A delegada da Pol&iacute;cia Civil da Bahia, Maria Selma Pereira Lima, investigada no &acirc;mbito da&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/maria-selma-relatorio-enviado-a-justica-denuncia-cinco-crimes-e-aponta-relacao-amorosa-entre-delegada-e-lider-de-grupo">Opera&ccedil;&atilde;o Dubl&ecirc; por falsifica&ccedil;&atilde;o de documento p&uacute;blico, falsidade ideol&oacute;gica, uso de documento falso, denuncia&ccedil;&atilde;o caluniosa e fraude processual</a>, vai tentar ser deputada federal pelo estado.

Maria Selma &eacute; uma das postulantes pelo PDT este ano. Em 2018, ela tentou uma cadeira na Assembleia Legislativa (AL-BA), mas obteve 8.770 votos.

A a&ccedil;&atilde;o que teve Maria Selma como alvo foi deflagrada em julho de 2020 e, por conta das apura&ccedil;&otilde;es, ela foi afastada cautelarmente das fun&ccedil;&otilde;es. A decis&atilde;o foi publicada no Di&aacute;rio Oficial da Bahia em 7 de julho do mesmo ano.&nbsp;

Em julho de 2022, reportagem do Aratu On mostrou que&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/exclusivo-prazo-para-afastamento-da-delegada-maria-selma-se-encerra-e-defesa-pede-que-ela-volte-ao-trabalho" target="_blank">Maria Selma j&aacute;&nbsp;poderia voltar ao trabalho</a>. Pelo menos &eacute; o que pediam seus advogados, S&eacute;rgio e Thales Habib. A defesa ainda explicou que o pedido foi encaminhado ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Bahia. Em seguida, o processo voltou&nbsp;para o Tribunal de Justi&ccedil;a.&nbsp;

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/caso-maria-selma-justica-nega-recursos-que-pediam-ate-absolvicao-e-delegada-vai-a-julgamento-com-entao-namorado" target="_blank">Caso Maria Selma: Justi&ccedil;a nega recursos que pediam at&eacute; absolvi&ccedil;&atilde;o e delegada vai a julgamento com ent&atilde;o namorado</a>

JUSTI&Ccedil;A

Selma responde judicialmente pelos crimes junto com outros homens, identificados como Pedro Ivan Matos Damasceno, Carlos Ant&ocirc;nio Franco Assis e Claudio Marco Veloso Silva.

Pedro Ivan, apontado como namorado da delegada &agrave; &eacute;poca, foi denunciado por furto qualificado, falsifica&ccedil;&atilde;o de documento p&uacute;blico, falsidade ideol&oacute;gica, uso de documento falso, adultera&ccedil;&atilde;o de sinal identificador de ve&iacute;culo automotor, corrup&ccedil;&atilde;o ativa, denuncia&ccedil;&atilde;o caluniosa e posse ilegal de arma de fogo. &nbsp;

Carlos Ant&ocirc;nio Franco, por sua vez, responde por furto qualificado e denuncia&ccedil;&atilde;o caluniosa. Por fim, Claudio Marco Veloso foi denunciado por usurpa&ccedil;&atilde;o de fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica.

Em mar&ccedil;o deste ano, o Tribunal de Justi&ccedil;a da Bahia negou recursos dos advogados e manteve a audi&ecirc;ncia de instru&ccedil;&atilde;o dos r&eacute;us. Segundo Thales Habib, a audi&ecirc;ncia chegou a ser instalada, mas n&atilde;o aconteceu por problemas t&eacute;cnicos na transmiss&atilde;o da videoconfer&ecirc;ncia com o Estado de S&atilde;o Paulo.&nbsp;Pedro Ivan&nbsp;est&aacute; preso na cidade de Mau&aacute;.

CRIMES

Maria Selma est&aacute; afastada das fun&ccedil;&otilde;es desde quando o caso veio &agrave; tona, em setembro de 2020. Al&eacute;m da Justi&ccedil;a comum, ela tamb&eacute;m &eacute; alvo da Corregedoria da Pol&iacute;cia Civil. Apura&ccedil;&otilde;es confirmaram os ind&iacute;cios de favorecimento ilegal e fraudes a favor da quadrilha de Pedro Ivan.&nbsp;

Segundo uma delas, que est&aacute; no Di&aacute;rio Oficial, Selma alterou, de forma fraudulenta, fatos noticiados por policiais militares na 16&ordf; Delegacia Territorial (DT/Pituba) para beneficiar Pedro e o outro rapaz, suspeitos de tentar furtar um ve&iacute;culo, modelo Uno. Al&eacute;m disso, eles estavam em posse de um carro clonado, uma Strada.&nbsp;

Para n&atilde;o serem conduzidos &agrave; 16&ordf; DT, os dois ofereceram R$ 1.600 aos policiais, mas os agentes n&atilde;o aceitaram o suborno. O inqu&eacute;rito descobriu que a ent&atilde;o titular da 16&ordf; DT acusou os policiais militares de extors&atilde;o, sem comprova&ccedil;&atilde;o alguma, al&eacute;m de tentar liberar da delegacia a Strada clonada, com documentos falsos da propriet&aacute;ria, que jamais compareceu &agrave; 16&ordf; DT e n&atilde;o teve seu carro roubado.

Ainda de acordo com o Di&aacute;rio Oficial da Bahia, a &quot;servidora instaurou, de forma fraudulenta, o inqu&eacute;rito policial n&ordm; 256-A, mas n&atilde;o concluiu, tampouco remeteu ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico e a suposta extors&atilde;o n&atilde;o foi comunicada &agrave; Corregedoria da PM&quot;, como &eacute; de praxe nestes tipos de casos em todas as delegacias do pa&iacute;s.&nbsp;

Os fatos ocorreram em 2016, mas s&oacute; chegaram ao conhecimento da Corregedoria em junho de 2020, ap&oacute;s um relat&oacute;rio produzido pela tamb&eacute;m delegada, Carla Ramos, ser remetido ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico baiano.

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Delegada Maria Selma se candidata a deputada federal mesmo afastada da polícia por suspeita de diversos crimes