Morreu neste domingo (18/8), aos 88 anos, o ator francês Alain Delon, que ficou conhecido pelos trabalhos em O Sol por Testemunha (1960), O Leopardo (1963) e O Samurai (1967). Delon também foi produtor e empresário. O presidente da França, Emmanuel Macron, o enalteceu em publicação no X (antigo Twitter) após o anúncio da morte.

"Monsieur Klein ou Rocco, o Guepardo ou o Samurai, Alain Delon desempenhou papéis lendários e fez o mundo sonhar. Emprestando seu rosto inesquecível para virar nossas vidas de cabeça para baixo", escreveu Macron.

"Melancólico, popular, secreto, ele era mais que uma estrela: um monumento francês", acrescentou. Segundo a agência de notícias francesa AFP, em comunicado à imprensa, seus três filhos disseram que ele morreu pacificamente em sua casa em Douchy, na França, cercado pelos três e sua família.

"A família dele pede que você respeite gentilmente a privacidade dele, neste momento de luto extremamente doloroso", pontuaram na nota.

Segundo a Associated Press, no começo deste ano, um dos filhos de Delon, Anthony, disse que o pai havia sido diagnosticado com linfoma de células B. O linfoma é um câncer do sangue.

A AP informa que, em 2023, o estado de saúde frágil dele esteve no centro de uma disputa familiar sobre seus cuidados, o que originou uma discussões acirradas na mídia entre os três filhos de Delon.

Ele nasceu em 8 de novembro de 1935, em Sceaux, na França, e, depois que seus pais se separaram, quando tinha 4 anos, foi colocado em uma família adotiva. Frequentou um internato católico romano e, aos 17 anos, entrou para a Marinha e foi enviado à Indochina, na Ásia. Voltou à França em 1956 e teve vários empregos antes de começar a atuar.

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Aos 86 anos, o&nbsp;ator franc&ecirc;s Alain Delon, um dos grandes nomes do cinema, considerado &#39;s&iacute;mbolo sexual&#39; nos anos 60 e 70, decidiu fazer um procedimento de suic&iacute;dio assistido (eutan&aacute;sia), que &eacute; legalizado na Su&iacute;&ccedil;a, onde ele mora. O artista sofreu um AVC em 2019 e ficou vi&uacute;vo no ano passado.

Em publica&ccedil;&atilde;o nas redes sociais, ele disse: &quot;Quero agradecer a todos que me acompanharam ao longo dos anos e me deram um grande apoio, espero que os futuros atores consigam encontrar um exemplo em mim&rdquo;.&nbsp;

Ele j&aacute; havia comentado sobre&nbsp;a eutan&aacute;sia,&nbsp;inclusive em 2021, em entrevista &agrave; TV5 Monde, considerando o procedimeto &quot;a coisa mais l&oacute;gica e natural&quot;.

&quot;Tomei a minha decis&atilde;o h&aacute; muito tempo, acho que a minha vida foi linda mas tamb&eacute;m muito dif&iacute;cil. Nunca gostei de envelhecer. Todas essas dores e desafios do cotidiano me deixam paralisado&quot;, escreveu o ator em outro post, no dia 19 de mar&ccedil;o.

A esposa de Alain,&nbsp;a atriz Nathalie Delon, tamb&eacute;m decidiu pela eutan&aacute;sia, aos 79 anos, mas morreu em decorr&ecirc;ncia&nbsp;de um c&acirc;ncer no p&acirc;ncreas, no ano passado, antes de realizar o procedimento.

No in&iacute;cio deste m&ecirc;s, o filho do casal, Anthony, revelou&nbsp;que o pai cogitava pelo suic&iacute;dio assistido e teria pedido sua ajuda. &ldquo;Sim, &eacute; verdade, ele me perguntou isso&rdquo;, disse em coletiva de imprensa.

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