As compras que Jair Bolsonaro realizou atrav&eacute;s do cart&atilde;o corporativo da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica foram expostas. Segundo as planilhas divulgadas, o ex-presidente gastou R$ 27,6 milh&otilde;es entre 2019 e 2022 no seu cart&atilde;o corporativo. Entre os destaques, est&atilde;o os gastos com hospedagem que representam a maior fatia do que foi comprado com o cart&atilde;o.

O documento mostra que, no total, foram R$ 13,7 milh&otilde;es gastos com hot&eacute;is.&nbsp;O destaque fica para o Ferraretto Hotel, no Guaruj&aacute;, cidade do litoral paulista, no qual foi gasto o valor de R$ 1,4 milh&atilde;o.&nbsp;Na alimenta&ccedil;&atilde;o, outra parcela significativa nos gastos gerais do cart&atilde;o &mdash; R$ 10,2 milh&otilde;es, se destacam os R$ 8.600 gastos em sorveterias. Al&eacute;m disso, o ex-presidente comprou cerca de R$ 408 mil em mercadorias de em peixarias e, em padarias, Bolsonaro gastou R$ 581 mil ao longo do mandato.&nbsp;

De acordo com informa&ccedil;&otilde;es divulgadas pelo Uol, os gastos foram publicados em resposta a um pedido feito pela ag&ecirc;ncia Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso &agrave; Informa&ccedil;&atilde;o). At&eacute; ent&atilde;o, o governo Bolsonaro argumentava que deixaria os valores em sigilo at&eacute; o fim do mandato, seguindo um trecho da pr&oacute;pria lei. Por este motivo, a divulga&ccedil;&atilde;o dos gastos n&atilde;o se relaciona, em tese, com os &quot;sigilos de 100 anos&quot; de Bolsonaro, contestados pelo governo Lula (PT) em pedido feito &agrave; CGU (Controladoria-Geral da Uni&atilde;o) no dia da posse.

O uso dos cart&otilde;es corporativos pelo Governo Federal &eacute; regulamentado pelo Decreto n&ordm; 5.355/2005 que diz: O cart&atilde;o deve ser utilizado para &quot;pagamento das despesas realizadas com compra de material e presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os, nos estritos termos da legisla&ccedil;&atilde;o vigente&quot;. Segundo o Portal da Transpar&ecirc;ncia, o uso do cart&atilde;o n&atilde;o pede a obrigatoriedade de licita&ccedil;&atilde;o, mas devem seguir &quot;os mesmos princ&iacute;pios que regem a Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica - legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici&ecirc;ncia, bem como o princ&iacute;pio da isonomia e da aquisi&ccedil;&atilde;o mais vantajosa&quot;.

Dessa forma, pelo ponto de vista da lei, n&atilde;o seria ilegal utilizar o cart&atilde;o corporativo para comprar itens de alimenta&ccedil;&atilde;o &mdash; incluindo sorvetes. Os gastos dos presidentes anteriores tamb&eacute;m s&atilde;o p&uacute;blicos para confer&ecirc;ncia.]

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Pode at&eacute; render a brincadeira&nbsp;do t&iacute;tulo desta nota, mas o assunto &eacute;&nbsp;s&eacute;rio. Uma funcion&aacute;ria&nbsp;de um tribunal em uma cidade do interior do Arkansas, nos Estados Unidos (EUA), vem usando, desde 2012, dinheiro p&uacute;blico em benef&iacute;cio pr&oacute;prio.&nbsp;Dos 200 mil d&oacute;lares (cerca de 630 mil reais) que ela vem gastando, desde 2012, o que mais chamou a aten&ccedil;&atilde;o foi a compra de um terno (!) para cachorro.

Kristi Goss foi a julgamento por peculato,&nbsp;nesta semana, por peculato. Uma&nbsp;empresa que fez a&nbsp;auditoria das contas p&uacute;blicas da cidade em que ela trabalhava encontrou discrep&acirc;ncias nos gastos dos cart&otilde;es de cr&eacute;dito corporativos. Ela usava o cart&atilde;o para pagar desde tarifas de energia el&eacute;trica e celular at&eacute; ingressos para eventos esportivos, al&eacute;m de coisas mais inusitadas, a exemplo do terno para o c&atilde;ozinho e travesseiros decorativos.

A funcion&aacute;ria responde&nbsp;por sete acusa&ccedil;&otilde;es de fraude e peculato e, se condenada a todas elas, pode pegar at&eacute; 100 anos de pris&atilde;o.

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