Um grupo de 20 lavradores foi resgatados de uma fazenda de caf&eacute; no munic&iacute;pio baiano de Barra do Cho&ccedil;a, no sudoeste do estado, pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) na Bahia. O &oacute;rg&atilde;o informou nesta sexta-feira (29/7) que j&aacute; instaurou um inqu&eacute;rito para apurar o caso ap&oacute;s entrevistar cerca de 100 trabalhadores no local.

Todos atuavam na colheita manual de caf&eacute; da Fazenda Gavi&atilde;ozinho, mas o grupo espec&iacute;fico tinha que preparar as refei&ccedil;&otilde;es no interior dos quartos onde dormiam. Al&eacute;m disso, n&atilde;o havia local para guarda e conserva&ccedil;&atilde;o dos alimentos, n&atilde;o foi fornecido roupa de cama e o arm&aacute;rio onde guardavam roupas e colch&otilde;es estava em p&eacute;ssimo estado.

Os 20 foram encontrados trabalhando em condi&ccedil;&otilde;es degradantes no dia 11 de julho por uma equipe que realizavam uma inspe&ccedil;&atilde;o de rotina nas &aacute;reas de colheita da regi&atilde;o, mas se depararam &quot;com um quadro grave de submiss&atilde;o a condi&ccedil;&otilde;es an&aacute;logas &agrave; escravid&atilde;o&quot;.&nbsp;

O MPT explica que, ao todo foram entrevistados cerca de 100 trabalhadores, e foram identificadas diversas irregularidades trabalhistas. Nenhum deles tinha sua atividade registrada em carteira de trabalho, mas o caso mais grave foi a situa&ccedil;&atilde;o do grupo espec&iacute;fico de 20 pessoas. Devido &agrave;s p&eacute;ssimas condi&ccedil;&otilde;es de alojamento e a falta de uso de equipamentos de prote&ccedil;&atilde;o, o servi&ccedil;o deles foi classificados como m&atilde;o de obra escrava.

Apesar de convocado para uma audi&ecirc;ncia dois dias ap&oacute;s a retirada de parte dos lavradores da propriedade, o dono do local, identificado como Alberto Juramar Lemos Andrade, n&atilde;o compareceu. A pasta agora estuda a ado&ccedil;&atilde;o de medidas judiciais contra o empregador para garantir o pagamento de verbas rescis&oacute;rias e indeniza&ccedil;&atilde;o &agrave;s v&iacute;timas e &agrave; sociedade.

A principal pe&ccedil;a do inqu&eacute;rito est&aacute; em fase de elabora&ccedil;&atilde;o pela equipe de auditores-fiscais que fez o resgate. Trata-se do relat&oacute;rio de inspe&ccedil;&atilde;o, com o detalhamento das irregularidades encontradas.&nbsp;

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