Embora a oposi&ccedil;&atilde;o tenha protocolado um pedido de instaura&ccedil;&atilde;o da CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o presidente Adolfo Menezes (PSD)&nbsp;acredita &quot;que n&atilde;o &eacute; compet&ecirc;ncia da Casa&quot; abrir uma comiss&atilde;o para apurar os fatos reivindicados pelos opositores do governador Rui Costa (PT).&nbsp;

&quot;A oposi&ccedil;&atilde;o tem todo direito de querer abrir uma CPI. &Eacute; um instrumento que &eacute; permitido pela Casa Legislativa, todas elas, mas estamos a menos de seis meses das elei&ccedil;&otilde;es. &Eacute; claro que, em ano eleitoral, os &acirc;nimos se acirram mais e &eacute; um querendo desgastar o seu oponente&quot;, avaliou Menezes, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu.

Na vis&atilde;o do parlamentar, n&atilde;o &eacute; atribui&ccedil;&atilde;o da AL-BA instalar o colegiado porque, a&nbsp;n&iacute;vel federal, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; investigada pelo Superior Tribunal de Justi&ccedil;a (STJ).&nbsp;No entanto, ele assegurou que o pedido seguir&aacute; os tr&acirc;mites no departamento jur&iacute;dico da Casa a fim de analisar se prosperar&aacute; ou n&atilde;o

Na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (26/4), a oposi&ccedil;&atilde;o recolheu 21 assinaturas para pedir a abertura do colegiado, a fim de investigar o processo de compra de 300 respiradores mec&acirc;nicos que n&atilde;o foram entregues durante o auge da pandemia.

Os equipamentos foram comprados para o Cons&oacute;rcio Nordeste, por interm&eacute;dio do Governo da Bahia, com valor de R$ 48,7 milh&otilde;es. Segundo a gest&atilde;o estadual, parte dos recursos foi ressarcida aos cofres estaduais. Os detalhes e os valores, no entanto, n&atilde;o foram divulgados.

Com os 21 deputados que apoiam a CPI, a oposi&ccedil;&atilde;o j&aacute; tem o n&uacute;mero necess&aacute;rio de assinaturas para instaur&aacute;-la. De acordo com regimento interno da AL-BA, &eacute; necess&aacute;rio que haja requerimento de pelo menos um ter&ccedil;o dos parlamentares da Casa. Como h&aacute; 63 deputados na Assembleia, 21 &eacute; o n&uacute;mero exato necess&aacute;rio para se requerer a instaura&ccedil;&atilde;o de uma comiss&atilde;o parlamentar de inqu&eacute;rito.

Para Menezes, as eventuais irregularidades feitas no processo de contrata&ccedil;&atilde;o &quot;n&atilde;o partiram do governador Rui Costa&quot;. &quot;Eu confio plenamente. Nesse governo, ningu&eacute;m ouve falar em empreiteiro ganhando propina, como no passado. Claro que, num governo como o tamanho da Bahia, acontecem falhas. Essa foi uma falha, mas tenho certeza absoluta que n&atilde;o partiu do governador&quot;, opinou.

&quot;O governador Rui Costa, que confio plenamente, &eacute; um homem admir&aacute;vel&quot;, acrescentou.

VEJA A ENTREVISTA COMPLETA:

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A bancada de oposi&ccedil;&atilde;o na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) protocolou nesta ter&ccedil;a-feira (26/04) o requerimento para instala&ccedil;&atilde;o da Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) para investigar o caso dos respiradores. O documento foi entregue &agrave; Secretaria Geral da Mesa Diretora, que encaminha para a Procuradoria da Casa. Em seguida, cabe ao presidente do Legislativo, deputado Adolfo Menezes (PSD), deferir ou n&atilde;o o pedido de abertura da comiss&atilde;o.&nbsp;

No total, 21 deputados assinaram o documento, incluindo os 12 parlamentares do Uni&atilde;o Brasil, os quatro do Republicanos, dois do PSDB, um PDT, um do PL e um do PSC. O n&uacute;mero de 21 assinaturas &eacute; o exigido pelo Regimento Interno da ALBA para que o requerimento seja encaminhado.&nbsp;

Participaram da entrega do requerimento os deputados Sandro R&eacute;gis (Uni&atilde;o Brasil), l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o; Alan Sanches (Uni&atilde;o Brasil); Capit&atilde;o Alden (PL); Paulo C&acirc;mara (PSDB); Soldado Prisco (Uni&atilde;o Brasil); Talita Oliveira (Republicanos); David Rios (Uni&atilde;o Brasil); e Samuel Jr. (Republicanos).&nbsp;

De acordo com o deputado Sandro R&eacute;gis, a CPI na Bahia dar&aacute; continuidade &agrave;s investiga&ccedil;&otilde;es j&aacute; iniciada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. &quot;Oficializamos o pedido com todas as assinaturas regimentais. Nossa CPI ser&aacute; uma extens&atilde;o da comiss&atilde;o do Rio Grande do Norte. Hoje, com esse fato (opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal), mais do que nunca a ALBA, independente de partido ou de posi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, tem a obriga&ccedil;&atilde;o de apurar este caso, at&eacute; porque estamos falando de quase R$ 50 milh&otilde;es e 300 respiradores que poderiam salvar vidas&quot;, afirmou o l&iacute;der.&nbsp;

&quot;Tenho certeza que o presidente Adolfo Menezes (PSD), como guardi&atilde;o da integridade desta Casa Legislativa, n&atilde;o ir&aacute; se opor que o Parlamento cumpra o seu papel. Esperamos agora o deferimento desta pe&ccedil;a para que a CPI seja instalada e que todos os fatos sejam devidamente apurados&quot;, acrescentou R&eacute;gis.&nbsp;

R&eacute;gis ainda afirmou esperar que o governador Rui Costa (PT) d&ecirc; apoio &agrave; CPI, j&aacute; que o petista disse nesta ter&ccedil;a-feira em entrevista que est&aacute; &quot;ansioso pra que isso seja conclu&iacute;do e os respons&aacute;veis sejam punidos&quot;. &quot;J&aacute; que o governador quer tanto que os fatos sejam esclarecidos, ent&atilde;o ele n&atilde;o ir&aacute; se opor &agrave; abertura da CPI. Esperamos que o governador pe&ccedil;a aos deputados da sua bancada para assinar o requerimento para que possamos aprofundar a investiga&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o h&aacute; instrumento melhor do que uma CPI para esta apura&ccedil;&atilde;o&quot;, salientou.

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