<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/para-realizar-fetiche-de-corno-homem-chama-outro-para-sexo-a-tres-mas-se-arrepende-e-mata-a-namorada" target="_blank">H&aacute; 18&nbsp;dias, a cidade de Patos de Minas, em Minas Gerais, foi palco de um crime b&aacute;rbaro: uma mulher foi morta a pauladas, ap&oacute;s seu companheiro sentir ci&uacute;mes de outro rapaz enquanto realizavam um ato sexual a tr&ecirc;s. </a>

A delicada situa&ccedil;&atilde;o narra a perda brutal de uma vida, mas exp&otilde;e uma&nbsp;pr&aacute;tica cada vez mais corriqueira: o prazer de ser corno, ou melhor dizendo,&nbsp;um&nbsp;cuckold - quando uma pessoa admira o companheiro (a) com outra pessoa -.&nbsp;Para muitos, isso &eacute; bizarro, ofensivo e desrespeitoso. Por&eacute;m, n&atilde;o deve ser tratado como tal.

Inclusive, &eacute; um fetiche mais comum do que se pensa e vem despertando a curiosidade e a busca de muitos casais.&nbsp;Existe uma parcela da popula&ccedil;&atilde;o que se realiza com a ideia e&nbsp;ainda se excita com tal&nbsp;possibilidade.

Nos &uacute;ltimos 15 anos, a procura pelo termo cresceu cerca de 800% no Google. No XVideos, popular site de pornografia, uma pesquisa por &ldquo;cuckold&rdquo; resulta em mais de 32 mil v&iacute;deos sobre a pr&aacute;tica.

A origem do termo &eacute; a inspirada na ave cuco.&nbsp;Quando est&aacute; pronta para botar ovos, a f&ecirc;mea cuco procura ninhos de outros p&aacute;ssaros. Se achar algum cuja m&atilde;e foi dar &quot;uma voltinha&quot;, ela mata um dos ovos que ali est&aacute;, coloca seu pr&oacute;prio ovinho no lugar e vai embora. Outra m&atilde;e que ir&aacute; cuidar.

O ato &eacute; conden&aacute;vel, mas&nbsp;mexeu com a imagina&ccedil;&atilde;o de muita gente.&nbsp;Na teoria, o nome da pr&aacute;tica vem justamente do desejo de ser alvo de uma infidelidade desse tipo. Trata-se de uma vertente masoquista.

A experi&ecirc;ncia com a situa&ccedil;&atilde;o pode acontecer de diferentes maneiras. O &quot;corno&quot; pode gostar de ver o ato acontecendo (o que &eacute; comum em casas de swing, por exemplo), acompanhar remotamente (por meio de liga&ccedil;&otilde;es, v&iacute;deos e mensagens) ou simplesmente saber do que rolou.&nbsp;

ACORDO

Apesar do que pode parecer &agrave; primeira vista, n&atilde;o existe trai&ccedil;&atilde;o dentro da comunidade cuckold. A pr&aacute;tica &eacute; acordada. S&oacute; &eacute; poss&iacute;vel realizar um fetiche cuckold se o tra&iacute;do quiser acompanhar o desenrolar da coisa &ndash; e claro, se a infiel topar ser infiel. Se algu&eacute;m trai fora do combinado, n&atilde;o h&aacute; fetiche envolvido.

O cuckold envolve uma s&eacute;rie de aspectos sexuais e psicol&oacute;gicos, &eacute; algo complexo. Entender e respeitar os pr&oacute;prios limites e os do outro &eacute; um dos cuidados a serem tomados.&nbsp;Nem sempre, por exemplo,&nbsp;a parceria vai estar disposta a ir exatamente aonde a pessoa quer.&nbsp;Consentimento &eacute; fundamental.

&quot;Se eu desenvolvo uma parafilia [&eacute; o comportamento sexual tido como fora do comum, que se desvia do padr&atilde;o], vou l&aacute; e fa&ccedil;o aquela pr&aacute;tica por prazer, mas a&iacute; depois aquela pr&aacute;tica me d&aacute; um preju&iacute;zo enorme: jur&iacute;dico, pessoal... Ent&atilde;o, aquilo se torna um transtorno a partir do meu sofrimento ou o de terceiros&quot;, explica a psiquiatra, Paula Dione,&nbsp;que vai al&eacute;m. Segundo ela, o tema envolve uma discuss&atilde;o bastante complexa.&nbsp;

&quot;&Agrave;s vezes, as pessoas v&ecirc;m de uma cultura que reprime&nbsp;rela&ccedil;&atilde;o de pessoas do mesmo sexo, por exemplo. Ent&atilde;o justamente aquela pessoa, daquela cria&ccedil;&atilde;o, daquela filha, se pega tendo esse tipo de desejo. E a&iacute;, foi uma contra-rea&ccedil;&atilde;o? N&atilde;o foi? J&aacute; nasceu assim? S&atilde;o coisas que a gente n&atilde;o tem resposta. A discuss&atilde;o sobre orienta&ccedil;&atilde;o sexual &eacute; complexa. A pessoa nasce assim? Desenvolve? Se reprimir piora...&eacute; uma discuss&atilde;o que n&atilde;o tem resposta fechada&quot;.&nbsp;

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A reportagem do Aratu ON conversou com a&nbsp;psic&oacute;loga e psicoterapeuta sexual Th&eacute;a Murta, que tenta explicar o motivo pelo qual &quot;o&nbsp;cuckold gera um desconforto maior&quot; se comparado a outros fetiches.

&quot;Acredito ser pelo machismo e como &eacute; colocado a sexualidade dos homens. Afinal, ver sua parceira com outro homem pode dar a sensa&ccedil;&atilde;o de tirar o homem do lugar de poder e de macho alfa nas rela&ccedil;&otilde;es. Qualquer fetiche &eacute; entendido como um problema quando passa a fazer mal para as pessoas que est&atilde;o praticando, quando se torna compulsivo, n&atilde;o tem consentimento e s&atilde;o a &uacute;nica forma que a pessoa consegue se relacionar sexualmente, por exemplo&quot;, disse.&nbsp;

<a href="https://aratuon.com.br/noticia/geral/mais-polemico-do-brasil-a-historia-de-luana-e-arthur-que-viajam-o-pais-incentivando-sexo-com-pessoas-diferentes-e-em-publico" target="_blank">Famosos na web e numa plataforma de conte&uacute;do adulto, o&nbsp;casal Arthur O Urso, de 34 anos, e Luana Kazaki. de 24, costuma incentivar a pr&aacute;tica do Swing.</a>&nbsp;Eles tamb&eacute;m s&atilde;o &quot;cuckolds&quot;.&nbsp;Parte do trabalho dos dois &eacute; tentar desmistificar esse universo e ainda contribuir para que os adeptos apimentem a rela&ccedil;&atilde;o.

O casal&nbsp;ganhou holofotes no final do ano passado. Originalmente casado com Luana Kazaki, Arthur sempre defendeu conceitos como o amor livre e o poliamor. <a href="https://aratuon.com.br/variedades/noticia/curiosidades/homem-casado-com-oito-mulheres-busca-gordinha-para-ser-sua-nona-esposa" target="_blank">N&atilde;o &agrave; toa,&nbsp;o influenciador ficou famoso por ter se &#39;casado&#39;, no ano passado, com nove mulheres numa cerim&ocirc;nia conjunta.</a>

A reportagem do Aratu On conversou com Arthur, que explicou um pouco sobre sua hist&oacute;ria neste universo cuckold. &quot;N&atilde;o foi nada f&aacute;cil. Recebi cr&iacute;ticas de amigos, da fam&iacute;lia, da sociedade... depois que me mudamos para S&atilde;o Paulo, ningu&eacute;m nos parou! Acho que as pessoas est&atilde;o come&ccedil;ando a parar de se preocupar se a pr&aacute;tica &eacute; tabu ou n&atilde;o, e est&atilde;o cedendo&quot;, ressaltou.&nbsp;

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CUCKQUEEN E OS TIPOS DE CUCKOLD

Al&eacute;m dos maridos que sentem prazer em ver a mulher ser desejada por outros, existem as esposas que tamb&eacute;m curtem ver o marido se relacionando com outra mulher. As pr&aacute;ticas costumam ser feitas com o casal e a terceira pessoa ao mesmo tempo. Existem algumas varia&ccedil;&otilde;es no fetiche, a depender do gosto de cada um.

Cuckold voyeur

O mais comum, que gosta de assistir &agrave; parceira transando com outro homem sem participar do ato sexual. O prazer est&aacute; em observar.

Cuckold &agrave; espera

Sente prazer quando a esposa ou parceira sai com outro enquanto ele fica em casa. N&atilde;o saber o que est&aacute; acontecendo &eacute; parte do jogo e da estimula&ccedil;&atilde;o. O marido tamb&eacute;m pode acompanhar o que est&aacute; acontecendo por telefone ou mensagens de texto.

Cuckold bi

Nesse caso, o corno e o amante s&atilde;o bissexuais e interagem no sexo, que tamb&eacute;m inclui a parceira.

Cuckold submisso

O corno fica na posi&ccedil;&atilde;o de submisso e &eacute; humilhado, podendo ser pelo amante ou pela parceira. Pode acontecer enquanto o marido observa o ato entre a parceira e o amante.

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