A vacina&ccedil;&atilde;o contra a Covid-19 com o imunizante fabricado no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiol&oacute;gicos Bio-Manguinhos, a vacina Fiocruz/AstraZeneca, se mostrou eficaz para proteger a popula&ccedil;&atilde;o contra a contamina&ccedil;&atilde;o, hospitaliza&ccedil;&atilde;o e morte pela doen&ccedil;a, mesmo em comunidades vulner&aacute;veis e com alta transmiss&atilde;o do novo coronav&iacute;rus.

&Eacute; o que mostra a pesquisa Vacina Mar&eacute;, realizada pela Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Complexo de Favelas da Mar&eacute;, na zona norte do Rio de Janeiro. As conclus&otilde;es do estudo foram publicadas na revista Clinical Microbiology and Infection, da European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID).

O trabalho verificou que tr&ecirc;s semanas ap&oacute;s a aplica&ccedil;&atilde;o da primeira dose, a prote&ccedil;&atilde;o contra a Covid-19 sintom&aacute;tica &eacute; de 31,6%, subindo para 65,1% duas semanas ap&oacute;s a segunda dose. Segundo a Fiocruz, os resultados reiteram as conclus&otilde;es do artigo anterior, publicado em novembro, com dados referentes &agrave; aplica&ccedil;&atilde;o da primeira dose.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://www.aratuon.com.br/coronavirus/noticia/coronavirus/vacina-unica-contra-covid-19-e-gripe-tem-resultados-promissores-avalia-butantan" target="_blank">Vacina &uacute;nica contra Covid-19 e gripe tem resultados promissores, avalia Butantan</a>

O coordenador do estudo, Fernando Bozza, explica que as evid&ecirc;ncias encontradas na pesquisa refor&ccedil;am a import&acirc;ncia da segunda dose para garantir uma resposta imune mais robusta e prolongada, inclusive contra o adoecimento por Covid-19, mesmo leve ou assintom&aacute;tico.

&ldquo;A vacina protege em todos os n&iacute;veis: da morte, da hospitaliza&ccedil;&atilde;o e da aquisi&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus ou adoecimento. Claro que esses n&iacute;veis s&atilde;o diferentes: aqui, estamos falando de 65% contra aquisi&ccedil;&atilde;o depois da segunda dose. Quando olhamos para hospitaliza&ccedil;&atilde;o e morte, isso sobe para mais de 80, 90%&rdquo;.

Os pain&eacute;is de monitoramento da prefeitura mostram que de 30 de outubro de 2021 at&eacute; 18 de janeiro, data da &uacute;ltima atualiza&ccedil;&atilde;o do estudo, n&atilde;o houve &oacute;bito na Mar&eacute; por Covid-19.

ESTUDO

O estudo analisou 10.077 testes RT-PCR positivos, com 6.394 (64%) de sintom&aacute;ticos e 3,683 (36%) de assintom&aacute;ticos, entre 17 de janeiro a 27 de novembro de 2021. O estudo segue em andamento e pretende avaliar na pr&oacute;xima etapa a efetividade da vacina contra a variante &Ocirc;micron, bem como da dose de refor&ccedil;o.

De acordo com Bozza, o estudo considerou vari&aacute;veis como comorbidades, g&ecirc;nero, idade e o intervalo de aplica&ccedil;&atilde;o entre a primeira e a segunda doses, encontrando pouca diferen&ccedil;a de efetividade da vacina entre os grupos.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://www.aratuon.com.br/coronavirus/noticia/coronavirus/vacinacoes-contra-gripe-e-covid-19-estao-suspensas-neste-fim-de-semana-em-salvador" target="_blank">Vacina&ccedil;&otilde;es contra gripe e Covid-19 est&atilde;o suspensas neste fim de semana, em Salvador</a>

&ldquo;Independentemente do foco da an&aacute;lise, a vacina&ccedil;&atilde;o &eacute; eficaz para controlar a pandemia e influencia diretamente na queda no n&uacute;mero de casos. Eles n&atilde;o decrescem sozinhos s&oacute; porque a pandemia j&aacute; dura h&aacute; algum tempo. Provavelmente, essa vacina&ccedil;&atilde;o em massa foi fundamental para impedir a expans&atilde;o da variante Delta. Tivemos o grande pico da variante Gama no Brasil, na virada de 2020 para 2021 e, em seguida, a introdu&ccedil;&atilde;o da Delta. Na Mar&eacute;, esse pico da variante Delta praticamente n&atilde;o aconteceu, provavelmente porque a vacina&ccedil;&atilde;o j&aacute; foi efetiva em bloquear essas cadeias de transmiss&atilde;o&rdquo;.

O estudo mostrou que a maior varia&ccedil;&atilde;o ocorre no recorte por idade. A prote&ccedil;&atilde;o em quem tem menos de 35 anos, ap&oacute;s a segunda dose, &eacute; de 89,2%. Na faixa acima de 35 anos, a efetividade &eacute; de 55,6%. O pesquisador explica que o trabalho comprovou que os idosos desenvolvem menos anticorpos que os jovens ap&oacute;s a vacina&ccedil;&atilde;o.

COMPLEXO DA MAR&Eacute;

A Mar&eacute; &eacute; o maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro, com cerca de 140 mil moradores, e chegou a ter uma taxa de letalidade por Covid-19 mais alta que a da cidade do Rio. Segundo Bozza, com as medidas implementadas, que inclu&iacute;ram a vacina&ccedil;&atilde;o de 93,4% dos adultos, estrat&eacute;gia de testagem, comunica&ccedil;&atilde;o e acompanhamento das pessoas infectadas, as mortes diminu&iacute;ram muito.

&ldquo;Ap&oacute;s a vacina&ccedil;&atilde;o, a gente realmente viu as mortes despencarem. Os dados mostram que j&aacute; n&atilde;o t&iacute;nhamos morte por Covid-19 na Mar&eacute; h&aacute; alguns meses. Isso mostra que atingimos uma prote&ccedil;&atilde;o alta, at&eacute; em n&iacute;veis internacionais&rdquo;.

A pesquisa Vacina Mar&eacute; &eacute; feita pela Fiocruz, em parceria com o Departamento de Engenharia Industrial da PUC-Rio, o Instituto de Sa&uacute;de Global de Barcelona e a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Sa&uacute;de. Conta tamb&eacute;m com o apoio da Redes da Mar&eacute; e do Projeto Conex&atilde;o Sa&uacute;de - De Olho na Covid, al&eacute;m do financiamento da Funda&ccedil;&atilde;o Bill e Melinda Gates.

<a href="https://www.aratuon.com.br/categorias/coronavirus/" target="_blank">Acompanhe todas as not&iacute;cias sobre&nbsp;o novo coronav&iacute;rus</a>.

&zwnj;Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.

&nbsp;

&nbsp;

Tudo sobre: comprova

Fiocruz comprova eficácia de vacina contra Covid-19 produzida no Brasil