O l&iacute;der comunit&aacute;rio Everaldo do Ros&aacute;rio Rosa, conhecido como Dino Rosa, de 40 anos, morreu na noite desta quinta-feira (6), ap&oacute;s sofrer uma parada card&iacute;aca durante uma discuss&atilde;o sobre o pagamento dos cordeiros que trabalharam no Carnaval deste ano. O fato aconteceu na Rua da Cacimba, em frente &agrave; UPA de Itapu&atilde;, em Salvador.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/25e2ccc1-75b8-4b69-80bf-6efac9c83f40.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Lider Comunit&aacute;rio Dino Rosa. Foto: Redes Sociais / @dinorosaofc">
De acordo com informa&ccedil;&otilde;es preliminares, Dino Rosa estava em uma conversa sobre os valores do sal&aacute;rio dos cordeiros que trabalharam no Carnaval, quando passou mal e teve uma parada card&iacute;aca. Ele foi socorrido, mas n&atilde;o resistiu.
Reconhecido por sua atua&ccedil;&atilde;o como l&iacute;der comunit&aacute;rio nos bairros de S&atilde;o Caetano e Bom Ju&aacute;, Dino era uma figura conhecida e respeitada na regi&atilde;o. Ap&oacute;s a not&iacute;cia de sua morte, amigos e familiares prestaram homenagens nas redes sociais. &ldquo;Vai com Deus, meu querido. Que Deus te d&ecirc; o descanso eterno, saudades&rdquo;, escreveu uma seguidora.
O caso segue sob investiga&ccedil;&atilde;o para esclarecer detalhes sobre as circunst&acirc;ncias da discuss&atilde;o e o motivo que levou &agrave; parada card&iacute;aca.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/65d0318f-f7f0-478d-a22b-83f8767a32f2.jpeg?width=825&amp;height=1322" alt="Whats App Image 2025 03 07 at 09.23.45">
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Os cordeiros que ir&atilde;o atuar no Carnaval 2025 de Salvador v&atilde;o receber R$ 100 por dia de servi&ccedil;o, segundo a decis&atilde;o tomada em reuni&atilde;o nesta ter&ccedil;a-feira (14), entre representantes do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT), <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/cordeiros-de-salvador-reivindicam-aumento-na-diaria-para-o-carnaval-2025" target="_blank">da Associa&ccedil;&atilde;o dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia (Sindicorda)</a>, Prefeitura de Salvador, Conselho do Carnaval e Pol&iacute;cia Militar, al&eacute;m do conjunto de entidades carnavalescas.

A informa&ccedil;&atilde;o foi confirmada ao <a href="https://aratuon.com.br/secao/carnaval-2025" target="_blank">Aratu On</a> pelo presidente do Sindcorda, Matias Santos. O valor anterior definido para um dia de trabalho <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/carnaval-moradores-das-areas-de-restricao-ja-podem-solicitar-credenciais-saiba-onde" target="_blank">no Carnaval</a>&nbsp;era de R$ 80 (2024), enquanto a di&aacute;ria paga em 2023 foi de R$ 64.&nbsp;Com o novo valor, houve um incremento de 25% de ganho real&nbsp;no pagamento a ser feito aos trabalhadores. Ainda segundo Matias, considera-se uma di&aacute;ria&nbsp;a jornada de 6 horas trabalhadas.

Al&eacute;m do acordo sobre o valor da di&aacute;ria, a Sindcorda participou de uma reuni&atilde;o no Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho para refor&ccedil;ar o cumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que visa garantir direitos para os cordeiros, como Equipamentos de Prote&ccedil;&atilde;o Individual (EPIs), alimenta&ccedil;&atilde;o e seguro de vida. &quot;Sapato fechado, camisas de algod&atilde;o ou poli&eacute;ster, luvas, protetor auricular, quatro &aacute;guas, alimentos industrializados. Tudo isso &eacute; garantido ao trabalhador pela TAC&quot;, afirmou o presidente.

No pr&oacute;ximo dia 28 de janeiro, uma nova reuni&atilde;o deve acontecer com a participa&ccedil;&atilde;o de<a href="https://aratuon.com.br/carnaval/bloco-as-muquiranas-anuncia-fantasia-para-o-carnaval-2025-e-promete-homenagear-a-bahia" target="_blank"> blocos carnavalescos</a> e entidades, para alinhar a aplica&ccedil;&atilde;o das medidas.

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/129943/mg/carnaval maraux ssp.jpg" style="width: 960px; height: 560px;" />Uma nova reuni&atilde;o deve acontecer no dia 28 de janeiro para outras defini&ccedil;&otilde;es sobre o Carnaval. Foto: Alberto Maraux/SSP-BA

Cumprimento das normas de saúde e segurança, pagamento das diárias e outras questões que envolvem os quase 15 mil cordeiros durante o Carnaval de Salvador não ser debatidas nessa sexta-feira (3/3), às 9h30, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Corredor da Vitória.

A reunião convocada pelo grupo de procuradores criado para acompanhar as relações laborais durante a festa popular deverá contar com a presença de representantes de órgãos de controle e fiscalização, além de trabalhadores e empresários. O objetivo é avaliar o Carnaval deste ano e iniciar a construção de propostas para os próximos eventos.

Além do MPT, o encontro terá a participação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Salvador (Cerest), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Saúde que realizou este ano ampla fiscalização das condições de trabalho. Também deverão estar presentes representantes da Superintendência Regional do Trabalho (SRT-BA), da Defensoria Pública do Estado da Bahia, da Defensoria Pública da União (DPU), da Secretaria de Promoção da Igualdade do governo do estado (Sepromi), além do Sindicato dos Cordeiros (Sindicorda) e de associações de blocos e entidades carnavalescas.

O termo de ajuste de conduta firmado pelo MPT com entidades carnavalescas de Salvador em 2017 tem balizado as relações entre empregadores e empregados durante a festa. O principal objetivo do documento é estabelecer padrões mínimos de saúde e segurança do trabalho, como fornecimento de alimentação, água e equipamentos de proteção, além da garantia da existência de seguro de acidentes. Outro ponto é o valor mínimo a ser pago a cada trabalhador por dia de desfile. Que depende de negociação direta entre empregadores e empregados para ser reajustada ano a ano. O chamado TAC dos cordeiros é o principal instrumento de referência para a fiscalização.

Desde que o Carnaval baiano passou a se estruturar em torno de grandes e números blocos, a função do cordeiro ganhou importância para a festa. São essas pessoas que seguram as cordas que limitam o espaço reservado à entidade carnavalesca durante sua passagem pelas ruas da cidade, garantindo o conforto e a segurança dos foliões. Mas essa importância nem sempre se refletiu em reconhecimento. A função historicamente foi exercida de maneira informal, retirando dos trabalhadores qualquer direito em relação a condições mínimas de segurança, alimentação, e até mesmo de pagamento pelos serviços.

*Com informações da Ascom/MPT-BA

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