Candidato à prefeitura de Salvador, Victor Marinho (PSTU) defende a “desmilitarização” da Guarda Municipal. Ele foi o entrevistado desta segunda-feira (2/9) pelo programa Bom Dia Bahia, da TV Aratu, e pelo Aratu On.

“A gente não pode transformar a Polícia Militar e muito menos a Guarda Municipal, porque não é papel dela no instrumento de repressão contas periferias, contra a juventude pobre negra da nossa cidade”, reclamou.

Na visão do candidato, uma das principais estratégias de combate ao crime organizado seria a descriminalização das drogas. “A Alemanha está legalizando agora. O consumo de maconha, a gente acha que é isso é importante legalizar aqui no Brasil para que a gente possa atacar essas facções e colocar sob o controle do Estado a produção, a distribuição e o consumo de drogas. Porque colocar sobre o controle do Estado, a gente pode, inclusive, ter mecanismos para desincentivar o consumo”, comentou.
<h2>MOBILIDADE URBANA</h2>
Para Marinho, a melhor alternativa para minimizar a crise do transporte público na capital é estatizar o serviço de ônibus, atualmente sob concessão da Integra. “Bruno Reis está do lado dos grandes emprestados e por isso mantém a tarifa mais cara daqui do Nordeste. Os empresários mandam tudo: definem como as linhas devem permanecer, quais devem ser fechadas. A gente acha que quem tem que estar no comando são os trabalhadores”, criticou.

“A gente não pode ter mais desemprego. Tirar do controle desses grandes empresários, estatizar, colocar sobre o conteúdo dos trabalhadores para que a gente possa reduzir drasticamente a tarifa e até mesmo pensar é na garantia da tarifa zero”, acrescentou.
<h2>CULTURA</h2>
Marinho diz, ainda, que irá, caso eleito, promover a construção de espaços culturais nas periferias da cidade. “Falta equipamento cultural aqui na nossa cidade e os que existem então concentrados na região do Centro ou então na orla. Nas comunidades e nas periferias não existem praticamente teatros e cinemas públicos”, analisou

“A gente precisa, por exemplo, que o nosso secretário de Cultura seja alguém ligado, de fato, à cultura popular do nosso município, e não alguém ligada ao meio empresarial”, acrescentou.
<h2>EMPREGO E RENDA</h2>
O candidato criticou os índices de desemprego em Salvador, líder no quesito entre as capitais. “A gente precisa ter uma política certa para combater o desemprego. Primeira parte é a construção, primeiro lugar, de um grande plano de obras públicas aqui na nossa cidade. Esse plano vai ser orientado pelas necessidades da população, que vai definir quais são as prioridades no seu bairro”, explicou.

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Victor Marinho promete 'desmilitarização' da Guarda Municipal em Salvador