A Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia Brasil) anunciou, nesta segunda-feira (3/1), a suspens&atilde;o volunt&aacute;ria das opera&ccedil;&otilde;es nos portos do Brasil at&eacute; 21 de janeiro deste ano. A medida ocorre com efeito imediato para novas partidas e nenhum h&oacute;spede ser&aacute; embarcado at&eacute; a referida data. J&aacute; os cruzeiros atuais v&atilde;o finalizar os seus itiner&aacute;rios conforme planejado.

A entidade informou que est&aacute; trabalhando em nome das companhias de cruzeiros que operam no pa&iacute;s &ndash; MSC Cruzeiros e Costa Cruzeiros &ndash; para alinhar interpreta&ccedil;&otilde;es e aplica&ccedil;&otilde;es dos protocolos operacionais de sa&uacute;de e seguran&ccedil;a que haviam sido aprovados no in&iacute;cio da temporada, em novembro, com as autoridades do governo federal, Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria &nbsp;(Anvisa), estados e munic&iacute;pios.

&ldquo;Nas &uacute;ltimas semanas, as duas companhias de cruzeiros afetadas experimentaram uma s&eacute;rie de situa&ccedil;&otilde;es que impactaram diretamente as opera&ccedil;&otilde;es nos navios, tornando a continuidade dos cruzeiros neste momento impratic&aacute;vel. Al&eacute;m disso, a incerteza operacional causou inconvenientes significativos para os h&oacute;spedes que contavam com suas f&eacute;rias no mar com r&iacute;gidos protocolos de seguran&ccedil;a&rdquo;, disse a associa&ccedil;&atilde;o no comunicado.

No domingo (2), a Anvisa divulgou comunicado em que contraindica embarques em navios de cruzeiro neste momento. &ldquo;Em vista dos &uacute;ltimos acontecimentos, a Anvisa contraindica o embarque de passageiros que possuem viagens programadas em navios de cruzeiro para os pr&oacute;ximos dias, em especial diante do aumento vertiginoso de casos de covid-19, com identifica&ccedil;&atilde;o de surtos a bordo das embarca&ccedil;&otilde;es que operam na costa brasileira&rdquo;, diz a nota.

&ldquo;A recomenda&ccedil;&atilde;o da Ag&ecirc;ncia leva em considera&ccedil;&atilde;o a mudan&ccedil;a r&aacute;pida no cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico, o risco de preju&iacute;zos &agrave; sa&uacute;de dos passageiros e a imprevisibilidade das opera&ccedil;&otilde;es neste momento&rdquo;, acrescentou a Anvisa.

A Anvisa j&aacute; havia recomendado ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, na &uacute;ltima sexta-feira (31), a suspens&atilde;o provis&oacute;ria da temporada de navios de cruzeiro, at&eacute; que sejam debatidas as quest&otilde;es que envolvem uma eventual retomada das opera&ccedil;&otilde;es.

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LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/coronavirus/noticia/geral/anvisa-investiga-agencias-que-operam-cruzeiros-por-falhas-em-protocolo-ha-novos-casos-de-covid-em-navio-no-rio" target="_blank">Anvisa investiga ag&ecirc;ncias que operam cruzeiros por falhas em protocolo; h&aacute; novos casos de Covid em navio no Rio</a>

Segundo a Clia, a atual temporada, ap&oacute;s o t&eacute;rmino da suspens&atilde;o volunt&aacute;ria, poder&aacute; ser cancelada na &iacute;ntegra se n&atilde;o houver adequa&ccedil;&atilde;o e alinhamento entre todas as partes envolvidas para possibilitar a continuidade da opera&ccedil;&atilde;o.

Os protocolos vigentes, conforme informou a associa&ccedil;&atilde;o, s&atilde;o os seguintes:

- Vacina&ccedil;&atilde;o completa obrigat&oacute;ria para h&oacute;spedes e tripulantes (eleg&iacute;veis dentro do Plano Nacional de Imuniza&ccedil;&atilde;o); 
- Testagem pr&eacute;-embarque (RT-PCR at&eacute; tr&ecirc;s dias antes ou Ant&iacute;geno at&eacute; um dia antes da viagem); 
- Testagem frequente de no m&iacute;nimo 10% das pessoas embarcadas e tripulantes; 
- Capacidade reduzida a bordo para facilitar o distanciamento social de 1,5 m entre os grupos e permitir a distribui&ccedil;&atilde;o de cabines reservadas para isolar casos potenciais; 
- Uso obrigat&oacute;rio de m&aacute;scaras; 
- Preenchimento de formul&aacute;rio de sa&uacute;de pessoal (DSV &ndash; Declara&ccedil;&atilde;o de Sa&uacute;de do Viajante); 
- Ar fresco sem recircula&ccedil;&atilde;o, desinfec&ccedil;&atilde;o e higieniza&ccedil;&atilde;o constantes; 
- Plano de conting&ecirc;ncia com corpo m&eacute;dico especialmente treinado e estrutura com modernos recursos para atendimento dos h&oacute;spedes e tripulantes; 
- Medidas de rastreabilidade e comunica&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria com a ANVISA, Munic&iacute;pios e Estados

Os moradores do Rio de Janeiro e de cidades pr&oacute;ximas que estavam nos cruzeiros foram direcionados para ficarem isolados em suas casas ou de parentes ou amigos. Quem n&atilde;o mora no estado foi colocado em um hotel na cidade. As nove pessoas nessa situa&ccedil;&atilde;o ficar&atilde;o em isolamento por um prazo de dez (10)&nbsp;dias a contar do in&iacute;cio dos sintomas.

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A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) recomendou, nessa sexta-feira (31/12), que o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de suspenda provisoriamente a temporada de navios de cruzeiro na costa brasileira. A medida vem depois do aumento de infe&ccedil;&otilde;es por Covid-19 em embarca&ccedil;&otilde;es nos &uacute;ltimos dias.

Tamb&eacute;m nessa&nbsp;sexta, &uacute;ltimo dia do ano, o navio MSC Splendida, atracado no Porto de Santos (SP) e o navio Costa Diadema, atracado em Salvador, interromperam as atividades devido a surtos de Covid-19.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/coronavirus/noticia/cidade/costa-diadema-com-covid-35-moradores-de-salvador-sao-autorizados-a-desembarcar-de-cruzeiro" target="_blank">Costa Diadema: com Covid, 35 moradores de Salvador s&atilde;o autorizados a desembarcar de cruzeiro</a>

Segundo a Anvisa,&nbsp;dados apontam que a variante &Ocirc;micron tem o potencial de se espalhar mais rapidamente do que outras variantes e que a prote&ccedil;&atilde;o imunol&oacute;gica de vacinas e de casos anteriores de Covid-19 pode n&atilde;o ser t&atilde;o efetiva.

A recomenda&ccedil;&atilde;o da Anvisa tamb&eacute;m considerou que, mesmo diante da elabora&ccedil;&atilde;o de Planos de Operacionaliza&ccedil;&atilde;o para a retomada da temporada de cruzeiros no &acirc;mbito dos munic&iacute;pios e estados (estabelecendo as condi&ccedil;&otilde;es para assist&ecirc;ncia em sa&uacute;de dos passageiros desembarcados em seus territ&oacute;rios e para execu&ccedil;&atilde;o local da vigil&acirc;ncia epidemiol&oacute;gica ativa),&nbsp;na pr&aacute;tica, t&ecirc;m sido observadas dificuldades impostas pelos entes locais diante da necessidade de eventuais desembarques de casos positivos para Covid-19 em seus territ&oacute;rios.

&quot;A manifesta&ccedil;&atilde;o da ag&ecirc;ncia foi pautada no princ&iacute;pio da precau&ccedil;&atilde;o, ao priorizar o impedimento da ocorr&ecirc;ncia de agravo &agrave; sa&uacute;de pela ado&ccedil;&atilde;o das medidas necess&aacute;rias &agrave; sua prote&ccedil;&atilde;o&quot;, disse a Anvisa, por meio de nota.

A ag&ecirc;ncia ressalta, por&eacute;m, que a recomenda&ccedil;&atilde;o n&atilde;o afeta ainda as opera&ccedil;&otilde;es de navios de cruzeiro. &quot;At&eacute; decis&atilde;o final do grupo de ministros, as opera&ccedil;&otilde;es seguem, como regra geral, autorizadas, submetidas &agrave;s regras sanit&aacute;rias vigentes&quot;, diz a nota, referindo-se &agrave; necessidade de uma decis&atilde;o dos minist&eacute;rios da Sa&uacute;de, da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica e da Infraestrutura para a recomenda&ccedil;&atilde;o entrar em vigor. 
 
*Com algumas edi&ccedil;&otilde;es

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Moradores de Salvador, 35 passageiros do cruzeiro Costa Diadema que est&atilde;o com Covid-19&nbsp;foram autorizados a desembarcar na cidade, mas ter&atilde;o que cumprir isolamento em casa. O navio est&aacute; atracado na cidade desde a &uacute;ltima quinta-feira (30/12).

Com 3.836 passageiros a bordo, a embarca&ccedil;&atilde;o saiu do porto de Santos, em S&atilde;o Paulo, no dia 27 de dezembro. Nessa sexta (31), a Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) suspendeu as atividades do navio ap&oacute;s a confirma&ccedil;&atilde;o de 68 casos de Covid-19, a maioria assintom&aacute;tica. Desse todal, 56 s&atilde;o tripulantes, que cumprem quarentena em um hotel disponibilizado pela operadora do cruzeiro na capital.

O navio deve retornar ao porto de Santos, onde ser&aacute; realizado o desembarque. Se n&atilde;o fosse interrompida, a viagem terminaria na pr&oacute;xima segunda-feira (3/1), em Ilh&eacute;us.

A Anvisa afirmou que o Costa Diadema &quot;seguir&aacute; sob restri&ccedil;&otilde;es durante a navega&ccedil;&atilde;o, ou seja, todas as atividades n&atilde;o essenciais a bordo ficam interrompidas e devem ser cumpridos os protocolos sanit&aacute;rios de seguran&ccedil;a no interior da embarca&ccedil;&atilde;o at&eacute; seu destino final, em Santos&rdquo;.

O Laborat&oacute;rio Central de Sa&uacute;de P&uacute;blica (Lacen-BA) recolheu as amostras de quem testou postivo para a doen&ccedil;a para identificar a cepa (variante) que causou o surto. Ainda n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o, contudo, de quando o resultado da an&aacute;lise ficar&aacute; pronto.

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