &eacute; o maior animal do mundo, &eacute; de se esperar que o p&ecirc;nis dela seja proporcional ao seu tamanho. As baleias azuis t&ecirc;m&nbsp;um p&ecirc;nis que pode chegar aos cinco metros e os test&iacute;culos podem pesar cerca de 10 quilos. Apesar de grande, o &oacute;rg&atilde;o reprodutor da baleia &eacute; relativamente fino, tendo 30 a 50 cent&iacute;metros de di&acirc;metro.

Segundo o bi&oacute;logo especialista em comportamento animal Eduardo Bessa contou em entrevista ao portal Metr&oacute;poles, o p&ecirc;nis da baleia fica escondido em uma fenda abdominal. &ldquo;Isso acontece para n&atilde;o atrapalhar a baleia de nadar&rdquo;, explica.&nbsp;Alguns estudos recentes divulgados pelo&nbsp;IFLScience sugerem at&eacute; que o &quot;Kraken&quot;, monstro mitol&oacute;gico com diversas garras, seriam na verdade baleias acasalando.

3 - PROPORCIONAL

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/craca.jpg" style="width: 600px; height: 484px;" />reprodu&ccedil;&atilde;o/SuperInteressante

Por&eacute;m, se o crit&eacute;rio levado em conta for a proporcionalidade, quem ganha &eacute; um crust&aacute;ceo chamado Craca, conhecido popularmente como &quot;bolota do mar&quot; ou &quot;glande do mar&quot;. Eles s&atilde;o pequenos, com corpos de cent&iacute;metros de comprimento, mas seus p&ecirc;nis podem ser at&eacute; 9 vezes maior que o restante do corpo.

De acordo com Eduardo, a craca fica presa no ch&atilde;o, em navios ou at&eacute; mesmo na cabe&ccedil;a das baleias o que torna dif&iacute;cil o acasalamento com as parceiras. &ldquo;Como ela n&atilde;o pode nadar, a solu&ccedil;&atilde;o que a craca conseguiu foi desenvolver um p&ecirc;nis muito comprido, que vai tateando sozinho at&eacute; conseguir penetrar na f&ecirc;mea&rdquo;, conta. Cerca de 97% das esp&eacute;cies desse tipo s&atilde;o hermafroditas.

4 - MENOR

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/muss.jpg" style="width: 600px; height: 392px;" /> 
escola kids/UOL

Do outro lado da lista est&aacute; o mussaranho, um mam&iacute;fero parecido com um rato, que tem o menor p&ecirc;nis do mundo animal. Como ele mede apenas 2,5 cent&iacute;metros, o &oacute;rg&atilde;o dele mede apenas 5 mil&iacute;metros.&nbsp;

Apesar do tamanho, o &oacute;rg&atilde;o &eacute; muito eficiente, as ninhadas da esp&eacute;cie podem chegar a 10 filhotes.

5 - ESTUPRO

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/m.scho_-e1309535564365.jpg" style="width: 600px; height: 484px;" /> 
redes sociais

Infelizmente, n&atilde;o s&atilde;o apenas as mulheres humanas que sofrem viol&ecirc;ncia sexual. Os percevejos t&ecirc;m p&ecirc;nis no formato de uma adaga&nbsp;e, de acordo com o especialista, ele n&atilde;o aceita ser rejeitado pela f&ecirc;mea e utiliza o membro como uma arma para atac&aacute;-la.

&ldquo;Se a f&ecirc;mea n&atilde;o aceita acasalar com o percevejo, ele finca o p&ecirc;nis na barriga dela e ejacula l&aacute; dentro, para que mesmo assim ocorra a reprodu&ccedil;&atilde;o. A f&ecirc;mea depois se recupera deste ferimento, mas &eacute; uma forma de acasalamento n&atilde;o aceita por ela&rdquo;, relata.

A esp&eacute;cie tem ainda a particularidade da Micronecta scholtzi, um percevejo aqu&aacute;tico que faz barulho ao esfregar seu p&ecirc;nis contra o abd&ocirc;men, em um processo conhecido como estridula&ccedil;&atilde;o. A pot&ecirc;ncia &eacute; de at&eacute; 99,2 decib&eacute;is, equivalente ao som de uma orquestra assistida na primeira fileira. O canto da cigarra tamb&eacute;m &eacute; uma&nbsp;estridula&ccedil;&atilde;o, segundo o Hypeness.

OU&Ccedil;A AQUI:&nbsp;

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<div style="font-size: 10px; color: #cccccc;line-break: anywhere;word-break: normal;overflow: hidden;white-space: nowrap;text-overflow: ellipsis; font-family: Interstate,Lucida Grande,Lucida Sans Unicode,Lucida Sans,Garuda,Verdana,Tahoma,sans-serif;font-weight: 100;"><a href="https://soundcloud.com/marco-pesente" style="color: #cccccc; text-decoration: none;" target="_blank" title="Marco Pesente">Marco Pesente</a> &middot; <a href="https://soundcloud.com/marco-pesente/micronecta-sp-lesser-water" style="color: #cccccc; text-decoration: none;" target="_blank" title="Micronecta scholtzi - Lesser Water Boatman - Song - Underwater recording">Micronecta scholtzi - Lesser Water Boatman - Song - Underwater recording</a></div>

6 &ndash; COBRA

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/HemipenisSerpente_2_Giuseppe Puorto.jpg" style="width: 267px; height: 200px;" /> 
reprodu&ccedil;&atilde;o/zoopets

Outro &oacute;rg&atilde;o reprodutor masculino que se destaca s&atilde;o os das cobras. Esses animais possuem um hemip&ecirc;nis, que se trata de um &oacute;rg&atilde;o reprodutor de duas cabe&ccedil;as.

Os dois p&ecirc;nis funcionam perfeitamente, mas, durante o acasalamento, apenas um deles &eacute; usado, o outro, fica &ldquo;guardado&rdquo; para uma pr&oacute;xima ocasi&atilde;o. Algumas esp&eacute;cies t&ecirc;m at&eacute; hermip&ecirc;nis biforcados, ou seja, cada um deles tem outras duas &quot;cabe&ccedil;as&quot;.

O hemip&ecirc;nis em si tem uma variedade de formas, dependendo da esp&eacute;cie. &Eacute; comum que ele tenha espinhos ou ganchos, para ancorar o macho dentro da f&ecirc;mea, j&aacute; que n&atilde;o h&aacute; bra&ccedil;os para segur&aacute;-la. O &oacute;rg&atilde;o fica invertido, dentro do corpo, e &eacute; exposto&nbsp;para fora por meio de tecido er&eacute;ctil, como o p&eacute;nis humano.

7 - ESPINHOS

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/penis-do-gato.jpg" style="width: 600px; height: 257px;" />reprodu&ccedil;&atilde;o/Jornal Ci&ecirc;ncia

Essa curiosidade n&atilde;o &eacute; &uacute;nica nas cobras: os tubar&otilde;es, por exemplo, que tamb&eacute;m n&atilde;o tem bra&ccedil;os, utilizam desta t&aacute;tica. Algo similiar ocorre com os gatos dom&eacute;sticos, mas neles a fun&ccedil;&atilde;o dos espinhos ainda &eacute; motivo de debate.

De acordo com especialistas da Petz, a maioria dos cientistas acredita que essa &eacute; uma forma de estimular a ovula&ccedil;&atilde;o da f&ecirc;mea. De qualquer forma, a c&oacute;pula realmente n&atilde;o &eacute; muito prazerosa para as bichanas.&nbsp;

Como s&atilde;o pets independentes e que n&atilde;o gostam de contato f&iacute;sico com estranhos, a f&ecirc;mea pode tentar fugir ainda durante a reprodu&ccedil;&atilde;o. Para evitar que isso ocorra, garantindo a fertiliza&ccedil;&atilde;o, os machos mordem as costas das f&ecirc;meas, causando dor e desconforto.&nbsp;

8 - VIDA PR&Oacute;PRIA

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/there-is-an-octopus-with-a-detachable-penis.jpg" style="width: 500px; height: 583px;" /> 
redes sociais

E se o seu p&ecirc;nis sa&iacute;sse andando sozinho por a&iacute;? Conhecido como o Argonauta, uma esp&eacute;cie de polvo tem um bra&ccedil;o a mais que os outros, conhecido como hectoc&oacute;tilo, que &eacute; usado para transferir o espermatoz&oacute;ide para a f&ecirc;mea. O bra&ccedil;o armazena o esperma, e quando o macho encontra uma f&ecirc;mea com a qual ele quer se acasalar, ele simplesmente o solta para que ele v&aacute; &quot;nadando&quot; at&eacute; ela.

Ap&oacute;s ser solto, a f&ecirc;mea armazenar&aacute; o hectoc&oacute;tilo em sua cavidade. O macho, entretanto, n&atilde;o volta a ter seu membro - enquanto uma f&ecirc;mea pode ter diversos p&ecirc;nis dentro dela.

9 - FEIO

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/equidna3.jpg" style="width: 600px; height: 450px;" /> 
Jane Fenelon

As equidnas, os &uacute;nicos mam&iacute;feros da terra que p&otilde;em ovos como os r&eacute;pteis, t&ecirc;m um p&ecirc;nis bizarro com quatro extremidades, que funcionam em pares. Infelizmente, os cientistas que estudam a esp&eacute;cie ainda n&atilde;o descobriram direito a fun&ccedil;&atilde;o de todas as ramifica&ccedil;&otilde;es penianas. Mas, j&aacute; se sabe, &eacute; que, durante o ato sexual, a equidna usa apenas duas &ldquo;cabe&ccedil;as&rdquo;.

De acordo com um estudo feito por cientistas das universidades de Melbourne, de Queensland e Monash (Austr&aacute;lia) publicado na na revista Sexual Development, as glandes que funcionam parecem arevezar entre as ere&ccedil;&otilde;es. Apesar dos quatro p&ecirc;nis, ele possui apenas uma uretra.

10 - MAIS PRA CIMA

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/page.jpg" style="width: 600px; height: 458px;" /> 
Invertebrados Brasil

O caracol &eacute; um dos favoritos na disputa de localiza&ccedil;&atilde;o mais bizarra do p&ecirc;nis: seu &oacute;rg&atilde;o reprodutivo fica no pesco&ccedil;o. Os carac&oacute;is s&atilde;o hermafroditas, mas precisam de um companheiro para conseguirem se reproduzir.&nbsp;

E para convencer o parceiro, eles costumam &ldquo;flertar&rdquo; apunhalando um ao outro com dardos constitu&iacute;dos de carbonato de c&aacute;lcio ou quitina e usados para injetar no receptor horm&ocirc;nios que estimulem os &oacute;rg&atilde;os genitais femininos. As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da Super Interessante.

11 - ENROSCADO

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/EC8Dr_pX4AIuVOl.jpg" style="width: 600px; height: 656px;" /> 
redes sociais

A foto do p&ecirc;nis pato-do-rabo-duro provalmente &eacute; um dos mais bizarros que voc&ecirc; j&aacute; viu. Ao inv&eacute;s de ficar ereto, ele fica &quot;enroscado&quot;.

Com o formato de saca-rolhas, o &oacute;rg&atilde;o do animal pode 40 cent&iacute;metros, sendo o maior &oacute;rg&atilde;o sexual dos animais vertebrados. Os cientistas acreditam que eles se tornaram &ldquo;bem-dotados&rdquo; pois as f&ecirc;meas das esp&eacute;cies costumam dar mais aten&ccedil;&atilde;o aos p&ecirc;nis maiores.

12 - PINCEL

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/marreco_pe_na_bunda.jpg" style="width: 399px; height: 674px;" /> 
&nbsp;

O marreca-p&eacute;-na-bunda, tamb&eacute;m conhecida como Oxyura vittata, al&eacute;m de possuir um p&ecirc;nis no estilo &quot;saca-rolhas&quot;, de aproximadamente 40 cent&iacute;metros, ainda traz um &quot;pincel&quot; na ponta.

Na f&ecirc;mea, o canal vaginal tamb&eacute;m lembra um saca-rolhas, s&oacute; que no formato invertido, permitido o encaixe. Uma vez l&aacute; dentro, o p&ecirc;nis do animal &quot;limpa&quot; vest&iacute;gios de outros machos.

BONUS DA SEDU&Ccedil;&Atilde;O

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/93320/mg/1200px-Hippopotamus_-_04.jpg" style="width: 600px; height: 400px;" /> 
reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikipedia

O p&ecirc;nis do hipop&oacute;tamo &eacute; grande, mas o que mais chama aten&ccedil;&atilde;o &eacute; sua forma de sedu&ccedil;&atilde;o. Para atrair a f&ecirc;mea, ele se coloca na frente dela e defeca em si mesmo.

Al&eacute;m disso, ele ainda usa a cauda como uma esp&eacute;cie de h&eacute;lice para espalhar ainda mais os excrementos no corpo e no ambiente. De alguma forma, as f&ecirc;meas acham isso atrativo.

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Uma parceria entre estudiosos brasileiros e chineses resultou na descoberta de duas esp&eacute;cies novas de dinossauros saur&oacute;podes. As ossadas foram encontrados na prov&iacute;ncia Xinjiang, localizada no Noroeste da China. O local, que apresenta rochas de aproximadamente 120 milh&otilde;es de anos, j&aacute; havia revelado centenas de pterossauros. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

Uma das esp&eacute;cies foi denominada Silutitan sinensis, identificada a partir de uma s&eacute;rie de v&eacute;rtebras cervicais m&eacute;dias e posteriores articuladas. Ela faz parte de um grupo de dinossauros conhecido como Euhelopodidae, exclusivo da &Aacute;sia

A outra esp&eacute;cie descoberta recebeu o nome Hamititan xinjiangensis e foi identificada a partir de uma sequ&ecirc;ncia de v&eacute;rtebras caudais anteriores articuladas. A esp&eacute;cie representa um grupo denominado Titanosauridae, raro na &Aacute;sia, por&eacute;m comum na Am&eacute;rica do Sul, inclusive no Brasil.

A descoberta teve como coordenadores Alexander Kellner, do Museu Nacional, que &eacute; vinculado &agrave; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo lado brasileiro; e Xiaolin Wang, pesquisador do Institute of Vertebrate Paleontology and Paleoanthropology, da China.

A parceria entre as duas entidades existe desde 2004 e j&aacute; resultou em mais de 20 trabalhos.

Silutitan sinensis e Hamititan xinjiangensis 
De acordo com o Museu Nacional, o nome da primeira esp&eacute;cie citada no estudo, Silutitan sinensis, &eacute; uma combina&ccedil;&atilde;o do termo Silu, que significa rota da seda, em mandarim, com titan, em alus&atilde;o aos deuses gregos gigantes.

J&aacute; a segunda esp&eacute;cie, Hamititan xinjiangensis, foi batizada a partir da jun&ccedil;&atilde;o do nome da localidade (Hami) onde os f&oacute;sseis foram encontrados e novamente o termo titan.

De acordo com o Museu Nacional, &ldquo;j&aacute; haviam sido reportados um grande n&uacute;mero de f&oacute;sseis do pterossauro Hamipterus tianshanensis, incluindo ovos e embri&otilde;es em excelente est&aacute;gio de preserva&ccedil;&atilde;o&rdquo;, nesse mesmo local onde os ossos das duas novas esp&eacute;cies foram encontrados.

&ldquo;Os achados ajudam na compreens&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es de parentesco entre v&aacute;rias esp&eacute;cies de saur&oacute;podes&rdquo;, informa o museu. Os estudiosos acrescentam que o Silutitan &ldquo;&eacute; uma esp&eacute;cie intimamente relacionada a uma outra esp&eacute;cie chinesa chamada Euhelopus, mas que &eacute; mais antiga. Silutitan apresenta v&aacute;rias novas caracter&iacute;sticas morfol&oacute;gicas no pesco&ccedil;o desses animais em particular&rdquo;.

J&aacute; o Hamititan xinjiangensis petence a um grupo &ldquo;particularmente muito mais rico e diverso na Am&eacute;rica do Sul&rdquo;. As novas esp&eacute;cies de dinossauros s&atilde;o, segundo o Museu Nacional, os primeiros vertebrados relatados nesta regi&atilde;o, o que &ldquo;aumenta a diversidade da fauna e tamb&eacute;m as informa&ccedil;&otilde;es sobre os saur&oacute;podes chineses, apoiando ainda mais uma ampla diversifica&ccedil;&atilde;o desses animais no [per&iacute;odo] Cret&aacute;ceo Inferior da &Aacute;sia&rdquo;.

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