Mais de 5 mil pessoas morreram na Bahia em 2025 por doen&ccedil;as respirat&oacute;rias, segundo a Secretaria de Sa&uacute;de do Estado (Sesab). Metade das v&iacute;timas tinha mais de 80 anos.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/6a801a64-af74-42dc-8bc3-056098faf641.jpg?width=null&amp;height=null" alt="Doen&ccedil;as respirat&oacute;rias na Bahia. Foto: Freepik">
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Com a chegada do outono-inverno, aumenta em at&eacute; 30% a incid&ecirc;ncia de doen&ccedil;as respirat&oacute;rias como rinite, asma, sinusite, bronquite, DPOC (doen&ccedil;a pulmonar obstrutiva cr&ocirc;nica), enfisema e pneumonia, segundo o pneumologista Guilhardo Fontes Ribeiro, diretor de Sa&uacute;de P&uacute;blica da Associa&ccedil;&atilde;o Bahiana de Medicina (ABM).
De acordo com o especialista, o frio e a baixa umidade ressecam as vias a&eacute;reas, enquanto a polui&ccedil;&atilde;o e as varia&ccedil;&otilde;es bruscas de temperatura agravam os quadros.
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&ldquo;Quando a temperatura cai, suamos menos e bebemos pouca &aacute;gua, o que resseca a mucosa e a deixa mais sens&iacute;vel a doen&ccedil;as al&eacute;rgicas e infecciosas, especialmente as virais&rdquo;, afirma. Ele acrescenta que, no inverno, a polui&ccedil;&atilde;o se acumula mais pr&oacute;ximo do solo, irritando as vias a&eacute;reas.
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Entre os quadros mais comuns est&atilde;o a rinite, que provoca coriza, espirros e congest&atilde;o nasal, e pode evoluir para sinusite. J&aacute; a asma pode ser desencadeada por al&eacute;rgenos como poeira ou cheiros fortes. A bronquite, por sua vez, pode ser al&eacute;rgica ou infecciosa.&nbsp;
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Em idosos, os sintomas nem sempre incluem febre ou dor. &ldquo;Podem surgir como queda, confus&atilde;o mental ou aumento da frequ&ecirc;ncia respirat&oacute;ria&rdquo;, explica. Crian&ccedil;as tamb&eacute;m est&atilde;o entre os mais vulner&aacute;veis, com destaque para quadros como laringite estridulosa.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e2e37f8d-541b-4205-9675-6ed55e0b5480.png?width=685&amp;height=405" alt="Foto: Freepik">
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Em meio ao período em que, historicamente, há uma elevação das internações em crianças, resultado, sobretudo, das doenças respiratórias, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) inaugurou leitos pediátricos no estado.
Nos últimos 60 dias, 21 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica foram abertos na Bahia. Dez deles são no Hospital Martagão Gesteira (HMG), em Salvador, referência no atendimento pediátrico na cidade.
Também em Salvador, o Instituto Couto Maia (ICOM), o maior hospital especializado em doenças infectocontagiosas do Brasil, recebeu outros seis leitos de UTI Pediátrica.
No Sudoeste do Estado, o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) conta com mais cinco leitos de UTI Pediátrica, prontos para atender às crianças de toda a região. Antes, a UTI Pediátrica do HGVC contava com 10 leitos. Agora, ela dispõe de 15 leitos no total, sendo que 10 são reservados para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e cinco são para UTI Pediátrica geral.
Além dos leitos de UTI, a Sesab também ampliou o número de leitos clínicos no HMG. São mais 18 leitos para atender ao público infantil.
“Sabemos que no período do outono e do inverno, há um crescimento no número de atendimentos às crianças por conta do aumento da incidência das síndromes respiratórias. Essas ampliações são fundamentais para seguirmos prestando um atendimento de qualidade à população, sobretudo para o público infantil, que demanda uma atenção maior e mais eficaz”, diz a secretária da Saúde, Roberta Santana.
Nos próximos dias, a ampliação dos leitos de UTI Pediátrica alcançará mais duas unidades de saúde. Em Salvador, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) vai receber seis novos leitos e, em Vitória da Conquista, o Hospital Samur terá mais quatro.
Casos na Bahia
Na Bahia, em 2023, já foram notificados 3.350 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desse total de casos, 369 foram confirmados para Covid-19, 259 casos para Influenza, 760 para outros vírus respiratórios, 22 para outro agente etiológico. Em 1.587 casos não foi identificado o agente etiológico e 353 estão em processo de investigação. Foram registrados 208 óbitos.
Dentre os vírus respiratórios que ocasionaram os casos de SRAG em 2023, com exceção do vírus da Covid-19, destacam-se o Vírus Sincicial Respiratório, o Rinovírus, Influenza B e Influenza H1N1. O maior coeficiente de incidência foi verificado na faixa etária de menores de 1 ano.
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