Quem aí aproveitou o final de semana para tomar uma cervejinha? O brasileiro, com certeza, sim. Segundo informações do anuário da cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o setor cervejeiro no Brasil cresceu quase 12% em 2022. Em todo o país, aliás, de acordo com a Agência Brasil, já são mais de 1.700 cervejarias que comercializam a bebida legalmente.
O estado de São Paulo tem o maior número de cervejarias registradas (387), seguido pelo Rio Grande do Sul (310) e Minas Gerais (222). Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos.
Neste ano, o volume de vendas no território nacional deve chegar a 16 bilhões de litros, 4,5% a mais em relação a 2022, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja. Segundo o presidente da entidade, a padronização de regras do setor contribuiu para esses resultados.
EMPREGOS
Esse mercado cada vez mais profissionalizado não é a única vantagem da expansão do setor no Brasil. É que a cerveja gera emprego e renda na localidade em que é feita. Em todo o país, essa cadeia produtiva é responsável por dois milhões de vagas diretas e indiretas.
Além da qualidade, as cervejas brasileiras são inovadoras nos sabores e podem levar frutas vermelhas, castanha de baru, alecrim, tomate e até limão e cúrcuma, trazendo cada vez mais o estilo brasileiro para a bebida.

O n&uacute;mero de mortes no Brasil saltou 16,9% com a pandemia de Covid-19 em 2021. O percentual foi maior que em 2020, quando houve um aumento de 15,3%. Nos dez anos antes da pandemia, a alta m&eacute;dia anual de &oacute;bitos no Brasil foi de 1,1%.

Somente em 2021, mais de 420 mil brasileiros morreram em decorr&ecirc;ncia da doen&ccedil;a, o dobro de 2020. Os dados fazem parte da S&iacute;ntese de Indicadores Sociais (SIS): uma an&aacute;lise das condi&ccedil;&otilde;es de vida da popula&ccedil;&atilde;o brasileira 2022, divulgada nesta sexta-feira (2/12), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).

Em 2020 e 2021, o Brasil teve 22,3 milh&otilde;es de casos de covid-19 e mais de 600 mil &oacute;bitos causados pela doen&ccedil;a. Foram 7,7 milh&otilde;es de casos e aproximadamente 200 mil mortes em 2020 e 14,6 milh&otilde;es de casos e 420 mil mortes em 2021.

Segundo a publica&ccedil;&atilde;o, a an&aacute;lise da mortalidade causada pela pandemia mostrou expans&atilde;o de 102,3% nos &oacute;bitos entre 2020 e 2021. A maioria das mortes ocorreu entre homens, alcan&ccedil;ando 57,2% em 2020 e 55,5% em 2021. No segundo ano da pandemia houve uma alta de 105,2% nos &oacute;bitos entre as mulheres.

COR DA PELE

Os grupos mais acometidos em 2020 pela covid, de acordo com a SIS, foram homens pretos ou pardos (27,5%) e os homens brancos (27,2%), seguidos das mulheres brancas (21,5%) e mulheres pretas ou pardas (19,6%). Em 2021, essa distribui&ccedil;&atilde;o foi alterada: homens brancos foram maioria (30,8%), seguidos das mulheres brancas (25,3%), homens pretos ou pardos (22,8%) e mulheres pretas ou pardas (17,8%).

Os dados mostram, ainda, os impactos da vacina&ccedil;&atilde;o. A incid&ecirc;ncia da covid come&ccedil;ou a diminuir a partir de meados de junho de 2021, quando a vacina&ccedil;&atilde;o com a primeira dose atingiu 30,4% da popula&ccedil;&atilde;o. A taxa de incid&ecirc;ncia apresentou tend&ecirc;ncia a queda, registrando 240,3 por 100 mil. Esse n&iacute;vel de vacina&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m contribuiu para desacelerar a trajet&oacute;ria da taxa de mortalidade.

Em termos regionais, a publica&ccedil;&atilde;o mostra que houve diferen&ccedil;as tanto em termos de cobertura populacional das pol&iacute;ticas municipais, quanto em termos de n&uacute;mero de casos, interna&ccedil;&otilde;es e &oacute;bitos relacionados &agrave; covid. Na regi&atilde;o Sudeste, por exemplo, 90,7% da popula&ccedil;&atilde;o, viviam em munic&iacute;pios onde o n&uacute;mero de leitos foi ampliado para atender &agrave; demanda por interna&ccedil;&atilde;o por covid. J&aacute; na regi&atilde;o Nordeste, esse percentual cai para 81,6%.

MENOS LEITOS

De acordo com a SIS, o n&uacute;mero de leitos de interna&ccedil;&atilde;o no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) por mil habitantes caiu de 2010 a 2021, passando de 1,73 leito SUS (Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de) em 2010 para 1,47 em 2021. O menor valor foi observado em 2019: 1,42 leito. J&aacute; a taxa de leitos n&atilde;o-SUS por mil benefici&aacute;rios de planos de sa&uacute;de era de 8,93 em 2010 e foi para 4,86 leitos em 2021. &ldquo;Cabe avaliar como se comportaram indicadores vinculados ao tamanho da popula&ccedil;&atilde;o, pois a disponibilidade de infraestrutura e equipamentos pode estar aqu&eacute;m do crescimento populacional&rdquo;, diz a S&iacute;ntese.

A SIS re&uacute;ne indicadores que ajudam em um conhecimento amplo da realidade social do Brasil. A publica&ccedil;&atilde;o utiliza dados de estudos do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios Cont&iacute;nua (Pnad) e a Pesquisa de Informa&ccedil;&otilde;es B&aacute;sicas Municipais, al&eacute;m de dados de fontes externas como o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e a Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS), e informa&ccedil;&otilde;es de organismos internacionais como a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) e a Organiza&ccedil;&atilde;o para a Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&ocirc;mico (OCDE).

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