O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (11/1) que vai prorrogar por mais dois anos a desonera&ccedil;&atilde;o da folha de pagamento das empresas de 17 setores. Essa desonera&ccedil;&atilde;o &eacute; boa para o empres&aacute;rio, pois possibilita que as empresas substituam a contribui&ccedil;&atilde;o previdenci&aacute;ria, de 20% sobre os sal&aacute;rios dos empregados, por uma al&iacute;quota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.

Os setores da economia que podem aderir a esse modelo de desonera&ccedil;&atilde;o s&atilde;o as ind&uacute;strias t&ecirc;xtil, de cal&ccedil;ados, constru&ccedil;&atilde;o civil, m&aacute;quinas e equipamentos e prote&iacute;na animal, comunica&ccedil;&atilde;o e transporte rodovi&aacute;rio. &ldquo;Resolvemos prorrogar por mais dois anos a desonera&ccedil;&atilde;o da folha. Isso tem a ver com manuten&ccedil;&atilde;o de emprego. Quem se eleger em 2022 vai ter 2023 todinho para resolver essa quest&atilde;o&rdquo;, disse em um evento no Pal&aacute;cio do Planalto, segundo a CNN.

Com o fim desse benef&iacute;cio fiscal, que estava previsto para acabar no fim do ano, a base governista acredita&nbsp;as empresas pudessem demitir em 2022, ap&oacute;s a pandemia, quase 3 milh&otilde;es de trabalhadores. O Congresso j&aacute; estava analisando uma extens&atilde;o desse benef&iacute;cio para 2026, mas a inten&ccedil;&atilde;o do presidente &eacute; se adiantar a essa tramita&ccedil;&atilde;o.

&ldquo;Esse benef&iacute;cio se encerraria em dezembro, e imediatamente ir&iacute;amos nos deparar com inevit&aacute;veis demiss&otilde;es em um pa&iacute;s que j&aacute; conta com mais de 13 milh&otilde;es de desempregados. Conseguimos, com essa prorroga&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o apenas evitar demiss&otilde;es, mas tamb&eacute;m dar condi&ccedil;&otilde;es para que as empresas consigam criar empregos e mais oportunidades nos pr&oacute;ximos anos&rdquo;, afirmou na nota divulgada &agrave; imprensa pelo o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), coordenador-geral da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

Na pr&aacute;tica, ao desonerar as empresas de 17 setores, o governo deixa de arrecadar cerca de R$ 8 bilh&otilde;es por ano, segundo o economista-chefe da RPS Capital, Gabriel Barros, ouvido pela analista de economia da CNN Priscila Yazbek. Desta forma, a Uni&atilde;o precisa encontrar uma forma de compensar essa perda de arrecada&ccedil;&atilde;o.

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Desoneração da folha de pagamentos será adiada por mais dois anos, define Bolsonaro; "manutenção de emprego"