Em declara&ccedil;&atilde;o conjunta, nesta quarta-feira (16/11), os l&iacute;deres do G20 se comprometeram, a &quot;tomar medidas urgentes para salvar vidas, prevenir a fome e a desnutri&ccedil;&atilde;o&quot;, focando&nbsp;nos pa&iacute;ses mais vulner&aacute;veis. Eles tamb&eacute;m&nbsp;pediram transforma&ccedil;&atilde;o para uma agricultura sustent&aacute;vel.

&quot;Comprometemo-nos a proteger da fome os mais vulner&aacute;veis, utilizando todos os instrumentos dispon&iacute;veis para gerir a crise alimentar&quot;, diz parte da declara&ccedil;&atilde;o, aprovada pelos l&iacute;deres ao final&nbsp;da c&uacute;pula que termina nesta quarta, em Bali, na Indon&eacute;sia.

Com 17 p&aacute;ginas, o texto tem 52 pontos referentes a diferentes temas, mas a seguran&ccedil;a alimentar &eacute; uma das principais preocupa&ccedil;&otilde;es do G20. Por isso, afirmou&nbsp;que vai&nbsp;&quot;tomar a&ccedil;&otilde;es coordenadas para enfrentar os desafios da seguran&ccedil;a alimentar, que inclui o aumento dos pre&ccedil;os e o d&eacute;ficit global de mat&eacute;rias-primas e fertilizantes&quot;.

Nenhuma medida concreta foi apresentada, no entanto. O documento&nbsp;destaca apenas a &quot;import&acirc;ncia de sua implementa&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nua por todas as partes relevantes&quot;.

Uma das possibilidades contempladas, que seria a prorroga&ccedil;&atilde;o do acordo adotado em julho para libertar cereais e fertilizantes russos e ucranianos, deveria ter sido acertada em Bali, mas isso n&atilde;o ocorreu. O trato vai terminar no s&aacute;bado (19).

Segundo o presidente da&nbsp;Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que integra a coordena&ccedil;&atilde;o e supervis&atilde;o do acordo, afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, fez sinal positivo para a renova&ccedil;&atilde;o.&nbsp;&quot;Tivemos discuss&otilde;es e sou da opini&atilde;o que vai continuar e, quando regressar, falarei com Putin e outros interlocutores&quot;, frisou, sem dar detalhes.

FOME PREOCUPA

De acordo com&nbsp;publica&ccedil;&atilde;o da RTP, emissora de&nbsp;Portugal, a&nbsp;Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) alertou que o mundo enfrenta uma crise alimentar global &quot;sem precedentes&quot;. Inclusive, 2022 pode ser um&nbsp;ano em que o n&uacute;mero recorde&nbsp;de pessoas que passam seja alcan&ccedil;ado novamente.

Dados do Programa Mundial de Alimentos (PAM) apontam que o n&uacute;mero&nbsp;de pessoas que passam&nbsp;fome ou sofrem de desnutri&ccedil;&atilde;o grave aumentou para 22% este ano, atingindo 345 milh&otilde;es de indiv&iacute;duos, por causa da&nbsp;crise clim&aacute;tica,&nbsp;conflitos e dificuldades econ&ocirc;micas.

Por isso, o acordo envolvendo R&uacute;ssia e Ucr&acirc;nia carece de aten&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que, de acordo com a ONU, cerca de 10 milh&otilde;es de toneladas de gr&atilde;os e outros alimentos dos dois pa&iacute;ses&nbsp;foram exportados com base nesse trato ou na Iniciativa de Gr&atilde;os do Mar Negro.&nbsp;

*Com informa&ccedil;&otilde;es da RTP

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Líderes do G20 prometem medidas urgentes contra crise alimentar e pedem agricultura sustentável